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Dançar como David

por Teresa Power, em 23.09.14

No final do retiro, em jeito de despedida, várias famílias vieram ter connosco para nos comunicarem o seu desejo de se tornarem Famílias de Caná. Queriam saber se precisavam de preencher algum formulário, ou de participar em qualquer acto formal para além de terem participado no retiro. Descansámos toda a gente: ser Família de Caná é um compromisso de vida de fé, exigente mas caseiro, como toda a vida de família. O importante, dissemos, é viver as Cinco Pedrinhas, começando por rezar em família todos os dias.

Ontem à noite, depois da nossa oração familiar, sentei-me diante do computador e abri o mail. A primeira mensagem que me aguardava vinha de uma destas famílias e trazia um anexo: o vídeo de um curto momento de louvor durante a sua primeira oração familiar! Chamei o Niall e os meninos, e todos assistimos, encantados, enquanto no vídeo as crianças pequeninas e os seus pais dançavam e cantavam, batendo palmas e rezando com todo o coração. A letra do seu cântico dizia assim:

 

"Quando o Espírito de Deus habita em mim, eu danço como David."

 

Fiquei então a pensar no Rei David e no episódio que deu origem a este cântico: num momento de louvor intenso, o Rei David dançou e cantou para Deus, esquecido da sua condição de rei e pessoa séria, sem qualquer espécie de respeito humano:

 

"David, cingindo a insígnia votiva de linho, dançava com todas as suas forças diante do Senhor." (2Sm 6, 14)

 

Quando a sua mulher sentiu vergonha da "triste" figura que o Rei fizera, dançando como uma criança, David respondeu-lhe:

 

"Foi diante do Senhor que dancei. E bailarei ainda mais!" (2Sm 6, 21-22)

 

No vídeo de alguns segundos que esta família nos enviou não se viam os anjos da guarda de cada um dos membros... Mas não era difícil imaginá-los a cantar e a dançar também, na presença do Senhor! Rezo para que, como o Rei David, as famílias cristãs "bailem ainda mais", descobrindo a alegria do louvor e da oração familiar...

 

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publicado às 06:33

O mar

por Teresa Power, em 18.05.14

As manhãs mornas e azuis de primavera despertam em nós a vontade de brincar na praia. Enquanto não chegam as férias grandes para o podermos fazer todos os dias, saboreamos as manhãs de sábado com especial intensidade! Acordamos cedo, arrumamos o que podemos em casa - quando todos ajudam, o trabalho faz-se depressa - e antes das nove horas já estamos a caminho. Trinta quilómetros, trinta minutos nos separam do mar...

Como não cabemos todos no monovolume (os carros de nove lugares são caríssimos, pelo que continuamos com um carro de sete, embora sejamos oito), temos de viajar em dois carros. Às vezes levamos os Walkie-talkies para podermos ir conversando inter-carros, o que torna tudo bem mais divertido (traduza-se "confuso" e "barulhento" em linguagem de adulto).

Durante a viagem, rezamos sempre o terço. Às vezes também contamos histórias da Bíblia. Depois, rimos, cantamos e conversamos. E finalmente, a praia!

 

Enquanto o David, a Lúcia e o António gritam de alegria aos pulos na água, a Sara prefere agarrar a mão do pai - afinal é a primeira vez este ano que está perante a imensidão das ondas...

 

 

 

A ginástica dá à Clarinha a sensação de voar...

A Clarinha, sempre disponível, esforça-se por ajudar a Sara a disfrutar da areia. E o Francisco? A única foto que conseguimos dele é esta... Não o estão a reconhecer, um tracinho ao longe, sobre as rochas? Dificilmente conseguiremos uma foto mais perto!

 

Por que razão gosto tanto, tanto de ir à praia com os meus filhos? Por causa dos gritinhos de alegria, das corridas na areia, das brincadeiras na água, dos castelos, da ginástica, da escalada nas rochas, das conchas. Gosto da praia de manhã, quando a areia é (quase) só nossa, e às vezes, as gaivotas ainda saltitam à beira-mar. Gosto do silêncio, quebrado apenas pelo bater das ondas. Gosto da sensação de ter, diante de mim, todo o tempo do mundo (e são apenas três as horas que ali passamos no dia, seja ao sábado, seja no verão...). Gosto desta sensação de estarmos, as crianças e os seus papás, plenamente concentrados no momento presente.

Acima de tudo, gosto de me sentir muito pequenina na imensidão da Criação, simples criatura entre as criaturas de Deus. Como o salmista, também me descubro a rezar:

 

"Quando contemplo os céus, obra das tuas mãos,

a lua e as estrelas que Tu criaste;

que é o homem para com ele te preocupares?

Quase fizeste dele um ser divino;

de glória e de honra o coroaste.

Ó Senhor, nosso Deus,

como é admirável o teu nome em toda a terra!" (Sl 8)

 

Poucas coisas nos libertam tanto do medo, da agitação, da tristeza e do cansaço como o louvor, essa oração gratuita de gratidão pelo simples facto de sermos criaturas nas mãos do Amor.

 

"Quando contemplo o mar, obra das tuas mãos,

quando contemplo os meus filhos felizes,

- obras das tuas mãos -,

quem sou eu, para comigo te preocupares?

Quase fizeste de mim um ser divino

- tal a alegria que experimento;

de felicidade me coroaste..."

 

 

 

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publicado às 08:40

Goooooooolo!

por Teresa Power, em 31.01.14

O Papa Francisco censurou os cristãos que são capazes de gritar goooooooolo quando a sua equipa vence, mas têm vergonha de dançar e cantar para Deus, louvando-O na Eucaristia ou nos grupos de oração. A sua homilia, que podem ler aqui, é muito clara: precisamos de aprender a louvar!

 

Cá em casa exultámos quando lemos esta homilia do nosso querido Papa. Todas as noites, a nossa oração familiar começa com cantos e danças, guitarras e pandeiretas, braços no ar e palmas. Todos participam, do maior ao mais pequeno. Não acreditam? Ora vejam:

 

 

Talvez alguns perguntem onde está  o silêncio necessário à oração nesta grande algazarra. O silêncio vem mais tarde, depois da algazarra - e depois dos sete, oito anos... Por enquanto, o importante é o louvor gratuito do Senhor. O importante é que as crianças entendam a oração como festa, convívio familiar, momento de alegria e de boa disposição. O importante é que as crianças associem o nome de Deus a "Pai", a "Amigo" e a "Companheiro". O importante é que as crianças tenham gosto em rezar. O importante é que todos entendam que melhor que Jesus não há! O resto, Deus fará...

 

 

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publicado às 09:36



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