Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


Dia da família

por Teresa Power, em 15.05.16

Que o Senhor abençoe hoje e sempre todas as famílias da Terra!

Que o Espírito Santo desça hoje e sempre sobre todos nós e nos espalhe pelo mundo como testemunhas da alegria do amor!

Deixo-vos a entrevista que ontem dei no Grupo Renascença, no programa Lusofonias. A entrevista pode ser ouvida a partir do minuto catorze e tem a duração de cerca de vinte minutos. Disfrutem!

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 12:05

Outras formas de fecundidade

por Teresa Power, em 09.05.16

Ontem, sentada na cama antes de dormir, como costume, li alguns pontos da exortação pastoral A Alegria do Amor. E enquanto lia, o pensamento divagou e recordei-me de duas grandes lições de solidariedade das nossas famílias de origem que marcaram, uma a minha juventude, outra a juventude do Niall.

Era inverno em Castelo Branco, terra de muito frio. Sete e pouco da manhã. À porta, a minha mãe esperava um rapazito, que apareceu de boné enfiado e cabeça baixa. Na cozinha, nós as três, jovenzinhas, aguardavamos impacientes a visita, enquanto contemplávamos a mesa abundante que a minha mãe preparara: croissants, cereais, leite com chocolate, sumo de fruta. Ele chegou, sentou-se meio envergonhado, e comeu, comeu, comeu, um prato após o outro, como quem não comia há muito tempo... O ritual manteve-se até ao final do ano letivo. Quem era o rapazinho? Era um aluno da minha mãe, que faltava muito às aulas porque - descobriram as funcionárias - tinha fome a sério e, logo que a cantina abria para o almoço, não suportava nem mais uma aula. Numa altura em que a ajuda social escolar ainda não era um dado adquirido, a minha mãe decidiu resolver o assunto com as suas próprias mãos: de acordo com a mãe do menino, combinou que, de futuro, ele iria sair do autocarro na paragem anterior à escola, onde ficava a nossa casa, para o seu pequeno-almoço. E o menino deixou de ter fome - e de faltar às aulas. No ano seguinte, a minha mãe saiu Castelo Branco e deixou de poder dar o pequeno-almoço ao Hugo. Encontrou-o muitos anos depois, numa paragem de autocarro, quando ele, reconhecendo a sua antiga professora, foi ao seu encontro... Tinha crescido, era mecânico.

 

Irlanda, inverno também, mas certamente ainda mais frio. Lá fora levantara-se uma terrível tempestade. Era quase de noite, mas o pai do Niall ainda tinha que fazer na rua:

- Niall, Niall, veste o impermeável que temos de ir ao acampamento cigano - Disse-lhe ele.

Assim fizeram. O Niall recorda ainda hoje o pavor que sentiu dos cães do acampamento, que ladraram insistentemente à sua chegada. Mas nada deteve o seu pai, diretor da escola primária daquela zona da cidade, frequentada por muitas crianças ciganas. O chefe do acampamento recebeu o diretor com respeito.

- É perigoso ficarem aqui esta noite - Disse o pai do Niall, decidido - Venham, tragam as caravanas e os cavalos e podem ficar no recinto da escola, que tem algumas coberturas para vos proteger. Vou abrir-vos as portas da escola para usarem os chuveiros e a cozinha.

E foi assim que o acampamento cigano, com crianças e cavalos, foi transferido para o abrigo da escola primária, numa das noites mais terríveis do inverno irlandês.

 

Passaram os anos. O testemunho de solidariedade das nossas famílias, de que estes dois episódios são um pequeníssimo exemplo, continua a ecoar nos nossos corações e nas nossas vidas, e a impulsionar-nos a fazer o mesmo, aqui e agora. Tanto eu como o Niall, no seguimento do que vimos fazer em nossas casas, encaramos a vida profissional como missão, como testemunho cristão. Será que o conseguimos? As palavras de Jesus são claras:

 

"Tudo o que fizestes ao mais pequenino dos meus irmãos, a Mim o fizestes." (Mt 25, 40)

 

E que ponto da exortação pastoral foi este que me fez recuar tanto no tempo e contemplar demoradamente o testemunho recebido? Foi o ponto em que o Santo Padre relembra as famílias de que não se pode ser católico "separado" do mundo, fechado na sua casa sem relação com a sociedade circundante. Aqui fica então:

 

"Convém lembrar-nos também de que a adoção e a procriação não são as únicas maneiras de viver a fecundidade do amor. Mesmo a família com muitos filhos é chamada a deixar a sua marca na sociedade onde está inserida, desenvolvendo outras formas de fecundidade que são uma espécie de extensão do amor que a sustenta. As famílias cristãs não esqueçam que « a fé não nos tira do mundo, mas insere-nos mais profundamente nele. (...) A cada um de nós cabe um papel especial na preparação da vinda do Reino de Deus ». A família não deve imaginar-se como um recinto fechado, procurando proteger-se da sociedade. Não fica à espera, mas sai de si mesma à procura de solidariedade. Assim transforma-se num lugar de integração da pessoa com a sociedade e num ponto de união entre o público e o privado. Os cônjuges precisam de adquirir consciência clara e convicta dos seus deveres sociais." (181)

 

Assim seja!

DSC06456.JPG

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 06:00

A contemplação da Cruz

por Teresa Power, em 24.03.16

Estes dias são dias de silêncio, do grande silêncio da contemplação da Cruz. Uma contemplação amorosa, apaixonada, cheia de gratidão.

Permitam-me contudo que partilhe convosco um vídeo-testemunho. Não quero quebrar o vosso silêncio - apenas perturbá-lo um pouco... Meditar na Cruz do Senhor é também meditar na Cruz dos nossos irmãos cristãos perseguidos no mundo inteiro, especialmente na Síria; e meditar na forma como nós, cristãos ocidentais, vivemos ou não a radicalidade do Evangelho.

Este vídeo-testemunho tem a duração de quarenta e cinco minutos. Ora eu nunca tenho quarenta e cinco minutos seguidos para fazer o que quer que seja, pelo que adiei a visionamento deste vídeo até ao serão de ontem, apesar de mo ter sido enviado pela Paula Lopes, de Barcelos, há já algum tempo. Finalmente decidi vê-lo enquanto passava a ferro, depois dos mais novos estarem a dormir. Mais ou menos a meio do vídeo, desliguei o ferro e perdi a noção do que se passava à minha volta...

Aconselho-vos vivamente a encontrar quarenta e cinco minutos, nestes dias de contemplação da Cruz. Vejam até ao fim, pois a irmã Guadalupe não vai falar apenas de quem vive lá longe - longe da vista e infelizmente longe do coração - na Síria, mas de cada um de nós, cristãos, que vivemos de uma forma paradoxal: vivemos com pacatez aquilo que só se pode viver com radicalidade. Porque o Evangelho, como bem diz a irmã, é o mesmo ontem, hoje e amanhã, o mesmo na Síria e o mesmo em Portugal; e o que os nossos irmãos vivem na Síria é uma realidade bem velhinha, profetizada e realizada por Jesus:

 

"Se a Mim Me perseguiram, também vos perseguirão a vós."

(Jo 15, 20)

 

Vejam o vídeo como quem reza, como quem contempla a Cruz do Senhor, essa Cruz que só nos salva se nos ajoelharmos diante dela e nos deixarmos salpicar pelos rios de sangue que dela correm...

Amanhã, Sexta-feira Santa, tem início a Novena da Divina Misericórdia. Façam-na connosco!

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 06:00

Com os jovens... Na Casa de Maria

por Teresa Power, em 21.03.16

- Acordem, meninos, depressa! Já está na hora! Temos de ir para Braga!

Não é fácil, ao sábado, acordar às seis e um quarto da manhã... Os meninos esfregam os olhos e voltam-se na cama:

- Só mais cinco minutos!

Uma hora mais tarde, no carro, rezamos o terço, e pedimos a intercessão de S. José, nesta sua solenidade, para o dia que temos diante de nós. Será a nossa primeira Missão Stop, e precisamos que todos os anjos e os santos nos acompanhem!

A ideia desta missão surgiu no dia em que o padre Pedro Boléo Tomé, sacerdote da Opus Dei, em Braga, foi convidado para orientar um retiro para jovens crismandos de duas paróquias da região. Há já algum tempo que nós partilhávamos com o padre Pedro a vontade de realizar uma Missão Stop, onde pudéssemos dar testemunho da nossa vocação conjugal e familiar a partir de uma abordagem da Teologia do Corpo, que S. João Paulo II tão bem desenvolveu e que o padre Pedro conhece em profundidade. Assim, o padre Pedro lembrou-se de convidar a Família Power para o ajudar neste retiro, e nós aceitámos com imensa alegria.

- Quem consegue ver primeiro o Sameiro?

- Onde? Onde?

- No cimo do monte? Ah, já estou a ver!

- É aquela cúpula? Que lindo!

O retiro tem lugar na Casa das Irmãs da Sagrada Família, no Sameiro, mesmo por detrás da Basílica. Quando Nossa Senhora escolhe assim lugares privilegiados para os nossos retiros, não consigo evitar a comoção. Que ternura maternal para connosco, chamar-nos à sua Casa na montanha! A chuva cai em abundância quando chegamos ao Sameiro, mas decidimos ali mesmo visitar a Basílica, atravessando a sua Porta Santa, no final do dia, de regresso a casa.

E o retiro começa...

Quarenta jovens. Alguns receios. Alguma resistência. Alguns telemóveis bastante ocupados com trocas de mensagens...

Quarenta pares de olhos que, pouco a pouco, se vão iluminando. Quarenta rostos que, pouco a pouco, se vão abrindo em sorrisos partilhados. Quarenta pares de mãos que, pouco a pouco, vão abandonando os telemóveis para se erguerem em cânticos de louvor e para aplaudir o Senhor...

O padre Pedro fala-nos ao coração e, com uma humildade e uma simplicidade cativantes, explica-nos como a Lei que Deus inscreveu nos nossos genes é perfeitamente inteligível à razão daqueles que buscam a felicidade. Com vídeos e histórias, desafia-nos a buscar o belo amor, o amor que, como o de Jesus, dá a vida pelo outro.

O Niall e eu partilhamos a nossa história desde os tempos de namoro. Foi engraçado, para mim, vasculhar nos albuns antigos, nos meus diários espirituais, na caixa em que guardo as cartas diárias do Niall durante os três anos de namoro... Ena, tantas memórias recuperadas! É giro partilhar histórias e memórias, lágrimas e gargalhadas...

O Francisco, com a sua magia evangelizadora, e o Niall, com os seus jogos divertidos, animam os momentos entre ensinamentos, permitindo a todos libertar a tensão e criar laços.

A Eucaristia é de festa: hoje, solenidade de S. José, Dia do Pai, partilhamos o testemunho grandioso de alguém que soube amar até dar a vida, em cada dia, por Maria e Jesus.

A adoração, os cânticos, o terço que vamos meditando, tudo nos ajuda a baixar as defesas e a aproximar-nos uns dos outros.

 

"Escrevo-vos, jovens, porque sois fortes, a Palavra de Deus permanece em vós e vencestes o Maligno." (1Jo 2, 14)

DSC05890.JPG

DSC05891.JPG

DSC05893.JPG

DSC05895.JPG

DSC05897.JPG

(Reparem ao fundo... Parece que anda alguém a subir aos telhados...)

DSC05898.JPGDSC05902.JPG

DSC05904.JPG

DSC05906.JPG

(Ilusionismo... e Bíblia?)

DSC05909.JPG

DSC05910.JPG

(Que se passa com os sapatos de toda a gente? Será algum jogo maluco?...)

DSC05913.JPG

 DSC05914.JPG

DSC05916.JPG

 O retiro chega ao fim. Os jovens estão contentes e trauteiam as canções aprendidas. Chegou a hora de irmos visitar a Mãe, na sua Casa do Sameiro, como prometido. O padre Pedro acompanha-nos.

A chuva cai de mansinho, as cores do poente espreitam por entre as gotas de chuva, os sinos tocam a repique enchendo o ar de som. Tocam tão alto, que quase temos de gritar para nos fazermos ouvir. É estonteante.

De repente, os sinos calam-se. E a majestade silenciosa da montanha domina sobre tudo.

Como é bom contemplar a Criação ali, na Casa da Mãe! Felizes, os meninos sobem e descem a grandiosa escadaria. Depois entramos juntos na Basílica e saudamos Maria, que nos acolhe com o seu sorriso materno...

DSC05926.JPG

DSC05928.JPG

DSC05929.JPG

DSC05930.JPG

DSC05933.JPG

DSC05935.JPG

DSC05939.JPG

DSC05941.JPG

DSC05944.JPG

DSC05952.JPG

DSC05962.JPG

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 06:00

Coelhos, ovos e a cruz de Jesus

por Teresa Power, em 18.03.16

- Mãe, tens de me ajudar a desenhar coelhos.

- Sim, Lúcia, ajudo, mas para quê?

Estamos no carro, a caminho de casa, e os meninos atropelam-se para falar e contar as novidades do seu dia de escola.

- Porque o trabalho de casa é fazer um desenho sobre a Páscoa.

- E o que é que a Páscoa tem a ver com os coelhos? Não entendo, Lúcia! - Digo, fingindo-me realmente surpreendida.

- Ora, na Páscoa há coelhinhos que põem ovos de chocolate!

- Que tolice! Tu não sabes que os coelhos são mamíferos? - Pergunta o David, abanando a cabeça em jeito de censura.

- Lúcia, a Páscoa é a maior festa dos cristãos, a festa da morte e da ressurreição de Jesus. Por que não fazes tu um desenho lindo sobre a Cruz de Jesus?

- Tenho vergonha.

- Vergonha? Mas vergonha de quê?

- Vergonha que os meus amigos se riam quando eu apresentar o desenho à turma. Eles vão todos desenhar coelhos...

- Isso é que é tolice! A cruz de Jesus é muito mais bonita - Atalha a Clarinha, divertida com a conversa. - Os teus amigos fazem coelhos e ovos porque se estão a referir à festa da Primavera, não à festa da Páscoa. Como a Páscoa se celebra na Primavera, às vezes as pessoas confundem as duas coisas.

- Ah!

- Lúcia, a vida passa muito depressa, sabes? - O David parece um pequeno padre pregador, e nós escutamo-lo com gosto - O que conta mesmo é a vida eterna. E a vida eterna demora muito, muito! Nunca acaba. Se desenhares coelhos, isso não vai valer nada para a tua vida eterna. E nessa altura nem te vais lembrar de teres passado ou não vergonha! Jesus disse qualquer coisa sobre sermos capazes de falar dele... Como é mesmo a frase, mãe?

- A frase é do Evangelho. Diz assim:

 

"Todo aquele que se declarar por Mim, diante dos homens, também Me declararei por ele diante de meu Pai que está no céu. Mas aquele que Me negar diante dos homens, também o hei de negar diante de meu Pai que está no céu." (Mt 10, 32-33)

 

Chegamos a casa. A Lúcia dá-me um grande abraço e senta-se na mesa da sala, a fazer o seu desenho enquanto eu, a seu lado, escrevo este mesmo post. Terminamos quase ao mesmo tempo.

- Lúcia, não guardes sem antes eu fazer uma digitalização, sim? Vou mostrar o teu desenho no blogue...

IMG_20160316_0001.jpg

Guardamos as duas o nosso trabalho. Amanhã, a Lúcia dará testemunho da Cruz do Senhor. Agora, se nos permitem, vamos brincar para o jardim!

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 06:00

Ainda a mulher forte... E as palavras que matam

por Teresa Power, em 17.03.16

- Niall, estive a fazer uma pesquisa na net sobre a Meriam Ibrahim. O livro que me ofereceste não conta senão os detalhes que já conhecia dela, e deixou-me bastante intrigada.

- E que descobriste tu? Adivinho que encontraste a resposta que procuravas. Anda, conta lá!

- Adivinhaste bem. Descobri que a Meriam está muito desgostosa com a pressa que todos têm em escrever sobre ela. Diz que não entende como é que jornalistas e produtores de cinema querem escrever e, inclusive, fazer um filme sobre a sua história, quando ela ainda a não contou...

- Não contou?

- Não. Ela diz que 75 por cento da história ainda está escondida no seu coração, e que portanto, quem escreve a história antes dela a contar, está a escrever baseado nos 25 por cento de informação que passou nos meios de comunicação social.

- Imagino... Imagino a dor que sente!

- A traição. Perceber que falam e escrevem do que não sabem para serem os primeiros a ganhar com a história... A jornalista que escreveu o livro que tu me ofereceste soube dar a volta à questão, porque essa jornalista não narra a história de Meriam Ibrahim, mas a sua própria participação em todo o processo de libertação. Mas Meriam insiste que tem o direito a contar a sua própria história.

- Tem toda a razão!

- Ela diz que no Sudão foi condenada à morte com base em falsas informações, sem nunca ter sido ouvida; e agora, nos E.U.A., sente-se de novo como que condenada à morte, ao ver livros e filmes surgirem sobre ela - sem nunca ter sido ouvida! É quase irónico...

Ficamos um bocado em silêncio. Depois o Niall continua:

- Sabes, Teresa, tudo isto faz-me pensar na forma como as pessoas falam umas das outras. Com que facilidade julgamos os outros a partir de informação que ouvimos, que lemos por alto, que outros inventaram e espalharam...

- Sim, é um perigo enorme. Tenho para mim que os pecados de maledicência e murmuração são dos pecados mais graves que podemos cometer. E tenho sempre muito receio de cair neles!

- É fácil cair neles. Quantas vezes, no meio de uma conversa, insinuamos alguma coisa sobre alguém, por meias palavras... O nosso interlocutor, por sua vez, irá contar essa nossa impressão a outra pessoa, e talvez use palavras que não usámos... Ás vezes basta uma troca de olhares, um sorriso malicioso, um acenar com a cabeça, e pecamos gravemente.

- A Palavra de Deus é muito clara. Quantas advertências, na Bíblia, contra a maledicência e a murmuração! S. Tiago dedica um capítulo inteiro da sua carta ao assunto. Nós costumamos pensar que os primeiros cristãos eram comunidades modelo, mas a única comunidade modelo foi a casa de Jesus, Maria e José. As primeiras comunidades tinham os seus problemas, e segundo S. Tiago, a maledicência era um deles.

- Tal como as nossas comunidades paroquiais hoje em dia... Em todos os tempos! É tão fácil falar dos que se expõem um bocadinho mais, dos que têm maior visibilidade... Jesus é muito paciente, mas deve ficar muito triste.

- Escuta o que diz S. Tiago:

 

"Vede como um pequeno fogo pode incendiar uma grande floresta! Assim também a língua é fogo, é um mundo de iniquidade; entre os nossos membros, é ela que contamina todo o corpo e, inflamada pelo inferno, incendeia o curso da nossa existência." (Tg 3, 5-6)

 

- Bem, a verdade é que nós próprios já fomos vítimas destas labaredas destruidoras... Uma pessoa acende um pequeno fósforo, e quando damos conta, o incêndio já não é controlável. Era bom se a vida tivesse, como os blogues, uma aplicação para "moderação de comentários"!

- Mas não tem. Não foi assim com Jesus também? Não foi Ele condenado à morte com base em falsos testemunhos? E traído de morte por um dos seus amigos?

- De facto, o discípulo não é maior que o Mestre... Meriam Ibrahim sobreviveu à forca, sobreviverá também a esta guerra de palavras, que tanto a procuram exaltar, como humilhar, tanto inventam para o mal, como para o bem. Vou continuar a esperar que conte a sua história, ela mesma, e nos maravilhe com o seu testemunho. Todos temos a aprender com ela.

- Aguardemos então pelo seu próprio livro!

- Olha, queres ver o vídeo que eu encontrei de uma entrevista com a Meriam? Ela é lindíssima, e as suas palavras são verdadeiramente tocantes. Explica na entrevista que a parte conhecida da sua história são apenas os últimos minutos... Diz que vai dedicar o resto da vida a ajudar cristãos perseguidos, e simplesmente a cumprir a vontade de Deus. Se Ele quiser, voltará ao Sudão. O sofrimento, diz ela, fortaleceu a sua fé em Jesus. Nunca se perguntou: "Porquê eu?" Sabe que a dor é um teste, e que Deus nunca, nunca nos deixa sós. E agora a sua vida é uma verdadeira missão. Vê! Vou mostrar-te...

Vejam vocês também connosco, ou leiam a reportagem aqui! O inglês utilizado é simples e acessível. Reconhecemos uma testemunha de Cristo quando nos cruzamos com ela. Meriam é, sem qualquer dúvida, uma testemunha de Cristo, luminosa e bela...

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 06:00

Bodas de Caná

por Teresa Power, em 14.01.16

O Evangelho do próximo domingo vai ser um dia de festa em grande para todas as Famílias de Caná, certamente celebrado com muita alegria, com bolos, com representações teatrais em família e muitas outras surpresas... Sim, estamos a falar das Bodas de Caná!

Foi precisamente enquanto Família de Caná que fomos convidados a gravar o nosso testemunho da prática diária desta Boa Notícia. A paróquia do Monte Abraão, em Sintra, tem um belíssimo projeto de evangelização online: iVangelho.com, em que semanalmente, o evangelho dominical é explicado e meditado por um sacerdote ou leigo e disponibilizado no YouTube, numa linguagem acessível e juvenil.

O nosso maior desafio foi condensar em quatro minutos a nossa vivência das Bodas de Caná. Quando, nos dias anteriores à gravação, conversávamos entre nós sobre o tema, era difícil parar a conversa, e as ideias atropelavam-se sem fim... Outro grande desafio seria falarmos um com o outro em português, algo que nunca acontece em nossa casa. De facto, o Niall e eu conversamos sempre em inglês. O Niall, em especial, sentia-se muito hesitante em fazer esta gravação, pois não gosta de falar em público, e muito menos diante de câmaras.

No dia do Retiro do Natal, a equipa do iVangelho foi ter connosco a Fátima, imaginem! Conhecemos o padre Abel Ferreira e a família que está por detrás desta grande iniciativa, todos simpatiquíssimos, de uma humildade e alegria contagiantes. Foi bom conversarmos um bocadinho sobre os diferentes projetos de evangelização que todos temos em mãos, e partilharmos ideias e esforços. À hora de almoço gravámos o nosso mini-testemunho. No final sentiamo-nos muito orgulhosos por só terem sido necessários dois "takes"!

Esta noite, o vídeo que gravámos foi publicado online. Vimo-lo depois da nossa oração familiar, e enquanto os filhos riam à gargalhada, o Niall quase chorava, jurando que nunca mais o apanham noutra. Não é nada fácil falar para uma câmara de filmar, acreditem!

Sejam benevolentes com a nossa falta de jeito cinematográfico, e limitem-se a escutar a mensagem que as palavras, os sorrisos, os gestos e a própria falta de arte procuram transmitir. Sobretudo, que o nosso exemplo vos convença de o Reino de Deus vale todos os esforços, mesmo correndo o risco de parecermos ridículos... como o Rei David. Conhecem o episódio?

O Rei David estava felicíssimo por ter recuperado a famosa Arca da Aliança, e dançava sem parar diante do cortejo comemorativo. Então...

 

"... Mical, a filha de Saul, vendo pela janela o Rei David, que bailava e saltava diante do Senhor, desprezou-o em seu coração. (...) Mais tarde disse-lhe: «Que bela figura fez hoje o rei de Israel, dando-se em espetáculo às servas de seus vassalos, e descobrindo-se sem pudor, como qualquer homem do povo!» Mas David respondeu: «Foi diante do Senhor que dancei, do Senhor que me escolheu e me preferiu a teu pai e a toda a tua família, para me fazer chefe do seu povo de Israel. E bailarei ainda mais, e me aviltarei aos meus próprios olhos.»" (2Sm 6, 16.20-22)

 

Desejamos sinceramente que a nossa atrapalhação cinematográfica não tenha atrapalhado o belíssimo trabalho desta valente equipa do iVangelho. 

Possamos todos, este domingo e sempre, oferecer ao Senhor as bilhas do nosso esforço, para que Ele as converta no Vinho Novo do seu amor. Ámen!

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 22:05

Missões

por Teresa Power, em 11.11.15

As missões não páram: um pouco por todo o país, do Algarve ao Minho, há famílias, párocos, comunidades interessadas em conhecer as Famílias de Caná. Nalguns locais, há já Aldeias de Caná capazes de anunciar e testemunhar a nossa espiritualidade, mas noutros, é necessária a nossa presença e o nosso testemunho familiar.

Numa destas noites, e para podermos organizar a agenda, o Niall e eu marcámos uma reunião um com o outro e pedimos aos nossos filhos mais velhos (os mais novos já dormiam) para não nos interromperem. Foi uma experiência engraçada! Desta reunião formal sairam algumas datas (como por exemplo a do retiro do Algarve, que anunciaremos atempadamente, e a do Retiro de Natal) e algumas ideias importantes. Depois, diante do Santíssimo, nas semanas seguintes, perguntámos a Jesus o que achava Ele das nossas ideias.

A princípio, Jesus não disse nada. Ou melhor: nós nada escutámos. Passámos algumas semanas difíceis, lutando contra esta surdez espiritual que nos impede de conhecer a vontade do Senhor. Como todas as Famílias de Caná, temos um único objetivo na vida:

 

"Fazei tudo o que Jesus vos disser." (Jo 2, 5)

 

Mas para alcançar este objetivo, precisamos de saber o que Jesus nos diz! Deus fala muito baixinho, e nós precisamos de fazer muito silêncio para não interpretar erradamente as suas palavras. Quantas vezes tomamos as nossas ideias e os nossos sentimentos por ideias e sentimentos do Senhor... É tão fácil confundir a nossa vontade com a vontade de Deus!

Assim, para podermos escutar, tomámos uma primeira decisão: aumentar o tempo de oração diário diante do Santíssimo, aumentar o tempo de oração conjugal. E pouco a pouco, fomos sendo curados da nossa surdez. Jesus começou a responder à sua maneira - sem palavras, mas em ondas de tranquilidade ou, pelo contrário, de inquietude perante as nossas ideias e decisões.

DSC02092.JPG

E que nos disse Jesus? Muitas coisas. Pouco a pouco, iremos dar-vos conta de todas elas. Mas a primeira é a necessidade de abrandar o ritmo deste blogue. Neste momento, a prioridade é a preparação dos retiros e encontros, que até ao Natal são pelo menos três de dia inteiro e outros tantos de algumas horas a um sábado à tarde ou ao serão. Nesta altura de mais trabalho, publicarei às segundas-feiras, embora possa naturalmente publicar noutros dias também quando surgirem novidades - como por exemplo, sobre a pequena Lúcia da Olívia. Não tenho qualquer intenção de encerrar o blogue, porque sei como ele é importante para a caminhada das Famílias de Caná e de muitas outras pessoas. Apenas abrandarei o ritmo.

Entretanto, e porque o advento se aproxima a passos largos, convido-vos a pesquisar no blogue posts antigos com as tags Advento e Natal, ou ler o que escrevi no ano passado sobre o s. Martinho, por exemplo... Há tanto para ler, que nem vão dar pela falta do post diário :)

Rezem connosco, para que sejamos fiéis ao que Jesus nos pede, e não estraguemos a sua obra. Rezem pelas Famílias de Caná, pelos Jovens de Caná, pelos leitores deste blogue. Ficamos unidos em oração, e quem sabe - porque não? - talvez nos encontremos na vossa paróquia, falando das Famílias de Caná...

IMG_20150816_163248.jpg

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 06:00

Cem vezes mais

por Teresa Power, em 14.10.15

Neste fim-de-semana, como tínhamos anunciado, participámos numa verdadeira maratona de evangelização. A catequese arrancou em grande força, com imensas crianças a chegar e muita alegria; reunimos de novo a Aldeia de Caná de Mogofores, para rezarmos juntos e adorarmos o Senhor; e finalmente, no domingo à tarde, fomos dar testemunho de vida familiar católica no Centro Paroquial de Meadela, diocese de Viana do Castelo. Gostava tanto de ter muitas, muitas fotografias de cada um destes momentos para vos mostrar! A falta absoluta de fotos é, contudo, sinal de que estivemos demasiado ocupados para as tirar. Acreditem! Especialmente no domingo!

Domingo, uma hora da tarde. Cheios de pressa, entramos no carro - nos dois carros - para rumar a Meadela.

- Vamos passear, mãe?

- Vai ser giro? Que aventura vamos ter?

- Onde é o passeio?

As crianças estão animadíssimas. Hesito na minha resposta. Eis o grande desafio que nos é feito neste momento: transformar uma viagem cansativa - duas horas para lá, outras duas para cá, uma hora e meia de trabalho de evangelização num centro paroquial - numa grande aventura, capaz de proporcionar alegria à família completa.

Estou tentada a responder: Meninos, não se entusiasmem demasiado, porque a viagem é longa, e quando chegarmos a Meadela não vai acontecer nada de especial para vocês!

Mas não vou responder assim. Nos meus ouvidos ressoam ainda as Palavras do Evangelho desta manhã:

 

"Quem deixar irmãos, irmãs, pai, mãe, mulher, casa, filhos ou terras por minha causa, receberá cem vezes mais, já neste mundo, em irmãos, irmãs, mães, casas, filhos e terras, juntamente com perseguições; e no mundo futuro, a vida eterna!" (Mc 10, 29-30)

 

Se há desafio que me alicie na vida, é o de verificar, em cada dia, a verdade do Evangelho. Agora é hora de experimentar, numa tarde chuvosa de domingo, a recompensa já nesta vida de deixarmos tudo para anunciar o Senhor!

Entramos no carro, e a viagem começa. Lá fora, a chuva miudinha não pára de cair.

- Ah, adoro estar dentro do carro quentinho quando chove lá fora! - Diz a Clarinha.

- Eu também!

- E eu! É tão reconfortante! Adoro viagens com chuva!

Estamos a começar bem, penso para comigo, enquanto pisco interiormente um olho a Jesus. São horas de rezar o terço, aproveitando para recontar a história do Evangelho da missa desta manhã, que talvez já não esteja bem lembrada.

Uma hora mais tarde, gritos de entusiasmo:

- Olha, é o Porto! A ponte, vejam a ponte!

- Estão a ver o comboio naquela ponte ao longe? Eu atravessei-a de bicicleta a caminho de Santiago!

- Foi, Frankie? Ena, que sorte!

- Já viram como os raios de sol querem romper as nuvens e secar a chuva? E a ponte tão bonita por baixo...

- Ah...

- Mamã, contas outra história?

- OK, alguma sugestão?

- A do general que tinha lepra!

- Sim, chamava-se Naamã. É tão gira! 

Viajo mentalmente até ao tempo do profeta Eliseu, à casa do general que tinha a sorte de ter uma criada judia. Os meninos escutam cheios de atenção. Depois, sonhadores, conversam sobre muitas coisas, cantam e fazem jogos de palavras e de números uns com os outros.

Uma hora mais tarde:

- Olha, agora é a ponte do rio Lima! Que linda! 

- Ena, temos tanta sorte em fazer este passeio!

Volto a piscar o olho a Jesus, divertida. E chegamos a Meadela! Saímos do carro sob a chuva miudinha e entramos numa magnífica igreja vazia. Bem, vazia não, porque a luz junto do sacrário indica a Presença omnipotente do Senhor Jesus. 

- Meninos, vamos rezar a nossa consagração! - Diz o Niall, ajoelhando. Rezamos com ele. Entretanto, chega a nossa anfitriã, a Madalena, que nos leva até ao Centro Paroquial. 

- Parece que ainda não chegou muita gente - Diz-nos, um pouco envergonhada, olhando as cadeiras vazias.

- Ainda não está na hora! - Conforto-a. Quem não precisa de conforto algum são os meus filhos: o Francisco está ocupadíssimo a montar o espetáculo de ilusionismo para os pequenos, e a Clarinha ajuda-o; os outros quatro correm e saltam no salão, divertidíssimos a subir e descer escadas, a saltar do estrado para o chão, a vasculhar as salas de catequese e a experimentar os microfones. 

- Meninos, todos aqui! Vamos começar! - Chamo, minutos mais tarde, quando o salão está suficientemente cheio. Subimos para o palco, e de microfone na mão, todos nos apresentamos à vez, começando pela Sara. Muito séria, ela enche o peito de ar como quem se prepara para soltar uma frase muito comprida, e diz de um só fôlego: "Sara". Rimo-nos todos! 

Depois de cantarmos e rezarmos juntos ao Senhor, os mais novos acompanham o Francisco, enquanto o Niall e eu damos o nosso testemunho. Um momento muito bonito e muito participado.

Finalmente, o encontro termina. Todos nos querem cumprimentar, dar uma palavra, partilhar uma confidência, encorajar. Sentimo-nos muito acolhidos e fazemos planos para, um dia, ali voltarmos com um retiro completo.

A Madalena chama-nos a uma salinha junto do grande salão, onde um magnífico lanche nos espera. Ena, há bolinhos, pão, bolachas, leite com chocolate... Sentamo-nos em roda, com o senhor padre, e comemos de tudo, muito satisfeitos. 

- Ah, este lanche é mesmo bom! - Dizem todos, com a boca bem cheia. Não apetece partir...

Mas são horas de regressar. No carro, sob a chuva a cair, enquanto a noite se acende à nossa volta, vamos conversando.

- Quem gostou desta tarde? - Pergunto.

- Eu!

- Eu!

- Eu!

Parece que todos gostaram.

- A magia correu mesmo bem - Diz o Francisco, satisfeito. - Os meninos eram muito bem comportados e estavam muito atentos.

- Eu adorei escutar-te - Diz-me a Clarinha, como de costume.

- E os mais pequenos, do que é que gostaram mais?

- Das cortinas!

- As cortinas, António? Porquê?

- Carregava-se num botão e elas abriam e fechavam no palco. O senhor padre deixou-me carregar um bocadinho!

- E eu gostei de saltar do palco para o chão!

- E eu, de dizer o meu nome ao microfone!

- Do lanche!

- Sim, do lanche!

- Do lanche!

- Então valeu a pena uma viagem tão grande?

- Ah, claro que valeu!

- Obrigada, mãe, foi mesmo bom vir a Meadela!

- Adorei!

- Quando eu contar aos meus amigos do botão das cortinas... Acho que eles não vão acreditar!

Enquanto o carro se enche de gargalhadas, canções e muito barulho, eu agradeço interiormente ao Senhor por, mais uma vez, cumprir a sua Palavra na nossa vida. A tarde foi longa, oferecida, entregue, mas a recompensa foi uma reconfortante sensação de bem-estar, toda ela feita de coisas tão simples como um copo de leite com chocolate, uma brincadeira nas escadas, uma cortina a abrir, uma ponte sobre o Lima, um comboio sobre o Douro, uma história da Bíblia, um raio de sol a romper as nuvens...

por do sol 2.JPG

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 06:00

Sacramento e Vida Consagrada

por Teresa Power, em 08.07.15

No Painel da Vida Consagrada onde o Niall e eu demos testemunho no passado dia 19 de junho, o Senhor Bispo D. António Moiteiro foi naturalmente o primeiro a falar. No tom simpático e descontraído a que nos vem habituando, começou assim:

- As Irmãs que me desculpem, e não me levem a mal. As Irmãs fizeram voto de pobreza, obediência e castidade, mas este casal aqui, como muitos outros casais, recebeu um sacramento...

casados.jpg

Ao escutar o senhor bispo, fez-se luz sobre os meus próprios pensamentos àcerca deste tema. Na verdade, falar de pobreza, obediência e castidade no Painel da Vida Consagrada só foi difícil porque o tempo era pouco e o Niall e eu precisávamos economizar palavras e exemplos. Pode um casal viver os mesmos votos que os religiosos? Receber o sacramento do matrimónio implica comprometermo-nos com Jesus na nossa vida de família. E ao comprometermo-nos com Jesus, estamos naturalmente a comprometermo-nos com todas as suas Palavras, todo o seu Evangelho. Assim, o sacramento pressupõe os Conselhos Evangélicos de Pobreza, Obediência e Castidade, bem como os de Unidade, Caridade e todos os outros contidos na Palavra de Jesus.

Pode um casal viver uma vida de total consagração ao Senhor? Claro! Precisa de votos especiais para isso? Não, porque tudo está contido no sacramento, vivido com radicalidade e prontidão evangélicas. A Palavra de Jesus dirige-se claramente a todos, e tem até detalhes particulares para os que têm uma família:

 

"Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim. E quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim, não é digno de Mim. Quem procura a sua vida, há de perdê-la; e quem perde a sua vida por amor de Mim, há de encontrá-la." (Mt 10, 37-39)

 

As Famílias de Caná que vivem o seu compromisso com seriedade são famílias consagradas a Jesus e a Maria, e que renovam diariamente a sua consagração através da oração do Rosário e da repetição constante da pequena invocação: "Nós, Jesus".

Quando terminámos o nosso testemunho, naquele belo encontro de consagrados, o senhor bispo pediu-me que, em cinco minutos, explicasse às Irmãs o que são as Famílias de Caná. No final, uma Irmã expressou-se assim:

- Teresa, este movimento não é apenas para chegar aos confins de Portugal. É para chegar aos confins do mundo!

Que o Senhor a escute!

DSC02089.JPG

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 06:15



Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

subscrever feeds


livros escritos pela mãe

Os Mistérios da Fé
NOVO - Volume III

Volumes I e II



Pesquisa

Pesquisar no Blog  


Arquivos

  1. 2016
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2015
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2014
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2013
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D