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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
FAMÍLIA DE CANÁ
As Bodas de Caná
“Ao terceiro dia, celebrava-se uma boda em Caná da Galileia e a Mãe de Jesus estava lá. Jesus e os seus discípulos também foram convidados para a boda” (Jo 2, 1-2)
Não sabemos os nomes dos noivos que celebraram esta boda inesquecível em Caná da Galileia, mas sabemos que eram amigos de Jesus e de Maria. Talvez tivessem brincado com Jesus quando eram crianças ou frequentado a mesma sinagoga; talvez tivessem sido vizinhos. Não sabemos os seus nomes, porque hoje eles podem ser cada um de nós: somos Família de Caná sempre que convidamos Jesus e sua Mãe para a nossa festa!
Nossa Senhora Auxiliadora, Mãe de Caná
Nas Bodas de Caná, Maria antecipou a hora de Jesus; mas antecipou também a sua hora como Aquela que intercede por nós junto de Deus. A Mãe de Caná é assim, nos Evangelhos, a imagem mais perfeita da Senhora Auxiliadora dos cristãos.
As Famílias de Caná nasceram à sombra do Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora, em Mogofores, e têm na Mãe de Caná a sua Rainha.
Famílias de Caná
Ser Família de Caná é um estilo de vida, uma forma particular de ser família na grande família da Igreja Católica.
A Família de Caná nasce das raízes hebraicas da fé cristã e cresce no jardim de Nossa Senhora. Como toda a árvore, conhece-se pelos frutos (cf. Mt 12, 33). O fruto distintivo da família cristã é o amor. Diziam os pagãos ao falarem dos primeiros cristãos, segundo Tertuliano: “Vede como eles se amam!” E assim deve continuar a ser hoje.
No Judaísmo, a fé vive-se e celebra-se primeiramente em família. “Eu e a minha família serviremos o Senhor” (Jos 24, 15) proclamou Josué ao chegar a Canaã. As Famílias de Caná querem ser Igrejas Domésticas, pequenos oásis de fé cristã verdadeiramente vivida e celebrada, onde educar seja desafiar para a santidade e crescer seja uma aventura rumo ao Céu.
As cinco pedrinhas de David
Como se faz isso? Propomos “cinco pedrinhas”, tantas quantas David recolheu no leito do rio para com elas vencer o gigante Golias (Cf 1Sam 17):
1 – Consagração a Nossa Senhora
A Família de Caná começa o dia com a sua consagração a Maria, nossa Mãe e Rainha.
Invocação
“Nossa Senhora Auxiliadora, Mãe de Caná,
ensina-nos a fazer tudo o que Jesus nos disser!”
Consagração
“Nossa Senhora Auxiliadora, Mãe de Caná,
Consagramos-te hoje e sempre a nossa família.
Confiamos na tua intercessão de mãe,
Para que o vinho da fé, da esperança e do amor
Nunca acabe em nossa casa.
Faz de nós servos do Senhor, como tu,
E ensina-nos a fazer
Tudo o que Jesus nos disser.
Ámen!”
2 – Vida sacramental
A Família de Caná procura encontrar-se com Jesus através dos sacramentos: o matrimónio, fundador da família; o baptismo dos filhos; a eucaristia dominical e a adoração eucarística frequente; a confissão mensal; a unção dos doentes sempre que necessária.
3 – O canto de oração
A Família de Caná constrói em casa um lugar para a oração e aí se reúne uma vez por dia, em clima de alegria, simplicidade e disponibilidade para fazer o que Jesus disser.
4 – O Rosário e a Bíblia
Como na casa de Nazaré, a Família de Caná conta as histórias da Bíblia e medita nos mistérios da vida de Jesus, na companhia de Maria, para com Ela aprender a fazer o que Jesus disser.
O “Shemá”, aperfeiçoado por Jesus, marca o início e o fim de cada dia:
Shemá
“Escuta Israel
O Senhor nosso Deus é o único Senhor.
Amarás o Senhor com todo o teu coração
Com toda a tua alma e com todas as tuas forças
E amarás o próximo como a ti mesmo.
Faz isto e serás feliz.
Ámen!” (Lc 10, 27-28)
5 – Visitação
Como Maria em casa de Isabel, em Nazaré, em Caná e em Jerusalém, a Família de Caná “visita” o seu próximo, servindo-o com amor e levando-lhe Jesus.
Compromisso
Ser Família de Caná é um compromisso familiar do cristão, sem qualquer acto público ou distintivo exterior. As Famílias de Caná devem procurar viver a sua fé nas paróquias onde vivem, estando disponíveis para fazer tudo o que Jesus disser.
Para as auxiliar nesta caminhada de santidade, ser-lhes-ão propostos retiros e encontros, e todos os primeiros sábados receberão via correio electrónico uma curta meditação.
Quem quiser experimentar esta forma de ser Igreja poderá contactar a Família Power, enviando um e-mail para ntpower@sapo.pt, dirigido a Teresa Power e tendo como Assunto “Famílias de Caná”.
O Advento começa hoje. Cá em casa, a animação é grande: é preciso preparar o Canto de Oração, para que ele espelhe a mudança interior que queremos que aconteça em nós, e é preciso começar a preparar a prenda que vamos oferecer ao Menino Jesus este Natal. Ainda não tomámos todas as decisões a esse respeito, vamos conversando ao jantar. Quanto ao presépio, dia 8 traremos novidades!
Começamos então pelo Canto de Oração. A mãe passa a ferro uma bela cortina amarela e duas fitas vermelhas, para substituir a cortina cor-de-rosa que desde outubro marcava o tom da oração. Depois, com alguns alfinetes, penduramos nela anjinhos de Natal e uma fita de estrelas.
Em seguida, numa das fitas vermelhas colamos as pagelas que ilustram os Mistérios Gozosos do rosário - a Anunciação do anjo a Nossa Senhora, a Visitação de Maria a casa de Isabel, o Nascimento de Jesus, a Apresentação de Jesus no Templo, Jesus entre os doutores. Estes Mistérios marcam o ritmo da nossa oração até ao Natal e as imagens ajudam-nos a voltar o nosso pensamento para Jesus Menino e sua Mãe durante todo o dia.
Agora faltam as estrelas. Ah, mas essas são mais difíceis de lançar para o céu de Jesus! É que por cada estrela é preciso fazer uma boa ação, preparando a prenda do Menino Jesus. As crianças adoram esta atividade, que realizamos desde que os mais velhos eram pequeninos. Do primeiro dia do advento até ao Natal, todos os dias cada uma delas terá de "ganhar uma estrela" fazendo o bem, para depois à noite, na hora da oração familiar, a colar no céu do presépio. O António foi o primeiro a lançar uma estrela para o céu:
Finalmente, a Coroa do Advento. Na nossa casa, ela não é redonda, como manda a tradição, mas quadrada, pois foi feita por nós num suporte para flores que comprámos há muitos anos atrás. Com conchas apanhadas no verão na praia, líquenes, folhas e outros elementos da natureza, construímos um lindo centro. Um dia, num dos nossos passeios pela floresta, encontrámos um ninho caído. Nada melhor para servir de manjedoura ao Menino Jesus! Quatro velas fixas com cera em quatro conchas, e a Coroa está pronta.
Todos os domingos de advento acendemos mais uma vela antes da refeição da noite. Quando se apagam as luzes e as velas iluminam a escuridão, cantamos e fazemos uma breve oração. As crianças, que vibram com tudo o que mexe com os seus sentidos, adoram este breve momento do nosso Advento familiar!
Hoje, na missa, as leituras falaram de vigilância. No evangelho, Jesus referiu Noé, dizendo que no seu tempo, só Noé e a sua família se tinham dado conta de que o dilúvio estava para chegar. As outras famílias continuaram na sua azáfama, e nem repararam no temporal...
Jesus quer que imitemos Noé, estando atentos aos sinais dos tempos. O "temporal" pode chegar para nós em qualquer altura e apanhar-nos de surpresa. A morte - sim, precisamos de falar dela - espreita-nos onde menos a esperamos. Ontem, seis escoceses encontraram a morte enquanto relaxavam num pub, pois um helicóptero da polícia que sobrevoava a área avariou e caiu. O dia do Senhor chegará para nós tão inesperadamente como um helicóptero a aterrar num pub...
Será que a nossa "Arca" está preparada? É melhor começar a trabalhar na sua construção! Viver o Advento em família, preenchendo o nosso espaço e o nosso tempo familiar de símbolos que ajudam as crianças a visualizar o que é interior, é para nós uma bela maneira de trabalhar na Arca da nossa salvação.