Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
A propósito deste post, um leitor deixou o seguinte comentário:
Teresa: se eu amo DEUS, e adoro DEUS, procurarei estar com ele o meu máximo possível, certo? procurarei ouvir falar dele no meu máximo possível, certo? procurarei ouvir a sua palavra no meu máximo possível, certo? mas.. se eu não sinto que tenho que ir à missa... quererá dizer que afinal Deus não estará no centro da minha vida?!
Vou aqui traduzir o primeiro parágrafo de um livro que só conheço em inglês Getting Real about Education de Thomas J. Norris:
"Se quiseres conhecer o tesouro de alguém, olha para aquilo que o ocupa mais. O que quer que o absorva mais é o que a pessoa mais ama. Não é o que alguém diz que é importante para si que realmente o é. Pelo contrário, o que é verdadeiramente importante é o que a pessoa persegue na sua vida, ao planificar o seu dia, a sua selecção de objectivos, os sacrifícios que faz. Pois «onde está o teu tesouro, aí está o teu coração» (Lc 12, 34)."
E o padre Vasco Pinto Magalhães, conhecido jesuita, escreveu assim no seu livro Só avança quem descansa:
"Reparem que, habitualmente, todos achamos que queremos o que dizemos... Todos dizemos ter as prioridades relativamente bem arrumadas. Só que nos esquecemos de algo fundamental: é que uma coisa são as "prioridades da cabeça", outras são as "prioridades do coração" (...) Há grandes desfasamentos entre o que nós pensamos e o que nós fazemos, isto é, o que realmente queremos."
Façamos então o exercício proposto: olhemos com humildade e verdade para a nossa vida. Reparemos se as nossas acções correspondem às nossas crenças. Reparemos se dedicamos tempo áquilo que julgamos ser o mais importante. Reparemos se, nos nossos gestos, Deus tem mesmo o primeiro lugar.
Ao darmos o primeiro lugar à nossa relação com Deus, iremos descobrir que toda a nossa vida se "ajeita", que as pessoas que amamos recebem mais, e não menos, de nós e do nosso tempo, que a nossa família, o nosso trabalho e os nossos projectos se reconstroem e crescem. E porquê? Porque Deus nunca Se deixa vencer em generosidade. Nós damos-Lhe cinco, Ele retribui com cem. O evangelho conta-nos como Jesus multiplicou cinco pães e dois peixes ao ponto de alimentar cinco mil pessoas!
Se eu disser: "Adoro a minha mãe, mas não sinto necessidade de estar com ela senão muito raramente", alguma coisa está a falhar na nossa relação. Talvez eu me sinta mal na sua companhia, talvez tenhamos assuntos mal resolvidos entre nós, etc!
Se eu disser: "Adoro o Senhor, mas não sinto necessidade de ir à missa todos os domingos", o que será que está a falhar? De novo, é preciso humildade e verdade para ver a nossa realidade como ela é, sem a imaginarmos como gostaríamos que ela fosse. A missa é o encontro mais profundo que podemos ter com Deus. Se hoje não sentimos necessidade dela, temos de insistir, insistir, insistir, até não podermos passar sem ela. Ninguém gosta de natação ao primeiro mergulho! Só depois de muita prática, de muitas braçadas, de muito suor, é que aprende a nadar e a gostar...
Cada semana tem 168 horas, todas oferecidas gratuitamente por Deus. Será que uma hora é assim tanto tempo? Não temos uma hora para Ele?
Peçamos ajuda ao Senhor para ver a verdade e, vendo, a viver. Há muitos e bons livros escritos sobre a missa, mas mesmo depois de os lermos todos, nunca entenderemos o valor da missa senão experimentando, com fidelidade, domingo após domingo, sem desistir. E quando o descobrirmos, descobrimos também que não podemos passar sem ela!
Já aqui falei da difícil e lenta aprendizagem da partilha, que acontece com naturalidade numa família numerosa. A propósito, este pequeno episódio:
A Lúcia, de cinco anos, foi a uma festa de anos. Quando o pai a foi buscar, a mãe da aniversariante colocou-lhe nas mãos uma bolinha de chocolate, para a viagem de regresso a casa. Depois perguntou-lhe quantos manos ela tinha e, pegando em cinco outras bolinhas, colocou-lhas também entre as mãos, "para os manos".
A viagem até casa demorou cerca de dez minutos, e o pai estranhou o silêncio prolongado da Lúcia. Pensou naturalmente que ela estava cansada de brincar e tinha adormecido. Mas quando chegaram a casa, ela vinha bem acordada.
- Agora podes ir dar os chocolates aos manos, Lúcia - Disse-lhe o Niall, tirando-a do carro.
- Não tenho nenhum chocolate! - Respondeu ela muito depressa.
- Ai não? Então onde estão as cinco bolinhas de chocolate que a mãe da Laurinha te deu?
- Comi-as!!! Sabes, elas estavam a derreter...
A Lúcia tem muito que aprender...
... Mas nós também! Sempre que acumulamos objectos inúteis nas nossas casas, sempre que compramos por comprar, sempre que comemos demais, sempre que gastamos demais, sempre que deitamos comida fora, estamos a roubar o que pertence aos pobres. O Papa Francisco não se cansa de o afirmar! Na sua conta oficial do Twitter, o papa escreveu:
"O consumismo habituou-nos ao desperdício. Mas deitar comida fora é roubar aos pobres e aos famintos" (7-6-13)
A humanidade é a família numerosa dos filhos de Deus, e a melhor escola de partilha que podemos frequentar!
No seu comentário ao post sobre o Retiro para Famílias, a Helena levantou um conjunto de questões relacionadas com a missa. Entre várias coisas, perguntou:
"É preciso ir à missa? A missas chatas e aborrecidas? Com os meus filhos que nao param quietos e que irão achar a missa tão aborrecida como eu achava na idade deles e continuo a achar? Porque é que é preciso ir à missa? Nao basta eu acreditar em Deus?"
Vamos então tratar deste assunto em dois ou três posts nos próximos dias.
Na vida, há obrigações que não se discutem. Certos gestos são tão importantes, que nos definem como humanos. E se não os cumprimos, dizemos que nos tornámos "desumanos". Por exemplo, cuidar dos nossos filhos, socorrer um acidentado no meio da rua. Se dissermos a uma mãe "tens obrigação de alimentar o teu filho", não estamos a falar de uma obrigação imposta exteriormente por alguma lei estatal; estamos a falar de um acto que define a própria maternidade.
No catolicismo, há obrigações que não se discutem. Certos gestos são tão importantes, que nos definem como católicos. A missa é um deles. Assim, quando a Igreja fala na "obrigação" de ir à missa, está a falar de um acto que define a própria essência do catolicismo. Não é uma obrigação imposta exteriormente, mas um gesto que prova a nossa catolicidade.
Imaginemos alguém que diz: "Eu amo os meus filhos, mas só os alimento quando me apetece." Ou ainda: "Eu vou casar, mas não tenciono ter relações sexuais. Não acho isso importante"...
É assim que soa o comentário moderno: "Eu sou católico, mas não acho importante ir à missa." Ou: "Eu sou católico, mas só vou à missa quando me apetece."
Ao fazermos uma opção fundamental de vida, sabemos que estamos a acartar com um conjunto de "obrigações". Não posso ser mãe só quando os meus filhos estão a rir, e deixar de o ser quando fazem birras. Não posso ir trabalhar só quando me apetece, e ficar em casa quando estou pelos cabelos. Mesmo que, num momento da vida, a missa nos pareça "chata" (o que não significa que um dia não venhamos a sentir verdadeiro prazer nela!), ela faz parte da nossa opção fundamental - tomada em perfeita liberdade - como católicos, e por isso, queiramos ou não, apeteça ou não, temos de continuar a participar nela todos os domingos.
Portanto, a pergunta "Sou obrigado a ir à missa?" e as objecções levantadas a esta obrigação não estão bem formuladas, pois partem do princípio que a obrigação da missa dominical é um preceito imposto do exterior. A pergunta exacta seria antes: "Até que ponto eu me identifico como católico?"
Mas por que razão a missa define a nossa identidade católica? O que é que acontece de tão importante na missa para a tornar essencial à nossa fé?
O santo Padre Pio dizia frequentemente:
"Se os cristãos soubessem o que é a missa, precisaríamos que a PSP estivesse todos os domingos às portas das igrejas para organizar as multidões."
Veremos então porquê nos próximos posts sobre a missa.
Poucos dias antes do Natal, um vizinho anónimo (as crianças andam à procura de pistas sobre a sua identidade) ofereceu-nos uma gatinha preta. "Ofereceu-nos" não é bem a palavra. O que ele fez mesmo foi despejá-la no nosso jardim, sabendo que aqui ela encontraria um lar. E não se enganou! Esta foto foi tirada dois minutos depois de a encontrarmos:
E esta foi tirada na manhã seguinte, depois do Niall e eu corrermos toda a casa à sua procura, antes das crianças acordarem:
Conseguem distinguir qual destes dois "peluches" é verdadeiro?
A Bella entrou nas nossas vidas, e agora faz parte da família. Sabemos, naturalmente, que em qualquer momento podemos ficar sem ela, pois é comum os nossos gatos morrerem atropelados na estrada. A morte faz parte da vida e vamo-nos acostumando a ela. Mas por enquanto, alegramo-nos com a sua visita.
No salmo 84/83, o salmista canta assim as maravilhas do Templo do Senhor:
"Como são amáveis as tuas moradas, ó Senhor do universo!
Até os pássaros encontram abrigo
E a andorinha um ninho para os seus filhos,
Junto dos teus altares, Senhor Deus do universo.
Felizes os que habitam em tua casa
E te louvam sem cessar!"
Jesus tinha um coração maior do que o mundo, acolhendo com amor infinito quem d'Ele se aproximava. E a seu exemplo, a Igreja procura ser esta casa de portas abertas, onde até o mais pequeno dos filhos dos homens é acolhido. Ao longo dos séculos da sua aprendizagem na escola do Senhor, a Igreja cometeu muitos erros, mas também foi ela a primeira a chegar lá aonde ninguém queria chegar: aos pobres, aos abandonados, aos famintos. Foi a Igreja que fundou as primeiras escolas, os primeiros hospitais, os primeiros orfanatos. Quando o supertufão atacou as Filipinas,o mundo levou algum tempo a encontrar formas de voar até às ilhas para ajudar os sobreviventes. Mas ao chegar, descobriu que as Missionárias da Madre Teresa de Calcutá já lá estavam, de mangas arregaçadas e sorriso no rosto.
Também as portas das nossas casas precisam de se abrir a quem bate. E não apenas a gatinhos "perdidos": é preciso acolher todos os que procuram um abrigo, um ombro amigo, uma palavra, um saco de roupa, um cabaz de comida, ajuda para encontrar emprego, ou apenas uma oração...
Uma destas noites, antes de me deitar, abri a porta do frigorífico e deparei com este bilhetinho, pousado sobre a última fatia de crumble de maçã:
"Querido Francisco: esta fatia de crumble de maçã é para a mãe. Um abraço, Pai" (O Niall exprime-se sempre com os filhos em inglês, sua língua materna)
Sorri. Mais uma brincadeira entre pai e filho mais velho! O Francisco costuma "assaltar" o frigorífico todas as noites antes de se deitar, e de manhã, os efeitos do "assalto" fazem-se notar. Desta vez, o pai quis ter a certeza de que o seu querido filho não iria engolir de uma só vez o que restava da sobremesa preferida da mãe.
As mães deixarem a melhor fatia aos filhos, é instintivo e absolutamente natural. Até as minhas galinhas, quando têm pintaínhos, o fazem, e é ternurento observar como a mãe-galinha escolhe com o bico os grãos mais tenros para depois os colocar aos pés dos pintaínhos mais frágeis.
Mas os filhos deixarem a melhor fatia para as mães, é algo que precisa de ser treinado, e pode ser treinado a brincar.
Cresci a ver a minha avó cuidar da sua mãe até ao fim, na sua própria casa. E agora vejo a minha mãe cuidar da minha avó, já muito enfraquecida de mente e de corpo, com toda a ternura do mundo. Quando a minha vez chegar, quero estar à altura. E quando for a vez dos meus filhos, desejo de todo o coração que sejam capazes de um amor que dá até doer.
O quarto mandamento da Lei de Deus diz-nos assim:
"Honra teu pai e tua mãe para que se prolonguem os teus dias sobre a terra que o Senhor te dá." (Ex 20, 12)
Ou seja: honra teu pai e tua mãe, se queres ser feliz. O amor é a única fonte de felicidade.
Depois de ler o bilhete, e de reparar que a fatia estava mesmo intacta - o Francisco tinha uma piada divertida na ponta da língua, na manhã seguinte - sentei-me calmamente na mesa da cozinha, com uma chávena de chá e a dita fatia à frente. Sem complexos de culpa, deliciei-me com a minha sobremesa preferida.
No dia 15 de fevereiro vamos realizar o terceiro retiro para famílias. Teremos um espaço fantástico - o Centro Social S. José de Cluny, ou seja, o infantário dos nossos filhos, com todas as facilidades inerentes a qualquer infantário de qualidade. Assim, os mais pequeninos terão tudo o que é preciso para passarem um dia espectacular, e os maiores também!
O Retiro é gratuito, e cada família deverá trazer um piquenique para partilhar. Começamos às 9h30 e terminamos pelas 17h30, depois de um espectáculo de ilusionismo com evangelização, feito pelo Francisco. É um conceito invulgar e ousado de ilusionismo, que o nosso filho gosta de explorar e que crianças e adultos vão adorar!
Durante todo o dia, partilharemos convosco a nossa experiência como Família de Caná, em ambiente de silêncio e meditação. As crianças e os jovens terão actividades adequadas às suas idades e os bebés estarão muito bem entregues. Todos farão uma experiência profunda de encontro com o Senhor.
Teremos ainda tempo para oração em família, para a eucaristia e para confissões, se assim o desejarem. E, claro, tempo para rir, brincar e conviver.
Ser Família de Caná é um desafio a viver o evangelho em família, com exigência e simplicidade. Não implica reuniões nem papéis, pois o compromisso é totalmente familiar e interior.
Todos estão convidados! Quem vier de longe pode ter alojamento gratuito em casa de famílias na nossa paróquia, ou pode ficar numa das muitas residenciais da nossa zona, por sinal bem turística.
Se tiverem dúvidas ou dificuldades com o formulário, contactem-nos através deste blog ou do e-mail.
Contamos convosco!
Encontrei a Sara a caminhar pela casa, no seu passinho meio trôpego, de telemóvel ao ouvido:
Fiquei a pensar no quão importante é para uma criança imitar os gestos dos pais. A imitação é na realidade a primeira forma de aprendizagem. Quando me vê a falar ao telefone, a Sara sabe perfeitamente que não estou a falar para o vazio, mas para alguém que ela não vê, e que só eu consigo escutar. De telemóvel na mão, ela vai praticando o gesto, para um dia ser capaz de lhe oferecer conteúdo.
Lembrei-me então da oração. Quando a Sara me vê a rezar - e vê todos os dias - ela sabe bem que eu não estou a falar para o vazio, mas sim a conversar com Alguém que não vejo, mas que me esforço por escutar atentamente. Olhando para a mãe em oração, a Sara vai imitando os gestos, o pôr das mãos, o ajoelhar, até ao dia em que, finalmente, oferecerá a Deus a sua própria oração.
Aprende-se a rezar ao colo da mãe e do pai, vendo a mãe e o pai rezar. Santa Teresinha do Menino Jesus escreveu na História de Uma Alma:
"Bastava-me olhar para o meu pai em oração para ver como rezam os santos!"
Uma das tarefas obrigatórias em tempo de férias cá em casa é o que nós chamamos de "despejo do entulho". Consiste simplesmente em três coisas:
- Deitar no lixo os objectos partidos ou estragados, sejam brinquedos, louça, roupas, sapatos, recordações, quadros ou livros.
- Dar a alguém necessitado os objectos que, embora em bom estado, não estão a uso - incluindo novamente roupas, brinquedos e calçado.
- Organizar o que resta.
Há um ditado africano que diz o seguinte: cresce a família, diminui a mobília. Isto porque é preciso fazer espaço para as pessoas que vão chegando.
Precisámos de reorganizar a nossa casa a cada novo bebé. Como só temos três quartos, fomos mudando de quarto à medida das necessidades, até chegar ao equilíbrio actual: três meninas num quarto, três meninos no outro, os papás no terceiro. E de cada vez que foi preciso mudar as camas de quarto para quarto, tivemos de o fazer pelo exterior, pois as camas não contornam as curvas do corredor. A rir, imaginávamos os comentários dos vizinhos: "Lá estão os Power a passear as camas..."
A família vai crescendo, e os objectos vão diminuindo. Há mais espaço para brincar e o pó limpa-se mais facilmente!
Há um conceito implícito de reciclagem na nossa rua que é mais ou menos assim: quem não quer um objecto, coloca-o cuidadosamente ao lado do caixote do lixo, e em cerca de duas horas ele desaparece. Foi assim que, por exemplo, o Reino de Náturia ganhou um trono...
... e foi assim também que nos livrámos de muita mobília com pouco uso. A cadeira da papa já deu para dez crianças - sete filhos e três sobrinhos - e parece ter chegado ao fim da vida? Estamos enganados: depois de meia hora em frente do caixote do lixo, misteriosamente desaparece!
Uma das maravilhas de ser família numerosa é que a roupa e o calçado circulam de irmão para irmão. Quando os mais novos precisam de sapatos, vamos até à garagem e abrimos uma caixa de plástico enorme que se transforma de repente numa sapataria fantástica. Com que alegria eles experimentam os sapatos dos irmãos! E o mesmo acontece com os casacos, as saias e as camisolas.
Mas o conceito de reciclagem da nossa terra vai ainda mais longe. Parece que por aqui, antes de levarem as roupas que deixam de servir ao roupão público, as pessoas tentam a casa dos Power. Com tantas crianças, alguma coisa há-de fazer jeito! E é assim que praticamente em todas as mudanças de estação os amigos nos batem à porta com um saco de roupa belíssima para ser distribuída pelos Powers. Que festa, quando a roupa "nova" chega cá a casa! A generosidade dos amigos tem sido uma verdadeira bênção para nós e já nos fez poupar uma pequena fortuna em roupa.
E não é só roupa. As hortas por cá também são bastante produtivas. Vejam esta foto da véspera de Natal de há dois anos, quando o vizinho da frente nos bateu à porta... e tivemos de pedir ajuda aos meninos:
Durante todo o ano temos fruta e legumes frescos da mais alta qualidade, que fazem as delícias de todos e nos enchem de gratidão.
Ser família numerosa significa que as crianças aprendem a partilhar à nascença. Mas não pensem que é fácil! Demasiadas vezes, os brinquedos de um aparecem brutalmente assassinados nas mãos de outro, e as prateleiras mais altas do Francisco e da Clarinha são assaltadas por mãos curiosas...
O evangelho ensina-nos a partilhar. Quem tem demais, tem o que não lhe pertence, pois esse "demais" que eu tenho faz falta ao meu irmão. Partilhar é, pois, um gesto da mais elementar justiça. E de vez em quando é preciso arejar a nossa casa, fazendo espaço para as pessoas e dando uso às coisas, "reciclando-as" junto de quem precisa. O começo de um novo ano pode ser uma belíssima altura para esta "higiene material"!
Disse S. Paulo:
"A fim de ganhar a Cristo, tudo perdi e tudo considero como esterco." (Fl 3, 8)
Precisamos de ensinar às crianças o real valor das coisas: "esterco". Valor, têm as pessoas, e o Evangelho de Jesus, nosso Salvador...