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Brian

por Teresa Power, em 11.08.14

O dia 8 de agosto é, para a família do Niall, um dia especial: o aniversário da morte do Brian, o irmão mais chegado do Niall – tinham um ano de diferença – que morreu num trágico acidente no rio aos dezoito anos. Como sempre quando vimos à Irlanda, estivemos presentes neste dia festivo.
Festivo? Bem, sim! Às dez da manhã, a família reúne-se na igreja para a missa. É o momento em que todos os Powers, grandes e pequenos, crentes e menos crentes, “praticantes” e “não praticantes” (na família do Niall há uma grande variedade!), se reúnem diante de Jesus para honrar a memória do Brian, para rezar por ele ou com ele. Depois, a família visita o túmulo do Brian, no cemitério em redor da igreja como é costume aqui na Irlanda.

Segue-se o tradicional chá com scones e bolos na casa dos pais do Niall – e é aí que a festa acontece! A casa dos meus sogros transborda literalmente de crianças e adultos, e ouvem-se gritinhos de excitação, gargalhadas, conversas divertidas e brincadeiras por todos os cantos. Os scones quentinhos, fornada atrás de fornada, cobrem-se de geleias e  manteiga irlandesa, o chá bem escuro vai enchendo chávena após chávena.


O Brian brincou lado a lado com o Niall durante toda a sua infância. Agora está presente na alegria e no convívio dos irmãos e dos sobrinhos, que em seu nome se reúnem todos os anos para celebrar a vida…
Para os meus filhos, o “dia do Brian” ficará memorável pelo magnífico convívio com primos e tios. Não o esquecerão nunca, tenho a certeza!

 

"O Senhor é que tira a vida e a dá" (1Sm 2, 6).

 

Deus é o Senhor da vida e da morte, a Ele pertence o passado, o presente e o futuro. Na eternidade, todos nos encontraremos para festejar o dia sem ocaso. Até lá, esforcemo-nos por Lhe entregar o que é d’Ele, sem medo nem revolta, aceitando a vida como ela é, e seremos felizes…

 

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publicado às 05:57

Chuva

por Teresa Power, em 10.08.14

O tempo meteorológico na Irlanda é muito engraçado: tão depressa está um céu lindo, azul, sem uma única nuvem, como logo a seguir começa a chover. Ficamos sem saber de onde surgiram de repente tantas nuvens escuras, e ainda estamos a reflectir no assunto, quando o vento as afasta novamente para longe e o sol retoma o seu brilho. E assim passamos o verão! Não admira, portanto, que os Irlandeses tenham uma atitude muito descontraída em relação ao tempo, e por exemplo deixem a roupa a “secar” lá fora enquanto vem o sol, vem a chuva, volta o sol e volta a chuva. Eu, pelo contrário, passo o dia a trazer o estendal para dentro e de novo para fora!


Esta inconstância do clima faz dos irlandeses pessoas muito agradecidas: assim que um raiozinho de sol espreita no céu, logo o seu sorriso se ilumina e cumprimentam-nos na rua com um simpático “What a nice day!” A praia na Irlanda é uma experiência divertida, porque temos de alternar – e com bastante rapidez – entre os fatos de banho e os impermeáveis. O ideal é fazer como aqui se faz: levar o impermeável por cima do fato de banho…
Como convivo com irlandeses há vinte anos, há muito que aprendi a divertir-me na praia com sol ou com chuva, com frio ou com calor. E confesso que prefiro estar na praia a caminhar por entre as rochas, a procurar caranguejos, a chapinhar com a Sara à beira-mar, a espreitar as flores na relva que chega quase à água, do que deitada a tostar ao sol, como é tradição em Portugal – e como eu nunca consegui fazer, por dificuldade inata em estar parada! As crianças, então, riem a valer enquanto vestem o impermeável por cima do fato de banho…

 

A experiência tão simples com a meteorologia irlandesa faz-me sempre reflectir na nossa atitude na vida… O sol e a chuva dos acontecimentos, dos temperamentos das pessoas que nos rodeiam e das nossas próprias emoções alternam na vida com a mesma rapidez com que o sol e a chuva da natureza alternam na Irlanda. Podemos ter uma atitude rezingona, queixando-nos sempre que o “tempo” não é do nosso agrado; ou podemos “deixar a roupa lá fora” através da chuva e do sol, sabendo que acabará por secar… Podemos aprender a sorrir ao mais pequenino raio de “sol”, contentes com o que Deus nos dá, e enfiar um impermeável quando chega a “chuva”, sem refilar, contentes com o que Deus nos tira. Como com a meteorologia, há muito pouco que possamos realmente controlar na nossa vida, embora a ciência e a técnica nos procurem convencer do contrário. Resta-nos aprender a controlar a nossa forma de reagir! Dizia o pobre Job, na belíssima história de sofrimento e fé da Bíblia:

“O Senhor mo deu, o Senhor mo tirou, bendito seja o nome do Senhor!” (Job 1, 21)

 



 

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publicado às 06:41

Mão na mão

por Teresa Power, em 09.08.14

Quando estamos na casa de férias ou na casa dos avós, aqui na Irlanda, a Sara corre e pula por todo o lado, feliz. Mas assim que pomos um pé fora de casa e vamos, por exemplo, até ao mar, ou caminhar nas falésias, ou jogar à bola no “green”, a Sara diz imediatamente uma das poucas frases que consegue construir na perfeição:
- Dá cá a mão!
Um de nós tem então de lhe oferecer a mão, ou apenas um dedo, e a Sara lá se aventura em território desconhecido. Não pensem que é fácil! Ela é exigente, e pode puxar-nos a mão – e por consequência, toda a nossa pessoa – aos ziguezagues pela praia, durante as duas horas em que estivermos à beira-mar. Temos de aprender a comer, a pôr creme solar, a vestir e despir casacos e a desatar sapatos com uma só mão, porque a outra está permanentemente ocupada!
Conseguem identificar a Sara nesta imagem? É fácil, não è?...

E nesta?

De mão na nossa mão, a Sara é capaz de tudo…

Crescer, eu sei, é aprender a precisar cada vez menos desta mão estendida; mas crescer é também aprender a precisar cada vez mais de uma outra Mão… Por isso Jesus nos disse:


“Se não vos tornardes como uma criança, não entrareis no Reino dos Céus.” (Mt 18, 3)


Quando precisar de me aventurar na vida e avançar para o desconhecido; quando o caminho diante dos meus pés me parecer difícil, escorregadio, irregular; quando tiver medo e me faltar a coragem, quero repetir a oração da Sara: “Dá cá a mão!”


“Mesmo que tenha de atravessar vales tenebrosos
Nada temo, porque estás comigo.
A tua mão e o teu cajado dão-me confiança…” (Sl 22/23)

 

 

 

 

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publicado às 06:40

Os Guardiães da Luz

por Teresa Power, em 08.08.14

Há muito, muito tempo, entre os séculos V e XIII, os monges irlandeses habitavam este simples mosteiro à beira-mar:

 

 


Há muito, muito tempo, no século XIII, o Lorde de Leinster construiu aquele que é hoje o farol operacional mais antigo do mundo, o farol de Hook:

Para o farol iluminar a noite e os navios, que frequentemente embatiam contra as falésias magníficas da costa, era necessário transportar uma tonelada de carvão por dia até ao cimo. Quem estaria disponível para o fazer? O lorde de Leinster teve uma ideia: convidou os monges a abandonar o seu mosteiro frio e húmido e a habitar no farol. Ofereceu-lhes os campos em redor para cultivar e o acesso livre às águas cheias de peixe do mar, e em troca pediu-lhes para manterem o fogo sempre aceso no cimo do farol.
Assim, todos os dias os monges carregavam uma tonelada (uma tonelada!!!) de carvão pela escada em caracol até ao cimo do farol. Todos os dias os monges rezavam as suas orações, celebravam a missa e entoavam salmos e hinos ao Senhor. O farol – casa da luz, “lighthouse” – tornou-se assim verdadeiramente Casa da Luz. E os monges ficaram conhecidos como os Guardiães da Luz – “The Keepers of the Light”.

Ontem subimos as escadas em caracol até ao cimo, para escutar esta história e contemplar a Criação...

 

 


O rei Henrique VIII expulsou os monges do farol, mas não conseguiu destruir a sua história.
Caminhando com a minha família pelas falésias, brincando junto do mar, escalando as rochas, contemplando o horizonte, não posso deixar de pensar no símbolo magnífico que a História criou: os monges habitando um farol, o farol transformado em mosteiro, a luz que brilha no cimo, os guardiães da luz transportando diariamente o carvão até ao cume…

 

 

 


"Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte, nem se acende a candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas sim em cima do candelabro, e assim alumia a todos os que estão em casa. Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai, que está no céu." (Mt 5, 14-16)


Será que a minha casa, a minha família e a minha vida são verdadeiramente “Lighthouses”, Casas da Luz? Estarei eu disposta a transportar todos os dias o carvão necessário para que a luz nunca deixe de brilhar? Serei eu capaz de transformar qualquer farol em mosteiro, a minha casa em igreja doméstica? Serei eu Guardiã da Luz que recebi no dia do meu baptismo?
Também a mim, como àqueles monges, Deus ofereceu uma casa, um trabalho e uma paisagem para cultivar e amar. Em troca, pede-me que nunca deixe a Luz apagar…

 

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publicado às 06:47

Mais um blog de uma Família de Caná!

por Teresa Power, em 07.08.14

O universo dos blogues precisa de ser cristianizado, como aliás todo o nosso mundo. Assim, blogues católicos são sempre bem vindos! Não blogues moralistas, nem blogues sectários, mas blogues que transbordem alegria, oração, vida em família, valores cristãos abertos a tudo o que é bom e belo. E ao que parece, as Famílias de Caná estão em força nesta decisão de evangelizar também através da internet! Depois do blogue da família da Olívia, que nos está a comover a todos com a história lindíssima da sua família, convido-vos a conhecer o blogue da família Almeida, a família da Rute e do Serge! Conhecemos esta linda família num retiro Famílias de Caná. Vieram, sem saber nada sobre nós para além do que liam neste blogue, e logo se identificaram de coração com o ideal das Cinco Pedrinhas. Entre as nossas duas famílias nasceu e cresceu uma amizade verdadeira e alegre, cheia de partilha e oração conjunta. Só faltava realmente um blogue para a partilha ser completa! Não deixem de visitar e de seguir: Rezando a Vida em Família. Eu já me tornei fã... Vale a pena!

Deixo-vos com algumas fotos das nossas crianças juntas:

 

 

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publicado às 07:43

Crianças e mais crianças

por Teresa Power, em 06.08.14

Desde o primeiro dia que vim à Irlanda, há vinte anos atrás, que fiquei apaixonada por este país. O verde, as falésias de cortar a respiração, os pastos e as vaquinhas, os caminhos estreitos por entre pequenas quintas, tudo me encantou desde o primeiro momento. No entanto, não é essa a vista mais bonita da Irlanda. Vou mostrar-vos qual é:

 

 

Estas fotos foram tiradas num parque infantil, a meio da semana. Sim, como disse ontem no post, a Irlanda transborda de crianças! Durante todo o dia de hoje, passeando no Kennedy Park, não encontrei famílias com menos de três filhos. É realmente fantástico caminhar por entre tanta algazarra e tanta alegria! Eu sei que sou suspeita, porque adoro estar rodeada de pequeninos (acho que já tinham reparado...) mas acreditem que é mesmo giro! Rezemos com força para que o nosso país apoie verdadeiramente as famílias, e para que as famílias cristãs não tenham medo de ter filhos... Não há nada mais bonito que um parque infantil a abarrotar! A sério.

 

"Crescei e multiplicai-vos e enchei a terra" (Gen 1, 28)

 

Reconhecem os Powers portugueses?

 

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publicado às 21:54

The green

por Teresa Power, em 06.08.14

A Irlanda está a transbordar de crianças. É realmente giro ver tantas famílias numerosas - embora ainda não me tenha cruzado com nenhuma do tamanho da nossa - e ver crianças em todas as esquinas. Os meus cunhados falam de um "baby boom" e explicaram-me que as escolas têm cada vez mais alunos. Seria tão bom poder dizer o mesmo de Portugal! Talvez daqui a uns anos...

Conseguem identificar alguns dos Powers portugueses nesta foto de brincadeiras em família, no jardim da irmã mais velha do Niall?

 

 

Mas nem só em jardins se brinca na Irlanda. Aqui, a lei de planeamento urbanístico obriga à construção de um "green" - um espaço relvado público - ao fim de um certo número de casas. Assim, não importa se os jardins de cada família são grandes ou pequenos, todas as crianças podem correr e jogar à bola pertinho das suas casas, fazendo amigos entre os vizinhos e partilhando brincadeiras. "Brincar na rua", este conceito que no nosso país está morto e enterrado, é portanto um conceito muito actual na Irlanda. Eu não podia simpatizar mais com ele! A infância quer-se com liberdade, com brincadeira e com muitos, muitos amigos. Para uma criança crescer feliz, precisa de aprender a partilhar, a gerir conflitos, a conviver com quem é simpático e quem não é, a dar e a receber. Muito mais do que brinquedos, as crianças agradecem ter amigos com quem brincar!

Os nossos filhos aderiram de alma e coração à ideia do "green". Brincaram com o pai no "green" da sua infância, jogando à bola e subindo às árvores, brincaram com os primos nos "greens" das suas casas, e brincam alegremente com as crianças irlandesas que vão conhecendo no "green" do aldeamento de férias onde estamos. Ora vejam lá se não é uma belíssima ideia! Os nossos governantes são capazes de inventar leis tão disparatadas... Não acham que a lei da obrigatoriedade de um "green" perto das nossas casas seria uma lei realmente inteligente?

 

 

 

 

Leis justas e generosas, leis que protegem as crianças e as famílias, leis que defendem os idosos e incentivam a natalidade são leis que fazem dos nossos países nações cristãs. Diz o salmista:

"Feliz a nação que tem o Senhor por seu Deus,
o povo que Ele escolheu para sua herança..." (Sl 32/33)

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publicado às 06:52

Desconforto

por Teresa Power, em 05.08.14

Uma das grandes coisas das férias – pelo menos das férias das pessoas comuns, que não têm acesso a hotéis de cinco estrelas ou a cruzeiros no Mediterrâneo - é permitir-nos algum grau de desconforto na vida. E porque é que isso é uma grande coisa? Porque nas férias damo-nos conta de que não precisamos de tanto quanto julgávamos para sermos felizes e para nos divertirmos a valer! De repente, descobrimos que podemos viver sem os objectos que, durante o ano, julgamos indispensáveis, a net não funciona com a rapidez que desejávamos, podemos habitar casas mais pequenas ou viver em tendas, e descobrimos que esse desconforto relativo não diminui em nada, antes aumenta a nossa alegria. E isso é fantástico! 

O Papa Francisco disse numa homilia que não se pode ser cristão passando pela vida numa viagem de primeira classe (26-9-13).  Diante dos problemas gravíssimos que o nosso mundo atravessa, os cristãos não podem fazer das férias uma busca do conforto e do luxo que são negados a tantos irmãos nossos! As férias cristãs não podem nunca ser ocasiões de busca de nós mesmos, de busca egotística de prazer pessoal. Precisamos de aprender a viver com menos coisas e mais alegria, menos conforto e mais tempo de família. Isso sim transforma as férias em grandes ocasiões da felicidade cristã! Disse Jesus:


 “As raposas têm tocas, os pássaros têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça.” (Mt 8, 20)


Jesus, o Filho de Deus, passou por esta vida com muito menos conforto do que nós, simples criaturas:

E por falar em repouso… Reparem nesta fotografia:

E reparem agora nesta, algumas horas mais tarde…

Não, não são sardinhas alinhadas numa lata de conserva: são quatro crianças alinhadas numa cama de casal atravessada – a solução ideal para a falta de camas na casa de férias! O inconveniente é naturalmente o tempo que demoram a adormecer, no meio de muitos pontapés; a vantagem são as gargalhadas…
Mas depois de uma noite mais ou menos agitada, chega a recompensa (eu não me esqueci da promessa de belas fotos neste blog...):


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publicado às 06:07

Cabby

por Teresa Power, em 04.08.14

Tenho aqui na Irlanda um sobrinho profundamente autista. Recordo o seu olhar meigo e o seu sorriso traquina quando o conheci, bebé de ano e meio, e pela primeira vez ele brincou com o meu bebé, o Francisco. Nós, as mamãs, estávamos felizes, ambas longe de imaginar as surpresas que a vida nos iria trazer a ambas… Aos quatro anos, o diagnóstico do Sean estava completo, e com seis anos, o Sean já habitava um mundo só seu, que ninguém conseguia penetrar. A sua frustração nunca parou de crescer, e a vida da sua família (o Sean tem três irmãos) tornou-se cada vez mais difícil.


O Sean tem uma grande amiga: Cabby. Cabby é uma cadela-guia, criada especialmente para tratar do Sean, e capaz de dar por ele a vida. Cabby é também a melhor amiga dos meus cunhados: antes dela aparecer nas suas vidas (tiveram de esperar bastante pela sua vez, pois estes cães altamente treinados são raros e há muita procura), a Sheila e o John quase não saíam de casa, incapazes de controlar o pequeno Sean em lugares públicos, quando as suas crises se intensificam. Com a Cabby, eles podem finalmente ir a muitos lugares e estar em público, pois sabem que o Sean está seguro e que as pessoas estão seguras à sua volta.
Hoje, fomos com o Sean e a sua família à praia. Quando o vi, unido à Cabby por uma forte corrente, lembrei-me de um versículo da Bíblia, de uma das minhas histórias preferidas, o Livro de Tobias:

 

"O jovem partiu e, com ele, também o anjo. E ainda o cão, que os seguiu." (Tb 6, 2)

"O cão, que os tinha acompanhado durante a viagem, correu adiante como um mensageiro, e mostrava o seu contentamento fazendo festas e abanando a cauda." (Tb 11, 9)


Se os bons cães - aqueles que nos acompanham na grande viagem - têm um lugar na Bíblia, tenho a certeza de que também terão no Céu, quando toda a Criação for renovada em Jesus!

 

                                            (Sean, o pai e Cabby)


A minha cunhada Sheila, irmã do Niall, é uma grande mulher, a quem a vida não assusta. Como acontece com as outras mães que eu conheço de perto, abençoadas com filhos diferentes – de todas elas, o meu sobrinho é mesmo o mais diferente – a Sheila é capaz de fortes gargalhadas e nunca perde o sorriso. Quem conhece a dor – e eu também conheço… - conhece também aquela mão divina, segura e carinhosa, que nunca nos deixa cair muito fundo…

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publicado às 06:45

Aprender a nadar

por Teresa Power, em 03.08.14

O Francisco e a Clarinha frequentaram dois anos de natação, aos seis e sete anos, para aprenderem os rudimentos da arte de sobreviver na água. Bastaram esses dois anos para fazer deles belos nadadores, capazes de longas horas de diversão.
Quando fez seis anos, foi a vez do David. Mas ao contrário dos irmãos mais velhos, o David não gostou particularmente das aulas de natação, e empenhava-se em arranjar desculpas para não ir.
- É muito cansativo – dizia frequentemente. Ou então: - Estamos sempre a fazer a mesma coisa, fico muito farto! – Ou ainda: - Hoje está a chover, acho que já chega de água…
Mas o Francisco e a Clarinha encorajavam-no:
- Quando não te apetecer ir nadar, David, lembra-te do verão – Diziam-lhe – Pensa como vai ser bom poderes nadar no mar à vontade, sem medo das ondas… Isso dar-te-á coragem para não desistires!
E o David nunca desistiu.
Ontem, enquanto brincava com a Sara, o António e a Lúcia à beira-mar, contemplei o meu filho lá longe, nas ondas, com os irmãos ou sozinho, transbordando felicidade…

 


Com a vida de fé passa-se exactamente a mesma coisa: às vezes não apetece rezar, dá sempre muito trabalho reunir a família para o terço familiar, cansamo-nos da repetição e, como o David, ficamos “fartos” de tanto esforço. Mas não olhemos para o nosso momento de dificuldade: olhemos antes para além, para o dia em que a oração se converterá em alegria – porque esse dia vai chegar, como recompensa dos nossos esforços! Em Medjugorje, Nossa Senhora tem dito muitas vezes:
“Rezai, rezai, rezai até a vossa oração se converter em alegria.”

E Jesus disse-nos no Evangelho:

 

"Procurai e achareis, pedi e recebereis, batei e abrir-se-vos-á." (Mt 7, 7)


É muito reconfortante saber que rezar em família e rezar individualmente se torna mais fácil à medida que avançamos nas águas profundas da fé e do amor…

 

 

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publicado às 06:46




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