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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
Com o início do Advento, chegam também as estrelas:
"Levanta os olhos para o céu e conta as estrelas, se fores capaz!" (Gen 15, 5)
Abraão, dizia-nos ontem o símbolo que colocámos na Árvore de Jessé, levantou os olhos para o céu e viu os milhões e milhões de estrelas que brilhavam, sem qualquer interferência das luzes humanas que hoje obscurecem o nosso céu nocturno. Não, Abraão não era capaz de contar as estrelas! Nem nós somos capazes de contar as graças infinitas que todos os dias o Senhor derrama sobre nós. Como podemos então agradecer ao Senhor tanto amor?
Cá em casa, decidimos oferecer-Lhe, em gratidão, as nossas próprias estrelas: pequenos sacrifícios que todos os dias do Advento vamos fazendo, a fim de iluminar o sorriso de Deus. É pouco, claro, mas estrela, com estrela se paga!
Nestes dias, é mais fácil conseguir a obediência dos filhos ou a paz entre os irmãos:
- O primeiro a fazer as pazes pode lançar uma estrela no céu!
- Não vais fazer o que a mãe diz? Preciso de pedir mais vezes? Não te esqueças que, quando custa, então é altura de lançar uma estrela no céu!
Mas eles próprios se lembram das suas estrelas:
- Mãe, vem cá! Olha espreita só o meu quarto: fui eu que arrumei tudo sozinha! Posso oferecer uma estrela a Jesus?
Hora da oração familiar. Depois de cantarmos e agradecermos, escutamos o pequeno texto da Árvore de Jessé, procuramos o símbolo e enfeitamos a Árvore. Em seguida, é hora de lançar as estrelas no céu.
- Todos ganharam uma estrela? - Pergunto.
- Eu sim! Não te lembras, mãe? Não bati na Lúcia, e apetecia-me tanto!
- Eu também! Fui para o banho logo logo quando chamaste!
Todos querem uma estrela. Atarefada, distribuo a fitacola e peço ao Francisco que pegue na Sara ao colo, pois a Sara quer colocar a sua estrela bem lá no alto. A Clarinha ajuda o António, enquanto o David e a Lúcia esperam que eu prepare mais estrelas.
- Eu ponho esta, que é maior - Diz o David muito depressa.
- Não, esta é para mim! A outra está mal cortada - Responde a Lúcia.
- Bem, o que ficar com a que está mal cortada, oferece um sacrifício ainda melhor a Jesus - Respondo. A Lúcia estende imediatamente a mão e oferece a Jesus a estrela mal cortada. O David fica com lágrimas nos olhos:
- Eu é que queria oferecer este sacrifício a Jesus, e agora já não posso!
- Podes, sim. Quando perdemos a oportunidade de fazer o bem, podemos sempre oferecer a Jesus o sacrifício de sorrir, apesar da nossa raiva por não termos sido capazes. Entendes?
É uma lição importante, e quero que o David a compreenda bem. Vai ser-lhe útil muitos dias na sua vida!
O David força um sorriso. Quanta luta!
Que o Senhor nos ajude a cobrir o seu céu de estrelas! Possamos nós, na eternidade, descobrir que espalhámos a luz, com as estrelas do nosso amor!
E já agora... Se puserem esta ideia em prática, ou outra semelhante, oferecendo a Jesus diariamente um símbolo em sinal dos vossos esforços, enviem-me as fotos para o mail pessoal (indicado no fundo de cada post), para eu poder partilhar aqui no blogue!
O primeiro domingo do Advento é um dia muito ocupado e muito divertido aqui em casa, cheio de aventura, sujidade, alegria e trabalho. Senão vejam: foi preciso ir apanhar musgo para fazer o presépio, e os mais novos não cabiam em si de excitação:
É o começo da grande aventura! Entretanto, em casa, eu e a Clarinha passámos e pendurámos a nova cortina no Canto de oração do Advento. Tudo a postos para a construção do presépio!
Depois, foi preciso fazer a Árvore de Natal, a que nós decidimos começar a chamar Árvore de Jessé, como expliquei no post de ontem.
- Esta Árvore parecia-me tão grande há uns anos, mãe! - Dizia-me o Francisco, a sorrir, enquanto a montava. Terá a Árvore diminuído de tamanho? Ou terá o meu rapaz crescido?...
Finalmente, a sala ficou pronta. Podemos celebrar o Advento! Ao almoço e ao jantar de cada domingo do Advento, acendemos uma vela na nossa Coroa de Advento enquanto cantamos "Vem, Senhor". São tradições antigas cá em casa, que despertam em nós a vontade de transformar este tempo em tempo diferente, de conversão do coração. Foi também diante desta Coroa iluminada que rezámos o primeiro dia da novena da Imaculada Conceição:
Ao serão, a nossa oração familiar foi continuamente interrompida por exclamações de pura alegria:
- Está tão lindo, mãe!
- Olha a vela a brilhar junto de Jesus!
A Sara admirou o presépio com muito cuidado, e foi comentando comigo, enquanto apontava:
- Jesus faz ó-ó!
Depois cantámos e dançámos para o Senhor:
E chegou o momento de colocar o símbolo na Árvore de Jessé. Que excitação entre os pequeninos! Contei a história de Adão e Eva, e pedi-lhes que procurassem o símbolo adequado para colocar na Árvore:
A Lúcia já encontrou: é a maçã! Orgulhosa, pendurou-a na Árvore:
Na cortina do Canto de Oração, a Clarinha escreveu uma frase da primeira leitura da missa deste domingo I do Advento:
"Oh, se rasgásseis os céus e descêsseis!" (Is 63, 19)
Oh, Senhor, se rasgasses as trevas da nossa alma, os muros da nossa vida, as núvens do nosso céu, e nos revelasses o teu rosto... Vem, Senhor Jesus!