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Parabéns, Tomás!

por Teresa Power, em 16.12.14

No céu, onde tu habitas, e cá em casa, há hoje uma grande festa: faz dez anos que nasceste! Nesse dia, pensei que eras meu. Eras tão lindo! Tinhas uns olhos azuis grandes e quase nunca choravas. Mamavas bem, dormias sem chupeta, eras o bebé perfeito...

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Um ano e meio depois, compreendi a verdade: afinal, tu não eras meu. Tu pertences a Deus, Tomás, como eu também pertenço. Foste-me confiado por Deus por pouco tempo, para me ensinares muitas coisas, e para me ajudares a crescer.

A tua passagem pela Terra foi curta, mas aos olhos de Deus, foi completa. E sabes porquê? Porque na tua simplicidade de criança, tu não fizeste senão a vontade de Deus. E o tempo é-nos oferecido para isso mesmo! Diz o salmista:

 

"Mil anos a teus olhos são como o dia de ontem, que já passou,

e como uma vigília da noite." (Sl 90)

 

Cada vez que o meu pensamento se demora em ti, sou de novo obrigada a devolver-te ao Senhor e a renunciar à alegria humana de te ver crescer, como vejo os teus irmãos. E é por isso que também te quero agradecer: tu desafias-me a viver na verdade, tomando consciência de que nada do que tenho é meu. Tu desafias-me a perder o medo, especialmente o medo do sofrimento e o medo da morte, pois agora eu sei que "dor" rima com "amor", e que a morte não passa de uma leve cortina oscilando ao vento entre duas realidades.

Que liberdade interior, quando vivemos sem medo de sofrer! Que felicidade, quando percebemos que esta vida é a madrugada da eternidade! Também eu, Tomás, caminho em direcção a Casa, essa Casa onde um dia nos encontraremos em Deus, e então seremos tão felizes!

Reza por esta família que tens aqui na Terra. Pede ao Senhor que, como tu, também cada um de nós seja santo. Parabéns pelo que és, Tomás Emanuel!

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publicado às 06:12

Parabéns, Uma Família Católica Blog!

por Teresa Power, em 22.11.14

Faz hoje um ano que demos início a este blogue familiar, e por isso, hoje é dia de festa!

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 Há já algum tempo que me parecia sentir um chamamento para partilhar com uma comunidade mais alargada a nossa vivência cristã. A ideia do blogue surgiu de repente, em forma de imperativo, num livro que estava a ler sobre a Nova Evangelização, escrito pelos autores do site "The Catholics Next Door", indicado na coluna lateral deste blogue. Num capítulo sobre formas de evangelizar no mundo actual, a primeira sugestão era esta: "Inicie um blogue católico". Deu-se um "click" dentro de mim, que partilhei de imediato com o Niall. Para meu grande espanto, ele não me chamou maluca, nem me falou dos perigos da net... A Palavra de Deus ressoava, poderosa, na nossa mente e no nosso coração:

 

"Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte, nem se acende uma candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas sim em cima do candelabro, e assim alumia a todos os que estão em casa." (Mt 5, 14-15)

 

Antes do fim da semana, o blog nascia.

Lembro-me dos dias em que tinha duas, três visualizações; lembro-me da tentação enorme de desistir, porque isto de actualizar um blogue diariamente, incluindo sempre uma citação bíblica e pesquisando, às vezes de forma bastante exaustiva, vários assuntos da fé, leva muito tempo... A pergunta surgia, constante, provocadora, no meu espírito: "Valerá a pena?"

E um dia começaram a chegar os testemunhos na caixa de comentários e especialmente no mail pessoal... Dei-me conta de que o blogue estava a fazer bem a alguém, algures, e se fazia bem a alguém, já valia a pena! Deixei de pensar em desistir, deixei de me preocupar com as visualizações e deixei de temer o tempo gasto com a actualização diária do blogue. Se Deus queria que o blogue existisse, Ele iria dar-me todos os dias o tempo e a inspiração necessários; se Deus queria que o blogue existisse, Ele mesmo iria levar o blogue às pessoas a quem ele se destinava. Pouco a pouco, o blogue deixou de ser problema nosso, para passar a ser problema "d'Ele"...

Em setembro, no final do retiro que fizemos em Almada, já deitados na cama, o Niall e eu demos uma gargalhada conjunta: ali estávamos nós, com os nossos seis filhos, preparados para dormir em casa de uma família que tinhamos conhecido através do blogue, e com quem partilhávamos uma amizade tão bonita! Quando é que alguma vez imaginaramos passar uma noite numa acolhedora casa no Barreiro, onde não temos família nem raízes? Só Deus, para aproximar assim os seus filhos uns dos outros!

Ao longo deste ano, foram certamente muitas as graças que o Senhor derramou sobre os seus filhos, servindo-Se, na maioria das vezes sem nós sequer o suspeitarmos, deste blogue tão simples. Conhece-las-emos no céu... Quanto às graças que Deus derramou sobre nós, elas foram verdadeiramente abundantes:

Através do blogue, Deus permitiu-nos fazer amigos virtuais um pouco por todo o país, no Brasil e na Argentina.

Através do blogue, Deus ofereceu-nos também amigos reais, de carne e osso, que abraçamos e com quem falamos ao telefone, com quem trocamos mails diários, que visitamos e com quem fazemos piqueniques:

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Através do blogue, os nossos filhos fizeram amigos para a vida.

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Foi o blogue que nos levou à aldeia de S. Bento, à "Casa da Paz" onde vive a família Almeida, e onde entre muitas outras coisas bastante mais importantes, também aprendi a ordenhar uma cabrinha, sonho que acalentava desde criança, quando via a "Heidi" na televisão :)

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O blogue serviu ainda para Deus estabelecer uma corrente belíssima de oração de bênção, que se estende pelo país e pela América do Sul.

O blogue inspirou outros blogues a nascer, a crescer e a fazer o seu trabalho de evangelização com beleza e profundidade.

O blogue fez o carteiro precisar de parar mais vezes à nossa porta, trazendo-nos livros, terços e outros presentes simpáticos de leitores amáveis, que quiseram partilhar connosco a sua alegria e nos encheram de gratidão. Alguns presentes são tão belos, mas tão pessoais, que só Deus e nós os conhecemos!

O blogue trouxe-nos imensas sugestões de leitura, meditação, oração, trabalhos manuais e arte cristã, e até, de lugares para piqueniques!

Num e-mail, uma leitora concluía:

"Acredite que o blogue tem um efeito infinito... É que ele inspira uma pessoa a fazer o bem, essa pessoa inspira outra, e assim por diante, sem nunca ter fim, como círculos na água. Não tem como medir o trabalho realizado através do vosso blogue!"

Eu penso que esta leitora acertou em cheio. A ideia é mesmo essa: lançar uma pedrinha - cinco pedrinhas... - nas águas paradas, agitá-las e provocar círculos cada vez mais vastos de esperança, alegria, fé, amor, partilha. Cada vez que um leitor se deixa amar e converter por Jesus, lançando-se na aventura da santidade e agitando as águas com as suas "pedrinhas", este blogue já valeu a pena!

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Obrigada, Senhor, por não Te envergonhares de Te servires de nós, instrumentos tão fracos, para anunciar a Boa Nova do teu Reino a uma multidão! Guia sempre o nosso blogue, para que ele seja fidelíssimo ao teu Evangelho, nunca se desviando da doutrina da Igreja Católica. Guia sempre o nosso blogue, para que ele seja fonte de alegria, esperança e misericórdia para quem o ler!

E tu Maria, queria Mãe de Caná, ensina-nos a fazer tudo o que Jesus nos disser. Ámen!

 

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publicado às 06:43

Um baptismo em dia de S. Martinho

por Teresa Power, em 12.11.14

O dia de S. Martinho tem na verdade muitas festas associadas! Para além da festa de S. Martinho, que merece um post à parte, já aqui falei na festa da Ana Maria Javouhey, que foi baptizada a 11 de novembro. Pois bem, cá em casa há ainda uma outra festa: a memória do baptismo da Sara! Foi também no dia de S. Martinho que a Sara, com quase dois meses, foi baptizada. Um dia que recordamos com muito carinho!

Recordo a sensação de estar à porta da Igreja, com a minha filha ao colo, pedindo a Deus e à comunidade cristã licença para entrar... Que emoção, e que experiência profunda de fé! Faz-nos bem tomar consciência de que a fé é um dom, e de que ninguém entra na Igreja de Deus senão através dos irmãos, que nos acolhem, que nos transmitem a fé e que nos ajudam a crescer. Assim, faz-nos bem bater à porta e escutar a voz sonora da comunidade a cantar, e a voz sonora do sacerdote que nos recebe de braços abertos. Disse o Papa Francisco na sua catequese sobre o baptismo:

"O baptismo é um dom que é concedido num contexto de solicitude e de partilha fraterna. Eu não posso baptizar-me sozinho, devo pedir o baptismo a outra pessoa. É um acto de fraternidade, um acto de filiação na Igreja." (8.1.14)

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Como foi bonito, então, caminhar pela igreja dentro com a Sara nos braços, e contemplar os sorrisos nos rostos que se voltavam para nós, em jeito de acolhimento fraterno!

Mais um pouco, e a Sara foi finalmente baptizada. Continua o Papa Francisco a explicar, na sua catequese:

"Com o baptismo, somos imergidos naquela fonte inesgotável de vida que é a morte de Jesus, o maior acto de amor de toda a história; e graças a este amor podemos viver uma vida nova, já não à mercê do mal, do pecado e da morte, mas na comunhão com Deus e com os irmãos."

 

Lembro-me da alegria nova, pura e profunda que senti quando a água se derramou sobre a sua cabecita. Foi verdadeiramente um novo nascimento... De repente, ela já não era minha filha, já não estava dependente da minha história ou do meu pecado, mas era toda de Deus!

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Pensando em mim e na minha natural tendência para o pecado, penso também em todas as mães solteiras, abandonadas, traídas que se abeiram da Igreja de Jesus para poderem baptizar os seus bebés... Penso na alegria que devem sentir ao perceber que, a partir do baptismo, aquele bebé está liberto do peso da história dos seus pais, e renasce como filho muito amado de Deus. Que nada nem ninguém nos impeça de pedir o baptismo para os nossos bebés!

 

Envolta numa veste branca, a Sara foi para todos nós, naquela igreja, sinal do poder santificante da graça de Deus. Como diz o Apocalipse:

 

"Estes são os que vêm da grande tribulação; lavaram as suas túnicas e as branquearam no Sangue do Cordeiro." (Ap 7, 14)

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Perceber que a Sara, tão pequenina, antes de alguma vez ter sequer pecado, foi salva pelo Sangue de Jesus, é profundamente comovente. Jesus não espera que pequemos para nos salvar! Jesus nem sequer espera que sejamos capazes de Lhe agradecer! O baptismo dos bebés, ao não exigir sequer que eles se apercebam do dom que recebem, é talvez o sacramento que melhor exprime a gratuidade do amor divino.

 

Os padrinhos seguraram connosco a vela, símbolo da fé. E desde então, nunca deixaram de acompanhar a Sara na sua descoberta do amor de Deus:

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Nem eles, nem, claro, a avó, comovida como sempre fica em todos os baptismos dos seus netos! E tem razão em se comover: a simplicidade da cena de um baptismo esconde uma verdade tão profunda...

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Ontem, dois anos depois deste belo dia, fizemos festa, seguindo o conselho do nosso Papa Francisco na mesma catequese:

"É importante conhecer o dia em que fui imergido nessa corrente de salvação de Jesus. E permito-me dar-vos um conselho, que é até um dever: hoje em casa, procurai, perguntai a data do baptismo. Conhecer a data do nosso baptismo significa conhecer uma data feliz. Mas o risco de não a saber é o de perder a consciência daquilo que o Senhor fez em nós, a memória do dom que recebemos. Devemos despertar a memória do nosso baptismo."

 

Assim, ontem à noite, para grande surpresa da Sara, colocámos-lhe entre as mãos a vela do seu baptismo, de novo acesa, e cantámos a plenos pulmões, no meio de muitas palmas: "Esta luz pequenina, vou deixá-la brilhar..." Olhem bem para a cara de felicidade:

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Querida Sara, que a luz que seguras entre as mãos brilhe por toda a eternidade, e guie sempre os teus passos! Tu que foste baptizada em Cristo, estás revestida de Cristo! Aleluia! Aleluia!

 

 

 

 

 

 

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publicado às 06:46

Parabéns, Francisco!

por Teresa Power, em 08.10.14

Uma das alegrias numa família numerosa é o constante ambiente de festa, com aniversários atrás de aniversários. Cá em casa, entre setembro e outubro são logo quatro! Hoje, o Francisco encerra em beleza a época de aniversários de outono, festejando os seus dezasseis anos.

Francisco. Tinha escolhido este nome na minha juventude, muito antes de pensar em casar. Francisco, como o santo de Assis, apaixonado por Deus e cantando as suas glórias na natureza e na pobreza!

Francisco. Um bebé que me fez passar vários meses deitada, em repouso (como contei aqui), para poder nascer. Como saboreei então as dores intensas que me anunciaram a vitória!

Francisco. Com o primeiro filho, abre-se um universo inteiro diante de nós! Tantas dúvidas, tantas descobertas, tantas lágrimas, tantos erros, tantos dramas... O Francisco diz, no seu estilo brincalhão, que foi a nossa cobaia. E tem razão! Com ele, aprendemos tudo o que não devíamos fazer; mas com ele, também aprendemos muita coisa que continuámos a repetir até hoje! E o resultado não foi mau de todo, não é verdade, Francisco? (Eu sei que ele vai ler este post como faz com todos...)

Quando não se vêem novelas nem filmes, quando não se têm consolas nem videojogos, quando se passa o tempo livre quase todo a brincar, no jardim e na rua, é-se criança e preserva-se a inocência até muito tarde. Com o Francisco, foi assim. As aventuras em Náturia davam um livro! Mas agora, o Francisco cresceu... Continua a passar horas na rua, fazendo tiro com arco, lançando papagaios de papel feitos por ele e boomerangs, fazendo competições de bicicleta contra ele mesmo (marcando records no seu relógio), andando a cavalo... mas já não é uma criança.

Na sua mente e no seu coração, amadurecem pensamentos e ideias, que partilha com amigos fiéis. Já toma algumas decisões quanto ao dinheiro, tendo uma pequena conta onde guarda o dinheiro que vai recebendo de prémios escolares e de espectáculos de magia em festas de anos. Apaixonado por física e engenharia, tem uma gaveta no quarto com pedaços de lixo, leia-se restos de objectos partidos, fios eléctricos retirados a aspiradores estragados, motores de máquinas de lavar a roupa avariadas, que de tempos a tempos transforma em máquinas da sua invenção. Aluno de excelência, não precisa que ninguém vigie os seus estudos, e esforça-se sinceramente por ser o mais prestável possível em casa. Ainda suspira discretamente quando lhe peço para dar de comer às galinhas, aspirar a sala ou passar a ferro. Mas não está escrito em lado algum que suspirar seja um problema! E é mesmo muito discretamente... O Francisco cresceu.

Vi-o regressar, na quarta-feira passada, de bicicleta da equitação. Vinha feliz e transpirado, confiante e belo. Ao entrar no portão, pegou ao colo na Sara e atirou-a ao ar, fazendo-a rir; mais à frente, respondeu com um apropriado "uau" à Lúcia, que lhe mostrou um desenho; e ainda antes de arrumar a bicicleta, teve de subir ao telhado para ir buscar a bola do António, que um chuto mais distraído (ou propositado) atirou para lá. Depois entrou em casa, com um "Olá mãe" simpático, e logo a Clarinha o chamou para lhe pedir ajuda com a Matemática. Vi o esforço que fez para responder a todas estas solicitações sem fugir para o longo banho, que gosta de tomar ao chegar da sua tarde de cavaleiro.

Mais um pouco, e o Francisco entra na universidade, encontra uma namorada, decide partir para Erasmus... Mais um pouco, e o Francisco deixa de ser meu.

Nunca foi, claro! Como todos os filhos, o Francisco é um dom que Deus me fez, um presente de amor para me ajudar a crescer.

Hoje, querido Francisco, peço para ti a bênção do Senhor com as palavras bíblicas antigas, tão antigas, de bênção, e que o teu santo padroeiro gostava de repetir:

 

"Que o Senhor te abençoe e te guarde!

Que Ele volte para ti a sua face e tenha piedade de ti!

Que Ele te mostre o seu rosto e te dê a paz!" (Nm 6, 24-26)

 

Ámen.

 

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publicado às 06:30

Parabéns, Lúcia!

por Teresa Power, em 02.10.14

Hoje a Lúcia faz seis anos! Que grande dia! Olhei para ela ontem à noite, quando lhe dei um beijo de boas noites. Sorrindo-me com o seu sorriso desdentado, as tranças trapalhonas na cabeça e um ursinho de peluche debaixo do braço, a Lúcia recordou-me:

- Amanhã quando acordar já estou mais crescida!

Claro que está. Muito mais crescida!

Recordo com nitidez o dia do seu nascimento e os primeiros meses da sua vida. Muito emotiva, a Lúcia alternava entre o choro e o riso várias vezes por dia e queria colinho a toda a hora, desejo que eu sempre realizei com muito agrado!

A Lúcia aprendeu a andar, a falar e a deixar a fralda muito cedo. Foi sempre uma menina muito independente, segura de si e confiante. Durante alguns anos, a Lúcia chorava baixinho e fazia birras difíceis de contornar, porque eram longos períodos de amuos silenciosos. Hoje, tudo isso está ultrapassado, e a Lúcia raramente perde o controlo de si própria. Gosta de brincar com as bonecas, mas ainda gosta mais de subir às árvores, patinar e andar de bicicleta:

 

 

 

 

Agora, a Lúcia é menina da primária e finalmente irá realizar o seu grande desejo de ir à catequese com os manos mais velhos. Na missa, também já perdeu o direito de andar a rodopiar pela igreja, pois aos seis anos é preciso aprender a estar quieta, concentrada e silenciosa. A Lúcia assumiu mais esse encargo com determinação, para grande alívio do pai, que agora já "só" precisa de vigiar e ralhar à Sara e ao António!

 

Hoje é dia dos santos anjos da guarda. No meu coração, ecoam as palavras bíblicas de bênção, com que peço ao Senhor a bênção para a minha menina:

 

"Nenhum mal te acontecerá,

nem a desgraça se aproximará da tua morada.

Porque o Senhor mandará aos seus anjos

que te guardem em todos os teus caminhos." (Sl 90/91)

Ámen!

 

 

 

 

 

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publicado às 06:51

Parabéns, Sara!

por Teresa Power, em 20.09.14

Hoje a Sara faz dois anos! Quando lerem este post, estaremos certamente a caminho de Almada, para o retiro Famílias de Caná. A Sara irá a dormir no carro, esperamos nós, e quando acordar terá direito, no carro, a um pequeno-almoço VIP, com croissants, bolos e sumo, ou não fosse ela a aniversariante! Esperamos ainda que não se suje demasiado, para chegar bonita ao retiro! E, claro, esperamos que não se canse de estar três horas no carro! Tantos desejos, e ainda só são cinco horas da manhã...

 

A Sara nasceu num instante. E num instante, cresceu... Recordo a emoção do seu nascimento, mas recordo sobretudo a alegria e a emoção dos irmãos. Quando cheguei a casa com a Sara na alcofa, toda enroscadinha, de olhos fechados, o António perguntou-me muito admirado:

- Como é que a Sara vai fazer hoje à noite para rezar?

- Como assim, António?

- Acho que ela ainda não sabe falar...

Mais tarde, o Francisco pediu para a ter ao colo. E quando eu lha dei, um sorriso cheio de emoção atravessou-lhe o rosto e o olhar. Foi  quando eu me dei conta de que também o Francisco crescera... A Sara não era para ele mais uma mana a entrar em casa, como tinham sido o David, a Lúcia ou o António. Pela primeira vez, o Francisco contemplava um bebé com olhar adulto, emocionando-se diante da sua inocência.

 

 

A Sara nasceu numa casa cheia de gente, e talvez por isso, só está bem em clima de festa e de multidão. A Sara acha que, no mundo, há sempre alguém com quem brincar, alguém que lhe faça cócegas ou a leve às cavalitas, alguém que lhe passe uma bola ou ofereça uma bolacha. Se um irmão não está em casa, a Sara procura-o insistentemente por todo o lado, para depois fazer um gesto triste: "Não há!"

A Sara quase nunca chora. A Sara tem um sorriso lindo e uma gargalhada contagiante. A Sara é o meu bebé.

 

"O Senhor te abençoe e te guarde!

O Senhor faça brilhar sobre ti a sua Face e te seja favorável!

O Senhor volte para ti o seu Rosto e te dê a paz!"

(Nm 6, 25-26)

 

Parabéns, querida Sara!

 

 

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publicado às 05:13

Parabéns, David!

por Teresa Power, em 14.09.14

Hoje é dia de festa a triplicar: Festa da Exaltação da Santa Cruz, primeiro aniversário das Famílias de Caná e... 8º ANIVERSÁRIO DO DAVID!

Faz hoje oito anos que o nosso menino nasceu, com pouco mais de dois quilos e sobrolho franzido, depois de uma gravidez muito atribulada! Era muito pequenino, muito magrinho, mas extremamente amado e desejado. O seu nascimento, entre risos e lágrimas, foi um dos momentos mais marcantes da nossa família...

 

Hoje, o David é uma criança segura, calma, discreta, que gosta de estar sozinho com um livro ou com a sua colecção de animais, que já foi a colecção de animais do Francisco. O David tem um coração grande e uma vontade forte, e detesta zangar-se seja com quem for. Por enquanto acha que vai ser surfista (embora nunca tenha estado numa prancha de surf), ciclista e padre, se for possível ser tudo isso ao mesmo tempo. Se não for possível, o David diz que ainda tem tempo para escolher. Sim, David, tens muito tempo!

 

Com o nascimento do David, quatro meses depois da morte do Tomás, cumpriu-se em nós a Palavra da Escritura que diz:

 

"Eu mudarei o teu luto em alegria! Eu te consolarei!" (Jr 31, 13)

 

O David nasceu na Festa da Exaltação da Santa Cruz. A primeira leitura desta belíssima festa, que hoje escutamos, diz-nos que

 

"Moisés fez uma serpente de bronze e colocou-a num poste. Quando alguém era mordido por uma serpente venenosa, olhava para a serpente de bronze e ficava curado." (Nm 21, 9)

 

Quando o David nasceu, a Cruz de Jesus libertou-nos, como ao Bom Ladrão, do peso da nossa própria cruz, curando-nos do veneno da tristeza. Ah, os mistérios do amor de Deus...

 

Parabéns, querido David!

 

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publicado às 06:40

A Cruz e as Famílias de Caná

por Teresa Power, em 13.09.14

Amanhã, a Igreja celebra a Festa da Exaltação da Santa Cruz. Diz-nos a Tradição da Igreja que Santa Helena, mãe do imperador Constantino I, impulsionou as escavações que conduziriam à descoberta da verdadeira Cruz de Jesus, no Gólgota. A Igreja do Santo Sepulcro foi então construída nesse mesmo local, por ordem do imperador, e no dia 14 de setembro do ano 335, um pedacinho da Cruz de Jesus foi posta à veneração dos fiéis.

Num tempo em que as canonizações se faziam por aclamação popular, Helena foi santa, não porque encontrou a Cruz de Jesus, mas porque encontrou, nessa sua descoberta, o Jesus da Cruz. Na verdade, hoje não precisamos de muito para encontrar a cruz. Ela espera-nos a cada esquina do nosso dia atribulado, e o mundo experimenta-a sob toda a espécie de sofrimento, doença, guerra, fome, violência. A cruz é companheira da vida. O difícil, e o que transforma tudo, é encontrarmos, como Helena, o Jesus da Cruz. Quando isso acontece, tudo se transforma, e tudo somos capazes de suportar, porque encontramos o Amor:

 

"Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro." (1Jo 4, 19)

 

As Famílias de Caná nasceram há um ano, no dia da Exaltação da Santa Cruz, quando realizámos o nosso primeiro retiro. Eram dez famílias e vinham cheias de vontade de escavar, escavar, escavar, até encontrar a Cruz da nossa Salvação, escondida sob o terreno pedregoso da vida. Como Santa Helena, no final do dia regressámos todos de coração cheio, porque nos tinhamos encontrado com o Jesus da Cruz!

Nesse primeiro retiro, os jovens construíram, com a orientação do Niall e a caixa de ferramentas do Francisco, uma belíssima cruz de madeira. Depois pintaram-na e enfeitaram-na com elementos da natureza ao seu redor. Ficou linda!

Foi essa mesma cruz que levámos no reencontro no Buçaco, como contámos aqui. Cada um dos jovens e das crianças mais velhinhas carregou a cruz à vez, e a alegria foi contagiante!

 

 

Amanhã é uma óptima ocasião para fazerem aí em casa crucifixos para os quartos dos mais novos, para o quarto do casal, para a sala, para a cozinha, para todas as divisões, como sinal de que queremos viver sob o signo da Cruz, a fonte da nossa alegria! Explicámos aqui como fizemos crucifixos com molas de madeira na quaresma do ano passado. Enviem as vossas fotos!

 

No próximo sábado teremos então o 6º Retiro Famílias de Caná. Como Santa Helena, será uma grande oportunidade para escavarmos no mais profundo do nosso coração até O encontrarmos, a Ele, o Senhor da Cruz! Façam as vossas inscrições o quanto antes (na coluna lateral deste blogue), porque já temos muitas famílias e em breve encerraremos as inscrições. Não se preocupem se não estão acostumados a estas coisas de Igreja, ou se não são cristãos ainda. Venham! Vai valer a pena...

 

E amanhã, domingo, cantem connosco os parabéns às Famílias de Caná, que completam um ano de vida!   

 

 

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publicado às 06:38

Parabéns, Maria!

por Teresa Power, em 08.09.14

Hoje é dia de festa no Céu e na Terra: hoje celebramos o aniversário de Nossa Senhora! O Papa Francisco deixou na semana passada no Twitter esta mensagem:

"O cristão que não sente a Virgem Maria como mãe é um órfão." (2 de setembro)

 

É realmente tão bom termos por mãe a mãe de Jesus! Cá em casa andamos a preparar este aniversário há vários dias. Foi à hora da oração familiar que tomámos as nossas decisões:

- Que querem vocês oferecer a Maria?

- Eu vou fazer um desenho.

- E eu vou fazer um sacrifício!

- Mamã, podes fazer um bolo?

- Sim, faço um bolo. Vamos colocar dez velas, em honra de uma dezena do rosário!

- De chocolate?

- De chocolate. E tenho outra ideia: como ainda não há escola, vamos à missa todos juntos de manhã!

- Assim treinamo-nos a levantar cedo para a escola...

- Assim Nossa Senhora vai ficar contente com os seus presentes!

Ontem à noite, no grupo de oração, rezámos o cântico de Maria:

 

"A minha alma glorifica o Senhor

e o meu espírito se alegra em Deus, meu salvador!

Porque pôs os olhos na humildade de sua serva

de hoje em diante me chamarão bem-aventurada

todas as gerações!

O Todo Poderoso fez em mim maravilhas

Santo é o seu nome!

Derrubou os poderosos dos seus tronos

e exaltou os humildes.

Aos famintos encheu de bens

e aos ricos despediu de mãos vazias.

Acolheu a Israel, seu servo

recordando-Se da sua misericórdia

e da promessa que fizera a nossos pais

a Abraão e à sua descendência para sempre!" (Lc 1, 46-55)

 

Escreveu Bento XVI antes de ser Papa, num livro lindíssimo intitulado Maria, Primeira Igreja:

 

"As palavras do Cântico de Maria - de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações - são simultaneamente profecia e missão dada à Igreja de todos os tempos (...) O registo destas palavras no Evangelho eleva esta veneração de Maria de um mero facto a uma tarefa da Igreja de todos os lugares e de todos os tempos. A Igreja negligencia algo que lhe é comandado se não louva Maria. Quando o louvor de Maria nela emudece, a Igreja afasta-se da palavra bíblica. Quando isso acontece também não louva a Deus de forma suficiente."

 

Hoje iremos todos juntos à missa, cantaremos os parabéns a Nossa Senhora, faremos muitos desenhos para o Canto de Oração e comeremos bolo de chocolate! A nossa Mãe faz anos, e queremos alegrar-nos com Ela...

 

 

 

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publicado às 06:40

Já lá vão dezoito anos...

por Teresa Power, em 27.07.14

... desde o dia em que nos casámos!

 

 

Na altura, antes do final da missa, rezámos assim:

 

"Que a nossa família seja um cântico de louvor,

um Magnificat para glória de Deus! Ámen"

 

Na igreja, sobre o altar, tínhamos escrito um cartaz a dizer:

 

"Obrigado, Senhor, porque nos criaste!"

 

E é apenas isso que continuamos a pedir e a agradecer ao Senhor para a família que fizemos nascer há dezoito anos atrás... Hoje, durante a nossa oração familiar, o Niall e eu iremos rezar novamente as leituras da missa do nosso matrimónio. Depois, repetiremos as orações dos fiéis desse mesmo dia, e finalmente, renovaremos os nossos votos matrimoniais diante dos nossos filhos. De todas estas Palavras, guardo as de S. Paulo:

 

"O amor é paciente, o amor é benigno, não é invejoso; o amor não é orgulhoso, não se envaidece; não é descortês, não é interesseiro, não se irrita, não guarda rancor, não se alegra com a injustiça mas regozija-se com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acabará..." (1Cor 13, 4-8)

 

Talvez hoje façamos um piquenique no jardim, ou um passeio a pé pelos campos à volta de casa... Ainda não será desta que a Lúcia ficará a saber o que é um restaurante :) 

 

 

 

 

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publicado às 06:25



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