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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
O Retiro em Coimbra foi das experiências mais belas que temos tido. Digo-o de coração cheio, e de coração profundamente grato pela partilha de vida com famílias verdadeiramente fantásticas. Deus nunca Se deixa vencer em generosidade, e dá-nos sempre muito, muito mais do que ousamos pedir...
Tinhamos oito famílias inscritas - três de Coimbra, duas do Porto, uma de Tomar, uma de Lisboa e outra de Cantanhede. Mas ao longo de todo o sábado, no meio da chuva torrencial que alagou o nosso país, cortou estradas, fechou barras, espalhou viroses e a todos encerrou nas suas casas, as desistências foram chegando. Ficámos com apenas cinco famílias.
- Achas que vale a pena continuar a pensar em fazer retiro? - Perguntava-me o Niall, quase à noite, quando a querida Lilian nos comunicou que estava de cama cheia de febre e, portanto, não podia ir.
- O quê? Desistir agora? Depois do trabalho todo que a Cláudia e o Cristóvão, o João e a Sónia têm tido? E como vais dizer aos teus filhos mais pequenos que já não vão brincar com os seus queridos amigos? Eles estão ansiosos por encontrar a Alice, a Leonor, a Madalena, o Gaspar, o António e o bebé Matias... Não, não podemos fazer uma desfeita dessas!
- Bem, então se não aparecer nenhuma família, ficamos nós e as famílias da Cláudia e da Sónia em amena cavaqueira de Caná.
- Assim é que se fala!
O domingo acordou cheio de chuva, e Coimbra encontrava-se no centro da tempestade. Onde nos iríamos nós meter? Mas as crianças acordaram felizes: era dia de retiro! Sorrimos um para o outro: a Sara nunca conheceu a vida sem retiros Famílias de Caná, e para ela, ir a um retiro é tão natural como ir à escola ou a casa da avó.
-Uum, que cheirinho! - Diziam os meninos, ao acordar. - Bifes panados?
- Sim, estamos a preparar o piquenique - Respondi, da cozinha. Eles riram:
- Piquenique com esta chuva toda? Vai ser divertido!
- Não se preocupem, porque vamos estar sempre dentro do Centro Paroquial. E lá não chove!
Mas durante a viagem choveu. E quando saímos do carro, em Coimbra, caía granizo... Nada que pudesse perturbar o sentimento de felicidade ao sermos acolhidos pelas duas Famílias de Caná com quem já partilhamos tão grande amizade. O Cristóvão, a Cláudia, o João e a Sónia tinham tudo preparado para um dia em cheio, e um abraço amigo para nos receber.
E num instante, o salão encheu-se com as cinco famílias que vieram. Ena, que grande festa! Pudemos finalmente conhecer ao vivo - porque virtualmente já nos conhecíamos e já nos tratávamos por amigos - a família da Sónia e do Tiago , com os seus três lindos filhos, e a família da Marta e do António. Já ouviram falar no projeto que este casal - divertidíssimo, alegre e transbordante de simplicidade - desenvolve? Chama-se datesCatólicos.org e promove o encontro entre pessoas católicas solteiras, que gostariam de encontrar o seu futuro marido ou mulher num ambiente católico. Um projeto bem adequado ao dia de S. Valentim!
Conhecemos também mais algumas famílias, que nos encantaram pela sua simplicidade e disposição de coração, revemos os nossos amigos de Tomar, que com a família da Olívia, dinamizam a Aldeia de S. João Batista, e fomos maravilhosamente acolhidos pelo senhor padre Carlos Pinho na sua paróquia. Quanta profundidade e quanto amor nas suas palavras e nos seus gestos! "Façam boa viagem para lá e para cá!" Disse-nos o senhor padre à despedida, com uma gargalhada simpática. Claro que voltaremos!
Deixo-vos as fotos do dia - o espaço acolhedor, os corações de S. Valentim (ou os nossos corações misericordiosos...) a sorrir e a fazer cara feia, acolhendo ou rejeitando o amor do Senhor, as brincadeiras dos mais novos e os trabalhos dos mais crescidos, a oração, o terço, a adoração, os ensinamentos, a magia, a música, a alegria... Deixo-vos as fotos mas o resto, o essencial, terão de imaginar. Ou, se quiserem, terão de vir experimentar um dia!
- Mamã, quando é o próximo retiro? - Perguntava uma simpática menina loira.
- Oh, temos de ir já embora? - Refilava um rapazinho.
- Só podemos ir embora quando eu encontrar as chaves do carro grande - Respondia eu, já aflita, depois de todo o salão varrido, lavado e arrumado, e do Niall ter carregado o nosso carro mais pequeno. - Niall, ajuda-me! Não encontro as chaves do carrro! - Começávamos a ficar bastante nervosos, os amigos reviraram novamente os caixotes e os restos dos piqueniques, quando o Niall decidiu ir procurar... ao próprio carro. E descobriu que eu deixara as chaves na ignição o dia inteiro
Nos testemunhos finais, antes da última oração, as famílias partilharam a sua perceção do dia e os seus sentimentos. Procurando encontrar uma frase que exprima o sentimento comum manifestado, ocorre-me esta passagem do Livro dos Atos dos Apóstolos:
"Os primeiros cristãos eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fração do pão e às orações. Perante os inumeráveis prodígios e milagres realizados pelos Apóstolos, o temor dominava todos os espíritos. Todos os crentes viviam unidos e possuíam tudo em comum..." (At 2, 42-44)
No próximo dia 14 de fevereiro, dia de S. Valentim, domingo, na paróquia de S. Martinho do Bispo, em Coimbra, teremos novo Retiro Famílias de Caná, para quem nunca viveu esta experiência (ou para quem a queira repetir, claro). Conhecem melhor maneira de festejar o S. Valentim? Falaremos de amor, de família, de casal, de namoro, de filhos, de Deus, de céu... Teremos tempo para rezar, para cantar, para dançar, para fazer festa. Que grande alegria! O programa e as inscrições (online, disponíveis através do programa) estão aqui:
Já sabem: nos nossos retiros, todos são bem vindos, sejam famílias ditas tradicionais ou não, venha a família completa ou apenas a mãe e um filho, ou o pai e uma filha, ou o casal sem filhos, ou o casal de namorados ainda longe de pensar em casamento... Basta que se sintam desafiados a aprofundar este mistério imenso da revelação de Deus na família, e tenham sonhos grandes!
Como sempre, todos estarão em evangelização, ou seja: enquanto eu faço os ensinamentos com os adultos, o Niall trabalhará com os jovens e outras famílias de Caná trabalharão com as crianças. Será um grande dia para todos!
Que precisam de trazer? Uma merenda para partilharmos à hora do almoço e durante alguns lanches ao longo do dia, um caderno e uma caneta se quiserem tirar apontamentos, a Bíblia e o terço se os tiverem, e um coração aberto, disponível e humilde, porque sem ele, não conseguimos encontrar o Senhor!
Inscrevam-se (saibam como e onde no programa do retiro) e venham estar connosco no dia 14! Será um belo dia de S. Valentim...
O dia amanhece cedo, como sempre, mas desta vez, acordo os meninos com um "refrão" diferente:
- Levantem-se, filhos, hoje é o dia das Bodas de Caná!
Na verdade, este ano, o Evangelho do Domingo Segundo do Tempo Comum é o Evangelho das Bodas de Caná, e há que celebrar.
Pouco a pouco, todos aparecem na cozinha.
- Vamos começar a festa com panquecas? - Pergunta o David, muito prático.
- Claro. O pai já está a fazê-las. Se te despachares, ainda vais a tempo de ajudar!
Segue-se a alegria das Bodas de Caná verdadeiras, as mais completas, aquelas em que o vinho novo, o vinho bom, o vinho guardado para o fim, se torna no Sangue do Cordeiro Imolado: as Bodas da Eucaristia. Foi para que pudéssemos viver a alegria destas Bodas que Jesus deu a sua Vida, na Cruz! E pensar que um mistério tão imenso está ao alcance de qualquer cristão, na igreja mais próxima de sua casa! Qualquer cristão, não: há no mundo irmãos nossos que têm de caminhar quatro horas pelo mato para encontrar uma igreja, ou que têm de celebrar a Eucaristia às escondidas, no meio da noite. Nós somos uns privilegiados, e fazemos tão pouco caso dos nossos privilégios!...
Durante a Eucaristia, trocamos olhares cúmplices com as outras Famílias de Caná. Todos nos sentimos verdadeiramente felizes por podermos partilhar este momento...
Regressamos a casa, com o entusiasmo próprio dos dias de festa. Para o almoço, temos pizza, a pedido da maioria:
E depois, enquanto o pai e a mãe arrumam a cozinha, os filhos preparam o teatro das Bodas de Caná. Que grande festa fazemos! Cantamos, dançamos, batemos palmas, e finalmente, as Bodas:
- Oh, já acabou?
- Foi curtinho, Sara, este texto é mais rápido que o do Natal...
Um ar amuado:
- Posso ficar com o vestido?
- Claro!
- Mas convém tirar antes de ajudares a fazer os bolinhos!
Sim, porque a festa ainda não terminou... Cá em casa, temos a bênção de ter uma Clarinha especialmente dotada para a doçaria, arte que não herdou da mãe!
E depois do lanche, jogamos cartas. Lembram-se do jogo "House" que jogámos nas nossas férias? Os meninos não o esqueceram e, de vez em quando, repetimos a dose! Não exige grandes quantidades de tempo, e dez minutos de "House" são suficientes para proporcionar alegres gargalhadas:
Depois das cartas, o pictionary. Mais gargalhadas!
Não julguem que é fácil adivinhar o significado dos rabiscos da Sara, do António, e especialmente, bem... da mãe!
Lá fora, há frio e chuva. Mas cá dentro, brinca-se sem parar. Até o pai e o Francisco jogam dardos na garagem. A Clarinha precisa de estudar um bocadinho, e vem ter comigo, de livros na mão:
- Há algum lugar nesta casa em que eu possa trabalhar?
É nestes momentos que as chaves dão jeito:
- Clarinha, tranca-te no escritório e não abras a porta aos manos até acabares! Entretanto, e para estares sossegada, vou contar-lhes uma história.
Há poucos momentos mais cobiçados cá em casa que aqueles em que nos sentamos no sofá de livro na mão. Hoje cabe à Lúcia o direito a escolher a história.
Uma das vantagens de se terem vários filhos é que a brincadeira precisa de nós apenas em pequenas doses. A dose maior é sempre entre eles! Assim, durante a tarde, e aos bocadinhos, vou trabalhando no novo site Famílias de Caná, que está quase, quase pronto...
À noite, antes de dormir, a Lúcia tem uma coisa para me dizer:
- Depois dos dias dos retiros e das festas de anos, este foi o melhor dia!
E o melhor dia ainda não está terminado para os mais velhos. Ainda falta a hora de oração paroquial, diante do Santíssimo, no Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora. É aí que Maria, como em Caná, nos diz:
"Fazei tudo o que Ele vos disser!" (Jo 2, 5)
E é isso mesmo o que queremos fazer.
Um grande abraço a todas as Famílias de Caná, as que conhecemos e as que o são no seu coração, sem que nunca nos tenham dito! Que a todas, o Senhor abençoe! Ámen!
No sábado tivemos o nosso Retiro de Natal, em Fátima. Que dia tão cheio de bênçãos! Ainda estamos em clima de retiro nos nossos corações, depois de uma experiência tão forte da misericórdia do Senhor.
E forte porque começou logo de madrugada, com a perceção da sua imensa bondade, nos raios do sol nascente que atravessavam as nuvens ao longo da nossa viagem. Depois de tantos dias de chuva intensa, o sol brilhou para nós! Das trevas nasceu a Luz...
Apesar de muitas baixas de famílias inteiras neste retiro, sobretudo por causa dos vírus da época, estávamos cerca de quinze famílias no Centro Pastoral Paulo VI. Algumas destas famílias fizeram um esforço muito grande para ali estar, pois vinham com bebés muito pequeninos! A mais pequenina era, claro, a Lúcia, da querida Família Batista. E que bem que ela se portou o dia inteiro!
É sempre uma grande alegria ver chegar as famílias aos nossos encontros. Que saudades uns dos outros, durante os períodos mais ou menos longos em que apenas comunicamos por mail - ou por oração!
Com a pontualidade característica das Famílias de Caná, começámos o nosso retiro com oração cantada e dançada, cheios de alegria no Senhor. Rezámos o Shemá, consagrámo-nos a Nossa Senhora Auxiliadora, Mãe de Caná, e por fim, o David ajudou-me a orientar um mistério do Rosário.
Depois, enquanto as crianças saíam com o Niall e a Clarinha para brincar e falar de Jesus numa outra sala, eu fiz a meditação sobre a Misericórdia e o Natal, na sala S. João Paulo II. Os sorrisos abertos fizeram-me sentir que o Senhor estava connosco, também através desta meditação. A Palavra que Ele nos ofereceu ao longo de três quartos de hora foi verdadeiramente desafiante e cheia de esperança:
“Alarga o espaço da tua tenda sem olhar a despesas, estende sem medo as cortinas das tuas moradas, alonga as cordas, reforça as estacas, porque vais expandir-te para a direita e para a esquerda: a tua descendência conquistará as nações e povoará as cidades abandonadas.” (Is 54, 1-3)
Seguiu-se a missa na Basílica da Santíssima Trindade, onde o nosso encontro foi referido, no início, como tratando-se do Encontro Nacional das Famílias de Caná. Na verdade, podemos ser poucas famílias, mas já somos de âmbito nacional... E se continuarmos a alargar o espaço da nossa "tenda", a "reforçar as estacas", a "estender as lonas", em breve conquistaremos o mundo para Deus.
Que alegria, passar pela Porta Santa!
O almoço foi partilhado em grande festa, e durante o tempo livre do início da tarde, muitos tiveram ocasião de se confessar. Depois demos início à Via Stellae, a nossa meditação natalícia, pelo Caminho dos Pastorinhos. O céu ameaçava chuva, pelo que fizemos o caminho com passo rápido e sem demoras. Mas o Senhor segurou as nuvens com a sua mão poderosa, não permitindo senão algumas gotas de chuva de vez em quando!
Como a Cláudia tinha esquecido o carrinho da Alice em casa, decidimos que a Sara faria o caminho a pé e cederia o seu carrinho à amiga, bem mais pequenina. Para nossa grande surpresa, a Sara percorreu o caminho inteiro a pé, como gente grande. Um grande "viva" à Sara!
As crianças fizeram a sua caminhada quase por inteiro no meio das flores, que brotavam abundantes nas ervas dos campos em redor. Felizes, colhiam flores que iam oferecendo aos pais e uns aos outros.
Em cada estação, ajoelhámos, guardámos uns momentos de silêncio e meditámos no texto que vos tinha proposto. Depois, sempre em clima de oração e silêncio, continuávamos o nosso caminho até à estação seguinte.
Ouvido de passagem:
- Coitado de Jesus aqui nesta estação! Vou dar-lhe as minhas flores!
E a Lúcia depositou o seu ramo aos pés de Jesus, caído sob o peso da cruz.
- Os pastorinhos faziam este caminho todos os dias?
- Sim, todos os dias! Sem estrada marcada, claro, sempre pelos montes...
- E sem sapatos também...
- Ah...
Alguns bebés foram carregados ao colo, outros às costas, e outra ainda, muito pequenina, teve de voltar atrás porque precisava de mamar e a chuva miudinha dificultava a operação ali, em plena Via Sacra. Mas que sentido teria uma Via Sacra - uma Via da Estrela - sem algum sofrimento? Amor rima sempre, sempre com dor. No Natal também.
Finalmente chegámos ao Calvário Húngaro, onde terminámos a nossa caminhada. A chuva cá fora empurrou-nos para dentro da capela, e como não estava lá mais ninguém, pudémos cantar e rezar em voz alta, agradecendo ao Senhor, ali presente entre nós no Santíssimo Sacramento, o dom deste dia.
A Via Stellae terminou. Chegou o tempo de brincar! De um momento para o outro, a chuva parou, o sol brilhou, e as crianças puderam correr de novo, felizes, brincando na Loca do Anjo e junto das casas dos pastorinhos, que visitámos por fim.
Quantas lições de humildade e simplicidade, nestas casas pequeninas e pobres!
Tal como no ano passado, também neste retiro terminámos o nosso encontro junto ao poço da casa da Lúcia. Algumas famílias já tinham ido embora, mas ainda tínhamos crianças suficientes para cobrir o poço de canções...
A Sara recuperou o seu carrinho de passeio para um muito merecido descanso e uma bolacha:
"Alarga o espaço da tua tenda", foi-nos dizendo o Senhor ao longo de todo o dia. E nós alargámos... E o milagre da alegria, da paz, da esperança aconteceu!
Ámen.
É com imensa alegria que convidamos todos os leitores deste blogue e todas as Famílias de Caná a virem fazer connosco o Retiro de Natal, no próximo dia 2 de janeiro, sábado, em Fátima! Aqui fica o programa: Programa Retiro Natal 2016
Para podermos decidir qual o tamanho da sala do Centro Paulo VI que reservaremos (gostaríamos que fosse o auditório principal...), pedíamo-vos uma breve inscrição online, aqui.
O almoço é livre, podendo quem quiser trazer merenda ou ir a um dos muitos restaurantes em Fátima. Nós levaremos a nossa merenda habitual. Durante a tarde percorreremos o Caminho dos Pastorinhos, meditando nos mistérios do Natal. Servir-nos-á de meditação o mesmo texto do ano passado, que deverão descarregar e levar convosco: Via Stellae
Como todos os nossos retiros, também este é aberto a todos, bebés, crianças, jovens, adultos. Venham, e aproveitem a ocasião para fazer uma obra de misericórdia espiritual - dar bom conselho - convidando uma família amiga a vir também!
Neste Ano Santo, neste grande Jubileu da Misericórdia, o Santo Padre convida-nos a todos a fazer uma peregrinação a uma das Portas Santas, abrindo o coração à grande indulgência de Deus, ao Grande Perdão. Na Bula de Proclamação do Jubileu, o Santo Padre diz assim: "A peregrinação é um sinal peculiar no Ano Santo, enquanto ícone do caminho que cada pessoa realiza na sua existência. Também para chegar à Porta Santa, cada pessoa deverá fazer, segundo as próprias forças, uma peregrinação. Esta será sinal de que a própria misericórdia é uma meta a alcançar que exige empenho e sacrifício. Ao atravessar a Porta Santa, deixar-nos-emos abraçar pela misericórdia de Deus e comprometer-nos-emos a ser misericordiosos com os outros como o Pai o é connosco."
Depois, na Carta sobre as Indulgências deste ano santo, o Santo Padre especifica: "Espero que a indulgência jubilar chegue a cada um como uma experiência genuína da misericórdia de Deus, a qual vai ao encontro de todos com o rosto do Pai que acolhe e perdoa, esquecendo completamente o pecado cometido. Para viver e obter a indulgência os fiéis são chamados a realizar uma breve peregrinação rumo à Porta Santa, como sinal do profundo desejo de verdadeira conversão. É importante que este momento esteja unido, em primeiro lugar, ao Sacramento da Reconciliação e à celebração da santa Eucaristia com uma reflexão sobre a misericórdia. Será necessário acompanhar estas celebrações com a profissão de fé e com a oração por mim e pelas intenções que trago no coração para o bem da Igreja e do mundo inteiro."
Em Fátima, a Porta Santa foi aberta ontem, dia 8, ao mesmo tempo que o Santo Padre abria a Porta Santa na Basílica de S. Pedro. Assim, ao longo de todo este ano santo, a Porta de S. Tomé - o Apóstolo do Evangelho proclamado no Domingo da Misericórdia - na Basílica da Santíssima Trindade estará aberta para nos acolher nos braços do Pai, oferecendo-nos gratuitamente, por pura misericórdia, a grande indulgência.
Façamos então a nossa peregrinação a esta Porta Santa, entregando-nos ao abraço do Pai! Teremos tempo para confissões, para um ensinamento sobre a Misericórdia, para a Eucaristia, para a meditação na Via da Estrela, a "Via Sacra do Natal", e por fim, para grande e alegre brincadeira, visitando as casas dos pastorinhos e saltitando nos seus montes.
O ano jubilar é uma oportunidade na vida que não podemos desperdiçar! Diz-nos o Senhor, com palavras que ecoam desde os tempos antigos, na Lei de Moisés:
"No dia do grande Perdão, fareis ressoar o som da trombeta através de toda a vossa terra. Este será para vós um jubileu!" (Lv 25, 9-10)
Que o som da trombeta a todos nos reuna, preparando desde já a reunião definitiva, um dia, em casa do Pai. Ámen!
- Viva, hoje é dia de retiro!
Foi com o entusiasmo do costume que os meninos entraram nos carros, domingo de madrugada. Às nove e meia da manhã deveríamos estar no seminário de Alcains, perto de Castelo Branco, para orientar o Retiro Diocesano das Famílias. E para os meus filhos, "retiro" é sinónimo de festa, amigos velhos e amigos novos, boa comida e muita, muita alegria.
- Tu viveste em Castelo Branco, não foi, mamã?
- Sim, vivi em Castelo Branco até entrar na universidade. Depois a vida deu muitas voltas... O meu papá morreu, a minha mãe regressou à sua terra natal, Aveiro. Desde então, talvez não tenha ido a Castelo Branco mais do que duas ou três vezes.
- E tu gostavas de Castelo Branco?
- Adorava! Adorava mesmo... O céu muito azul, as ruas brancas, o frio e o calor, os amigos, e sobretudo, a minha casa onde cresci com tanto amor... Tudo me deixou saudades!
A viagem foi feita sempre no limite superior de velocidade, e ao passarmos ao largo de Castelo Branco mal tive tempo de apontar para o castelo, os prédios, os campos, as recordações de infância e juventude que deslizavam, velozes, à beira da estrada. Por fim, o seminário de Alcains e um belíssimo grupo de quase cem pessoas à nossa espera. Que alegria!
O retiro foi magnificamente preparado pela equipa da pastoral familiar, que nos presenteou com espaços bem organizados, lanches deliciosos e um belo almoço. Como sinal visível do Evangelho, e muito ao jeito do Papa Francisco, o almoço foi servido pelos dois sacerdotes que acompanharam o retiro. Bonito testemunho de caridade!
Começámos o retiro por nos apresentar enquanto família. A Sara adorou o momento, claro!
Depois, todos juntos louvámos o Senhor com cânticos e danças, e meditámos nos mistérios do Rosário.
Durante o dia, fiz três ensinamentos sobre a caminhada familiar que o Advento nos propõe. Enquanto isso, o Niall deveria estar a trabalhar com os jovens, enquanto outra pessoa deveria estar a trabalhar com as crianças. Por motivos desconhecidos dos próprios organizadores do retiro, essa pessoa nunca apareceu.
- Vou ficar sozinho com trinta crianças e jovens, entre os três e os dezassete anos? - O Niall olhava para mim com os olhos muito grandes. Sim, era mesmo isso que estava a acontecer!
Enquanto eu fazia os ensinamentos, na sala ao lado a animação era completa. Podíamos perceber risos, cantos, brincadeiras e muitas gargalhadas. Eu sorria para mim mesma: o Senhor não tinha abandonado o Niall na sua tarefa de evangelização! De facto, nos intervalos, eu fui testemunha do entusiasmo dos mais novos que, transbordando felicidade, corriam para junto do Niall:
- Niall, quando é o próximo jogo?
- Niall, qual é a próxima história?
- Para estes retiros podes trazer-me sempre, mãe! - Dizia uma jovem de dezasseis anos que tinha pensado ficar apenas durante a manhã e acabou por ficar o dia inteiro.
As fotografias falam por si:
- Niall, como conseguiste agradar a crianças e a jovens ao mesmo tempo? - Perguntei, por fim, completamente maravilhada com este dom que o Senhor lhe deu. Ele encolheu os ombros:
- O Francisco e a Clarinha ajudaram-me imenso. Dei-lhes várias tarefas para realizar como animadores, e cumpriram-nas na perfeição. Além disso, todos os meninos eram educados e estavam ali de coração aberto, prontos para escutar, trabalhar e brincar. E claro, a obra é do Senhor, que tomou conta da situação!
(Fica prometido para amanhã um post sobre o conteúdo catequético do trabalho do Niall neste dia...)
O dia estava a chegar ao fim. Faltava o momento mais importante: a Eucaristia. E de repente, surpresa das surpresas: o senhor bispo D. Antonino, bispo da diocese de Portalegre e Castelo Branco, estava diante de nós, pronto para presidir. Que grande alegria! Na homilia falou-nos dos desafios nascidos no sínodo dos bispos sobre a família, segundo o que ele próprio viveu enquanto participante. Que bela prenda o Senhor nos fez!
- Vamos embora de coração cheio - Diziam as famílias, despedindo-se.
Eu pensei nos pastores que visitaram o Menino no Presépio de Belém:
"Depois de terem visto, começaram a divulgar o que lhes tinham dito a respeito daquele menino. Todos os que ouviram se admiravam do que lhes diziam os pastores. E os pastores voltavam, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido."
(Lc 1, 17-20)
Depois pousei os meus olhos na imagem de Cristo Rei, que presidiu ao nosso encontro, neste dia soleníssimo de Cristo, Rei do Universo. E rezei para que sejamos sempre testemunhas deste reinado de amor, correndo apressadamente, como os pastores, entre o presépio e a nossa vida de todos os dias...
No sábado, a Aldeia de Caná de Mogofores reuniu para mais um encontro de adoração. Que alegria! Depois da catequese, as Famílias de Caná dirigiram-se à capelinha do santuário, dispuseram as cadeiras em roda e espalharam almofadas pelo chão. Depois o padre Gabriel expôs o Santíssimo, enquanto todos cantámos e louvámos o Senhor.
Em silêncio ou em voz alta, fomos rezando diante do Senhor. Depois, sentados, escutámos um belíssimo ensinamento feito pelo João e a Isabel. Falaram-nos do amor apaixonado de Deus, tal como Oseias, o profeta, o experimentou, o contemplou e o comunicou a Israel:
"O Senhor disse-me: 'Ama de novo uma mulher que foi amada pelo seu amigo, e que foi adúltera.' Pois é assim que o Senhor ama os filhos de Israel, embora se voltem para outros deuses e gostem das tortas de uvas." (Os 3, 1)
Somos tão infiéis para com Deus como uma mulher adúltera para com o seu marido. Mas o Senhor nunca desiste de nós, não nos repudia, não nos abandona no nosso pecado. A cada queda, a cada traição, o Senhor vem procurar-nos com paciência e imensa ternura. Oseias viveu isto na pele, aceitando a sua mulher de volta depois de cada traição porque a sua vida devia espelhar o amor do seu Senhor. Que mistério!
Enquanto os mais crescidos meditavam neste amor louco de Deus, os mais novos coloriam o desenho representando Oseias e a mulher adúltera, ou Deus e Israel, que o João e a Isabel distribuiram. Uma sopa de letras com palavras relacionadas com o tema completou a atividade, mantendo as crianças bem ocupadas durante a oração do terço, que fizemos seguidamente. Que bonito foi!
Rezámos pela França invocando os seus santos padroeiros, desde Santa Joana d'Arc a S. Martinho, do casal Martin à sua filha Teresa de Lisieux, de Santa Margarida Maria ao Santo Cura d'Ars, numa oração que a Helena nos trouxe. França tem tantos santos! Certamente que, do céu, intercedem pelo seu país com fervor, unindo a sua oração à nossa e à de tantos homens e mulheres de boa vontade. Que os santos de França sejam faróis a iluminar o seu país também na forma de reagir, respondendo ao ódio com amor, às armas com a paz.
Rezámos ainda pelos países em guerra, onde cenas de terrorismo gratuito como a que aconteceu em França têm lugar várias vezes por dia, vários dias por semana, sem que nós, europeus, disso nos apercebamos... Rezámos pelas famílias, rezámos pela paz.
Terminámos com o Shemá, a Consagração à Mãe de Caná e a bênção do Santíssimo. Depois, foi preciso arrumar a capela, pois o chão estava coberto de desenhos e lápis de cor:
Já em casa, enquanto estendia um alguidar cheio de roupa à luz das estrelas, eu pensei na maravilha que é isto de podermos desenhar no chão com Jesus por perto... Crescer à sombra do Santíssimo é uma graça que não conseguimos calcular! Deus é tão simples, que não se importa que as nossas crianças Lhe manifestem o seu amor com desenhos e lápis de cor; mas é bem mais grandioso que uma noite estrelada, e as próprias crianças sentiam a majestade de Deus enquanto desenhavam em silêncio e continham a sua vontade de fazer barulho. Alguma vez, durante a eternidade, tomaremos realmente consciência do que acontece quando Jesus Se nos entrega no Pão? Só um Deus apaixonado Se dá assim...
As missões não páram: um pouco por todo o país, do Algarve ao Minho, há famílias, párocos, comunidades interessadas em conhecer as Famílias de Caná. Nalguns locais, há já Aldeias de Caná capazes de anunciar e testemunhar a nossa espiritualidade, mas noutros, é necessária a nossa presença e o nosso testemunho familiar.
Numa destas noites, e para podermos organizar a agenda, o Niall e eu marcámos uma reunião um com o outro e pedimos aos nossos filhos mais velhos (os mais novos já dormiam) para não nos interromperem. Foi uma experiência engraçada! Desta reunião formal sairam algumas datas (como por exemplo a do retiro do Algarve, que anunciaremos atempadamente, e a do Retiro de Natal) e algumas ideias importantes. Depois, diante do Santíssimo, nas semanas seguintes, perguntámos a Jesus o que achava Ele das nossas ideias.
A princípio, Jesus não disse nada. Ou melhor: nós nada escutámos. Passámos algumas semanas difíceis, lutando contra esta surdez espiritual que nos impede de conhecer a vontade do Senhor. Como todas as Famílias de Caná, temos um único objetivo na vida:
"Fazei tudo o que Jesus vos disser." (Jo 2, 5)
Mas para alcançar este objetivo, precisamos de saber o que Jesus nos diz! Deus fala muito baixinho, e nós precisamos de fazer muito silêncio para não interpretar erradamente as suas palavras. Quantas vezes tomamos as nossas ideias e os nossos sentimentos por ideias e sentimentos do Senhor... É tão fácil confundir a nossa vontade com a vontade de Deus!
Assim, para podermos escutar, tomámos uma primeira decisão: aumentar o tempo de oração diário diante do Santíssimo, aumentar o tempo de oração conjugal. E pouco a pouco, fomos sendo curados da nossa surdez. Jesus começou a responder à sua maneira - sem palavras, mas em ondas de tranquilidade ou, pelo contrário, de inquietude perante as nossas ideias e decisões.
E que nos disse Jesus? Muitas coisas. Pouco a pouco, iremos dar-vos conta de todas elas. Mas a primeira é a necessidade de abrandar o ritmo deste blogue. Neste momento, a prioridade é a preparação dos retiros e encontros, que até ao Natal são pelo menos três de dia inteiro e outros tantos de algumas horas a um sábado à tarde ou ao serão. Nesta altura de mais trabalho, publicarei às segundas-feiras, embora possa naturalmente publicar noutros dias também quando surgirem novidades - como por exemplo, sobre a pequena Lúcia da Olívia. Não tenho qualquer intenção de encerrar o blogue, porque sei como ele é importante para a caminhada das Famílias de Caná e de muitas outras pessoas. Apenas abrandarei o ritmo.
Entretanto, e porque o advento se aproxima a passos largos, convido-vos a pesquisar no blogue posts antigos com as tags Advento e Natal, ou ler o que escrevi no ano passado sobre o s. Martinho, por exemplo... Há tanto para ler, que nem vão dar pela falta do post diário :)
Rezem connosco, para que sejamos fiéis ao que Jesus nos pede, e não estraguemos a sua obra. Rezem pelas Famílias de Caná, pelos Jovens de Caná, pelos leitores deste blogue. Ficamos unidos em oração, e quem sabe - porque não? - talvez nos encontremos na vossa paróquia, falando das Famílias de Caná...
Na quinta-feira à tarde, antes de ir buscar os meninos ao colégio, participei na gravação de um debate da Renascença sobre o sínodo da família. Poderão escutar o debate inteiro amanhã, domingo dia 4, depois do noticiário do meio-dia. Tem uma duração de cerca de quarenta e cinco minutos.
A Ângela Roque, uma simpática jornalista da Renascença, entrevistou-me há um ano atrás, como podem ver na coluna direita deste blogue. Agora lembrou-se novamente de mim para este debate, e eu agradeci o privilégio de dialogar com pessoas tão interessantes, bem como a oportunidade de falar um bocadinho mais do nosso blogue e do movimento nascente das Famílias de Caná, numa atitude que partilho com S. Paulo:
"Se anuncio o Evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta esta obrigação. E ai de mim se não evangelizar!"
(1cor 9, 16)
Os outros participantes estavam nos estúdios de Gaia e de Lisboa. Eu fiquei calmamente em casa, escutando o debate via telemóvel até, por fim, ser convidada a nele participar. Foi uma experiência engraçada, estar em casa, arrumando roupa de quarto em quarto nas gavetas dos meninos com o telemóvel em altifalante, enquanto escutava as intervenções do debate e acenava com a cabeça, concordando com o que se ia partilhando. Poder realizar as tarefas domésticas enquanto o pensamento se eleva a temas bem mais atraentes é uma grande graça! Por fim, quando percebi que chegara a minha vez, sentei-me no Canto de Oração, afastei o cesto da roupa e olhei para Jesus, que me devolveu o olhar. "Nós, Jesus", rezei interiormente. "Nós, Jesus, vamos participar neste debate..."
E participámos!
Assim que tenha disponível o link, também o deixarei aqui, para que todos os que não puderem escutar no domingo o façam calmamente noutra ocasião - arrumando roupa pela casa, fazendo o jantar, varrendo o pátio, conduzindo...
- Vens muito bonita hoje, Lúcia, com uma coroa na cabeça! Quem ta deu?
- Fui eu que fiz no retiro!
- No retiro? Onde foste tu no fim-de-semana? Conta lá!
- Fui ao retiro. Lá ouvimos uma história muito bonita sobre a rainha Ester. Ela foi uma rainha verdadeira porque foi muito humilde.
- Ah...
Esta conversa aconteceu à chegada ao colégio, segunda-feira de manhã. A Lúcia e o António insistiram em levar as suas coroas para mostrar aos colegas e aos professores como eram bonitas. E segundo me contaram, todos os seus amigos ficaram com pena de não terem ido também ao retiro à Quinta do Conde!
A Bíblia é um verdadeiro livro de histórias para todas as idades. Não há nenhuma criança que não goste de escutar uma história da Bíblia, bem contada e bem dramatizada, tal como merece a tradição oral na base do texto escrito. Na verdade, os povos antigos conheciam o poder de uma boa narração, essencial para que a história não perdesse beleza, ritmo e conteúdo ao ser transmitida, oralmente, de geração em geração!
No retiro do dia 27 de setembro, na Quinta do Conde, as crianças e os jovens trabalharam em cinco grupos diferentes, segundo as suas idades. Todos escutaram a história da Rainha Ester. Os mais pequeninos foram dormindo pelo meio...
Os mais velhinhos puderam escutar a história dramatizada, contada pela Pilar, que é uma verdadeira artista:
Depois, em pequenos grupos, fizeram os seus trabalhos, ajudados pelos vários animadores - pais e mães de Famílias de Caná com um coração generoso e grande:
A Marisa, cheia de entusiasmo, com a colaboração da Irene e do Ricardo, fez um belíssimo teatro de sombras com os pré-adolescentes. Eles estavam encantados!
Os jovens trabalharam com o Niall, meditando na história da Rainha Ester e no poder imenso que Deus coloca em nossas mãos através da oração:
Porque éramos muitos, os nossos plenários aconteceram na igreja, o único espaço capaz de nos acolher a todos:
Foi também na igreja que o Francisco deu o seu testemunho de jovem cristão através do ilusionismo, num grande espetáculo de magia e evangelização:
- Não faz mal, fazer ilusionismo e apresentar os trabalhos na igreja? Devemos retirar o Santíssimo? - Foi uma questão que nos colocámos. A resposta surgiu, luminosa, também dentro de nós: não. Jesus-Eucaristia é o centro e o cume dos Retiros Famílias de Caná. Em dia de retiro, queremos passar o máximo tempo possível sob o seu olhar, para que Ele nos toque, nos cure e nos converta. Quando o Francisco faz ilusionismo, dá testemunho da sua fé; quando apresentamos os trabalhos das crianças, ou cantamos os seus cânticos cristãos infantis, com gestos e movimento, estamos a louvar o Senhor... Por que o havíamos de fazer longe da sua Presença Eucarística? Sentíamos dentro de nós a coragem da humilde Ester, que na presença do rei, dele escutou estas palavras:
"Qual o teu pedido, rainha Ester? Tudo te será concedido. Qual o teu desejo? Mesmo que seja metade do meu reino, será satisfeito."
(Est 5, 6)
Que dizes, Teresa? Estás a comparar-me à rainha Ester? A mim, tão fraco e tão sujo?...
Hoje, dia 1 de outubro, a Igreja celebra o dia de Santa Teresinha do Menino Jesus, a jovem humilde a quem o seu papá tratava por "Minha Rainhazinha". Os filhos de Deus, na verdade, porque filhos do Rei, pertencem à realeza! Humildes, sim, mas dignos!
Não conheço todas súplicas ocultas no coração de cada um, mas sei que a resposta de Jesus supera a do rei Assuero em generosidade: ali, no retiro, na sua Presença Eucarística, Jesus prometeu-nos não a metade, mas a totalidade do Reino de Deus...