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Estou a ir

por Teresa Power, em 01.07.15

Hora de oração familiar. Solenidade de S. Pedro e S. Paulo. A par das leituras da missa do dia, meditamos nas leituras que estavam previstas para esta segunda-feira, porque não queremos perder a continuação da história de Abraão, verdadeiramente fascinante. Entretanto, ao lermos o Evangelho, encontramos esta curta passagem:

 

"Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um discípulo, que Lhe disse: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar o meu pai.» Mas Jesus respondeu-lhe: «Segue-Me e deixa que os mortos sepultem os seus mortos.»" (Mc 8, 20-22)

 

- Bem - Concluiu o Francisco, depois de alguns segundos de silêncio - Jesus não parece gostar do "Estou a ir"...

Rimo-nos todos. É verdade, sim senhor! A Deus, só há uma forma de obedecer: aqui e agora. Foi assim que Maria obedeceu, tornando-se Mãe de Jesus no instante em que deu o seu "sim" através do Anjo Gabriel; foi assim que Jesus obedeceu ao Pai a vida inteira: na hora; sem atrasos; sem hesitações; sem compromissos; foi assim que S. Pedro e S. Paulo obedeceram, deixando tudo para seguir Jesus no instante em que foram chamados - Pedro, à beira do lago da Galileia, depois da mais bela pescaria da sua vida; Paulo, ao cair do cavalo a caminho de Damasco, na mais bela viagem da sua vida.

Cá em casa procuramos treinar a obediência a Deus através da obediência aos pais. Quando a mãe chama, não quer ouvir "Espera", "Já vou", "Estou a ir". É esta obediência (quase) imediata, um bocadinho custosa às vezes, bastante treinada, que nos permite estar na mesa todos ao mesmo tempo, para cantar antes de comer; ou iniciar a oração familiar à hora marcada; ou cumprir as tarefas domésticas da responsabilidade de cada um sem resmunguices; ou ir para a cama quando chega a hora sem oferecer resistência. Com frequência, é preciso deixar uma página do livro a meio - e quem gosta de ler sabe como é difícil... -, um vídeo no Youtube em "pausa", uma partida de futebol em intervalo forçado ou uma construção do lego por acabar. A recompensa, claro,traduz-se de imediato em paz familiar. Mas o mais importante é o treino que a obediência nos oferece, para sermos capazes de escutar o chamamento de Jesus, a qualquer hora do dia ou da noite, e segui-l'O sem hesitações...

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publicado às 06:12

Uma praia, umas vasilhas de barro e um retiro

por Teresa Power, em 25.05.15

 

Escrito pelo Francisco:

 

No dia do retiro, eu e a Clarinha acordámos os dois com o mesmo pensamento: “Qual será a atividade que o meu pai preparou para os jovens do retiro?”. Ele arranja sempre cada uma! Nunca sabemos se vamos fazer um estandarte, uma ponte, um mosaico de arroz, uma torre de papel, um boneco de lego… e o mais surpreendente é que há sempre uma ligação entre estas atividades e a palavra de Deus. “O que será desta vez?”

Depois da missa, o Niall reuniu os jovens e, feitas as apresentações, dirigimo-nos para o mar, uma praia a 200 metros da casa do retiro. Realmente, com aquele espaço fantástico, aquele sol acolhedor, aquele bater das ondas nas rochas, a praia é o melhor sítio para fazer seja o que for! Portanto foi nas dunas, sob a sombra natural das árvores que nos rodeavam, que tivemos o nosso ensinamento da manhã, a partir do livro da minha mãe, Os Mistérios da Fé.

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O tema era… vasilhas!? Sim, começámos por meditar na passagem do Antigo Testamento que conta como uma viúva, vendo que lhe seriam tirados os filhos para se fazerem escravos se ela não pagasse uma certa quantia de dinheiro, foi ter com o profeta Eliseu a pedir ajuda. O profeta disse-lhe para pegar na única vasilha de azeite que ela tinha em casa e com ela encher todas as vasilhas que conseguisse encontrar. A mulher teve fé e assim fez. E o azeite multiplicou-se de modo a encher todas as vasilhas, que ela depois vendeu, podendo assim libertar os filhos. (2Rs 4, 1-7)

Tal como a maior parte das histórias do Antigo Testamento, esta história tem um paralelismo no Novo Testamento que nos é bem familiar: As Bodas de Caná! Foi à volta destas duas histórias, ambas envolvendo muita fé e vasilhas, que fizemos a nossa reflexão. Vimos que, tal como a viúva teve que dar o seu pouco e insignificante azeite e os criados nas Bodas de Caná tiveram que encher as talhas com a insignificante água, nós também temos que colocar os nossos dons, sofrimento, alegrias na nossa “vasilha” e oferece-la a Deus, para Deus os fazer render, valer muito mais. Por muito que façamos de bom, por muitos sacrifícios que façamos, se não oferecermos tudo a Deus, de nada nos vale. O importante é a união com Ele, que podemos viver todos os dias e lembrar na oração: "Nós, Jesus!"

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Para complementar toda esta reflexão, o meu pai sugeriu que construíssemos nós próprios as nossas vasilhas com barro (fiquei a perceber porque é que a mala que trouxemos estava tão pesada…). Acima eu disse que a praia é o melhor sítio para fazer seja o que for. Bem, eu estava errado, a praia é o pior sitio para fazer alguma coisa com barro! Foi um verdadeiro desafio, e muito divertido, fazer vasilhas de barro sem deixar a areia estragar tudo, sem deixar que a maré, que estava a subir, encharcasse os nossos sapatos…

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No final fizemos uma oração em silêncio, pedindo a Deus que fizesse as nossas “vasilhas” render.
Da parte da tarde continuámos as construções de barro e fomos passear pela praia, onde aproveitamos para rezar em voz alta, contra o vento…

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“Valeu a pena? Tudo vale a pena, se a alma não é pequena!” (Fernando Pessoa)

Sim, este dia valeu mesmo a pena, como todos os retiros. Muita reflexão, muita diversão, e voltamos para casa sempre mais alegres e com uma fé maior, com as nossas "vasilhas" a transbordar!

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publicado às 06:20

Crismado

por Teresa Power, em 01.05.15

O Domingo do Bom Pastor foi, na nossa família, um domingo muito especial: o dia do Crisma do Francisco, o primogénito!

O dia amanheceu tranquilo. O Francisco estava sereno, como é seu costume. Quando se vestiu a rigor, todo soltámos uma exclamação de espanto. Afinal, não é seu hábito preocupar-se com o vestuário, e raramente o vemos assim:

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Mas este domingo era mesmo um dia muito especial, e o cuidado exterior devia simplesmente refletir toda a beleza interior do seu coração, purificado pelo sacramento da confissão e preparado ao longo de anos de catequese e oração: o Francisco ia ser ungido testemunha de Jesus pelo seu bispo, D. António Moiteiro. Que honra, o sacramento do crisma! Que voto de confiança da parte de Deus, ao ungir-nos suas testemunhas!

 

Eram dezanove os jovens preparados pelo Niall para este grande dia. Entraram no santuário em procissão solene, e tal como os meninos da primeira comunhão no domingo anterior, também eles se mantiveram ao longo da coxia central, ao lado das respetivas famílias.

- Estais dispostos a ser testemunhas de Cristo? - Perguntou o senhor bispo, depois de todos os jovens, um a um, responderem "presente!" à chamada.

- Sim, estamos.

- E nós estaremos cá para ver! - Foi a resposta do senhor bispo, arrancando uma bela gargalhada à assembleia.

Os jovens fizeram o ofertório, as leituras e a oração dos fiéis. Na sua alegria, não esqueceram os migrantes que atravessam o Mediterrâneo todos os dias, os cristãos perseguidos, os sacerdotes desanimados, os jovens do mundo inteiro.

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Ao lado do senhor bispo, o David acolitava. Estava muito feliz, porque era a segunda vez que acolitava ao lado do seu Pastor, e porque ia fazer a sua segunda comunhão. Antes de começar a missa, o David teve este diálogo caricato com a São, também acólita:

- Sabes, São, estou muito contente porque agora já não tenho fome na missa.

- Ai não? E porquê?

- Porque já vou comer a hóstia!

A São escondeu um sorriso:

- Pobre David, passavas assim tanta fome?

- Pois...

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Num momento de grande beleza, os jovens crismandos foram junto do círio pascal acender a sua vela batismal. O sacramento do crisma é precisamente isto: tomar na sua própria mão a Luz recebida em bebé. No dia longínquo do seu batismo, a fé foi-lhes dada de presente, de uma forma totalmente gratuita, sem lhes dar tempo para dela tomar consciência, para a pedir, ou sequer desejar - tal como o dom da vida, que ninguém pede ou deseja, mas simplesmente acolhe. O batismo é o parto que nos lança na grande família da Igreja de Cristo.

Mas o crisma é diferente: o crisma é o assumir deste dom, o reafirmar do batismo, agora em plena consciência e adultez.

A vela do Francisco está minúscula, pois costumamos acendê-la em casa, durante a oração familiar, duas a três vezes por ano - e dezasseis anos representam muita cera!

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Por fim, chegou o tão aguardado momento. Enquanto invocávamos o Espírito, cantávamos sem cessar: "Vem, Espírito de verdade! Vem, Espírito de Santidade! Vem, Espírito de Caridade! Vem, nós Te esperamos!"

Um a um, com os padrinhos a seu lado, os jovens aproximaram-se do senhor bispo, que ungiu a sua testa com óleo, marcando-os com o selo do Espírito. Depois, ao ouvido de cada um e com um carinho verdadeiramente paternal, desafiou-os à santidade.

- Segue o exemplo de S. Francisco de Assis - Sussurrou o senhor bispo ao Francisco. - E deixa-te inspirar pelo nosso Papa Francisco!

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Antes da Eucaristia terminar, os jovens crismados leram uma simpática e comovente mensagem de agradecimento ao Niall, seu catequista desde que chegámos a Mogofores, tinham eles nove ou dez anos. O Niall contemplava o seu grupo com serena alegria, enquanto na sua mente já surgiam planos para os conduzir ainda mais além como grupo de jovens...

Estávamos todos felizes, com os olhos a brilhar. Os nossos "meninos" eram agora adultos na fé.

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Um último presente: um crucifixo e uma pagela com uma oração, que o Niall escolhera com cuidado para lhes oferecer:

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Na sua homilia, o senhor bispo desafiou os jovens a colocar os seus pés nas pegadas de Jesus, seguindo o seu caminho sem se desviar. Enquanto o Niall entregava a cada crismado a cruz e a pagela, cantámos o cântico que escrevi há alguns anos e que as Famílias de Caná e a nossa paróquia tanto gostam de cantar, pedindo a Jesus que nos ajude a nunca retirar os nossos pés das suas pegadas.

(Se quiserem cantar connosco, vão à tag "cânticos", e encontrarão um vídeo caseiro com este nosso cântico).

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"Põe teus pés nas minhas pegadas e acerta o teu passo comigo

Elas estão de sangue manchadas, mas meu passo é alegre e decidido!

          Nós, Jesus, Tu e eu! Juntos na Cruz, juntos no céu! (2x)

Põe teus pés nas minhas pegadas, não te canses de evangelizar

Elas estão de sangue manchadas, mas por elas a Vida vais encontrar!"

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E agora, é hora de ser testemunha de Jesus, como os Apóstolos depois do Pentecostes:

 

"Eles, partindo, foram pregar por toda a parte; e o Senhor cooperava com eles, confirmando a Palavra com os sinais que a acompanhavam." (Mc 16, 20)

 

 Que assim seja. Ámen! Aleluia!

 

 

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publicado às 06:20

Crismando

por Teresa Power, em 23.04.15

Na sexta-feira dia dez de abril, fui falar aos pais do Centro Comunitário da Paróquia de S. Pedro de Aradas, em Aveiro. Aos três anos, o Francisco frequentou aquele infantário, antes de optarmos pelo Colégio Nossa Senhora da Assunção, e eu nunca esquecerei o carinho e a dedicação com que foi acolhido ali. Assim, era grande a minha vontade de rever o espaço e as pessoas que, na altura, tanto me marcaram.

Antes de sair de casa, perguntei ao Francisco e à Clarinha se algum deles me queria acompanhar. Ambos se ofereceram. Fiquei feliz! Na viagem de meia hora, como costume, rezámos o terço. Depois conversámos.

- Gosto tanto de te ouvir falar - disse a Clarinha. - Mesmo que já saiba o que vais dizer.

- Não te parece longo demais? - Perguntei. Afinal, os meus ensinamentos costumam demorar três quartos de hora.

- Não. Como dás muitos exemplos e fazes rir no meio, o tempo passa depressa!

A Clarinha confirmou aquilo que eu penso há muito tempo. Os adolescentes e os jovens têm uma capacidade muito superior àquela que nós lhes atribuímos para escutar, em silêncio, ensinamentos sobre a fé. Não precisamos de reduzir os dias de encontros e retiros juvenis a uma sequência de atividades lúdicas, como infelizmente tanto acontece.

- Francisco, parece-me que já estás suficientemente crescido para dares o teu testemunho - Sugeri. - Vais ser um jovem crismado dentro de quinze dias! Achas que, depois de eu falar, podias testemunhar um bocadinho?

O Francisco ficou calado. Não insisti. Alguns minutos depois, respondeu-me:

- Sim, posso dar o meu testemunho. Posso dizer, por exemplo, como a Palavra de Deus está sempre presente na minha mente, ao longo do dia, ajudando-me a relacionar os acontecimentos da vida com o que Jesus nos ensina. Também posso dizer como a oração surge espontaneamente na minha mente. Outro dia estava em cima do cavalo, a meio de um salto, e a perfeição daquele momento fez-me dizer simplesmente: "Obrigado, Jesus!"

- Fantástico, Frankie! É mesmo isso! Um testemunho lindo. Fica então combinado: depois de eu falar, antes de abrir o debate, tu dás o teu testemunho.

E assim foi. O salão do centro paroquial estava cheio de mães e alguns pais sedentos de Deus. A sua adesão simples às minhas palavras e a forma como se questionaram depois de nos escutar fizeram-me perceber o quão importante é esta procura do irmão nas periferias da Igreja. Poucos ali frequentavam os sacramentos com regularidade, mas todos estavam cheios de sede, e ainda não se tinham dado conta. Pareceu-me escutar a voz de Jesus, de braços estendidos:

 

"Quem tem sede, venha a Mim e beba. E do seu seio jorrarão rios de água viva."

(Jo 7, 37-38)

 

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Quando acabei de falar, convidei, como combinado, o Francisco para dar o seu testemunho. Falou de ilusionismo, falou da oração sobre o cavalo, falou da oração de súplica que o Senhor sempre atende. No final, as pessoas romperam em aplausos. E eu senti-me orgulhosa do meu jovem crismando, capaz de testemunhar Jesus Ressuscitado como os Apóstolos no dia de Pentecostes. Depois, o Francisco cumprimentou as suas antigas educadoras, num momento muito bonito.

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Antes de sairem, muitos compraram um ou dois volumes do meu livro Os Mistérios da Fé (também disponíveis online), como introdução à Bíblia, que alguns não possuem, e introdução à meditação católica, que muitos se decidiram ali mesmo começar a fazer.

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 Regressámos a casa muito felizes. O Senhor, que chama os pecadores e os transforma em pescadores de homens, nunca Se deixa vencer em generosidade, e recompensa-nos sempre a cem por um. O Francisco já está maduro na fé. No dia 26, terá completado a sua iniciação cristã com a receção do sacramento do crisma...

 

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publicado às 06:20

Jardinando por amor

por Teresa Power, em 24.03.15

- Quem me vem ajudar a tratar da horta?

- Eu!

- Eu!

- Eu!

- Eu!

Rodeado de quatro crianças, o Niall calça as galochas, pega na enxada e dirige-se para a horta. O trabalho que se segue promete ser árduo, pois a nossa horta tem estado um pouco abandonada, entre tantos trabalhos que todos os dias se nos oferecem.

- Já percebi que a minha tarde vai ser trabalhosa - Diz-me, a sorrir - Quando tenho quatro ajudantes, demoro também quatro vezes mais!

Mas o Niall sabe que o importante não é a qualidade da nossa horta. Felizmente, ela é apenas uma experiência pedagógica e não precisamos dela para comer! O importante é a qualidade do amor que os nossos filhos experimentam na sua tarde de trabalho na horta...

 

Mas se os mais novos adoram ajudar - desajudando -, os mais velhos já não insistem para que os deixemos trabalhar.

- Francisco, não vens comigo?

-...

- Francisco, preciso que retires todas as ervas daninhas.

- Todas, pai?

- Sim. É preciso limpar tudo para depois começar a plantar. Tens ali tudo o que é preciso, e o carrinho de mão está no pátio. Vens ou não vens?

Um suspiro quase imperceptível, o computador que se fecha, e o Francisco vai ajudar o pai.

O Niall sorri, contente. De novo, o que está em jogo é muito mais do que uma horta experimental... Importa ensinar aos nossos filhos o valor do trabalho e oferecer-lhes oportunidades para, também eles, aprenderem a amar, servindo.

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 Ao pôr do sol, encontro o Francisco na horta, três baldes de ervas daninhas a seu lado.

- Estás a fazer um belo trabalho! - Digo-lhe.

- Eu sei. Mas estou estafado! Hoje acordei com dores de costas por ter saltado tanto ontem com os cavalos.

- Todos nós estamos cansados. É natural! Agora importa não desperdiçares o teu trabalho desta tarde.

- Como assim, desperdiçar?

- Fizeste o que tinha de ser feito, porque o teu pai te pediu. Como filho obediente que és, não te passava pela cabeça não o fazer. Para o trabalho ficar feito, é indiferente estares de boa ou de má vontade... Mas para Deus, isso faz toda a diferença! Para Deus, só conta o que for feito por amor. O resto é pura perda de tempo.

- Eu sei. E é por isso que tenho estado a tarde inteira a oferecer a Jesus este trabalho!

 

Oferecer a Jesus o trabalho, por amor. Não é preciso que o trabalho nos faça sentir bem, nem que nos apeteça: basta dirigir a nossa intenção e, como o Niall e o Francisco, oferecer a Jesus o que tem de ser feito, unindo cada gesto à sua entrega na cruz. E de repente, tudo ganha sentido!

Desperdiçamos tantas oportunidades na vida, fazendo o que tem de ser feito por obrigação, contrariados, resmungando, para parecer bem, para não falarem de nós, por vaidade, por orgulho, por submissão... Dizia a Madre Teresa:

"Na nossa vida, não somos chamadas a fazer grandes coisas,

mas antes a fazer pequenas coisas com um grande amor."

E S. Paulo explica, no belíssimo capítulo 13 da sua primeira carta aos Coríntios:

 

"Se eu falar as línguas dos homens e dos anjos

mas não tiver amor,

sou como bronze que soa ou tímpano que retine.

E se eu possuir o dom da profecia,

conhecer todos os mistérios e toda a ciência

e tiver tanta fé que chegue a transportar montanhas,

mas não tiver amor,

nada sou.

E se eu repartir todos os meus bens entre os pobres

e entregar o meu corpo ao fogo,

mas não tiver amor,

nada disso me aproveita." (1Cor 13, 1-3)

 

 

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publicado às 06:35

O cubo e Palavra

por Teresa Power, em 05.03.15

Um dos passatempos do Francisco é resolver o Rubik's Cube (cubo mágico). Recebeu o seu primeiro cubo num aniversário, ainda em criança. Durante alguns anos, pouco lhe tocou. Um dia, encontrou na net um PDF com dicas de resolução, imprimiu-o e decidiu experimentar. Primeiro com as indicações à frente, depois já sem papel, aprendeu a resolver o cubo todo, e a fazê-lo cada vez mais depressa. De alguns minutos, foi diminuindo o tempo de resolução, até conseguir fazer o cubo em cinquenta segundos.

No verão passado, um dos projetos do Francisco foi aprender a resolver o cubo em menos de vinte segundos. Para o conseguir, precisou de memorizar vinte algoritmos diferentes. A cada dia, o Francisco memorizava dois ou três.

Num destes fins de tarde, em que eu pensava que o Francisco estava calmamente no quarto a estudar, vi o meu filho aos saltos de alegria.

- Que se passa, Francisco?

O Francisco tinha o cubo numa mão e, na outra, o relógio de pulso, com cronómetro:

- Consegui bater o meu record pessoal! Resolvi o cubo em quinze segundos!

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Outro dia, no grupo de oração, a Clarinha viu-se bastante aflita para encontrar na sua Bíblia a passagem enunciada. Ela escutara as palavras: Carta aos Filipenses, capítulo 3, versículo 1 a 12. Mas depois... Como traduzir estas indicações em Palavra? A seu lado, ajudei-a a procurar. Lembrei-me então do cubo mágico...

Dá jeito conhecer os "algoritmos" que nos permitem procurar na Bíblia a Palavra de Deus. E quanto maior a nossa prática, mais depressa encontramos as passagens que nos falam ao coração. Há algumas que é bom  conhecer "de cor", "de coração", para estarem mais acessíveis na memória quando delas precisamos. No meio de uma aula complicada, ou de um engarrafamento de trânsito, ou numa cama de hospital, sabe tão bem deixar a Palavra de Deus descer à nossa memória para nos apaziguar! Eu gosto de repetir baixinho o salmo do Bom Pastor (Sl 22/23) antes de entrar em algumas aulas ou reuniões, ou o Hino da Caridade (1Cor 13) quando estou prestes a perder a paciência, por exemplo.

Por onde começar? O ideal seria por um curso bíblico, mas na sua falta (e eu nunca fiz nenhum) podemos sempre começar por ler o índice da Bíblia, perceber um pouco como estão agrupados os livros, ler as introduções, que nos situam no tempo e no espaço. Depois, podemos seguir a sugestão de Bento XVI e ler, do princípio ao fim, um livro inteiro da Bíblia. Podemos repetir este gesto até termos lido por inteiro todos os livros da Bíblia, mesmo sem compreender tudo. Os cartões bíblicos vão-nos oferecendo pequenos versículos para memorizar, meditar, viver. Finalmente, há imensos jogos que podemos fazer em família: "Quem encontra mais depressa uma passagem na Bíblia sobre pastores?" "Quem é o primeiro a abrir em Ex 2, 10?" "Quem sabe em que livro vem a história do Rei David?"

Tal como o cubo mágico, a Palavra só é enigmática para quem não tem tempo ou vontade de praticar e memorizar algumas coisas... Chamemos-lhe "os algoritmos da Palavra"!

Se tiverem sugestões para que todos possamos aprender os "algoritmos da Palavra", venham elas daí :)

 

"Trarás no teu coração todas estas palavras que hoje te ordeno. Tu as repetirás muitas vezes e delas falarás, quando estiveres sentado em casa ou a caminhar, quando estiveres deitado ou andando pelos caminhos..." (Deut 6, 6-7)

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PS - Já recebi algumas fotografias de alguns Cantos de Oração quaresmais. Querem enviar-me as vossas, para depois eu as mostrar num post?

 

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publicado às 06:25

Fios de luz

por Teresa Power, em 27.02.15

Francisco:

 

"Eu e a Clarinha nunca fazemos trabalhos em conjunto na escola. Primeiro porque temos dois anos e meio de diferença, mas essencialmente porque temos gostos e talentos muito diversos. No entanto, nas Jornadas Culturais do nosso colégio este ano, tivemos a oportunidade rara de trabalharmos em conjunto no mesmo projeto, cada um a fazer coisas completamente diferentes mas de tal modo que, sem um, o trabalho do outro não faria sentido: juntos e com mais uma colega do 9º ano, preparámos uma dança executada pelas duas, com efeitos especiais feitos por mim e projetados nelas. A inspiração veio de um vídeo do Youtube, que procurámos imitar e adaptar.

Fazer isto não foi fácil. Foi necessário uma sincronização perfeita (ou quase!) entre as bailarinas e o vídeo com os efeitos especiais. Isso foi possível filmando as bailarinas, contruindo os efeitos nesse vídeo, removendo o fundo e adicionando outro. Uma complicação! Eu tive de seguir as mãos das bailarinas com pontos a cada segundo do vídeo, o que deu uma trabalheira enorme. Só assim pude, por exemplo, unir as bailarinas com raios de luz.

Depois de dois dias a fazer o vídeo sem parar, chegou a vez da Clarinha e a amiga começarem a treinar os movimentos todos de modo a sincronizarem com o vídeo que foi feito sincronizado com elas (sim, eu também fiquei confuso!). Isso requereu prática, mais uns ajustes da minha parte, umas improvisações da parte delas, mas creio que no final tudo ficou bem, como podem avaliar pelo vídeo.

Foi muito interessante trabalhar em conjunto com a minha irmã. Primeiro porque podia ir consultando uma das bailarinas para ver se ela “aprovava” o meu trabalho, segundo porque ela podia ir vendo e imaginando na sua mente o que teria de fazer em palco, no dia das Jornadas, por último porque… bem, é minha irmã e é raro fazermos este tipo de trabalhos! Foi divertido, valeu a pena!"

 

Clarinha:

 

"Este ano participei de uma forma diferente nas Jornadas Culturais. Um grupo de professores desafiou-me a mim, a uma amiga e ao meu irmão a construir uma "dança das estrelas".

A primeira vez que experimentámos dançar com a projeção foi no ensaio geral, e por vezes não conseguimos fazer a dança sincronizadas com os efeitos especiais. Tivemos de encontrar estratégias, contar os passos, etc.

Depois de muito praticar com a minha colega, entrámos em palco. Foi engraçado como, sem ver, tínhamos de "agarrar as estrelas" sem nos enganarmos.

Quando terminámos a apresentação, saímos do palco e demos saltos de alegria por termos conseguido trabalhar em equipa e lançar estrelinhas!"

 

Foi preciso concentrar toda a sua atenção no outro, no trabalho do outro, nos movimentos do outro, no talento do outro...

Foi preciso ser generoso e oferecer o seu tempo livre...

Foi preciso ter fé para acreditar que os gestos e movimentos no ar, aparentemente vazios, lançaram estrelas no palco.

Alguns santos receberam de Deus dons especiais, permitindo-lhes ver a luz ou as trevas que iluminam ou escurecem o interior de cada pessoa. Deus ofereceu-lhes a oportunidade de ver os homens como Ele os vê. S. João, na sua primeira Carta, diz-nos:

 

"Deus é Luz e n'Ele não há nenhuma espécie de trevas. Se dizemos que temos comunhão com Ele, mas caminhamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Pelo contrário, se caminhamos na luz, como Ele, que está na luz, então temos comunhão uns com os outros..." (1Jo 1, 5-7)

 

O Francisco, a Matilde e a Clarinha descobriram que estavam unidos por fios de luz; e que, mesmo sem verem nem sentirem, podiam agarrar as estrelas.

Seremos nós capazes, ao cruzarmos todos os dias a nossa vida com a dos irmãos, ao rezarmos no silêncio de uma igreja vazia... de fazer a mesma descoberta?

 

 

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publicado às 06:24

Ó namoro, por onde andas?

por Teresa Power, em 16.02.15

Escrito pelo Francisco:

 

Na sexta-feira foi proporcionado aos jovens de Anadia um encontro extremamente interessante e atual sobre o namoro, intitulado: "Ó namoro, por onde andas?". Na véspera do dia de S. Valentim, nada mais original do que ouvir Inês Pereirinha a falar, conversar connosco, ensinar-nos imensas coisas importantes sobre o namoro.

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Começámos logo, todos reunidos num ambiente agradável, a tentar perceber melhor a amizade, em todos os aspetos do ser humano, o que significa a amizade e o que é necessário para haver uma boa amizade. “A amizade é querer o bem para a outra pessoa. Não apenas que essa pessoa seja feliz, mas que essa pessoa se torne a melhor pessoa possível”. Só depois de discutirmos isto, pudemos passar ao namoro, visto que o namoro começa sempre com a criação de laços de amizade muito fortes.


Explorámos um pouco as diferentes vertentes do ser humano, do corpo ao “Eu interior” e vimos como o namoro deve ser vivido segundo todas essas vertentes e não apenas com o corpo, como, infelizmente, as novelas e os media nos fazem crer. O namoro passa pelo corpo, mas mais importante que isso, passa pelos sentimentos, uma decisão, uma atitude, um compromisso.
Neste encontro aprendemos como viver um namoro feliz. Um namoro em que cada um respeita a si próprio e ao outro, um namoro em que é possível o autocontrolo, para que tudo corra bem.


“A castidade está na moda” foi uma frase que chamou a atenção de muita gente. Será verdade? Sim, é verdade, explicou-nos Inês. Mas não parece, pois nunca se ouve falar de castidade nos media, só se ouve o que é mau, nunca o que é bom. Mas a verdade é que há cada vez mais pessoas a perceberem que devem respeitar o seu próprio corpo, a perceberem que fazer sexo no namoro não é uma prova de que ele/ ela me ama, que isso é apenas uma prova de que ele /ela gosta do meu corpo. Sim, a castidade está na moda! Ora vejam:

Entretanto, na caixa de comentários do post que a minha mãe escreveu sobre o namoro, o João Miranda Santos fez uma sugestão, que aqui divulgamos:

"Nos dias 11 e 12 de Abril de 2015 realiza-se na no seminário de Almada um retiro para namorados sobre o tema "Da Castidade à Liberdade para o Dom". O pregador será o pe. Nuno Amador. O retiro começa no Sábado dia 11 pelas 10h30 e termina no Domingo dia 12 pelas 15h30. O preço do retiro são 50€ por pessoa. http://www.familia.patriarcado-lisboa.pt/eventos/calendario/icalrepeat.detail/2015/04/11/167/-/retiro-para-namorados"

 

Como eu, também os outros jovens adoraram o encontro que tivemos. Nós, jovens, precisamos de momentos assim para crescer!

 

 

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publicado às 06:31

Guardas do nosso irmão

por Teresa Power, em 06.02.15

Cinco horas da tarde. Em menos de cinco minutos, saio da minha escola e páro em frente do Colégio dos meninos. A Clarinha e o Francisco já seguram os quatro irmãos mais novos pela mão ou ao colo, e nem preciso de desligar o motor do carro: de uma vez, todos entram no carro, e lá se vão ajeitando e colocando os cintos de segurança, enquanto eu faço a manobra e conduzo em direção a casa.

- Que tal o dia? - Pergunto, como habitualmente. E como habitualmente também, as vozes excitadas e cheias de pressa vão-se sobrepondo.

- Fiz teste, e correu bem, apesar de ser Matemática.

- Que bom, Clarinha!

- E eu estive a treinar para as Jornadas Culturais. Estou a organizar uma competição de "cubos mágicos" para os mais pequeninos.

- Bela ideia, Francisco!

- E eu! E eu! - Vai dizendo a Sara, que nunca perde a ocasião de repetir o que ouve aos mais velhos.

- Hoje foi o melhor dia de sempre!

- Porquê, Lúcia?

- Porque estivemos com os nossos padrinhos! Jogámos ao "Lencinho vai na mão" e ao "Gato e Rato", todos juntos numa grande roda. Foi tão divertido!

 

Os padrinhos e as madrinhas são uma das melhores invenções do Colégio. No início de cada ano letivo, os alunos do 12º ano apadrinham, cada um, um ou dois alunos do primeiro ano. Os mais velhos, prestes a partir, e os mais novos, acabados de chegar, tornam-se assim aliados na grande aventura escolar. Durante o ano, os padrinhos oferecem algumas das suas horas de almoço para organizar brincadeiras com os seus pequeninos afilhados. Às vezes, a Lúcia traz rebuçados ou gomas para casa, oferta dos seus padrinhos, ou ainda, um pequeno cartão com uma mensagem - gestos de amizade que tornam seguro, para ela, o espaço escolar. Os "grandes" deixam de ser vistos como uma ameaça, o recreio torna-se uma festa de irmãos.

 

Conheço vários pais preocupados com a tendência crescente em agrupar numa mesma escola as crianças do primeiro ciclo ao secundário. Penso que, trabalhando com afinco nas Associações de Pais, a proposta de apadrinhamento - tanto dos alunos uns pelos outros, como dos professores pelos alunos, como contei aqui - é uma proposta transformadora do espaço escolar. E, claro, uma proposta profundamente cristã: a Bíblia inteira é atravessada pela pergunta de Deus a Caim, lá no início dos tempos:

 

"Onde está o teu irmão (mais novo)?" (Gen 4, 9)

 

 O Francisco faz parte dos "grandes". Enquanto conversávamos, ele contou-me como está a pensar organizar a competição de "cubos mágicos" para os alunos do colégio. Afinal, foi o Francisco que introduziu a moda dos cubos no colégio, há alguns anos atrás! Contou-me também como tenciona ajudar os professores a preparar a grande festa que são as Jornadas Culturais. Ser "grande", de verdade, é fazer valer a sua força e colocar os mais novos aos ombros...

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publicado às 06:25

Irmãos e companheiros

por Teresa Power, em 18.12.14

Durante este primeiro período, o David sentiu-se sempre um pouco desanimado com a Matemática, e eu também. O professor foi repetindo que o David tinha capacidade para ser aluno de excelência, mas os resultados não correspondiam.

- Deixa lá, David, tu estás a dar o teu melhor! - Consolava-o eu. Como professora, conheço muitos alunos a quem os pais precisam de castigar quando tiram maus resultados. Os meus filhos, porém, castigam-se a si próprios, com mais ou menos lágrimas de tristeza, e por isso, a mim cabe apenas consolar. Antes isso!

- Talvez o David precise de uma ajuda maior da nossa parte - Dizia-me o Niall. Como ele chega sempre a casa depois dos trabalhos de casa estarem arrumados, essa ajuda, subentende-se, seria minha. Mas os meus fins de tarde são muito atribulados, com a Lúcia a aprender a ler, o António e a Sara a querer atenção, o jantar para fazer... Foi então que me lembrei do Francisco, para quem a Matemática é um hobby engraçado:

- Francisco, tenho um desafio a fazer-te: o David não está a conseguir ter bons resultados a Matemática. Precisamos que lhe dês, por semana, pelo menos uma hora de explicação. Que dizes?

O Francisco ficou calado por uns momentos. Depois tentou esquivar-se:

- Não faço a menor ideia do que ele anda a aprender! Além disso, não tenho jeito para professor.

- Eu também não faço a menor ideia do que ele anda a aprender, mas há uma maneira de ficarmos a saber: consultamos o manual. Quanto ao jeito para professor, Francisco, não te preocupes, que ao fim de duas semanas já o adquiriste!

Com um suspiro, o Francisco percebeu que não tinha alternativa. E com a sua natural paixão por desafios, decidiu agarrar este serviço com ambas as mãos. Assim, nas últimas semanas repetiram-se cenas como esta:

IMG_6724.JPG

Na última semana de aulas, o David chegou a casa exultante: tinha conseguido mais de 90% a Matemática! Feliz, deu um abraço ao irmão.

Agora, que estão de férias, o Francisco decidiu ensinar o David a jogar xadrez. E não é que o David está a ficar um craque?

DSC00260.JPG

Escreveu S. Paulo aos filipenses:

 

"Não cuideis apenas dos vossos próprios interesses, mas tende sempre em mira os interesses dos outros." (Fil 2, 4)

 

Uma das nossas maiores preocupações enquanto pais é assegurarmo-nos de que os irmãos crescem solidários. Conheço cada vez mais famílias em que cada filho faz a sua vida, independente dos irmãos e sem qualquer tipo de responsabilidade para com eles. Tive há uns anos duas alunas gémeas que tinham inveja das notas uma da outra e nunca se ajudavam! Também conheço famílias em que os pequenos serviços prestados entre irmãos são pagos pelos pais... Que tipo de humanidade estamos nós a educar?

O David melhorou o aproveitamento a Matemática; mas o Francisco melhorou aspectos da sua personalidade bem mais importantes que a Matemática! Ajudando o irmão, venceu-se a si próprio, aprendeu a renunciar a um bocadinho do seu tempo para servir o outro, e descobriu a alegria de dar. Isto sim, é crescer...

 

 

 

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publicado às 06:32



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