Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
Sim, Sara, a estrada estende-se para além do nosso jardim, e o mundo lá fora é grande, é enorme... Sim, o gradeamento branco que nos separa da estrada não nos pode separar de quem nela passa...
Quem vive no campo sabe bem como as pessoas se cumprimentam ao passarem umas pelas outras, a pé ou de bicicleta. Os meus filhos mais novos adoram subir ao muro do jardim e ficar a ver quem passa, para terem o prazer de dizer "Bom dia!" ou "Boa tarde!" e para poderem receber em troca um sorriso e uma palavra também. Os mais velhos faziam o mesmo há alguns anos atrás! Quando vão a casa da avó, que vive na cidade, mantêm o hábito da aldeia, e distribuem "bons dias" e "boas tardes" por toda a gente, até se darem conta de que não é possível continuar a esse ritmo enquanto passeiam pela avenida.
Mas mesmo na aldeia, são cada vez mais as casas que mantêm as portadas e as persianas corridas durante todo o dia e as crianças bem delimitadas no espaço da casa ou do jardim. E paradoxalmente, são cada vez mais as pessoas que se sentam ao computador para se conectarem com o mundo lá fora...
Segundo S. João, o próprio Caifás, sumo-sacerdote, "profetizou que Jesus devia morrer para congregar na unidade os filhos de Deus que estavam dispersos." (Jo 11, 52) Só um amor como o de Jesus, um amor que dá a vida pelo amado, é capaz de congregar na unidade!
Durante a Semana Santa, vamos certamente entrar numa igreja e participar numa eucaristia. Descobriremos então que, estejamos nós em Mogofores ou na Raposa, em Coimbra ou em Lisboa, na Argentina ou em Moçambique, vamos escutar as mesmas passagens das Escrituras e comungar o mesmo Pão. É preciso que a Igreja seja a aldeia dos filhos de Deus, onde os estranhos se cumprimentem no abraço da paz e onde todos falem a mesma língua: a língua franca do amor!
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.