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A Caravana de Jacob em Fátima

por Teresa Power, em 05.01.15

O nosso Retiro em Fátima foi simplesmente fabuloso. Temos tantas, tantas graças a dar a Deus, que nos proporcionou um dia tão cheio de bênçãos, de amizade, de alegria e de sol!

Começámos cedinho, no Centro Pastoral Paulo VI. Foi com alguma emoção que lá entrei. Nunca na minha vida sonhara entrar neste Centro como organizadora seja do que for, eu que tantas vezes, durante a minha juventude e idade adulta, lá entrei para receber ensinamentos!

As condições foram, claro, óptimas. E foi para mim tão engraçado ver chegar as famílias e procurar adivinhar, pelos rostos e pelo tamanho dos filhos, quem eram! Porque se todos os leitores do blogue conseguem reconhecer facilmente a Família Power, eu conheço nomes e comentários, até finalmente nos encontrarmos no mundo real. E acreditem que adoro poder ligar os nomes a um rosto!

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Os pequeninos ajudaram muito durante o ensinamento, mantendo-se entretidos com os livros que levámos e com alguns lápis de cor. Em silêncio, ou falando muito baixinho, foram fazendo amizades:

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Com a pontualidade que tem caracterizado os nossos encontros, chegámos à missa na Basílica mesmo quando o sino dava as onze horas. Que alegria, podermos participar, com as nossas crianças e a nossa confusão, na missa solene do Santuário de Fátima! O nosso pároco, o padre José Fernandes, salesiano, também lá esteve, a concelebrar. Reconhecem-no?

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Depois, foi o piquenique. Tentem imaginar a confusão, a brincadeira, a alegria, a partilha, o barulho e a fome, à volta de uma mesa de piquenique ou sentados em mantas no chão! A comida voava, os pratos passavam de mão em mão, desapareceram copos e trocaram-se talheres, mas todos ficaram saciados. E como no Evangelho, sobejou em abundância!

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 Às duas horas em ponto começámos a nossa Via Sacra de Natal. Como eramos muitos, os jovens seguiram à frente, com uma estação de avanço, enquanto os adultos e as crianças caminhavam mais devagar...

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O tema do ensinamento que fiz de manhã foi a caminhada até ao Presépio. E para falar desta caminhada, servi-me do texto do Livro do Génesis sobre a Caravana de Jacob:

 

“O meu senhor sabe que as crianças são delicadas e que o gado miúdo e graúdo, que ainda mama, exige os meus cuidados; se os apressarem, ainda que só por um dia, todo o gado novo perecerá. Que o meu senhor queira passar adiante do seu servo; eu caminharei devagar, ao passo da caravana que me precede e ao passo dos meninos, até juntar-me ao meu senhor, em Seir.” (Gn 33, 13-14)

 

Durante toda a manhã sentimos o peso desta caravana, esta necessidade de caminhar devagar, ao passo dos meninos, procurando que nenhum se perdesse entre o Paulo VI e a Basílica, a Basílica e o local do piquenique; mas foi durante a via sacra que esta Palavra "encarnou" no nosso grupo. As crianças viajavam de trotinete, de carrinho de bebé, ao colo, às cavalitas, ou empoleiradas no muro de pedra que ladeava todo o caminho, e corriam para trás e para a frente, com gritinhos de alegria, apanhando flores e explorando cada árvore e cada recanto:

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Quando, por fim, decidimos que eram horas de regressar, vimo-nos e desejámo-nos para as recolher todas! Imaginei os três pastorinhos de Fátima, naquele mesmo local, a tentar recolher as suas ovelhinhas e as suas cabrinhas...

- Cada um recolhe as suas cabritas!

E cada um recolheu as suas cabritas mesmo :)

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Na verdade, nessa altura da nossa caminhada, já não eramos estranhos, mas amigos. Conversávamos uns com os outros, partilhávamos experiências e ideias, pedíamos ajuda uns aos outros. As crianças não se queriam separar!

Por fim, visitámos as casas dos pastorinhos de Fátima. Oitenta pessoas a entrar naquelas casinhas minúsculas foi uma aventura! Mas as casas dos pastorinhos são em si mesmas uma lição de simplicidade e desapego. Na casa da família Marto, o quarto dos rapazes,  que não é maior do que a minha despensa, abrigava cinco crianças na altura das aparições... Temos tanto, e queixamo-nos tanto!

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 E foi junto do poço da casa da Lúcia, onde o Anjo de Portugal falou aos pastorinhos, que encerrámos o nosso dia, em oração de acção de graças:

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E por fim, uma grande salva de palmas para todos!

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  Depois de um segundo ou terceiro piquenique à beira dos carros, e porque eram quase seis horas, resolvemos regressar. Mas à despedida, todos, sem excepção, disseram:

- Até a uma próxima!

Sim, até a uma próxima!

Ontem à noite, já na cama, conversava com o Niall sobre esta próxima... E de repente, o sono passou e fiquei muito desperta:

- Vamos para o norte, da próxima vez!

- Para o norte?

- Há tantos santuários no norte! Sameiro, S. Bento da Porta Aberta, Bom Jesus... É isso, Niall: vamos para o norte!

Julgo haver leitores no norte do país, ou estarei enganada?

Por isso, caros leitores, preparem-se... Que nós não tencionamos parar!

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publicado às 06:05


11 comentários

De Teresa Power a 05.01.2015 às 18:52

Afinal sempre há leitores no norte para além da família de Valença que esteve em Fátima :) Ab e até à próxima!

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