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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
- Meninos, meninos, hoje é o dia da nossa grande festa!
- Festa do pijama?
Gargalhadas:
- Bem, Sara, acho que sim, que será uma festa de pijama...
- ... mas não do pijama! É a festa dos Santos, não é, mãe?
- Sim, claro! Como todos os anos! Vamos preparar-nos.
- Eu vou fazer bolinhos!
- Boa, Clarinha. Quem ajuda?
- Eu! Eu!
Durante toda a tarde de sábado dia 31, depois da catequese, os meninos vão preparando a festa desta grande noite de Véspera de Todos os Santos.
Chega a noite. Da cozinha vem um cheirinho delicioso - ter filhas que gostam de fazer bolos é uma grande bênção! Entretanto, lá fora, o pai acende a churrasqueira à luz das estrelas, com a ajuda do António. Que alegria! Hoje o jantar é especial!
Está tudo pronto. Podemos começar a festa? Vamos começar!
- Mãe Sara, a senhora já está vestida?
A Sara está linda, com o seu vestido de princesa. Afinal, a mulher de Abraão é a grande matriarca do povo de Deus! Sara está à porta da sua casa, com "Abraão". Lá fora, na noite, três "anjos disfarçados" aproximam-se e dão a "Abraão" a grande notícia:
"'Passarei novamente pela tua casa dentro de um ano, nesta mesma época; e Sara, tua mulher, terá já um filho' Ora Sara estava a escutar à entrada da tenda, mesmo por detrás de Abraão. Abraão e Sara eram já velhos e Sara já não estava em idade de ter filhos. Sara riu-se consigo mesma." (Gn 17, 10-11)
- Sara, agora tens de rir! - Segreda-lhe o Francisco. A Sara dá uma grande gargalhada, e logo um dos "anjos" lhe coloca nos braços o seu "Isaac". A voz da "narradora" continua a contar:
"Sara disse: 'Deus concedeu-me uma alegria, e todos quantos o souberem, alegrar-se-ão comigo." (Gn 21, 6)
- Viva a Sara! Viva a Mãe Sara! Olhem para as estrelas, se as conseguirem contar! Assim serão os descendentes de Abraão e Sara, até aos dias de hoje, e mais, e mais... Como Deus é grande!
A mesa está posta, a sopa servida, o churrasco pronto. Entramos em casa para continuarmos a nossa festa, tagarelando alegremente e partilhando uma magnífica refeição. Para terminar, claro, os bolinhos da Clarinha e alguns marshmallows, que parecem saidos da infância irlandesa do Niall.
Que delícia! E agora? Agora é correr para a garagem! Há amendoins para todos:
E há um magnífico jogo à espera!
Ena, tantas gargalhadas! Bem, para comer mesmo a maçã, e depois de muitas tentativas falhadas, tem de ser assim:
- Agora mais um jogo! - Anuncia o Niall, para quem a noite de hoje traz belíssimas recordações de infância - O desafio é conseguir chegar de um lado ao outro da carpete, empurrando uma noz com... o nariz! Prontos?
No meio de tanta animação, é difícil empurrar a noz, mas ninguém desiste. A Sara é a última a chegar, mas a primeira na alegria!
E finalmente, acendemos as velas do Canto de Oração. Chegou a hora da Palavra, que hoje é diferente: à vez, cada um dos meninos irá contar a história do seu santo padroeiro. Todos correm a preparar os últimos detalhes. Ora digam lá se os quatro mais novos não estão vestidos a rigor (mesmo que sob os disfarces tenham os pijamas, ou não fosse esta uma festa de pijama...):
O Francisco é o primeiro a contar a sua história. Pelo meio, presenteia-nos com um truque de ilusionismo, fazendo surgir do nada o crucifixo de S. Damião:
A Clarinha fala-nos de Santa Clara, e conta aos irmãos o episódio que faz de Clara a padroeira da televisão. A conclusão do David é que ver televisão homenageia santa Clara, e portanto, nós devíamos ver mais. Gargalhadas...
O David narra com precisão o episódio em que o pastorinho David vence o gigante Golias. Os irmãos escutam muito atentos.
A Lúcia não quer contar a história da Irmã Lúcia, mas está disposta a representá-la. Ótimo! A mãe é boa narradora, e a Lúcia demonstra ser muito boa atriz!
E o António? Bem, o António está praticamente a dormir no sofá, depois de tantas histórias... Resta-nos contar entre nós o episódio em que Santo António prega aos peixinhos. Sentimo-nos um bocadinho como ele em relação ao nosso António :)
O dia chega ao fim. A beleza desta noite santa preenche todos os espaços vazios das nossas almas e alimenta a nossa fome de amor. Tudo nos fala de alegria, de paz, de santidade, de Deus. A noite que prepara o grande Dia de Todos os Santos não pode ter vestígios de fealdade ou de escuridão. Nós, cristãos, temos uma longa experiência de cristianização das festas pagãs, a começar pelas próprias festas da Páscoa e do Natal, e o Halloween não deverá ser exceção. No céu, certamente, esta festa é só feita de luz!
As velas estão acesas. Quase a dormir, ainda conseguimos rezar juntos o terço, experimentando um conforto suave na presença uns dos outros. Por fim, invocamos os nossos santos padroeiros, como costume, e prolongamos as invocações, invocando santo após santo até não nos lembrarmos de mais...
Um dia, se Deus quiser, também nós faremos parte desta "multidão enorme que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé com túnicas brancas diante do trono e diante do Cordeiro, e com palmas na mão." (Ap 7, 9)
Ámen!