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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
Todos os outonos, o dia da chegada da camioneta com lenha é uma verdadeira alegria! Este ano não foi excepção, e à volta da lenha, as crianças brincaram e saltaram a tarde inteira.
Depois, naturalmente, o trabalho maior sobrou para o pai e para o Francisco, que com rapidez e eficiência empilharam toda a lenha, por detrás das bicicletas, skates, trotinetas e patins:
Ontem à tarde, pela primeira vez este ano, acendemos a lareira. Que bem que soube!
Enquanto contemplava o lume a crepitar, lembrei-me do Evangelho:
"Vim lançar o fogo à Terra, e que quero Eu senão que ele se ateie?" (Lc 12, 49)
Para o lume se atear, foram precisos várias pinhas e vários fósforos. Mas depois de ateado, bastava ir lançando pequenas achas de vez em quando... Recordei-me então das sábias palavras de Santa Teresinha:
"Eu sei que é preciso alimentar o fogo do amor. A lenha não se encontra ao nosso alcance quando estamos nas trevas, mas não estaremos ao menos obrigadas a lançar nele algumas palhinhas? Tenho experimentado, quando nada sinto e estou incapaz de orar e de praticar a virtude, que é então o momento de procurar pequenas ocasiões, uns nadas, que dão mais alegria a Jesus que todo o império do mundo, ou até o martírio sofrido generosamente. Por exemplo, um sorriso, uma palavra amável, quando tinha vontade de não dizer nada, de me mostrar aborrecida, etc. Assim entretenho o fogo de amor que me parece extinto, e basta lançar nele qualquer coisa, porque Jesus bem sabe reacendê-lo." (Carta a Celina, 18 de julho de 1893)
O fogo de Deus já foi ateado em nós pelo batismo. Mas não basta ateá-lo: é preciso "lançar achas na fogueira" continuamente, para que não se apague!
É tão mais fácil "lançar achas à fogueira" de uma discussão, de um mal-dizer... Quantas "achas" sou eu capaz de lançar! Santa Teresinha recorda-nos que é preciso "lançar achas", sim, mas na fogueira do amor! É preciso "morder a língua" muitas e muitas vezes, sorrir contra vontade, calar um berro, levantar do sofá para ir buscar um copo de água ao marido ou à mulher, deixar que o irmão fique com o iogurte de morango e contentar-se com o de ananás, sorrir em vez de chorar diante do brinquedo partido...
Vamos pôr mãos à obra, e não desperdiçar a mais pequenina oportunidade!