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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
Uma das coisas que gostamos de fazer nas tardes longas de verão é apanhar amoras. Fazemo-lo por detrás da nossa casa, em Náturia (para quem ainda não sabe o que é Náturia, por favor cliquem aqui), e fazemo-lo nas caminhadas que vamos dando.
Outro dia, numa pequena aldeia da serra do Caramulo, onde fizemos um belo piquenique na companhia de amigos, fomos surpreendidos com uma abundância inusitada de amoras ladeando as ruas e preenchendo as ruinas de granito. Que maravilha! Bastava esticar o braço, para logo se poderem saborear as mais deliciosas amoras, escuras e doces.
Bem, esticar só o braço não chegava... Era preciso também afastar os espinhos que envolviam os arbustos! Por cada amora saboreada, aguentávamos várias picadas nos dedos e nas pernas...
- Abre a mão, Sara! Toma uma amora docinha!
- Cavalitas! Cavalitas!
- Sim, Sara, eu sei, às cavalitas é mais fácil!
Enquanto me saciava de amoras e as partilhava com a minha família, lembrei-me do salmo 33/34, que nos três últimos domingos temos cantado na missa:
"Saboreai e vede como o Senhor é bom!"
Caminhando pelas majestosas ruinas de uma aldeia passada, eu saboreava amoras - e saboreava a bondade do Senhor, de Quem recebo todos os bens: a vida, a família, a casa, o trabalho, os amigos, o amor, o Pão Vivo, a fé, o alimento, a saúde... Tanto a agradecer!
Mas quantas vezes deixo de receber algum bem que Deus me quer oferecer, simplesmente porque tenho medo de me picar nos arbustos que o envolvem?... Ah, o que o medo pode fazer!
Senhor, não deixes que o medo do sofrimento me impeça de saborear o teu amor! Senhor, não deixes que a dor me faça encolher os dedos e fechar a mão diante dos bens que me queres dar... Ámen.