Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
É mesmo isso: hoje o Céu está aberto sobre a Terra, e a graça de Deus chove a cântaros sobre nós! Na verdade, como se não bastasse estarmos ainda na Páscoa, que é, por excelência, o tempo da salvação, celebramos hoje o Domingo da Divina Misericórdia, esta belíssima festa do amor salvador de Jesus, que João Paulo II incluiu no calendário litúrgico para que se estendesse a todas as nações; e como se ainda não bastasse isso, temos hoje também a canonização de dois grandes papas, João XXIII e João Paulo II. Ena, que domingo tão grande e tão belo!
Fizémos a novena da Divina Misericórdia em família, rezando todos os dias o terço da Misericórdia, tal como Jesus pediu à irmã Faustina e como expliquei aqui. O António e a Lúcia perceberam do que se tratava. Ontem escutei esta conversa entre os dois, diante do Canto de Oração:
- Aqueles panos são o vermelho e o branco - dizia o António.
- Não são nada! São o sangue e a água - explicava a Lúcia.
- Ah, pois é, já me esquecia! O sangue de Jesus, e o vaso é o seu Coração!
- E olha que temos de rezar para essa água nos lavar!
- Sim, logo à noite rezamos.
- Podemos rezar agora! Anda, António, põe-te de joelhos que eu ajudo-te. Diz assim: "Jesus, eu amo-Te!"
João XXIII, que era um papa brincalhão, costumava dizer:
"Toda a gente pode ser papa. A prova é que eu o sou!"
Lá do céu, onde a festa é certamente bem maior que na Terra, ele sorri-nos com o seu sorriso bom e, piscando-nos o olho, diz-nos:
"Toda a gente pode ser santa. A prova é que eu o sou!"
Quero que seja esta a mensagem a passar cá em casa: estes dois papas são santos, não porque foram papas, mas porque viveram a vida como Jesus quer que a vivamos, em cada dia, em cada instante. A santidade é feita de pequenos nadas, de pequenas vitórias, de pequenas renúncias, de pequenas entregas. E a santidade é mesmo para todos! Diz o Senhor, no Levítico:
"Sede santos, como Eu, o Senhor, sou santo!" (Lev 19, 2)
Um destes dias, quando fui dar um beijo de boa noite ao David, que já se enfiara na cama, recebi esta confidência:
- Mãe, acho que vou ser santo.
- Ai sim? E porquê?
- Porque hoje me fartei de fazer coisas boas!
Aproveitemos estas canonizações para falar aos nossos filhos de santidade. A santidade está na moda! Ser santo é ser radical! Ser santo é ser profundamente feliz!
Hoje o céu está aberto sobre nós. Quero ter a certeza de que vou fechar o meu guarda-chuva, baixar as defesas e deixar que a chuva divina me inunde até à medula dos ossos. Diz o Livro do Apocalipse:
"O que tem sede que se aproxime; e o que deseja, beba gratuitamente da água da vida!" (Ap 22, 17)
E os meus desertos florirão...