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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
E cá estão eles de novo, como em todas as primaveras!
Ontem, enquanto comíamos umas tangerinas na cozinha, olhei pela janela e soltei um grito: chegaram! Os meninos quiseram logo ver, e empoleiraram-se em cadeiras para conseguirem espreitar. Eles sabem que, no momento em que abrirem a porta da cozinha, os chapins azuis desaparecem à velocidade de um relâmpago, para só regressar quando a "costa" estiver livre... Fui buscar a máquina fotográfica e, sempre através da janela, consegui fotografar a sua azáfama:
O papá e a mamã chapim entram e saem do buraquinho da árvore, decididos a reconstruir o ninho dos anos anteriores - ou será o ninho dos pais? Sabemos apenas que é o mesmo ninho e a mesma espécie de aves, e a fidelidade dos chapins azuis encanta-nos. O profeta Jeremias também exaltou a fidelidade da Criação ao seu Criador:
"Até a cegonha no céu conhece o seu tempo, a pomba, a andorinha e a garça observam o tempo do seu retorno. Mas o meu povo não conhece o julgamento do Senhor." (Jr 8, 7)
Mas a vida de um passarinho é muito, muito frágil. Todos os anos esperamos ansiosos pelo regresso dos chapins, pois bem sabemos que cada primavera pode ser a última.
A maior e mais bela semana dos cristãos está aí, como todas as primaveras, ano após ano desde há mais de dois mil anos. Talvez sejamos tão frágeis como os passarinhos... Olhando à nossa volta e escutando as notícias do mundo damo-nos conta de que cada primavera pode ser, para nós, a última.
Mas cada primavera pode também marcar o nosso retorno ao ninho do Pai, nas grandes celebrações da Páscoa. Como os chapins-azuis, as cegonhas, as pombas, as andorinhas e as garças, observemos o tempo do nosso retorno, e não deixemos fugir esta bela oportunidade, pois não sabemos se será a última! Na grande árvore da Igreja, o nosso pequeno "ninho" estará vazio enquanto não o ocuparmos e o enchermos de amor...