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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
- Despachem-se, meninos!
- Temos de mudar de roupa?
- Não, quer dizer, não há tempo! Mas têm de tirar os patins. David, tens de lavar a cara, está toda preta! Meteste a cabeça na chaminé?
- Ora! Foi em Náturia.
- Ponham a Sara a fazer xixi, e vamos embora!
- Estamos atrasados?
- Um bocadinho.
- Missa! Missa! Eu! Eu!
- Sim, Sara, vamos à missa.
- Vais tocar e cantar?
- Hoje não. Vamos, todos para o carro!
A toda a pressa, vamos para o santuário, e chegamos mesmo antes do Evangelho. Um pouco atrasados, mas nada de muito grave! Durante a homilia, o senhor padre explica o ritual das cinzas:
"Num mundo onde o corpo é um absoluto, e tudo parece andar à volta dele, as cinzas recordam-nos que somos pó, e que o melhor de nós está para além do corpo..."
"Lembra-te de que és pó e ao pó voltarás" (Gn 3, 19)
As palavras do Génesis convidam-nos à humildade, à consciência do nada que somos sem o sopro divino, com que um dia o Senhor animou o barro que moldou...
"Arrepende-te e acredita no Evangelho!" (Mc 1, 15)
Para acolher a Salvação que Jesus nos veio trazer, precisamos de nos reconhecer pecadores. Quem não se sente pecador, não precisa de salvação...
- Para que é que precisamos desta marca na cabeça?
- Fala baixinho, Lúcia, que estamos na missa! As cinzas querem lembrar-nos que o importante não é se somos altos ou baixos, brancos ou pretos, ricos ou pobres, muito ou pouco inteligentes. O importante é o nosso coração!
- Ah, já entendi...
- Olha, o senhor padre pôs à Sara as cinzas no nariz!
- Estava a brincar com ela!
- Bem, ela também já tinha a cara com cinzas suficientes. Esquecemo-nos de a lavar antes de sair de casa...
- Francisco, tiras uma foto aos manos?