Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
O dia amanheceu luminoso. Os meninos saltaram da cama com grande entusiasmo: é advento! E isso significa o início de um novo ano litúrgico e uma grande azáfama em nossa casa.
Depois da missa e do almoço, o pai foi com os quatro mais novos apanhar musgo.
- Descobri um sítio perfeito - Disse o Niall, antes de partirem. - Vamos de carro para podermos transportar todo o musgo.
Parece que o sítio era mesmo perfeito! Ora vejam as fotos:
Entretanto, em casa, a Clarinha, o Francisco e eu estávamos muito ocupados a preparar o Canto de Oração. Enquanto eu e a Clarinha passávamos a ferro e procurávamos os panos mais bonitos, o Francisco martelava, cortava e colava, porque a cabana do Presépio sofreu um pequeno acidente durante o ano em que esteve guardada...
- Vejam, tanto musgo! - Gritaram os mais novos, entrando de rompante em casa e deixando um trilho de terra e ervas atrás de si.
Abrimos as caixas dos enfeites, a Árvore de Jessé, as caixas com o presépio, e a sala encheu-se de exclamações e risos felizes.
- O que fazemos aos reis magos?
- Fazemos, como?
- Eles só chegaram ao presépio no dia 6 de janeiro, não é?
- Tens razão, David! Vamos fazer assim: vamos colocar um rei em cada quarto. A cada domingo, vamos aproximá-los um bocadinho... Podem passar dos quartos para o escritório, do escritório para a cozinha, até chegarem ao presépio.
- Boa!
E lá fomos nós...
Quando o presépio e a árvore de Natal ficaram prontos, a sala parecia uma cidade arrasada por um terramoto. Era preciso varrer, aspirar, limpar, arrumar. Para facilitar a tarefa, os mais novos tiveram autorização para patinar à luz das estrelas, enchendo a noite de gargalhadas, enquanto o Francisco, a Clarinha, o Niall e eu fazíamos o que tinha de ser feito. Por fim, a nossa casa brilhava à luz do Advento.
- Meninos, depressa, vamos cantar à volta do presépio!
- É para rezar agora?
- Já podemos entrar?
- Está tudo pronto?
- Vamos, vou contar a primeira história da Árvore de Jessé!
Reunidos na sala, acendemos as velinhas no presépio e ligámos as luzes da Árvore de Jessé. Depois, e porque era domingo, o António acendeu a primeira vela da nossa Coroa de Advento. Para a semana, a Lúcia acenderá duas velas, e no terceiro domingo será a vez do David acender três velas...
- Que lindo que está tudo, mãe!
- Olha, este pastorinho está à procura do caminho...
- E esta ovelhinha está mesmo ao lado do Jesus!
Vamos rezando de olhos fixos no presépio. Bem, olhos, mãos, e se nos distraímos, até pés...
- E agora, chegou o momento de colocarmos o primeiro símbolo na Árvore de Jessé.
- Eu!
- Eu!
- Não: o primeiro é para a Sara. Eu leio a frase, e a Sara encontra o símbolo. Podem ajudar, mas ela é que o coloca na Árvore! Ouçam então...
Com um sorriso escancarado, a Sara pegou no símbolo da pomba e colocou-o na Árvore, triunfante.
Por sobre o presépio, eu escrevi a Palavra que este ano nos vai iluminar. É a Palavra que os habitantes de Belém não conseguiram escutar, naquela noite de Natal em que Maria e José procuravam desesperadamente um lugar para Jesus; é a Palavra que o mundo ainda não conseguiu compreender, dois mil e quinze anos passados; é a Palavra do Ano Santo, a Palavra que abrirá a grande Porta da Misericórdia, no próximo dia 8, e que abrirá a porta dos nossos corações...
"Eis que estou à porta e bato. Se alguém abrir, entrarei e cearei com ele, e ele comigo." (Apo 3, 20)
Para todos, um feliz ano novo!