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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
O dia amanhece cedo, como sempre, mas desta vez, acordo os meninos com um "refrão" diferente:
- Levantem-se, filhos, hoje é o dia das Bodas de Caná!
Na verdade, este ano, o Evangelho do Domingo Segundo do Tempo Comum é o Evangelho das Bodas de Caná, e há que celebrar.
Pouco a pouco, todos aparecem na cozinha.
- Vamos começar a festa com panquecas? - Pergunta o David, muito prático.
- Claro. O pai já está a fazê-las. Se te despachares, ainda vais a tempo de ajudar!
Segue-se a alegria das Bodas de Caná verdadeiras, as mais completas, aquelas em que o vinho novo, o vinho bom, o vinho guardado para o fim, se torna no Sangue do Cordeiro Imolado: as Bodas da Eucaristia. Foi para que pudéssemos viver a alegria destas Bodas que Jesus deu a sua Vida, na Cruz! E pensar que um mistério tão imenso está ao alcance de qualquer cristão, na igreja mais próxima de sua casa! Qualquer cristão, não: há no mundo irmãos nossos que têm de caminhar quatro horas pelo mato para encontrar uma igreja, ou que têm de celebrar a Eucaristia às escondidas, no meio da noite. Nós somos uns privilegiados, e fazemos tão pouco caso dos nossos privilégios!...
Durante a Eucaristia, trocamos olhares cúmplices com as outras Famílias de Caná. Todos nos sentimos verdadeiramente felizes por podermos partilhar este momento...
Regressamos a casa, com o entusiasmo próprio dos dias de festa. Para o almoço, temos pizza, a pedido da maioria:
E depois, enquanto o pai e a mãe arrumam a cozinha, os filhos preparam o teatro das Bodas de Caná. Que grande festa fazemos! Cantamos, dançamos, batemos palmas, e finalmente, as Bodas:
- Oh, já acabou?
- Foi curtinho, Sara, este texto é mais rápido que o do Natal...
Um ar amuado:
- Posso ficar com o vestido?
- Claro!
- Mas convém tirar antes de ajudares a fazer os bolinhos!
Sim, porque a festa ainda não terminou... Cá em casa, temos a bênção de ter uma Clarinha especialmente dotada para a doçaria, arte que não herdou da mãe!
E depois do lanche, jogamos cartas. Lembram-se do jogo "House" que jogámos nas nossas férias? Os meninos não o esqueceram e, de vez em quando, repetimos a dose! Não exige grandes quantidades de tempo, e dez minutos de "House" são suficientes para proporcionar alegres gargalhadas:
Depois das cartas, o pictionary. Mais gargalhadas!
Não julguem que é fácil adivinhar o significado dos rabiscos da Sara, do António, e especialmente, bem... da mãe!
Lá fora, há frio e chuva. Mas cá dentro, brinca-se sem parar. Até o pai e o Francisco jogam dardos na garagem. A Clarinha precisa de estudar um bocadinho, e vem ter comigo, de livros na mão:
- Há algum lugar nesta casa em que eu possa trabalhar?
É nestes momentos que as chaves dão jeito:
- Clarinha, tranca-te no escritório e não abras a porta aos manos até acabares! Entretanto, e para estares sossegada, vou contar-lhes uma história.
Há poucos momentos mais cobiçados cá em casa que aqueles em que nos sentamos no sofá de livro na mão. Hoje cabe à Lúcia o direito a escolher a história.
Uma das vantagens de se terem vários filhos é que a brincadeira precisa de nós apenas em pequenas doses. A dose maior é sempre entre eles! Assim, durante a tarde, e aos bocadinhos, vou trabalhando no novo site Famílias de Caná, que está quase, quase pronto...
À noite, antes de dormir, a Lúcia tem uma coisa para me dizer:
- Depois dos dias dos retiros e das festas de anos, este foi o melhor dia!
E o melhor dia ainda não está terminado para os mais velhos. Ainda falta a hora de oração paroquial, diante do Santíssimo, no Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora. É aí que Maria, como em Caná, nos diz:
"Fazei tudo o que Ele vos disser!" (Jo 2, 5)
E é isso mesmo o que queremos fazer.
Um grande abraço a todas as Famílias de Caná, as que conhecemos e as que o são no seu coração, sem que nunca nos tenham dito! Que a todas, o Senhor abençoe! Ámen!
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