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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
Há uns tempos, falei-vos da fresta na porta, que o Senhor aproveita para Se esgueirar para dentro da nossa vida.
Olhando para trás, vejo hoje com clareza que uma das frestas mais importantes na minha porta foi o meu matrimónio com o Niall. Juntos, descobrimos o Senhor de uma forma que não teria sido possível em qualquer outra circunstância. Através do matrimónio, tornámo-nos um para o outro canal da graça divina. Deus tem falado ao Niall através de mim, e tem-me falado a mim através do Niall. Pela graça do sacramento, muitas feridas têm sido curadas, muitas graças derramadas. Quantas histórias teríamos para contar!
Alguém me perguntava outro dia, por mail: "Que diferença podem alguns papéis fazer na nossa vida, se nós nos amamos?" Os papéis não podem fazer diferença alguma; mas a graça de Deus pode. S. Paulo explica assim o poder do sacramento do matrimónio:
"Por isso, o homem deixará o pai e a mãe, unir-se-á à sua mulher e serão os dois uma só carne. Grande é este mistério; digo-o em relação a Cristo e à Igreja." (Ef 5, 31-32)
Cristo surge nos Evangelhos como o Esposo, o Amado do Cântico dos Cânticos, aquele que é ardentemente esperado e anunciado pelos profetas ao longo de toda a História de Israel:
"Poderão jejuar os companheiros do esposo, enquanto o esposo está com eles? Dias virão em que o esposo lhes será tirado; então, nesses dias, hão-de jejuar." (Lc 5, 34-35)
A Igreja surge no Apocalipse como a Esposa, aquela que acolhe o Esposo divino e a Ele se entrega sem retorno:
"Vi descer do céu, de junto de Deus, a cidade santa, a nova Jerusalém, já preparada, qual noiva adornada para o seu esposo." (Ap 21, 2)
Pelo sacramento do matrimónio, o amor entre um homem e uma mulher torna-se espelho deste amor entre Cristo e a Igreja, entre o Esposo divino e a alma humana. O Papa Francisco explicou assim este sacramento na sua catequese de quarta-feira, dia 2 de Abril de 1914:
"O matrimónio é uma consagração: o homem e a mulher são consagrados no seu amor. Com efeito, por força do sacramento, os esposos são investidos de uma verdadeira missão, para que possam tornar visível, a partir das realidades simples e comuns, o amor com que Cristo ama a sua Igreja, continuando a dar a vida por ela na fidelidade e no serviço."
Cada família, selada pelo sacramento do matrimónio, é única e tem uma missão única. Hoje quero falar-vos de uma família em especial: a família Duarte Sousa. A Cláudia descobriu este blogue em Maio deste ano, e dois dias depois, inscreveu-se no retiro Famílias de Caná que iria decorrer no dia 24 desse mês. "Atirou-se de cabeça", como ela nos contou no retiro. Hoje, a sua família é uma belíssima Família de Caná, com muitas histórias para contar. E sim, eles decidiram contar essas histórias num blogue: Família a Caminho.
Li o blogue de ponta a ponta há alguns dias, quando a Cláudia o partilhou comigo. Fiquei muito tocada com a forma como Deus Se esgueirou para dentro da vida da Cláudia, era ela já uma jovem adulta... Depois de uma infância infeliz, a Cláudia descobriu o amor de Jesus e fez a sua primeira comunhão aos vinte anos! O seu matrimónio com o Cristóvão, tal como o meu com o Niall, foi para ela uma porta aberta a Deus. E até hoje, essa porta continua escancarada, deixando Deus entrar a jorros de luz.
Deixo-vos com duas fotos do retiro de 24 de Maio, onde aparecem duas das filhotas da Cláudia e do Cristóvão (a Alice era uma bebé muito, muito pequenina), bem moreninhas e simpáticas:
Leiam, que vão gostar!