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Festa

por Teresa Power, em 01.03.14

O António já coloriu as nove imagens do menino a rezar, na sua "página de esforço" (para quem não sabe o que se passou, ler aqui). Chegou a altura de festejar! A gripe e a chuva não nos deixam fazer a oração lá fora, como ele pedira, de lanterna acesa. Mas diante do Senhor, como o Rei David diante da Arca da Aliança, cantamos e dançamos demoradamente. O António, no centro, escolhe as canções.

 

Celebrar as pequenas vitórias de uma criança é uma exigência da educação. Contudo, poucos se sentem seguros na forma de o fazer.

Como professora e como mãe, apercebo-me de uma cultura da recompensa e do castigo baseada em aspectos materiais. O meu filho mais velho tem colegas que, por cada Excelente obtido nos testes, recebem entre cinco a vinte euros. A rir, o Francisco costuma dizer-me que, se cá em casa adoptássemos a mesma estratégia, ele já nos teria levado à ruina. Na verdade, os nossos filhos mais velhos (os outros ainda estão a começar!) têm muitos Excelentes e nunca receberam qualquer recompensa por causa disso. E porquê? Simplesmente porque não vem a propósito. O Francisco não tem boas notas para receber dinheiro; o António não aprendeu a portar-se bem na hora de rezar para receber um presente. Oferecer-lhes algo material seria comprar o seu esforço, chantagear o seu crescimento e enganar o seu sentimento de felicidade.

 

E no entanto, apesar da falta de recompensas materiais, qualquer um dos meus filhos se sente extremamente recompensado! Quando, cá em casa, se obtém sucesso em alguma área da vida, do desporto ao estudo, da magia ao trabalho de voluntariado, da oração à capacidade de ajudar em casa - e nenhuma destas áreas é mais ou menos importante que as outras - , celebramos na hora da oração familiar. Partilhando a oração em voz alta, agradecemos ao Senhor a prontidão do Francisco em arrumar a cozinha, a rapidez com que a Lúcia seca as lágrimas depois de uma birra, a postura do António a rezar, a nova capacidade da Clarinha para passar a ferro, o resultado do David na Matemática, as primeiras palavras da Sara.

 

É a Deus que é devido todo o louvor e toda a gratidão. Deus presenteou-nos com muitos e variados talentos; não fazemos mais do que a nossa obrigação se os colocarmos a render! Como o servo da parábola de Jesus, precisamos de correr ao seu encontro e de Lhe devolver o seu presente, multiplicado segundo a nossa capacidade (Mt 25, 14-30). E o Senhor, que recompensa um simples copo de água oferecido com amor (cf Mt 10, 42), não deixará de nos preparar, no dia feliz do nosso encontro face a face, uma festa de arromba!

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publicado às 09:18




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