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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
O António entrou a correr no quarto, com a cara cheia de terra e o cabelo transpirado.
- Ena, António, isso é que é brincar! - Comentei, enquanto procurava abraçá-lo para depois lhe retirar a camisola. Mas o António afastou-me:
- Tens de ir embora, porque eu vou fazer uma coisa e não quero que tu vejas!
O seu sorriso maroto não deixava margem para dúvidas:
- Bem, se tu não queres que eu veja, é porque é asneira! Vais guardar algum pedaço de terra na gaveta, como da última vez? Ou, deixa-me adivinhar: vais guardar um pedaço partido de um vaso de cerâmica, como naquele dia em que as tuas gavetas apareceram cheias de pedaços de vidro? Ou... Não estás a pensar em fazer um ninho de minhocas debaixo da cama?
O António abanou a cabeça, muito sério. Entretanto, a Clarinha chamou-me do seu quarto, e baixinho, informou-me:
- O pai comprou um pacote de pastilhas ao António, e ele escondeu-as para as comer sem tu dares conta...
Enquanto deixava o António sozinho com a sua "marotice", fiquei a pensar nas palavras de S. Paulo:
"Antigamente éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Comportai-vos como filhos da luz, pois o fruto da luz manifesta-se em toda a bondade, justiça e verdade. Procurai o que é agradável ao Senhor e não participeis nas obras estéreis das trevas. Pelo contrário, condenai-as abertamente. Porque é até vergonhoso falar das coisas que estas pessoas fazem em segredo. Mas todas as coisas condenadas são postas a descoberto pela luz, pois tudo o que é manifestado torna-se luz." (Ef 5, 8-14)
Como o António, também eu sei perfeitamente o que devo ou não devo fazer, e para calar a minha consciência, evito cruzar o meu olhar com o do Senhor quando pratico o mal... Mas as minhas "marotices" são bem menos inocentes que as do António! Se vivesse mais consciente do olhar constante do Senhor pousado sobre mim, não pecaria tanto.
Há duas formas belíssimas de me colocar à luz do olhar do Senhor: uma delas acontece no sacramento da Confissão, quando descubro o meu pecado e o conto com simplicidade a Jesus, na pessoa do seu sacerdote; a outra, através da adoração de Jesus-Eucaristia, ou simplesmente de uma oração diante do sacrário. Nem sempre consigo falar com Ele, porque me faltam as palavras e me foge o pensamento, mas sempre, sempre me posso deixar contemplar, amar e iluminar por Aquele que é a Luz...
Hoje, a pedido do Papa Francisco, irão começar um pouco por todo o mundo vinte e quatro horas de adoração eucarística. Nós também iremos oferecer algumas das nossas horas familiares para adorar o Senhor!
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