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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
- Sara, amanhã é dia de Natal! Não chores!
A Sara estava triste porque não queria ir embora. Estávamos na casa das avós, onde passámos toda a tarde e a consoada de dia 24. Depois de um belo jantar, cantámos cânticos de Natal em volta do presépio e agora chegara a altura de ir para casa. Mas a Sara não queria ir embora.
- Amanhã, Sara, quando acordares é Natal! Sabes o que é Natal?
A Sara sabia:
- Jesus vai nascer.
- Pois é, Jesus vai nascer. E para celebrar tão grande festa, tu vais ter prendas!
Por esta não esperava a Sara.
- Prendas?
- Sim! - Os manos conhecem todos os segredos do Natal: - Amanhã, quando acordares, acordas o papá e a mamã, porque eles têm a chave da sala bem guardada debaixo da almofada...
- Claro! Não queremos correr o risco de ter os presentes todos desembrulhados às duas da manhã, como já quase aconteceu! E não se atrevam a acordar-nos antes das seis horas, que nós só abrimos a porta às seis!
A expetativa das prendas de Natal convenceu a Sara a entrar no carro para regressar a casa. A viagem de regresso, pelas estradas desertas, sob a luz das estrelas e ao som dos cânticos de Natal, é em si mesma uma oração.
Sete da manhã, dia de Natal:
E quando a porta se abriu, que alegria! Papel de embrulho por todo o lado, gritos de excitação, a sala transformada em cenário de fantasia...
Depois, entre exclamações de felicidade, ajoelhámos e agradecemos ao Menino todas as bênçãos deste ano e deste Natal.
E depois de um pequeno almoço de festa, com bolos e panquecas, chegou o momento principal do Natal: a missa.
O dia foi de festa, entre muitas brincadeiras com os primos e tempo de conversa calma para os adultos. Natal é também esta disponibilidade para estar com a família alargada, sem pressas.
- Meninos, vamos rezar o terço - Anunciei, na viagem de regresso de Coimbra até casa. Geralmente, o terço leva pouco mais de quinze minutos a rezar, mas desta vez durou a viagem inteira, cerca de meia hora. É que a cada mistério da alegria, aproveitei para contar a história do Natal com todos os pormenores. Há tantos detalhes que as crianças desconhecem, e que tornam a história tão bela! Porque ficou Maria perturbada com o anúncio do anjo? Como se chamava a terra onde vivia Isabel? Porque teve Maria de ir a Belém? Quem estava no Templo à espera de Jesus, quando Maria e José O foram apresentar?
- Vamos para o último mistério da alegria - Anunciei, já muito perto de casa. - Quem sabe qual é?
- Eu sei! Eu sei!
- Então diz lá, António.
- Jesus e os médicos!
- ???????
Pois... Que outros "doutores" conhece o António? Por entre gargalhadas, fui explicando a diferença entre os médicos e os doutores da Lei. A oração do Rosário é para nós a forma mais simples e eficaz de ensinar a Palavra.
Chegou a noite, e com ela, a hora de oração familiar. O dia foi perfeito, e há que agradecer. Agora temos mais dois belos instrumentos a encher de música esta nossa oração:
E apesar de só terem passado doze horas desde que o David e a Clarinha descobriram os seus presentes de Natal, o som já é maravilhoso!
A Árvore de Jessé está pronta, cada símbolo uma história de amor...
Por sobre o Presépio, as estrelinhas das nossas obras de misericórdia iluminam a noite...
Que segredos de misericórdia guardará cada uma delas?
"Anuncio-vos uma grande notícia: Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador!" (Lc 2, 11)
Feliz Natal!
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