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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
O início do ano lectivo cá em casa é sempre muito atarefado, pois coincide com um dos momentos mais atarefados também da minha vida profissional enquanto professora - conhecer as turmas, planificar aulas, adaptar planificações para alunos especiais, preparar materiais, etc etc etc. Se a tudo isto juntar a preparação e a realização de um retiro Famílias de Caná, a preparação da catequese e algumas outras coisas, fico com um volume de trabalho bem mais elevado do que seria desejável. Felizmente que esta montanha de tarefas se irá simplificar nas próximas duas semanas, até me permitir entrar no meu ritmo normal da vida, que é geralmente muito preenchido, mas muito tranquilo. Contudo, entre o "agora" e o "finalmente", ainda ficam uns "entretantos" por resolver...
Quando o volume de trabalho é mesmo demasiado; quando estou tão cansada, que já não tenho forças para continuar a apanhar brinquedos e lixo do chão; quando a paciência parece escoar-se mais depressa do que as birras dos filhos; quando o barulho na sala de aula custa a controlar; quando só me apetece fugir de volta para o verão... - então eu uso uma fórmula infalível: "Nós, Jesus, Tu e eu!"
"Nós, Jesus, vamos juntos dar mais esta aula."
"Nós, Jesus, vamos lavar a louça."
"Nós, Jesus, vamos estender a roupa enquanto a sopa ferve, e dar comida às galinhas enquanto o assado não termina."
"Nós, Jesus, vamos enfrentar o cesto de roupa para passar a ferro, que quase toca o tecto (acho que estou a exagerar, mas só um pouquinho...)"
"Nós, Jesus, vamos procurar na net actividades giras para os alunos daquelas turmas difíceis."
"Nós, Jesus, vamos controlar as birras do António, verificar os trabalhos de casa da Lúcia e do David, limpar o chichi no chão da Sara."
Também os apóstolos falavam sempre no plural, incluindo Deus nas suas decisões e nos seus trabalhos:
"O Espírito Santo e nós decidimos..." (At 15, 28)
Penso que é isto que Jesus nos pede, quando nos convida a rezar sem cessar: Jesus quer que transformemos todo o nosso dia em oração, todas as nossas decisões em oração, todas as nossas actividades em oração. A nossa vida deixa então de estar nas nossas mãos e aninha-se inteira nas mãos do Senhor.
Há por aí tantas propostas de exercícios psicológicos ou oriundos de religiões pagãs, sobre métodos para alcançar a paz interior... Eu ainda não descobri nenhum mais poderoso do que esta simples oração!