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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
Num dia de manhã cedo, nas nossas férias na serra do Gerês, fizemos, como costume, a viagem até à barragem de Vilarinho das Furnas, rezando o terço no carro. O dia estava luminoso, tranquilo e quieto, e tudo respirava paz. Ao chegar, também nós ficámos sem palavras diante desta paisagem:
A montanha não parecia uma, mas duas, tal a nitidez e a tranquilidade do reflexo sobre a superfície das águas! Que maravilha! Até fazia pena mergulhar ali, quebrando o espelho em mil estilhaços... Bem, com pena ou sem ela, não resistimos:
Apeteceu-me ficar ali para sempre, quieta como a montanha, silenciosa como a água antes de nela mergulharmos. Depois lembrei-me do texto de S. Paulo:
"Todos nós que, com o rosto descoberto, refletimos a glória do Senhor como um espelho, somos transfigurados na sua própria imagem, de glória em glória..." (2Cor 3, 18)
O lago só reflete a montanha se se mantiver sereno e tranquilo. A minha alma só refletirá a glória do Senhor se não se deixar perturbar por coisa alguma... Serei eu capaz de tal tranquilidade, diante das tempestades que a vida vai trazendo? Estarei eu totalmente abandonada à vontade do Pai, confiante no seu amor infinito e absoluto? Escrevia Santa Teresa de Ávila:
"Nada te perturbe,
nada te espante.
Tudo passa,
Deus não muda.
A paciência tudo alcança.
Quem a Deus tem,
nada lhe falta.
Só Deus basta!"
Ah! No dia em que nos abandonarmos assim, a glória do Senhor refletir-se-á como num espelho, e seremos transfigurados, renovados, recriados no seu amor... Que felicidade! Custa assim tanto deixarmo-nos amar?...