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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
As manhãs mornas e azuis de primavera despertam em nós a vontade de brincar na praia. Enquanto não chegam as férias grandes para o podermos fazer todos os dias, saboreamos as manhãs de sábado com especial intensidade! Acordamos cedo, arrumamos o que podemos em casa - quando todos ajudam, o trabalho faz-se depressa - e antes das nove horas já estamos a caminho. Trinta quilómetros, trinta minutos nos separam do mar...
Como não cabemos todos no monovolume (os carros de nove lugares são caríssimos, pelo que continuamos com um carro de sete, embora sejamos oito), temos de viajar em dois carros. Às vezes levamos os Walkie-talkies para podermos ir conversando inter-carros, o que torna tudo bem mais divertido (traduza-se "confuso" e "barulhento" em linguagem de adulto).
Durante a viagem, rezamos sempre o terço. Às vezes também contamos histórias da Bíblia. Depois, rimos, cantamos e conversamos. E finalmente, a praia!
Enquanto o David, a Lúcia e o António gritam de alegria aos pulos na água, a Sara prefere agarrar a mão do pai - afinal é a primeira vez este ano que está perante a imensidão das ondas...
A ginástica dá à Clarinha a sensação de voar...
A Clarinha, sempre disponível, esforça-se por ajudar a Sara a disfrutar da areia. E o Francisco? A única foto que conseguimos dele é esta... Não o estão a reconhecer, um tracinho ao longe, sobre as rochas? Dificilmente conseguiremos uma foto mais perto!
Por que razão gosto tanto, tanto de ir à praia com os meus filhos? Por causa dos gritinhos de alegria, das corridas na areia, das brincadeiras na água, dos castelos, da ginástica, da escalada nas rochas, das conchas. Gosto da praia de manhã, quando a areia é (quase) só nossa, e às vezes, as gaivotas ainda saltitam à beira-mar. Gosto do silêncio, quebrado apenas pelo bater das ondas. Gosto da sensação de ter, diante de mim, todo o tempo do mundo (e são apenas três as horas que ali passamos no dia, seja ao sábado, seja no verão...). Gosto desta sensação de estarmos, as crianças e os seus papás, plenamente concentrados no momento presente.
Acima de tudo, gosto de me sentir muito pequenina na imensidão da Criação, simples criatura entre as criaturas de Deus. Como o salmista, também me descubro a rezar:
"Quando contemplo os céus, obra das tuas mãos,
a lua e as estrelas que Tu criaste;
que é o homem para com ele te preocupares?
Quase fizeste dele um ser divino;
de glória e de honra o coroaste.
Ó Senhor, nosso Deus,
como é admirável o teu nome em toda a terra!" (Sl 8)
Poucas coisas nos libertam tanto do medo, da agitação, da tristeza e do cansaço como o louvor, essa oração gratuita de gratidão pelo simples facto de sermos criaturas nas mãos do Amor.
"Quando contemplo o mar, obra das tuas mãos,
quando contemplo os meus filhos felizes,
- obras das tuas mãos -,
quem sou eu, para comigo te preocupares?
Quase fizeste de mim um ser divino
- tal a alegria que experimento;
de felicidade me coroaste..."