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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
No grupo de oração, depois de louvarmos o Senhor com cânticos, rezarmos o terço e fazermos silêncio, adorando o Senhor-Eucaristia, temos sempre um tempo de meditação bíblica. Na semana passada, a leitura proposta foi tirada do Livro de Neemias. Lemos como todo o povo se empenhou na reconstrução das muralhas de Jerusalém, e como foi necessário estar atento ao inimigo, que queria impedir o trabalho:
"Os trabalhadores faziam assim: com uma das mãos faziam o trabalho, e com a outra seguravam a arma." (Nee 4, 11)
Ao ler a Bíblia - qualquer livro da Bíblia - experimentem substituir a palavra "Jerusalém" pelo vosso próprio nome, e verão como o Senhor vai falar...
Há realmente muito trabalho a fazer nestes dias antes do Natal. É preciso comprar prendas, organizar as festas de família, enviar postais, cozinhar... Nós, os professores, estamos numa das alturas mais exigentes do nosso ano, e pouco tempo sobra para o resto. A imagem dos trabalhadores empoleirados na muralha de Jerusalém, com a pá numa mão e a espada na outra, é uma imagem sugestiva! Sim, nesta altura do Natal, é preciso trabalhar com uma mão, mas vigiar sobre o nosso interior com a outra; é preciso afadigarmo-nos com o exterior, mas manter o interior ocupado com as coisas de Deus. "Ora et labora", dizia S. Bento, o pai do monaquismo.
Ao partilharmos a nossa vivência a partir desta passagem bíblica, uma senhora já de idade, viúva, de belos cabelos brancos e olhar tranquilo, contou-nos como punha em prática a palavra do Senhor:
- Quando estou a passar a ferro, procuro sempre rezar. Como gosto muito de rezar o terço, encontrei há anos uma estratégia muito simples para contar as Ave-Marias e passar a ferro ao mesmo tempo: arranjei dez feijões, e vou pondo de lado um por cada Ave-Maria.
Que belíssima ideia! Fiquei exultante. Quando cheguei a casa, e porque não tenho feijões sem ser de lata, procurei nas minhas tralhas dez belos búzios e duas conchas grandes, que apanhámos numa praia da Irlanda, há vários anos atrás. Ontem, ao passar a ferro sozinha, coloquei junto da roupa uma das conchas recheadas de búzios, e ao lado a outra concha, vazia. Enquanto rezava, fui passando os búzios de uma concha para a outra. Consegui assim rezar um terço inteiro sem me perder na conta das Ave-Marias. Glória ao Senhor!
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