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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
Há muito, muito tempo, entre os séculos V e XIII, os monges irlandeses habitavam este simples mosteiro à beira-mar:
Há muito, muito tempo, no século XIII, o Lorde de Leinster construiu aquele que é hoje o farol operacional mais antigo do mundo, o farol de Hook:
Para o farol iluminar a noite e os navios, que frequentemente embatiam contra as falésias magníficas da costa, era necessário transportar uma tonelada de carvão por dia até ao cimo. Quem estaria disponível para o fazer? O lorde de Leinster teve uma ideia: convidou os monges a abandonar o seu mosteiro frio e húmido e a habitar no farol. Ofereceu-lhes os campos em redor para cultivar e o acesso livre às águas cheias de peixe do mar, e em troca pediu-lhes para manterem o fogo sempre aceso no cimo do farol.
Assim, todos os dias os monges carregavam uma tonelada (uma tonelada!!!) de carvão pela escada em caracol até ao cimo do farol. Todos os dias os monges rezavam as suas orações, celebravam a missa e entoavam salmos e hinos ao Senhor. O farol – casa da luz, “lighthouse” – tornou-se assim verdadeiramente Casa da Luz. E os monges ficaram conhecidos como os Guardiães da Luz – “The Keepers of the Light”.
Ontem subimos as escadas em caracol até ao cimo, para escutar esta história e contemplar a Criação...
O rei Henrique VIII expulsou os monges do farol, mas não conseguiu destruir a sua história.
Caminhando com a minha família pelas falésias, brincando junto do mar, escalando as rochas, contemplando o horizonte, não posso deixar de pensar no símbolo magnífico que a História criou: os monges habitando um farol, o farol transformado em mosteiro, a luz que brilha no cimo, os guardiães da luz transportando diariamente o carvão até ao cume…
"Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte, nem se acende a candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas sim em cima do candelabro, e assim alumia a todos os que estão em casa. Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai, que está no céu." (Mt 5, 14-16)
Será que a minha casa, a minha família e a minha vida são verdadeiramente “Lighthouses”, Casas da Luz? Estarei eu disposta a transportar todos os dias o carvão necessário para que a luz nunca deixe de brilhar? Serei eu capaz de transformar qualquer farol em mosteiro, a minha casa em igreja doméstica? Serei eu Guardiã da Luz que recebi no dia do meu baptismo?
Também a mim, como àqueles monges, Deus ofereceu uma casa, um trabalho e uma paisagem para cultivar e amar. Em troca, pede-me que nunca deixe a Luz apagar…