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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
Terias hoje onze anos. Como será fazer anos no céu? Haverá uma festa especial? O teu anjo da guarda saltará de alegria à tua volta? Jesus tomar-te-á nos braços com carinho a duplicar? Será que o bolo de anos de Maria é melhor que o meu?... São perguntas assim que os teus irmãos me fazem neste dia, quando acendemos a tua vela e te cantamos os parabéns, à mesa do jantar.
E no entanto, nada do que possamos responder se assemelha sequer à festa que tu vives... S. Paulo, que teve visões e êxtases sem fim, e que subiu, segundo contou, ao sétimo céu, reconhecia contudo que o céu verdadeiro, aquele que só conhece quem já não vive na Terra, esse céu é infinitamente melhor que a nossa mais bela imaginação. Escreveu ele:
"Nem olho viu, nem ouvido ouviu, as maravilhas que Deus tem preparadas para aqueles que ama..." (1Cor 2, 9)
Eu sei que, se pudesses escolher, não quererias regressar a esta Terra de sombras. Eu sei que, aí onde estás, a tua capacidade de amar se aprofunda a cada instante de eternidade que passa, e hoje me amas mais do que qualquer um dos teus irmãos. Eu sei, com a sabedoria que só a fé pode dar, que és feliz, plenamente feliz, e que a tua alegria é completa. Há muito que deixei de me demorar em pensamentos estéreis, desejando uma realidade diferente da que é nossa... Hoje, quando vejo no colégio os meninos que deveriam ser os teus colegas de turma - sim, eu sei bem quem eles são, porque nunca os perdi de vista... - já não me deixo tomar pela nostalgia do que podia ter sido, mas não é. Tudo isso, querido filho, passou, porque Deus me concedeu a graça de querer apenas o que Ele quer. Deus, Tomás, só Deus nos basta...
Obrigada, meu Deus, porque criaste o Tomás!