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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
Há já alguns anos que temos uma tradição de férias muito divertida: durante a semana que passamos fora de casa, todas as noites jogamos às cartas com os mais velhos, enquanto bebemos chávenas de chá e comemos bolachas. A casa enche-se então de gargalhadas e de muita animação, porque o único jogo de cartas que gostamos de jogar é extremamente divertido.
Este ano, o Niall recordou-se de um jogo que a mãe costumava jogar com os filhos mais pequenos. É um jogo muito simples, tão simples que qualquer criança o pode jogar, com um bocadinho de ajuda. Chama-se "House": distribuem-se quatro cartas a cada jogador. Depois, uma outra pessoa - no nosso caso, a mãe - pega no restante baralho e vai colocando cartas na mesa, chamando-as em voz alta: "Dama", "Sete", "As", etc. Os jogadores que têm uma carta igual, apressam-se a virá-la ao contrário, até conseguirem virar as quatro. Então é hora de gritar bem alto: "House!"
Para facilitar, o Francisco fez par com o António e a Clarinha com a Sara, pois o António e a Sara não têm obrigação de distinguir todos os números. E lá começámos o nosso jogo familiar.
Não tenho como vos descrever a excitação, a alegria, os gritos e as gargalhadas que este simples jogo causou. A Sara percebeu perfeitamente como se jogava, e a sua carita ao virar a última carta, gritando muito alto "Hooose!" era digna de um vídeo, que infelizmente não conseguimos fazer. Ficam as fotos:
Quinze minutos de pura alegria! Em quinze minutos, quantas gargalhadas! Em quinze minutos, quanta cumplicidade ganha, quanta amizade alimentada, quanta harmonia vivida!
Concluíamos o nosso jogo sempre da mesma maneira: ali mesmo, à volta daquela mesa, enquanto as estrelas nasciam lá fora, alguém trazia a guitarra e o missal, e rezávamos. Os cânticos a várias vozes, as aventuras de Moisés pelo deserto, que há duas semanas nos acompanham, a consagração à Mãe de Caná e a partilha da ação de graças e do louvor (o terço era rezado pela manhã a caminho da barragem)... Mais quinze minutos de pura alegria!
S. Paulo, o Apóstolo da Alegria, escreveu aos cristãos de Corinto, falando da sua missão:
"Queremos contribuir para a vossa alegria!" (2Cor 1, 24)
Talvez seja essa a grande missão de cada pai e cada mãe: contribuir para a verdadeira alegria que só Deus pode dar aos nossos filhos. Missão difícil? Nem por isso! Bastam quinze minutos de cada vez...