Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
A Sara olhou para mim com um sorriso triunfante.
- Está lindo, mãe? Olha!
Olhei. Querem ver também?
- Está lindo, Sara! - Respondi. E com uma série de exclamações, elogiei dignamente os rabiscos que me eram assim apresentados. Feliz, a Sara estendeu-me o desenho:
- Toma, é para ti!
Enquanto o colava na parede da cozinha, onde ficou a fazer companhia a quinhentos outros desenhos de várias épocas e de vários filhos, eu pensava...
Que "desenhos" ofereço eu a Deus? Certamente a minha vida não tem a qualidade artística dos santos... Talvez os meus desenhos não passem de rabiscos na folha branca que o Senhor me oferece em cada manhã, para eu encher de cor e de beleza. Que importa? Se eu sou capaz de sorrir perante os rabiscos da minha filha, não será o Senhor capaz de sorrir perante os meus rabiscos infantis? Certamente que lhe agradarão as minhas vãs tentativas de perfeição se, como a Sara, eu lhas oferecer com muito amor. Dizia a Madre Teresa de Calcutá: "Nós não fazemos grandes coisas: fazemos pequenas coisas com um grande amor." E S. Paulo explicava:
"Ainda que eu fale a lingua dos homens e dos anjos,
se não tiver amor,
sou como um címbalo que soa...
Ainda que eu tenha fé capaz de transportar montanhas,
se não tiver amor,
de nada me vale..." (1Cor 13)
Senhor, esta manhã quero agradecer-te pela folha em branco que me ofereces, pelas cores e pelas ideias que colocas à minha disposição, pelo tempo que me dás para eu fazer o meu desenho. Senhor, aceita os meus rabiscos, porque apesar de muito fracos, são feitos com um grande amor... Ámen!