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S. José - Da casinha de Nazaré à casinha da montanha

por Teresa Power, em 04.08.15

Marcámos as nossas férias muito tarde, quando já quase tudo estava reservado. Como sempre, queríamos ir para a montanha – visto termos a praia tão perto durante todo o verão – e pensámos na Serra da Estrela, onde já passámos algumas das melhores férias da nossa vida. Mas os lugares que conhecíamos e que o nosso orçamento familiar permitia já estavam reservados. Então, o Niall e eu fizemos o que costumamos fazer nestas ocasiões: confiámos as nossas férias a S. José. A nossa oração foi mais ou menos assim:


- S. José, na tua vida terrena, tu tiveste uma bela missão: entre muitas outras coisas, coube-te encontrar uma casinha para Jesus nascer, organizar a fuga para o Egito, procurar certamente muitas outras casinhas para viver em terra estrangeira, encontrar o caminho de regresso a Nazaré e, de novo, uma casinha para Maria e para Jesus. Tu sabes que nós precisamos de umas pequenas férias, e sabes também que amamos muito a tua Maria e o teu Jesus… Assim, pedimos-te o grande favor de nos encontrares uma casinha de férias na montanha. O lugar fica à tua escolha! Aceitaremos o que nos ofereceres. Obrigado!


Na verdade, a Escritura guarda uma palavra profética sobre a missão de S. José:

 

“Não entrarei na minha tenda

nem me deitarei no meu leito de descanso,

não deixarei dormir os meus olhos

nem descansar as minhas pálpebras,

enquanto não encontrar uma casa para o meu Senhor.”

(Sl 132/131)

 

Nessa mesma noite, o Niall regressou à pesquisa no Google. E nessa mesma noite, encontrou o que não encontrara durante toda a semana anterior: uma casa na montanha, dentro do nosso orçamento, disponível na semana que pretendíamos! Percebi que se tratava da casa que S. José escolhera para nós. Quando fiz o telefonema para reservar e a voz do outro lado não levantou qualquer obstáculo ao facto de termos seis crianças e dois cães, tive a certeza.
A nossa casinha de férias ficava situada numa aldeia minúscula, com esta vista:

por do sol 5.JPG

paisagem 16.JPG

A nossa rua chamava-se assim:

rua do mestre.JPG

A palavra “Mestre” não vos lembra nada? A casa de S. José, na Galileia, foi certamente a casa do único e verdadeiro Mestre…


- Vi que há uma bela igreja nesta aldeia – Comentei eu com a senhora que nos abriu a porta – Será que há missa aqui ao domingo?
- Ao domingo e três vezes por semana! – Respondeu-me a senhora, cheia de alegria – Sempre que há missa, eu vou. Olhe, amanhã é às nove horas da manhã!
Sorri para comigo. Claro, tendo a casa sido arranjada por S. José, não podia faltar a Eucaristia diária!
No dia seguinte, às nove da manhã, lá estávamos nós na igreja, para a Eucaristia. A igreja era lindíssima, cheia de luz, de cor e de vida, com mais fiéis reunidos em oração, em dia de semana, do que muitas igrejas da cidade:

missa.JPG

 O António gostou particularmente desta imagem…

Santo António.JPG

 E eu gostei desta, claro!

s. José.JPG

S. José, Castíssimo Esposo de Maria e Pai de Jesus, rogai por nós! Ámen.

 

 

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publicado às 06:07


10 comentários

De Maria a 13.08.2015 às 12:01

Olá Teresa e família Power !
Espero que tenham gostado imenso dessas férias nessa pequena aldeia que é minha de nascença :) Já agora só para explicar o nome dessa rua: a rua do mestre é uma homenagem a um senhor que vivia perto dessa casa (e onde ainda mora a esposa) que foi um músico exemplar e "mestre" (maestro) da Banda Filarmónica da aldeia durante o seu período mais difícil e de menos elementos. Foi um "mestre" musical e um "mestre" de pessoas. De tal forma emblemático e carismático que as pessoas chamavam-no simplesmente assim, por "mestre" tendo muito dos mais novos se terem até esquecido que tinha um nome próprio de baptismo . Quanto á belíssima barragem de Vilarinho da Furna, efectivamente é um sítio onde vemos poucas pessoas (talvez pela dificuldade de acesso) mas que a torna num lugar ainda mais puro, porque só os que verdadeiramente querem e ultrapassam as dificuldades a ela acedem. Espero que tenham também ficado a par da história da construção da barragem , que explica muito da força de vontade e resiliência das gentes de Vilarinho. Posso contar um pouco mais sobre isso se quiser, tal como das tradições, essencialmente católicas que ainda hoje perduram pelas mãos dos descendentes.

Um beijinho

De Teresa Power a 13.08.2015 às 14:25

Que engraçado este comentário, Maria! Fiquei cheia de curiosidade: cruzámo-nos no Quintão? Como descobriu o blogue? Quanto a Vilarinho das Furnas, tivemos oportunidade de ler sobre o tema e ficámos cheios de vontade de explorar um bocadinho mais (quando a Sara aguentar caminhadas de quatro quilómetros). E sim, vamos regressar à casinha da Rua do Mestre de certeza! Um abraço, Teresa

De Maria a 13.08.2015 às 14:49

Olá novamente Teresa!

Não nos cruzamos, caso contrário teria me metido convosco :) Sigo o blog à algum tempo mas nunca antes tinha comentado. Fiquei com uma alegria imensa de ver as fotografias dos cantinhos que tão bem conheço. A igreja onde passei todo o meu percurso Católico. Tiveram oportunidade de ver o Santuário do Bom Jesus das Mós? De uma próxima ofereço-me como guia turística!

Um beijinho, Maria

De Teresa Power a 13.08.2015 às 14:59

Fomos ao santuário sim... Ainda não esgotámos os posts sobre as férias :) Vá estando aí desse lado que ainda temos muito a contar!!! Como o mundo é pequeno! Bjs

De Anónimo a 13.08.2015 às 15:29

Ansiosa por ver esses posts ! Bjs

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