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Crianças na Casa de Deus

por Teresa Power, em 01.06.16

- Eu também vou à catequese - Afirmou a Sara, muito séria, quando viu a Lúcia, o António e a Clarinha a trocarem de roupa e a lavarem a cara.

- Não, Sara, tu não vais porque só tens três anos - Explicavam-lhe os irmãos.

- Vou sim!

- Não vais.

- Vou, vou ficar na sala da Lúcia porque lá vêem filmes de Jesus e cantam canções e fazem desenhos e contam histórias.

- Mas a Lúcia está no segundo ano, e tu ainda nem entraste na escola. Não vais à catequese.

- VOU SIM! EU VOU À CATEQUESE!

E as palavras decididas transformaram-se em gritos histéricos, bater de pé no chão e uma cascata de lágrimas.

- Deixa-a ir, Niall - Intercedi eu, por fim.

Mas o Niall não se queria deixar convencer:

- Tu não achas que o João e a Isabel já têm que fazer, com vinte meninos da idade da Lúcia? Como podemos pedir-lhes que cuidem também da Sara?

Chegou a hora de entrar no carro, e a Sara entrou também. O Niall ficou desarmado.

- Pronto, anda lá!

Ao chegar ao Santuário, a Sara correu para junto da Isabel e do João, catequistas da Lúcia, que a acolheram com imensa alegria e o carinho habitual. Mais tarde, a Isabel enviou-me estas duas fotos, tiradas com o seu telemóvel:

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- A Sara é a nossa catequisanda mais empenhada - Comentaram os catequistas no final, a rir. E tem convite feito para ir sempre que quiser!

 

Entretanto, o António e o David tiveram uma conversa séria entre os dois, que resultou nesta afirmação do António:

- Mamã, amanhã vou ser acólito.

- Ai sim? Não és ainda pequenino para tanta concentração?

- Não. Não sabes que já tenho seis anos?

Perante tanta convicção, não nos restou alternativa senão apoiar o nosso filho nesta sua grande decisão. Lindo, sereno, muito sério, muito compenetrado, o António serviu o altar do Senhor com imenso entusiasmo. No final da eucaristia, teve direito a uma salva de palmas...

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 Os filhos crescem, e como Jesus, crescem em todas as áreas da sua humanidade:

 

"Jesus crescia em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens." (Lc 2, 52)

 

É um privilégio tão grande, este que o Senhor nos concede de os podermos acompanhar!

Também o nosso primogénito cresceu. Sexta-feira participará na missa dos finalistas do Colégio Nossa Senhora da Assunção, Colégio a que tanto, tanto deve, e que embora não tenha podido frequentar este ano letivo, o continua a considerar como aluno.

Será também no Colégio que, no próximo domingo às três da tarde, o Francisco fará um espetáculo de Ilusionismo. Querem vir? Temos bilhetes para vender, e só precisam de me escrever para o mail. O espetáculo foi a forma que o Francisco encontrou de reunir algum dinheiro para, no final de Julho, ir a Cracóvia, às Jornadas Mundiais da Juventude, inserido num grupo de jovens salesianos. Que grande graça! O Francisco terá oportunidade de ver o Papa, de conviver com milhões de outros jovens crentes, de escutar catequeses fantásticas, de participar em atividades divertidas e sérias, de visitar o Santuário da Misericórdia, de me trazer uma imagem de Jesus Misericordioso :)  

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Apareçam no domingo!

E hoje, Dia mundial da Criança, rezemos ao Senhor por todas as crianças do mundo, para que todas cresçam bem pertinho da Casa de Deus! Ámen.

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publicado às 06:00

Olhares (des)cruzados

por Teresa Power, em 16.11.15

No domingo passado, de manhã cedo, o Niall encontrou os quatro filhos mais novos empoleirados no frágil portão que separa o jardim do pátio. Estavam divertidíssimos, rindo à gargalhada e fingindo que o portão era um baloiço.

- Meninos, que é isso? SALTEM IMEDIATAMENTE DAÍ! - A voz do Niall não deixava margem para dúvidas: estava mesmo, mesmo zangado.

Os meninos saltaram para o chão, com ar comprometido e cabeças baixas. Mas já era tarde: o portão estava partido.

- Quantas vezes vos avisei de que o portão não é um baloiço? E agora, o que faço?

Depois, o Niall olhou para o David:

- Tu és o mais velho dos quatro. Não sabias que não podias fazer esta brincadeira estúpida?

O David acenou com a cabeça, muito sério. Ele sabia. Sem proferir palavra, afastou-se para se arranjar para a missa, porque estávamos quase na hora de sairmos para o santuário.

Alguns minutos mais tarde, entrei no carro com o Francisco, a Clarinha, o David e a Lúcia. O Niall, como costume, iria mais perto da hora da missa com a Sara e o António, que ainda não fazem parte do coro. Quando, portanto, o Niall chegou ao santuário, já o David estava na sacristia, para se preparar para servir o altar como acólito. O Niall engoliu em seco: como iria concentrar-se na Eucaristia sem fazer as pazes com o David? Como lhe iria comunicar o seu perdão e fazê-lo sentir-se amado? A missa estava quase, quase a começar...

Cântico de entrada. O David entrou no santuário ao lado do senhor padre e ocupou o seu lugar junto do altar. "Talvez ele olhe para mim, e com um só olhar farei com que perceba que está tudo bem", pensou o Niall, cheio de esperança. Ao longo de toda a Eucaristia, o Niall tentou, em vão, cruzar o seu olhar com o David. Mas o David é um rapazinho muito sério e muito compenetrado, que durante a missa apenas olha para os outros acólitos para tentar perceber se está a fazer tudo corretamente.

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Pouco a pouco, o Niall deixou-se invadir por um outro pensamento; e do olhar do David passou para o seu próprio olhar. Quantas vezes desviamos o nosso olhar do Senhor, ocupados com tantas outras coisas, ou envergonhados das nossas ações? Não andará o Senhor desesperadamente à procura do nosso olhar, como o Niall à procura do olhar do David? Que gestos, que sinais nos fará Ele, procurando, em vão, que cruzemos o nosso olhar com o seu?

Ah... Tudo o que Deus nos quer dizer é que sim, que já fomos perdoados, que Ele não guarda ressentimento, que há muito esqueceu o nosso pecado... tudo o que Deus nos quer dizer é que podemos regressar a Casa.

Afinal, na história que Jesus contou, não foi isso mesmo o que o pai do filho pródigo fez o tempo todo que o seu filho se ausentou? A cada entardecer, o pai subia a colina e prescrutava a distância, esperando cruzar o seu olhar com o de seu filho. Foi assim que...

 

"Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos..." (Lc 15, 20)

 

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publicado às 06:00

Rebuliço por detrás do altar

por Teresa Power, em 01.09.15

Domingo. Missa às dez da manhã, no Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora. Chegamos à igreja pelas nove e meia, para o ensaio do coro. Como costume, o David entra na sacristia com um salto, para se preparar para acolitar.

Alguns minutos antes da missa, reparo que o David entra na igreja, já vestido com a alva, e acende, um a um, os castiçais. Depois, sempre muito compenetrado, faz mais uma ou duas coisas por detrás do altar, e regressa à sacristia. Finalmente, o sino da torre toca as dez horas, e o cântico de entrada irrompe, triunfante, no santuário, enquanto o sacerdote e os acólitos sobem as escadas e se dispõem em redor do altar.

É então que me apercebo de alguma movimentação fora dos esquemas previstos. O que está o David a fazer? Porque insiste ele em trocar de lugar com outro acólito? Não o imaginava tão assertivo...

Durante as leituras, reparo que o David está confortavelmente sentado na sua cadeira, com o seu missal dominical na mão. O missal é um pequeno caderno infantil da Paulus Editora, que o David recebe mensalmente pelo correio. Dentro de cada caderno, encontram-se as leituras de cada domingo do mês, bem como jogos, histórias e desenhos para colorir relacionados. É a primeira vez que o David segue as leituras pelo missal, desde que se tornou acólito. Como terá ele levado o caderno consigo, assim vestido?

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No final da missa, não resisto a perguntar:

- David, o que é que se passou hoje? Porque trocaste de lugar com a Lurdes? Não estavas bem no teu lugar?

- Ah, não é por isso, mamã!

- Então o que se passou? Fizeste um bocadinho de rebuliço por detrás do altar...

- Sabes, antes da missa eu pensei num esquema para conseguir ler o meu missal: escondi-o debaixo da almofada da cadeira onde costumo ficar sentado. Mas quando entrámos na igreja, percebi que a Lurdes se ia sentar no meu lugar! Tive de trocar com ela, porque senão ficava sem missal.

Sorri.

- Realmente, depois de tanto trabalho para pensares nesse esquema, seria uma pena...

- Pois seria! Assim pude ter o meu missal durante a missa. Quando não precisava dele escondia-o debaixo da almofada, e pronto!

 

No dia 23 de agosto, na sua homilia, o Papa Francisco lançou alguns desafios:

"Quem é Jesus para mim? É um nome? Uma ideia? É apenas uma figura histórica? Ou é realmente aquela pessoa que me ama, que deu sua vida por mim e caminha comigo? Para ti quem é Jesus? Procuras conhecê-lo na sua palavra? Lês o Evangelho todos os dias, uma passagem do Evangelho para conhecer Jesus? Trazes um pequeno Evangelho em seu bolso, bolsa, para lê-lo em qualquer lugar? Porque quanto mais nós estamos com Ele mais cresce o desejo de permanecer com Ele”.

 

Quem é Jesus para mim? Será Ele suficientemente importante, para que eu medite na sua Palavra todos os dias? Será que o meu amor por Jesus é suficientemente grande para justificar a compra de um pequeno missal, de um Evangelho de bolso, de uma Bíblia? Ou, nas versões modernas, para me dar ao trabalho de descarregar aplicações com a Palavra de Deus no meu telemóvel? 

O David está muito feliz com os seus cadernos mensais. A assinatura destes cadernos foi o presente de aniversário dos seus padrinhos, faz agora quase um ano. Há por aí padrinhos e madrinhas a precisar de sugestões para prendas com estilo? :)

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publicado às 06:10

Acólitos em Fátima e três presentes

por Teresa Power, em 05.05.15

O dia um de maio foi um dia muito especial para o David: ia participar na sua primeira peregrinação anual de acólitos a Fátima! Acordou cheio de energia e, pelas oito da manhã, estava no Santuário, pronto para a viagem. Nós acompanhámo-lo com a nossa oração e o nosso amor, e ao longo do dia fomos imaginando os seus passos. Mas tivemos de esperar pelas oito horas da noite para escutar, da sua boca, o relato de um dia fantástico.

- Mãe, eram seis mil acólitos! Nem imaginas! Tantos, tantos!

- Deve ter sido lindo, David! Como foi na missa? Parecia um manto de neve na basílica, não?

- Sim, parecia mesmo! Tudo branco...

 

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- E sentiste-te bem com o grupo? São todos amigos?

- Muito bem! As crescidas tomaram conta de mim.

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 - E sabes, mãe, os acólitos são muito animados. Fizemos brincadeiras e cantámos canções de Jesus!

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- Mas o mais bonito foi a procissão do Santíssimo. Mãe, tu terias adorado! Eu sei que terias! Nem imaginas como foi bonito, dar a volta ao Santuário atrás de Jesus...

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 Enquanto escutava o David, pensava no Livro do Apocalipse:

 

"Depois disto, apareceu na visão uma multidão enorme que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé com túnicas brancas diante do trono e diante do Cordeiro, e com palmas na mão. E aclamavam em alta voz.

Ele disse-me: «Estes são os que vêm da grande tribulação; lavaram a suas túnicas e branquearam-nas no sangue do Cordeiro.»"

(Ap 7, 9.14)

 

O David ainda não tinha terminado:

- Mãe, o senhor padre pagou o almoço.

- Ai sim? Então trouxeste de volta os dez euros que te dei esta manhã?

- Não! Quer dizer, trouxe uma moeda.

- Uma moeda? Dois euros?

- Não! Cinquenta cêntimos. Toma!

E estendeu-me a moeda, muito orgulhoso. E antes que eu pudesse reagir, estendeu-me três embrulhos:

- Comprei presentes para o Dia da Mãe. Nem imaginas como são lindos! Eu sei que vais adorar. Abre, abre!

- Mas hoje ainda não é Dia da Mãe, David!

- Ah, mas são tão lindos, vais adorar!

Abri os presentes, depois de trocar um olhar divertido com o Niall e decidir interiormente dar em breve uma lição de economia ao meu filho. Os presentes, contudo, deixaram-me sem palavras:

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Abracei o David com força, emocionada com o seu amor.

 - Gostas, mãe?

- Lindo, David! Presentes lindos mesmo! Obrigada! Escolheste as prendas mais belas do mundo. Vou colocar o crucifixo e o terço com perfume de rosas na minha mesa de cabeceira, e o anjinho diante da fotografia do Tomás. Pode ser?

- Eu sabia que ias gostar!

- E não compraste nada para ti?

- Comprei. Comprei estes binóculos! O que eu queria mesmo comprar era um avião, mas achei que podia fazer um sacrifício, já que estava em Fátima. Assim comprei os binóculos, que foram mais baratos e fiquei com mais dinheiro para comprar as tuas prendas, e ainda pude oferecer o sacrifício.

Cancelei interiormente a minha lição de economia.

À noite, quem parecia uma criança era eu, adormecendo de terço na mão e com o crucifixo ao lado da almofada. Antes de fechar os olhos, pedi ao Senhor que mantenha sempre limpa a túnica interior do David; e se por acaso ele a sujar na lama do mundo, que tenha a simplicidade de a branquear de novo no Sangue do Cordeiro...

 

No blogue da Lena podem encontrar alguns vídeos e textos sobre este dia. Espreitem!

 

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publicado às 06:26

Acólito

por Teresa Power, em 31.03.15

No sábado, o David participou pela primeira vez num convívio dos acólitos de Mogofores, no Santuário de Schonstatt, perto de Aveiro. Eu estava com algum receio de o deixar ir, porque o David é sem dúvida o acólito mais novo, e eu não queria que ele se sentisse só durante o dia. Mas a Lena, responsável pelos acólitos da nossa paróquia, assegurou-me de que o David não se iria sentir deslocado, e de que todos cuidariam dele. A Vera e a São, as duas educadoras que nos ajudam nos retiros Famílias de Caná (a propósito... Já se inscreveram no Retiro de Viana?) e que são também acólitas, vieram cá a casa de propósito "implorar" para eu deixar o David ir, que "as cotas" tomavam conta dele... A Vera até prometeu fazer um bolo especial caso o David fosse: um bolo que, a cada fatia que se corta, transborda de pintarolas! Bem, perante tanta amizade e tanto entusiasmo, não tive outro remédio senão deixar ir o meu rapazinho.

E que bem que eu fiz! O David chegou a casa felicíssimo, cheio de histórias para contar e de vontade de participar em novo encontro. A Vera, a São e a Lena falaram-me da alegria do David ao longo de todo o dia e, sobretudo, do seu imenso interesse em aprender. O David escutou, observou, fez jogos, comeu o bolo das pintarolas, brincou, rezou, adorou o Senhor na Eucaristia. Como o Menino Jesus no Templo, também o David surpreendeu com as suas imensas perguntas e algumas respostas, que foi buscar ao tesouro das histórias bíblicas que bem conhece. Por fim, participou na Missa Vespertina de Ramos.

Ontem, a Lena enviou-me as fotografias do encontro:

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- Mamã, hoje já não preciso de rezar o terço, porque já rezei - Disse-me o David, enquanto jantava.

- Que bom, rezar o terço no Santuário de Nossa Senhora! E que mais rezaste tu?

- Estivemos a fazer adoração. Havia lá uns papelinhos onde podíamos escrever uma oração secreta, e depois deitar num vaso.

- E tu escreveste?

- Sim, escrevi.

- E que escreveste tu?

- Eu não te disse que é segredo?

- Ah, pois disseste. Mesmo para a mãe?

- Se calhar posso contar à mãe. Eu pedi a Jesus que me fizesse santo, e outras coisas assim. Também fomos à missa.

- Ena! Não te cansaste, numa missa tão longa?

- Não foi longa! Foi até curta. Eu gostei muito. Ouvimos a história da morte de Jesus, e tu sabes como eu gosto dessa história. Amanhã, na nossa missa dos ramos, vou levar a caldeirinha da água abençoada.

- E que mais aprendeste tu?

- Aprendi a história do padre de Schonstatt. Sabias que ele esteve num campo de concentração?

- Sabia.

- Oh! Tu sabes tudo!

- Ah, mas já não me lembro bem! Contas-me?

- Conto. Ele esteve preso e sofreu muito, mas depois ele rezou muito a Nossa Senhora e fez-se santo.

Já na caminha, o David tinha outra coisa para me dizer:

- Olha, a Irmã que nos contou a sua história disse que o pai dela não queria que ela fosse Irmã. Mas ela foi! Então eu perguntei: "Quando Deus pede uma coisa e os pais pedem outra, a quem devemos obedecer?" E a Irmã respondeu-me. Ela disse que temos de obedecer a Deus primeiro, porque só quando obedecemos a Deus é que somos felizes.

- A Irmã tem toda a razão, David! Mas eu espero nunca te pedir nada que vá contra a vontade de Deus. Agora dorme!

- Posso ir a outro encontro de acólitos?

- Podes, claro! Boa noite, querido filho!

O David já descobriu o primado de Deus. A sua descoberta lembrou-me a resposta de Jesus a Maria e a José, quando era pouco mais velho do que o meu filho:

 

"Não sabíeis que Eu devia estar em casa de meu Pai?" (Lc 2, 49)

 

Nessa noite, já deitada, a minha oração, transbordante de gratidão pelo dom do meu filho, foi assim: Senhor, que os pais e as mães cristãos nunca afastem os seus filhos da Casa do Pai. Ámen!

 

PS - A Lena, responsável pelo grupo de acólitos de Mogofores, é mãe de uma bela Família de Caná. E sabem que mais? Há poucos dias decidiu começar a partilhar as suas vivências num blogue, que a todos convido a visitar: As surpresas de Deus. Haja muitas Famílias de Caná a inundar de Deus a internet! Para quando, um blogue brasileiro das Famílias de Caná? ...

 

 

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publicado às 06:21

Acólito em Dia dos Seminários

por Teresa Power, em 17.11.14

Há algum tempo atrás, o David falou-me no seu desejo de ser acólito. Disse-lhe que, quando quisesse, me informasse, para tratarmos disso.

E assim foi: no último domingo, durante a Festa da Palavra, o David segredou-me ao ouvido:

- Acho que no próximo domingo já posso ser acólito.

- Tens a certeza? - Perguntei-lhe, também ao ouvido.

- Tenho. Podes dizer ao senhor padre.

- No fim da missa, tu próprio lhe dizes - Respondi.

E no fim da missa, o David fez o seu pedido ao senhor padre. Poderia ele ser acólito?

- Claro, David! - Foi a resposta entusiástica. - Vamos já procurar uma túnica para ti... Acho que são todas muito grandes, mas talvez se dê um jeito! Entretanto, vamos ali falar com a Lena.

A Lena, mãe de uma Família de Caná, é catequista e é também responsável pela formação dos acólitos, fazendo com eles um trabalho excelente.

- Que alegria, David! Vamos já tratar de tudo - Sorriu a Lena.

 

Ontem, o David acordou muito feliz.

- É hoje que vou ser acólito, mãe?

- Sim, David. Estás preparado?

- Estou - Respondeu com simplicidade.

Ao chegarmos ao santuário, entreguei-o à Lena e aos outros acólitos. A Lena tratou logo de lhe arranjar uma "madrinha" para o orientar nos primeiros passos: a Beatriz, a filha mais velha da Isabel, de quem vos falei no sábado. O David conhece a Beatriz desde que nasceu, e com ela está à vontade!

Foi a Beatriz que lhe vestiu a túnica e que o ensinou a beijar o crucifixo:

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Durante toda a eucaristia, o David esteve muito compenetrado no seu novo serviço:

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 Enquanto o observava, tão pequenino e tão sério, tão traquina e tão compenetrado, recordava-me do pequeno Samuel, que a sua mãe consagrara ao Senhor e que entregara no Santuário de Silo, para poder servir a Deus:

 

"O pequeno Samuel, cingido com uma faixa votiva de linho, exercia o seu ministério diante do Senhor. Sua mãe tecia-lhe uma túnica que lhe levava todos os anos, quando ia com seu marido oferecer o sacrifício anual." (1Sm 2, 18-19)

 

O David serviu como acólito pela primeira vez no Dia dos Seminários. Que à semelhança de Ana e de Elcana, pais de Samuel, também as famílias cristãs se alegrem com a oferta dos seus filhos ao Senhor! 

E Tu, Senhor, digna-Te visitar a nossa casa e conceder-nos a honra de chamar os nossos filhos para Te seguirem! Ámen.

 

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publicado às 06:39



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