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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
A nossa querida gata Tiger tem sido uma mãe exemplar. Já deu à luz duas ninhadas, e de cada vez entregámos a famílias nossas amigas todos os gatinhos exceto um, ficando assim sempre com uma cria em casa, o que nos tem permitido observar a forma carinhosa com que as gatas cuidam dos seus bebés.
Mas na semana passada ficámos muito tristes: a Estrela, a gatinha multicolor que conservámos desta última ninhada, desaparecera. A Tiger parecia irrequieta e confusa, sem nenhum dos seus gatinhos para amamentar e lamber, e os meninos suspiravam de tristeza, imaginando cenários de frio e fome para a pequena Estrela.
- Ela não morreu atropelada, isso tenho eu a certeza - Dizia o Niall, que ao serão se dedicava a percorrer a berma da estrada para cima e para baixo, à procura de sinais da Estrela. - Certamente que alguém a viu sobre o muro e a levou para sua casa.
- Achas que tratam bem dela? - Perguntava a Lúcia especialmente, muito preocupada.
- Sim, Lúcia, não tenhas medo!
Mas nem a Lúcia, nem ninguém descansou. Até que sábado de manhã bem cedo, enquanto passeava os cães, o Niall ouviu um miar aflitivo para além do jardim. Depois de procurar um bocado, descobriu a Estrela, escondida sob um carro. Feliz, aproximou-se e pegou nela com jeitinho, para logo a trazer para casa abrigada dentro do seu casaco.
- Olha, Teresa, o que eu encontrei! - Disse-me assim que abriu a porta.
Dei um pulo de alegria: - Dá cá, vou acordar a Lúcia com a gatinha!
E assim fiz: devagarinho, enfiei a gatinha na cama da Lúcia, que abriu os olhos de espanto e deu um salto como não é nada habitual nas manhãs de sábado.
- Ah! Voltaste, Estrela! Ah, querida Estrela!
Mas se pensam que a maior festa foi a da Lúcia, estão bem enganados...
- Vamos levar a gatinha à mãe dela - disse eu por fim, pegando na Estrela e levando-a para o jardim. A Tiger estava por lá, muito parada, como costume. Pousei a gatinha no chão e chamei a Tiger. E de repente, num salto único e simultâneo, mãe e filha entrelaçaram-se, rebolando depois pelo chão. Finalmente, ronronando de pura felicidade, a Tiger lambeu a Estrela de alto a baixo, enquanto a Estrela mamava, e assim ficaram, imóveis, por longo, longo tempo.
Durante o resto do dia, mãe e filha não se separaram. No jardim, nos sofás, sobre as camas dos meninos, no meio dos bonecos e dos brinquedos, mãe e filha brincaram uma com a outra, intercalando lambidelas e mamadas com um quieto ronronar.
Os pensamentos que às vezes me passam pela cabeça poderiam ser considerados sacrílegos, se Jesus não se tivesse também lembrado de comparações semelhantes... Sim, ao olhar para as duas gatas tão felizes com o reencontro, lembrei-me do Evangelho.
Nem sempre é fácil entender afirmações chocantes de Jesus, como por exemplo:
"Há mais alegria no céu por um só pecador que se converte do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão."
(Lc 15, 7)
Jesus fez esta afirmação, se bem se lembram, depois de contar a história do pastor que deixa noventa e nove ovelhas sozinhas para ir buscar uma única que andava perdida. Jesus com ovelhas, eu com gatos...
Como? Mais alegria por um que regressa do que por noventa e nove que nunca sairam de casa? O reencontro da mãe Tiger com a filha Estrela não podia ser melhor ilustração. Quanta alegria! Naturalmente que a Tiger teria preferido que a sua gatinha nunca tivesse saído de casa, mas lá que a alegria que sentiu com o seu regresso foi mil vezes superior à que sentia antes da sua partida, lá isso foi.
Assim também com o Senhor, quando de todo o coração regressamos ao aconchego do seu abraço paternal. É que todos os dias, ao fim da tarde, Ele sobe ao cimo da colina e prescruta o horizonte, desejoso de que seja esse o dia do nosso regresso...
"Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos." (Lc 15, 20)
Sexta-feira, oito de abril. O Niall está em viagem de trabalho há já dois dias, e hoje deverá fazer escala na Irlanda, para visitar os pais e os irmãos durante um fim-de-semana prolongado. Mas mesmo longe, nós precisamos de conversar. Aliás, conversas à distância não são nada de estranho para nós... Sentada ao computador, depois de deitar os mais novos, vou trocando mails com o meu marido.
- Já passaste os olhos pela exortação pastoral A Alegria do Amor? - Pergunto.
- Não. Já saiu?
- Hoje. Olha, vou enviar-ta em anexo. Descarreguei em Inglês e em Português do site do vaticano. Aqui vai!
Afasto-me do computador para fazer as minhas últimas tarefas do dia, e meia hora depois estou de volta - ao computador e ao diálogo com o Niall, que entretanto já adiantou a sua leitura.
- Leste o capítulo quatro? - Pergunta-me ele. - É fantástico! Um verdadeiro hino ao amor!
- Sim, li um bocadinho.
- Tão terno! Parece um avô carinhoso, e ao mesmo tempo, o mais exigente dos mestres...
- Preciso de ter o livro nas mãos. Quero poder lê-lo e relê-lo em todo o lugar, sublinhá-lo, marcá-lo...
- Assim que chegar a Portugal vou comprar-to em Aveiro, na livraria católica. Vamos vê-lo em conjunto.
- O capítulo quatro merece ser lido à hora de jantar, à volta da mesa, um número de cada vez.
- Vai dar muita conversa!
- Sim, vai certamente.
O Papa alerta, logo na introdução, para a dificuldade que terão na leitura aqueles que tiverem pressa, por isso decido ler devagar, número a número. O texto é tão atraente, que me deito tardíssimo, sem conseguir interromper a leitura... Do outro lado do computador, num hotel no aeroporto de Dublin, o Niall também fica a ler pela noite dentro. Despedimo-nos por entre parágrafos e citações.
O Niall passou três magníficos dias com a sua família de origem, na Irlanda. Os pais não cabiam em si de felizes, e todos os irmãos se reuniram para festejar este reencontro numa celebração tipicamente irlandesa, cheia de histórias e gargalhadas.
Segunda-feira à noite, sentados à volta da mesa da cozinha, iniciando a nossa refeição, aguardávamos ansiosos o regresso do Niall. Por fim, a porta abriu-se e ele entrou de rompante, causando a confusão de beijos, abraços, sopa entornada, presentes e fotografias dos primos, tios e avós guardadas no telemóvel. Perante tanta alegria, lembrei-me do início da Exortação Pastoral do Santo Padre:
"Agora entremos numa dessas casas, guiados pelo Salmista, através dum canto que ainda hoje se proclama nas liturgias nupciais quer judaica quer cristã:
« Felizes os que obedecem ao Senhor
e andam nos seus caminhos.
Comerás do fruto do teu próprio trabalho:
assim serás feliz e viverás contente.
A tua esposa será como videira fecunda
na intimidade do teu lar;
os teus filhos serão como rebentos de oliveira
ao redor da tua mesa.
Assim vai ser abençoado o homem que obedece ao Senhor.»
(Sl 127/128)
Cruzemos então o limiar desta casa serena, com a sua família sentada ao redor da mesa em dia de festa. No centro, encontramos o casal formado pelo pai e a mãe com toda a sua história de amor." (nºs 8 e 9)
- É tão bom regressar a casa! - Dizia-me o Niall, à noite, já deitados nos braços um do outro. - Não importa o quão belas são as nossas viagens, não há nada mais belo que regressar.
Ficámos uns momentos em silêncio, depois ele continuou:
- Deve ser tão triste não se ser amado no seio da sua família! Marido e mulher que discutem com violência, palavras ofensivas, filhos que tratam os pais com desprezo, pais sem tempo para os filhos... Deve ser muito triste...
- Nós não nos damos conta do tesouro que guardamos em nossa casa - Respondi-lhe.
- Não há nada mais central para o ser humano que a família. De que adianta ter um emprego fantástico, um salário de luxo, uma mansão, férias e carros e tudo o que possamos imaginar, se não experimentarmos esta alegria e este amor ao fim do dia?
Suspirei, profundamente reconfortada nos braços do meu marido, e fiz mentalmente uma breve prece por todos os que não experimentam esta alegria. A Alegria do Amor... Sim, falar de família é acima de tudo falar da alegria do amor...
- Viva, hoje é dia de retiro!
Foi com o entusiasmo do costume que os meninos entraram nos carros, domingo de madrugada. Às nove e meia da manhã deveríamos estar no seminário de Alcains, perto de Castelo Branco, para orientar o Retiro Diocesano das Famílias. E para os meus filhos, "retiro" é sinónimo de festa, amigos velhos e amigos novos, boa comida e muita, muita alegria.
- Tu viveste em Castelo Branco, não foi, mamã?
- Sim, vivi em Castelo Branco até entrar na universidade. Depois a vida deu muitas voltas... O meu papá morreu, a minha mãe regressou à sua terra natal, Aveiro. Desde então, talvez não tenha ido a Castelo Branco mais do que duas ou três vezes.
- E tu gostavas de Castelo Branco?
- Adorava! Adorava mesmo... O céu muito azul, as ruas brancas, o frio e o calor, os amigos, e sobretudo, a minha casa onde cresci com tanto amor... Tudo me deixou saudades!
A viagem foi feita sempre no limite superior de velocidade, e ao passarmos ao largo de Castelo Branco mal tive tempo de apontar para o castelo, os prédios, os campos, as recordações de infância e juventude que deslizavam, velozes, à beira da estrada. Por fim, o seminário de Alcains e um belíssimo grupo de quase cem pessoas à nossa espera. Que alegria!
O retiro foi magnificamente preparado pela equipa da pastoral familiar, que nos presenteou com espaços bem organizados, lanches deliciosos e um belo almoço. Como sinal visível do Evangelho, e muito ao jeito do Papa Francisco, o almoço foi servido pelos dois sacerdotes que acompanharam o retiro. Bonito testemunho de caridade!
Começámos o retiro por nos apresentar enquanto família. A Sara adorou o momento, claro!
Depois, todos juntos louvámos o Senhor com cânticos e danças, e meditámos nos mistérios do Rosário.
Durante o dia, fiz três ensinamentos sobre a caminhada familiar que o Advento nos propõe. Enquanto isso, o Niall deveria estar a trabalhar com os jovens, enquanto outra pessoa deveria estar a trabalhar com as crianças. Por motivos desconhecidos dos próprios organizadores do retiro, essa pessoa nunca apareceu.
- Vou ficar sozinho com trinta crianças e jovens, entre os três e os dezassete anos? - O Niall olhava para mim com os olhos muito grandes. Sim, era mesmo isso que estava a acontecer!
Enquanto eu fazia os ensinamentos, na sala ao lado a animação era completa. Podíamos perceber risos, cantos, brincadeiras e muitas gargalhadas. Eu sorria para mim mesma: o Senhor não tinha abandonado o Niall na sua tarefa de evangelização! De facto, nos intervalos, eu fui testemunha do entusiasmo dos mais novos que, transbordando felicidade, corriam para junto do Niall:
- Niall, quando é o próximo jogo?
- Niall, qual é a próxima história?
- Para estes retiros podes trazer-me sempre, mãe! - Dizia uma jovem de dezasseis anos que tinha pensado ficar apenas durante a manhã e acabou por ficar o dia inteiro.
As fotografias falam por si:
- Niall, como conseguiste agradar a crianças e a jovens ao mesmo tempo? - Perguntei, por fim, completamente maravilhada com este dom que o Senhor lhe deu. Ele encolheu os ombros:
- O Francisco e a Clarinha ajudaram-me imenso. Dei-lhes várias tarefas para realizar como animadores, e cumpriram-nas na perfeição. Além disso, todos os meninos eram educados e estavam ali de coração aberto, prontos para escutar, trabalhar e brincar. E claro, a obra é do Senhor, que tomou conta da situação!
(Fica prometido para amanhã um post sobre o conteúdo catequético do trabalho do Niall neste dia...)
O dia estava a chegar ao fim. Faltava o momento mais importante: a Eucaristia. E de repente, surpresa das surpresas: o senhor bispo D. Antonino, bispo da diocese de Portalegre e Castelo Branco, estava diante de nós, pronto para presidir. Que grande alegria! Na homilia falou-nos dos desafios nascidos no sínodo dos bispos sobre a família, segundo o que ele próprio viveu enquanto participante. Que bela prenda o Senhor nos fez!
- Vamos embora de coração cheio - Diziam as famílias, despedindo-se.
Eu pensei nos pastores que visitaram o Menino no Presépio de Belém:
"Depois de terem visto, começaram a divulgar o que lhes tinham dito a respeito daquele menino. Todos os que ouviram se admiravam do que lhes diziam os pastores. E os pastores voltavam, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido."
(Lc 1, 17-20)
Depois pousei os meus olhos na imagem de Cristo Rei, que presidiu ao nosso encontro, neste dia soleníssimo de Cristo, Rei do Universo. E rezei para que sejamos sempre testemunhas deste reinado de amor, correndo apressadamente, como os pastores, entre o presépio e a nossa vida de todos os dias...
Ainda ontem escrevia que não iria haver mais nenhum post até segunda-feira, e já aqui estou a quebrar a minha palavra... Mas é por uma boa causa. Certamente já adivinharam qual! Sim, é verdade, a pequena Lúcia, a bebé da nossa querida Olívia, foi ontem para casa! Depois de muitos e complexos exames, a neuropediatra concluiu que a menina não tinha quaisquer sequelas resultantes da paragem cardio-respiratória durante o parto. O susto passou, com a graça de Deus e a oração poderosa de todos quantos se uniram a nós! Aguardamos agora com alegria que toda a família recupere emocional e fisicamente de tão dura batalha, e possamos ter notícias fresquinhas no belíssimo blogue da Família Batista. Tenho a certeza de que a Olívia terá muitas coisas para contar! Que dizem deste sorriso maroto?
Enquanto recebia as notícias de perfeita felicidade da Olívia, pus-me a pensar no que significa isto de estarmos vivos. Talvez não sejam muitos os momentos em que nos damos conta da preciosidade da vida humana, da grandeza do mistério que nos envolve, e simultaneamente, da fragilidade de que somos feitos... O Livro do Génesis oferece-nos esta meditação logo no seu início:
"Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e insuflou-lhe pelas narinas o sopro da vida, e o homem transformou-se num ser vivo." (Gn 2, 7)
Somos pó da terra e pó das estrelas, descendentes dos astros e dos mares, habitantes da lama e dos abismos; mas somos também espírito, sopro, Vida. Que mistério! E Deus contém-nos na concha da sua mão...
De revelação em revelação, acordaremos um dia para a notícia mais bela de todas: finalmente, definitivamente, estamos curados! Nesse dia sem ocaso, o Senhor pegará em nós ao colo e, como fez a Olívia ontem à noite à sua bebé, levar-nos-á para Casa. Se os reencontros e as celebrações da Terra podem expressar tamanha felicidade, imaginem as do Céu...
Neste fim-de-semana, como tínhamos anunciado, participámos numa verdadeira maratona de evangelização. A catequese arrancou em grande força, com imensas crianças a chegar e muita alegria; reunimos de novo a Aldeia de Caná de Mogofores, para rezarmos juntos e adorarmos o Senhor; e finalmente, no domingo à tarde, fomos dar testemunho de vida familiar católica no Centro Paroquial de Meadela, diocese de Viana do Castelo. Gostava tanto de ter muitas, muitas fotografias de cada um destes momentos para vos mostrar! A falta absoluta de fotos é, contudo, sinal de que estivemos demasiado ocupados para as tirar. Acreditem! Especialmente no domingo!
Domingo, uma hora da tarde. Cheios de pressa, entramos no carro - nos dois carros - para rumar a Meadela.
- Vamos passear, mãe?
- Vai ser giro? Que aventura vamos ter?
- Onde é o passeio?
As crianças estão animadíssimas. Hesito na minha resposta. Eis o grande desafio que nos é feito neste momento: transformar uma viagem cansativa - duas horas para lá, outras duas para cá, uma hora e meia de trabalho de evangelização num centro paroquial - numa grande aventura, capaz de proporcionar alegria à família completa.
Estou tentada a responder: Meninos, não se entusiasmem demasiado, porque a viagem é longa, e quando chegarmos a Meadela não vai acontecer nada de especial para vocês!
Mas não vou responder assim. Nos meus ouvidos ressoam ainda as Palavras do Evangelho desta manhã:
"Quem deixar irmãos, irmãs, pai, mãe, mulher, casa, filhos ou terras por minha causa, receberá cem vezes mais, já neste mundo, em irmãos, irmãs, mães, casas, filhos e terras, juntamente com perseguições; e no mundo futuro, a vida eterna!" (Mc 10, 29-30)
Se há desafio que me alicie na vida, é o de verificar, em cada dia, a verdade do Evangelho. Agora é hora de experimentar, numa tarde chuvosa de domingo, a recompensa já nesta vida de deixarmos tudo para anunciar o Senhor!
Entramos no carro, e a viagem começa. Lá fora, a chuva miudinha não pára de cair.
- Ah, adoro estar dentro do carro quentinho quando chove lá fora! - Diz a Clarinha.
- Eu também!
- E eu! É tão reconfortante! Adoro viagens com chuva!
Estamos a começar bem, penso para comigo, enquanto pisco interiormente um olho a Jesus. São horas de rezar o terço, aproveitando para recontar a história do Evangelho da missa desta manhã, que talvez já não esteja bem lembrada.
Uma hora mais tarde, gritos de entusiasmo:
- Olha, é o Porto! A ponte, vejam a ponte!
- Estão a ver o comboio naquela ponte ao longe? Eu atravessei-a de bicicleta a caminho de Santiago!
- Foi, Frankie? Ena, que sorte!
- Já viram como os raios de sol querem romper as nuvens e secar a chuva? E a ponte tão bonita por baixo...
- Ah...
- Mamã, contas outra história?
- OK, alguma sugestão?
- A do general que tinha lepra!
- Sim, chamava-se Naamã. É tão gira!
Viajo mentalmente até ao tempo do profeta Eliseu, à casa do general que tinha a sorte de ter uma criada judia. Os meninos escutam cheios de atenção. Depois, sonhadores, conversam sobre muitas coisas, cantam e fazem jogos de palavras e de números uns com os outros.
Uma hora mais tarde:
- Olha, agora é a ponte do rio Lima! Que linda!
- Ena, temos tanta sorte em fazer este passeio!
Volto a piscar o olho a Jesus, divertida. E chegamos a Meadela! Saímos do carro sob a chuva miudinha e entramos numa magnífica igreja vazia. Bem, vazia não, porque a luz junto do sacrário indica a Presença omnipotente do Senhor Jesus.
- Meninos, vamos rezar a nossa consagração! - Diz o Niall, ajoelhando. Rezamos com ele. Entretanto, chega a nossa anfitriã, a Madalena, que nos leva até ao Centro Paroquial.
- Parece que ainda não chegou muita gente - Diz-nos, um pouco envergonhada, olhando as cadeiras vazias.
- Ainda não está na hora! - Conforto-a. Quem não precisa de conforto algum são os meus filhos: o Francisco está ocupadíssimo a montar o espetáculo de ilusionismo para os pequenos, e a Clarinha ajuda-o; os outros quatro correm e saltam no salão, divertidíssimos a subir e descer escadas, a saltar do estrado para o chão, a vasculhar as salas de catequese e a experimentar os microfones.
- Meninos, todos aqui! Vamos começar! - Chamo, minutos mais tarde, quando o salão está suficientemente cheio. Subimos para o palco, e de microfone na mão, todos nos apresentamos à vez, começando pela Sara. Muito séria, ela enche o peito de ar como quem se prepara para soltar uma frase muito comprida, e diz de um só fôlego: "Sara". Rimo-nos todos!
Depois de cantarmos e rezarmos juntos ao Senhor, os mais novos acompanham o Francisco, enquanto o Niall e eu damos o nosso testemunho. Um momento muito bonito e muito participado.
Finalmente, o encontro termina. Todos nos querem cumprimentar, dar uma palavra, partilhar uma confidência, encorajar. Sentimo-nos muito acolhidos e fazemos planos para, um dia, ali voltarmos com um retiro completo.
A Madalena chama-nos a uma salinha junto do grande salão, onde um magnífico lanche nos espera. Ena, há bolinhos, pão, bolachas, leite com chocolate... Sentamo-nos em roda, com o senhor padre, e comemos de tudo, muito satisfeitos.
- Ah, este lanche é mesmo bom! - Dizem todos, com a boca bem cheia. Não apetece partir...
Mas são horas de regressar. No carro, sob a chuva a cair, enquanto a noite se acende à nossa volta, vamos conversando.
- Quem gostou desta tarde? - Pergunto.
- Eu!
- Eu!
- Eu!
Parece que todos gostaram.
- A magia correu mesmo bem - Diz o Francisco, satisfeito. - Os meninos eram muito bem comportados e estavam muito atentos.
- Eu adorei escutar-te - Diz-me a Clarinha, como de costume.
- E os mais pequenos, do que é que gostaram mais?
- Das cortinas!
- As cortinas, António? Porquê?
- Carregava-se num botão e elas abriam e fechavam no palco. O senhor padre deixou-me carregar um bocadinho!
- E eu gostei de saltar do palco para o chão!
- E eu, de dizer o meu nome ao microfone!
- Do lanche!
- Sim, do lanche!
- Do lanche!
- Então valeu a pena uma viagem tão grande?
- Ah, claro que valeu!
- Obrigada, mãe, foi mesmo bom vir a Meadela!
- Adorei!
- Quando eu contar aos meus amigos do botão das cortinas... Acho que eles não vão acreditar!
Enquanto o carro se enche de gargalhadas, canções e muito barulho, eu agradeço interiormente ao Senhor por, mais uma vez, cumprir a sua Palavra na nossa vida. A tarde foi longa, oferecida, entregue, mas a recompensa foi uma reconfortante sensação de bem-estar, toda ela feita de coisas tão simples como um copo de leite com chocolate, uma brincadeira nas escadas, uma cortina a abrir, uma ponte sobre o Lima, um comboio sobre o Douro, uma história da Bíblia, um raio de sol a romper as nuvens...
A Sara fez ontem três anos, e a nossa casa está em festa!
Meu Deus, já foi há três anos atrás que ela nasceu... A minha prenda dos quarenta anos! Como cresceu depressa, enchendo a nossa casa de alegria e gargalhadas! Ontem, no fim da missa, teve direito à canção dos parabéns - e o David, claro, também!
Antes da Sara existir dentro de mim, a nossa vida familiar tinha atingindo um equilíbrio (quase) perfeito. Com cinco filhos, conseguíamos viajar todos no mesmo carro de sete lugares e chegávamos ao fim do mês sem dinheiro, mas também sem dívidas. Além do mais, tínhamos recuperado a tranquilidade do nosso quarto de casal, pois o António acabara de se mudar para o quarto dos rapazes. E que bem que sabia poder voltar a ler na cama sem medo de incomodar um bebé!
Tanta tranquilidade (relativa, claro, porque cinco filhos... não deixam de ser cinco filhos!) deixou-nos incomodados. O Niall e eu sabíamos que eramos capazes de dar um bocadinho mais ao Senhor. Não estaria Ele a bater à nossa porta, esperando de nós um sim alegre?
Foi por isso que nos abrimos conscientemente (embora nunca tivessemos estado fechados) a uma nova vida. E a recompensa do nosso pequeno sim foi esta bela prenda, a nossa querida Sara!
Com o nascimento da Sara, deixámos de caber todos no mesmo carro; já não chegamos ao fim do mês sem dívidas; o cesto da roupa para passar ficou um bocadinho maior; voltámos a ter, por mais um ano, um bebé no quarto e a deitarmo-nos às escuras... Mas em contrapartida, temos mais ocasiões para dar gargalhadas; voltei a passear um bebé no "pano", bem juntinho ao meu coração, que é das melhores coisas da vida; a casa voltou a encher-se daquele delicioso cheirinho a bebé; e voltámos a viver os momentos únicos e absolutamente extraordinários do primeiro passo, da primeira palavra, do primeiro beijo. A Sara foi um bocadinho mais de esforço oferecido ao Senhor; mas foi sobretudo um bocadinho mais de bênçãos que o Senhor nos ofereceu!
Quando alguém me diz: "Agora a nossa vida está perfeita: temos o número certo de filhos, e outro que viesse seria a mais", fico sempre a pensar, num misto de brincadeira e seriedade que, se calhar, é o momento perfeito para... mandar vir outro bebé! É que um sinal claro da passagem de Deus é precisamente uma doce perturbação. Não é isso o que o Evangelho nos diz? Quando o Anjo do Senhor anunciou a Maria a Boa Notícia do Evangelho, diz-nos Lucas que
"Maria ficou perturbada, pensando no que poderia significar tal saudação." (Lc 1, 29)
Contudo, como o Papa Francisco disse já repetidas vezes, alguns cristãos têm na porta do coração um letreiro a dizer: "Não perturbar"...
Senhor, vem hoje de novo, com o teu sopro, desarrumar a minha vida, despentear os meus cabelos, perturbar a minha falsa paz!
Senhor, que eu não tenha receio das tuas visitas - em qualquer área da minha vida - mesmo as mais inesperadas! Ajuda-me a dar-te sempre "um bocadinho mais", porque qualquer um de nós, teus filhos, é capaz de muito mais do que imagina...
E graças, mil graças pelo dom da Sara, que é mil vezes melhor do que eu o sonhei!
Ámen.
Na semana santa, o Niall e eu fomos a celebrações penitenciais diferentes, para que estivesse sempre um em casa com os mais novos. Assim, na quarta-feira santa à noite, foi a vez do Niall e do Francisco irem ao santuário confessar-se.
- Eu também preciso de ir - Disse o David, à hora de jantar.
- Precisas, David? Pensei que te tinhas confessado há duas semanas, na catequese!
- Pois foi, mas já fiz pecados muito feios depois disso e tenho de os confessar antes da Páscoa.
- OK, então vai com o pai e o Frankie. Come depressa, que as confissões começam às oito e meia!
O santuário, segundo contou o Niall, estava cheio. O David precisou de esperar pela sua vez, até finalmente conseguir confessar os seus pecados. Chegou a casa cheio de alegria.
- Então, David, confessaste tudo o que querias?
- Confessei. Agora estou prontinho para a Páscoa! O senhor padre que me confessou foi muito simpático. Ele disse para eu rezar o salmo do Rei David. Disse que era o salmo 50. Sabes qual é?
- Sei. Anda, vamos rezar os dois. Melhor: chama o pai e os manos, e rezamos todos!
O David assim fez. Então abri a Bíblia e pedi-lhe para ler:
"Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade;
pela tua grande misericórdia, apaga o meu pecado.
Lava-me de toda a iniquidade;
purifica-me dos meus delitos.
Reconheço as minhas culpas
e tenho sempre diante de mim os meus pecados.
Lava-me e ficarei mais branco do que a neve.
Faz-me ouvir palavras de gozo e alegria
Desvia o teu rosto dos meus pecados
e apaga todas as minhas culpas...
Dá-me de novo a alegria da tua salvação!" (Sl 50)
- Cada um pode partilhar o versículo que mais o tocou - Sugeri.
- Eu gostei da parte da neve - Disse o David. - Os pecados podem ser muito sujos, mas ficam brancos como a neve depois da confissão.
- David, os teus pecados eram assim tão graves? - Eu começava a ficar preocupada.
- Eram. - O David pôs a sua cara mais marota - Posso contar-te, ou é segredo?
- É segredo para o padre! Eu explico: os sacerdotes não podem contar a ninguém o que ouvem em confissão, nem que os matem. Não podem mesmo! Isso seria um pecado gravíssimo. Por exemplo, não podem denunciar um criminoso a partir do que ouviram em confissão. Agora tu não és obrigado a fazer segredo dos teus pecados! Claro que também não tens de mos contar.
- Mas eu quero. O meu pecado foi ter enganado a Lúcia... E o outro ainda foi pior: bati no António! Mas eu já lhes pedi desculpa, e agora fui pedir a Jesus. Por isso agora estou perdoado.
- Pois estás. Que bom! Mais algum versículo que te recordes do salmo?
- Sim, aquele da alegria. Quando saí do confessionário senti-me tão, mas tão feliz! Sentia uma alegria muito grande no coração. Não, não era bem no coração, era no corpo todo, mas sobretudo nas pernas.
- Nas pernas?
- Sim: apetecia-me saltar de alegria!
Lembrei-me deste episódio nesta quarta-feira, ao ler a passagem dos Atos dos Apóstolos. Pedro e João cruzaram-se com um coxo que pedia esmola. E em vez de lhe darem uma moeda, que fizeram eles?
"«Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho eu te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda.» E tomando-o pela mão, levantou-o. Nesse instante fortaleceram-se-lhe os pés e os tornozelos, levantou-se de um salto, pôs-se de pé e começou a andar; depois entrou com eles no Templo, caminhando, saltando e louvando a Deus." (At 3, 1-10)
Cada vez que entramos no confessionário, Jesus toma-nos pela mão e levanta-nos. Nesse instante, fortalecem-se as nossas pernas, como as do David, e podemos de novo saltar de alegria... Ámen! Aleluia!
- Meninos, amanhã é um dia muito especial. Alguém adivinha porquê?
- Porque são férias?
- Porque já acabaste as reuniões?
- Porque vamos ver a vovó?
- Bem, tudo isso está quase a acontecer, mas ainda não é amanhã. Mais tentativas?
- ...
- Amanhã é o dia em que o Evangelho nasceu.
- A Bíblia nasceu amanhã??
- Não, o Evangelho. A Bíblia são muitas histórias do povo de Deus. Na Bíblia aprendemos sobre David, Abraão, Sara, Samuel, Moisés, Ester, e todas essas histórias que vocês gostam de ouvir. Mas a história principal da Bíblia é o Evangelho, que é a história de Jesus.
- Ah, então amanhã é o dia em que escreveram o Evangelho?
- Não. É o dia em que tudo começou!
- O dia em que Jesus nasceu?
- Os bebés começam a viver nove meses antes de nascerem, não é verdade? O nascimento de Jesus é o terceiro mistério do Rosário. Qual é o primeiro?
- Já sei!
- Diz lá então, Lúcia.
- Amanhã é o dia em que o anjo disse a Maria que ela ia ter um bebé.
- Isso mesmo! Entre o dia de amanhã e o dia de Natal são precisamente nove meses. E como chamamos nós a esse mistério?
- Anunciação.
- Muito bem, David. Amanhã é o dia da Anunciação. E sabem quais são então as primeiras palavras do Evangelho? As primeiríssimas palavras da nossa salvação?
"Alegra-te, ó Cheia de Graça!" (Lc 1, 28)
O Evangelho nasceu com um imenso convite à alegria. Jesus veio dizer-nos que temos uma razão poderosíssima para vivermos sempre alegres: Deus está connosco e ama-nos infinitamente. Deus é nosso Pai, nosso Irmão, nosso tudo. Deus dá-nos a vida e dá a vida por nós. Que mais podemos desejar?
Eu sei que há várias leitoras deste blogue a viver o seu momento de "anunciação", carregando dentro de si a graça de uma vida novinha em folha. Algumas estão felicíssimas, outras ainda perturbadas com o anúncio inesperado. A elas dedico este post! Que possam experimentar a certeza da Boa Nova e a alegria transbordante que Maria, a nossa Mãe, carregou em si e ofereceu ao mundo. Ámen!
Escrito pela Clarinha:
"Ontem tive a minha primeira prova de ginástica rítmica. Foi fantástico!
Acordei muito cedo, pois tinha cerca de 40 minutos de viagem para fazer e tinha de estar lá às oito da manhã. O meu pai foi comigo e também demos boleia a uma amiga nossa, que fez a prova e esteve espetacular. Pelo caminho, rezámos o terço.
Quando acordei não estava nervosa, mas quando entrei no "praticável" os nervos apoderaram-se de mim. A minha prova foi durante a manhã e no treino rezei uma Avé Maria a pedir a Maria que me ajudasse.
Foi um dia lindo! Fiz novas amigas, que me apoiaram sempre. O almoço estava delicioso, preparado pela mãe da menina a quem demos boleia. A minha melhor amiga foi ver a prova e no final, quando eu ainda estava a tremer, deu-me um grande abraço, que soube muito bem :)
Um dia assim passado a ver, a fazer e a realizar um sonho é maravilhoso... Obrigada, meu Deus, porque me deste esta oportunidade e por estares sempre comigo!
Partilho aqui convosco o vídeo da minha prova, para que possam alegrar-se comigo :)"
A Clarinha realizou um sonho antigo: estar em palco, dançando e fazendo ginástica! Quando o Niall chegou a casa e me mostrou o vídeo com a sua prova, fiquei muito comovida. E lembrei-me de uma palavra que um dia escutei num cântico:
"O sonho que hoje eu sonho, Senhor,
é apenas uma sombra dos sonhos que Tu sonhaste para mim,
se eu quiser seguir-Te..."
O sonho da Clarinha custou-lhe muitas horas de trabalho e de suor. Mas não basta fazer os exercícios correctamente; segundo a Clarinha me disse, há uma coisa que não pode falhar durante toda a prova: o sorriso! E não pensem que é fácil concentrar-se no sorriso quando se tem tanto em que pensar! Para ela, não foi.
Assim também na nossa vida: é preciso realizar os sonhos que Deus sonhou para nós, trabalhando e suando no palco que Ele nos destinou e nos exercícios que para nós desenhou, sem deixar transparecer a luta, a dor, o sacrifício; sem nunca, nunca deixar de sorrir...
"Quando jejuardes, não fiqueis tristes como os hipócritas que desfiguram o rosto, para os outros verem que jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Mas vós, quando jejuardes, lavai o rosto e perfumai a cabeça, para que os outros não percebam que jejuais, mas somente o Pai que vê o oculto. E o Pai vos dará a recompensa." (Mt 6, 16-18)
(Clarinha e Matilde com medalhas de participação e um belíssimo sorriso no rosto!)
Ontem recebi uma feliz notícia: lembram-se da Marisa, a jovem estudante de Medicina que participou no último retiro Famílias de Caná e nos ofereceu as lindas imagens dos nossos santos padroeiros em feltro? Falei dela aqui, mas também a podem encontrar ao longo do blogue, em vários comentários. Ela esteve lá quase, quase desde o início, acompanhando o blogue e rezando para que, um dia, nos pudesse encontrar. Esse dia chegou em Almada, e foi tão bom!
Entretanto, a Olívia desafiou a Marisa a escrever um blogue, algo que a Marisa já tinha quase decidido no seu coração. E pronto, no domingo tive a alegria de ler de ponta a ponta o novo blogue desta jovem católica, que tem exactamente este nome: Uma Jovem Católica! Desafio-vos a que façam o mesmo e o divulguem entre os jovens que conhecem!
Uma das razões que nos levou a escrever o nosso blogue foi a percepção de que não havia, na blogosfera portuguesa, nada parecido. Há muitos blogues católicos portugueses, mas não encontrámos nenhum que se centrasse na vivência diária de uma família católica, com as suas alegrias e as suas tristezas, as suas virtudes e os seus defeitos, a sua confusão, a sua sujidade, o seu barulho, a sua imensa felicidade. Pois um dos frutos do nosso blogue foi precisamente este: o nascimento de cada vez mais blogues de famílias católicas. E tenho a certeza de que ainda virão muitos mais! A blogosfera precisa urgentemente da nossa partilha de vida, porque precisa de ser contagiada pela nossa alegria. Não sei se já se deram conta, mas todos os blogues de famílias católicas têm em comum uma imensa e contagiante alegria!
"Eis que estou à porta e bato. Se alguém abrir, entrarei na sua casa e cearei com ele e ele Comigo." (Ap 3, 20)
Há cristãos que passam a vida inteira do lado de dentro da porta, incapazes de escutar Jesus a bater, ou escutando, incapazes de abrir. Outros, pelo contrário, assim que se dão conta de Quem é que os chama, lá do lado de fora, escancaram a porta sem hesitar. Fazem-no de um momento para o outro, ou fazem-no progressiva mas seguramente, e logo se deixam envolver na paz, na alegria e na festa do encontro.
A família Almeida abriu a sua porta definitivamente há cinco anos atrás, como eles contam no seu belíssimo blogue. Em cinco anos, a sua vida alcançou a profundidade que todos experimentamos ao ler os seus textos. Cinco anos, e tanta maravilha para contar! Cinco anos, e a sua casa transpira humildade, simplicidade, alegria e paz - a casa da paz, como eles gostam de lhe chamar!
A família Batista abriu a porta ainda mais recentemente: foi em maio, quando descobriu o nosso blogue. E desde então, com passos de gigante, não deixaram de nos encantar com as suas histórias e a sua partilha, tão profundas, divertidas e sérias ao mesmo tempo, transbordantes de Deus.
A Marisa redescobriu Jesus há três anos atrás. E mais não conto... Leiam e deixem-se encantar!
E depois... todos estamos a tempo de nos decidirmos de vez a escancarar a porta a Jesus, para que Ele venha fazer festa connosco e pôr a nossa vida de pernas para o ar! Ah, que felizes seremos então...