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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
Na nossa terra, fazemos algumas procissões ao longo do ano. A minha preferida é a da Visitação, que aconteceu ontem, domingo. Depois da missa, saímos do Santuário na companhia de um andor especial, pois levava duas belas imagens: a de Nossa Senhora e a de sua prima, Santa Isabel. Na verdade, pouco tempo depois de saber que estava grávida,
"Maria partiu a toda a pressa para as montanhas, para uma cidade da Judeia. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Então, erguendo a voz, exclamou: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! E donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?»" (Lc 1, 39-43)
Esta alegria contagiante entre Maria, Isabel e os bebés que ambas traziam no ventre é a essência do Evangelho. Jesus veio para nos fazer saltar de verdadeira alegria, como fez saltar João Baptista antes mesmo dele nascer; Jesus veio para nos pôr a caminho, como fez com Maria, que a toda a pressa foi visitar a prima idosa; Jesus veio para nos encher do Espírito Santo, como fez com Isabel, a primeira mulher a rezar a Avé-Maria!
E pusémo-nos a caminho...
Pelas ruas de Mogofores, na companhia de Nossa Senhora e de Santa Isabel, representadas naquelas imagens, nós pusémos em prática o mistério da Visitação: em cada casa onde havia um doente - previamente contactado pelos visitadores de doentes da paróquia - o senhor padre entrou e ungiu com o óleo o doente, administrando a Santa Unção, esse sacramento belíssimo de cura que Jesus nos deixou. Cá fora, nós cantávamos e rezávamos o terço. E desta forma tão simples, anunciámos ao mundo a alegria do Evangelho.
Na Vigília do Pentecostes de 18 de maio de 2013, o Papa Francisco disse:
"A Igreja deve sair de si mesma. Para onde? Para as periferias existenciais, sejam eles quais forem; mas sair. Jesus diz-nos: «Ide pelo mundo inteiro! Ide! Pregai! Dai testemunho do Evangelho!» (cf. Mc 16, 15). Devemos ir ao encontro e devemos criar, com a nossa fé, uma «cultura do encontro», uma cultura da amizade, uma cultura onde encontramos irmãos."
No mistério da Visitação, Nossa Senhora antecipou o pedido de Jesus no mistério da sua Ascenção: anunciar o Evangelho a todas as criaturas. Este ano, estas duas celebrações da Igreja aconteceram em dois dias seguidos - a Visitação, como sempre, a 31 de maio, e a Ascenção, no Domingo VII depois da Páscoa, que foi a 1 de junho. A nossa paróquia viveu estes dois mistérios numa mesma caminhada, numa mesma procissão. Quantas graças!
E falando em caminhadas - um leitor deste blogue sugeriu-me uma peregrinação muito especial, para a família inteira, que vai acontecer nos dias 13, 14 e 15 de junho no norte de Portugal: a Peregrinação Nacional das Famílias ao Santuário de S. Bento da Porta Aberta. Na verdade, as peregrinações são das formas mais eficazes de reavivar a fé, a esperança e o próprio amor entre os membros da família. E o verão é o tempo ideal para as fazer! Fica o desafio.
Que a Mãe da Visitação nos ajude a descobrir formas de, em família, caminhar a toda a pressa para cumprir o mandamento que Jesus nos deu no dia da sua Ascenção. Ámen!