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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
O primeiro retiro Famílias de Caná aconteceu no dia 14 de setembro de 2013. Até agora, já fizémos quatro retiros, pelo que somos cerca de trinta famílias a procurar viver no dia-a-dia este ideal das "Cinco Pedrinhas". Já somos muitos! No sábado, doze destas famílias responderam ao desafio que lançámos: um reencontro para conviver, brincar, caminhar e rezar. Muitas outras famílias queriam ter estado presentes, mas não puderam.
O local escolhido foi um dos mais belos do nosso país: a Mata Nacional do Buçaco! Foi um dia inesquecível para todos. Como dizia o Álvaro, pai de uma bela Família de Caná: "Há muito tempo que não me divertia assim!" É que os pais terminaram o dia a jogar futebol com os filhos, numa enorme animação, e só a chuva que começou a cair pelas sete da tarde nos convenceu a todos a entrar nos carros e regressar a casa! Estiveram famílias de vários pontos do país, pois as Famílias de Caná já chegaram a alguns lugares de Portugal: Proença-a-Nova (diocese de Portalegre e Castelo Branco), Raposa (diocese de Santarém) e Marinha Grande (Diocese de Leiria-Fátima) para além das famílias aqui da nossa zona de Anadia. No final, havia quem estivesse já a planear o próximo reencontro...
Começámos com a celebração da Eucaristia, numa das muitas mesas de pedra para piqueniques na mata:
Que maravilha, comungar do Corpo e do Sangue do Senhor em plena natureza, escutando o chilrear dos pássaros e sentados à volta da mesma mesa!
Depois, partilhámos as nossas vivências de Famílias de Caná, para nos encorajarmos e desafiarmos uns aos outros:
Um belo almoço, e começámos então a grande caminhada que tínhamos planeado: a Via Sacra. O Buçaco pertenceu em tempos aos carmelitas, que ali construíram uma belíssima Via Sacra, reproduzindo na floresta montanhosa as distâncias da Via Sacra de Jerusalém. Em cada estação, esculturas de terracota em tamanho natural contam-nos o que se passou com Jesus naquela trágica e sacratíssima sexta-feira santa. Que pena que não estejam conservadas como mereciam!
O caminho, montanha acima através da floresta, é ainda mais belo, porque é todo obra do Criador! Subindo pelos trilhos cheios de musgo, observando cada erva, cada flor, cada árvore, cada espécie rara da natureza, fomos meditando na Paixão de Jesus através da leitura da Palavra de Deus:
Subir a montanha com bebés, carrinhos e o passo lento de crianças de três e quatro anos não foi fácil. No entanto, o caminho de Jesus foi bastante mais difícil! O nosso, pelo menos, teve muitas gargalhadas de diversão; e contrariamente ao de Jesus, todos se ajudaram!
Ajudar a levar a cruz uns dos outros foi um dos desafios que os jovens tiveram de resolver. Nós levámos de casa a cruz de madeira feita no primeiro retiro Famílias de Caná, no dia 14 de setembro, dia da Exaltação da Santa Cruz. Os jovens (e as crianças mais destemidas, entre as quais o David) estiveram sempre desejosos da sua vez para levar a cruz, retirando-a dos ombros uns dos outros. Como seria bom se assim fosse também a nossa atitude na vida...
Outro dos desafios dos jovens foi desenhar o rosto de Jesus num pano de linho, reproduzindo assim o milagre do véu de Verónica. A Clarinha foi a artista escolhida para o efeito. Não está bonito?
Tiveram ainda de fazer uma coroa de espinhos e uma lança com elementos da natureza, escrever um poema sobre a dor de Nossa Senhora, compor uma canção, caminhar de olhos vendados durante parte do percurso com a ajuda dos que mantinham os olhos abertos, e muitas outras coisas!
No final, estávamos todos mais perto do Coração de Jesus. E mais perto do céu, claro, no cimo da montanha...
O resto da tarde foi passada entre jogos, conversas e brincadeiras. Cantámos também os parabéns à Marta, que fazia doze anos e teve, assim, uma festa muito original! Por fim, oferecemos ao Senhor o nosso louvor, a nossa acção de graças e as nossas súplicas, numa oração cantada, dançada e partilhada bem ao jeito das Famílias de Caná. Se não fosse a chuva a mandar-nos para casa, ainda agora lá estávamos...
Sábado temos marcado retiro Famílias de Caná, em Proença, para todas as famílias do país que queiram fazer esta experiência de Igreja. Até agora, ainda não temos as cinco inscrições que nos permitam realizar este retiro. E precisamos de cinco, porque o retiro Famílias de Caná não pode acontecer sem partilha, e para partilhar, temos de ser alguns! Até quarta-feira precisamos de decidir se fazemos ou não o retiro. Eu sei que é precisa muita coragem para se inscreverem! Mas agora é verão (pelo menos assim dizem...), as crianças não têm testes no dia seguinte, viajar faz parte das férias... Venham! Uma das famílias inscritas vem de Setúbal. Quem arrisca vir de mais longe? Se precisarem de alojamento gratuito em casas de famílias locais, digam. Não tenham medo de vir... Esperamos por vós! Inscrevam-se hoje ainda!