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Sacramento e Vida Consagrada

por Teresa Power, em 08.07.15

No Painel da Vida Consagrada onde o Niall e eu demos testemunho no passado dia 19 de junho, o Senhor Bispo D. António Moiteiro foi naturalmente o primeiro a falar. No tom simpático e descontraído a que nos vem habituando, começou assim:

- As Irmãs que me desculpem, e não me levem a mal. As Irmãs fizeram voto de pobreza, obediência e castidade, mas este casal aqui, como muitos outros casais, recebeu um sacramento...

casados.jpg

Ao escutar o senhor bispo, fez-se luz sobre os meus próprios pensamentos àcerca deste tema. Na verdade, falar de pobreza, obediência e castidade no Painel da Vida Consagrada só foi difícil porque o tempo era pouco e o Niall e eu precisávamos economizar palavras e exemplos. Pode um casal viver os mesmos votos que os religiosos? Receber o sacramento do matrimónio implica comprometermo-nos com Jesus na nossa vida de família. E ao comprometermo-nos com Jesus, estamos naturalmente a comprometermo-nos com todas as suas Palavras, todo o seu Evangelho. Assim, o sacramento pressupõe os Conselhos Evangélicos de Pobreza, Obediência e Castidade, bem como os de Unidade, Caridade e todos os outros contidos na Palavra de Jesus.

Pode um casal viver uma vida de total consagração ao Senhor? Claro! Precisa de votos especiais para isso? Não, porque tudo está contido no sacramento, vivido com radicalidade e prontidão evangélicas. A Palavra de Jesus dirige-se claramente a todos, e tem até detalhes particulares para os que têm uma família:

 

"Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim. E quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim, não é digno de Mim. Quem procura a sua vida, há de perdê-la; e quem perde a sua vida por amor de Mim, há de encontrá-la." (Mt 10, 37-39)

 

As Famílias de Caná que vivem o seu compromisso com seriedade são famílias consagradas a Jesus e a Maria, e que renovam diariamente a sua consagração através da oração do Rosário e da repetição constante da pequena invocação: "Nós, Jesus".

Quando terminámos o nosso testemunho, naquele belo encontro de consagrados, o senhor bispo pediu-me que, em cinco minutos, explicasse às Irmãs o que são as Famílias de Caná. No final, uma Irmã expressou-se assim:

- Teresa, este movimento não é apenas para chegar aos confins de Portugal. É para chegar aos confins do mundo!

Que o Senhor a escute!

DSC02089.JPG

 

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publicado às 06:15



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