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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
A Clarinha tem um dado entre as suas coisas pessoais. Fê-lo na catequese e lança-o muitas vezes de manhã. É assim:
Amar é um verbo e, portanto, uma acção. Amar é uma decisão. Amar não é sentir qualquer coisa, mas fazer qualquer coisa. Eu não amo o meu irmão se sinto simpatia, paixão ou qualquer outra coisa por ele; amo-o se tenho para com ele gestos concretos de amor. Disse Jesus:
"Nem todo aquele que diz "Senhor! Senhor!" entrará no Reino dos Céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai" (Mt 7, 21)
Hoje vivemos a "ditadura do sentimento". Alguém me falava, num comentário, sobre a triste realidade do divórcio na nossa sociedade. Há naturalmente histórias terríveis de pessoas que são atiradas para o divórcio porque não lhes resta outra alternativa, mas também há muitas pessoas que simplesmente "deixaram de sentir amor". O sentimento enfraqueceu, e erradamente julgaram que o amor morrera.
Mas amar é uma decisão! Eu decido cuidar dos meus filhos, decido ajudar os outros, decido ir à missa ao domingo, decido fazer gestos que me aproximam do meu marido ou da minha esposa, apeteça-me ou não. Insistindo na nossa decisão, um dia descobriremos que o deserto se cobriu de flores: os nossos gestos acordaram em nós o sentimento feliz que procurávamos.
Assim, é uma óptima ideia começar o dia com uma decisão concreta sobre gestos de amor. Dizer apenas "Hoje vou amar" é demasiado vago. Decidir, logo pela manhã: "Hoje não me vou zangar com os meus manos", ou "Hoje vou ajudar os meus pais sem eles me chamarem", ou "Hoje vou rezar um salmo", ou "Hoje vou sorrir ao meu marido quando ele chegar a casa cansado", ou "Hoje vou arrancar-me da cama e vou à missa porque Deus me espera lá", ou qualquer outro gesto de amor a Deus e ao próximo, ajuda-nos a centrar o nosso pensamento e o nosso desejo num gesto bem concreto. E gestos concretos são amor.
Quando vejo a Clarinha muito zangada com os irmãos, participando nas brigas dos mais pequenos com ímpeto infantil, recordo-a do dado. Mas geralmente não preciso de o fazer. Observando os seus gestos - muito mais frequentes - de atenção para comigo, para com o pai e para com os irmãos, sei que ela o lançou...