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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
Ao longo dos cinquenta dias de Páscoa, somos brindados, na liturgia diária, com a leitura sequencial do Livro dos Atos dos Apóstolos. Cá em casa, esta leitura tornou-se na telenovela diária. É verdadeiramente fascinante! Viagens, prisões, perseguições, libertações milagrosas, curas, conversões, terramotos, o primeiro concílio da Igreja, cartas, homens que caem dos cavalos, homem que se ajoelham à beira de uma qualquer fonte do percurso para se deixarem batizar, mulheres que acolhem os Apóstolos no seio das suas famílias, famílias inteiras que anunciam o Novo Caminho... Quantas histórias, quanto suspense, quanta aventura, noite após noite!
- Ena, mãe, abriram-se as portas da prisão assim de repente?
- Não vês que foi um terramoto?
- Não, foi um anjo!
- Ou mesmo Deus!
- Já sei: foi o Espírito Santo!
Ao longo de todo o Livro dos Atos dos Apóstolos, o Espírito Santo surge quase como uma personagem mais na história. Melhor ainda: o Espírito Santo é a personagem principal do livro, Aquele que tudo realiza em todos. Num destes dias, três frases da leitura fizeram-nos conversar durante bastante tempo:
"Depois de nos sentarmos, começámos a falar às mulheres que lá se encontravam reunidas. Uma das mulheres, chamada Lídia, negociante de púrpura, pôs-se a escutar. O Senhor abriu-lhe o coração para aderir ao que Paulo dizia." (At 16, 13-14)
Como se dá a conversão à fé cristã? Lídia decidiu escutar, não apenas com os ouvidos, mas também com o seu coração, ou seja, empenhando nessa escuta a sua vontade, os seus afetos, a sua inteligência, pois o coração, na Bíblia, significa tudo isto. E o Espírito Santo fez o resto: "O Senhor abriu-lhe o coração para aderir" à fé em Jesus.
O mundo precisa de uma renovação no Espírito como nunca antes na História. É preciso suplicar insistentemente ao Senhor que derrame sobre nós o seu Espírito e opere, hoje, as maravilhas que lemos descritas e narradas no Livro dos Atos dos Apóstolos. Amanhã, sexta-feira (o dia seguinte à Ascenção de Jesus, embora em Portugal se celebre no domingo) tem início a novena do Pentecostes. Façam-na connosco! Escrevi um texto muito simples, bíblico, centrado no essencial da súplica e da adoração. Todos os dias, invocaremos os sete dons do Espírito Santo e pediremos a graça de saborear os seus nove frutos.
Descarreguem a novena aqui: novena do pentecostes .
Então o Espírito Santo virá, soprará dentro de nós, porá a nossa vida de pernas para o ar, far-nos-á sair das nossas zonas de conforto, e abrir-nos-á o coração para aderirmos às Palavras de Jesus...
Chegou, finalmente, a noite mais santa do ano! O Senhor Jesus ressuscitou, tal como havia prometido, e precede-nos a caminho de Casa! Cantemos aleluias sem fim, exultemos de alegria e festejemos!
Ao fim da tarde, à lareira, conto aos mais novos as histórias das leituras bíblicas desta noite santa, e que os mais velhos irão escutar pela noite dentro, na Vigília Pascal. Uma pequena Bíblia ilustrada fornece-nos as imagens, e todos recordam as histórias já bem conhecidas: A Criação do Mundo, Abraão, Moisés... Por fim, contamos com entusiasmo a história da ressurreição. Que maravilha!
- Agora conto eu, mamã - Diz-me a Sara, tirando-me a Bíblia ilustrada das mãos e sentando-se num banquinho. É a minha vez de escutar com atenção!
Entretanto, o Canto de Oração vestiu-se de festa: é a Páscoa do Senhor!
Depois de jantar, reunimo-nos para fazer a nossa "vigília pascal caseira", como todos os anos. Os meninos apressam-se a ir buscar as suas velas batismais e acendem-nas à entrada da sala, para a nossa breve procissão.
De pé, cantando aleluias, levantamos bem alto as velas acesas dos nossos batismos. A luz que um dia se acendeu dentro de nós ilumina a noite, ilumina a vida, ilumina o mundo...
Há sempre muita competição para ver quem segura a vela do batismo do Tomás!
Depois, ajoelhados, fazemos a Novena da Divina Misericórdia, com especial empenho neste Ano Santo.
O Niall e os mais velhos saem para a Vigília Pascal. Os quatro mais novos vão para a cama, e em breve dormem a sono solto, cansados das longas noites da Semana Santa e da muita brincadeira com os primos. A casa fica mergulhada em silêncio...
O silêncio do túmulo vazio.
"Porque procurais entre os mortos Aquele que está vivo? Ele não está aqui. Ressuscitou, como havia dito!" (Lc 24, 5)
Amanhã de manhã - muito, muito cedo - acordaremos com o repicar dos sinos, anunciando a visita pascal, que começa às nove horas no início da rua, praticamente em nossa casa. Sim, Ele ressuscitou, não podemos ficar a dormir! Anunciemos por todo o mundo que Ele está vivo, que Ele nos dá a Vida, que n'Ele vivemos para sempre!
Uma Santa Páscoa para todos, todos vós! Aleluia! Aleluia!
Hora de oração familiar. No Canto de Oração, lemos as leituras do dia. O Evangelho é de S. João, e relata-nos a cura de um paralítico junto à piscina de Betzatá, em Jerusalém. Os meninos escutam com atenção.
"Estava ali um homem que padecia da sua doença há trinta e oito anos. Jesus, ao vê-lo prostrado e sabendo que já levava muito tempo assim, perguntou-lhe: «Queres ser curado?» Respondeu-lhe o doente: «Senhor, não tenho ninguém que me meta na piscina quando se agita a água, pois enquanto eu vou, algum outro desce antes de mim.» Disse-lhe Jesus: «Levanta-te, toma a tua enxerga e anda.» E no mesmo instante, aquele homem ficou são, tomou a sua enxerga e começou a andar." (Jo 5, 5-9)
- Mãe, por que é que Jesus pergunta "Queres ser curado?" Não é óbvio que o pobre homem queria ser curado?
Todos se riem, divertidos. Mas a pergunta de Jesus é uma pergunta aberta, séria, que procura uma resposta também séria, como todas as suas perguntas no Evangelho - e segundo o padre Ronchi, que está a pregar os exercícios espirituais da Cúria Romana, os Evangelhos trazem cerca de 220 perguntas de Jesus...
- Nem todos os que estão doentes querem ser curados - Explico.
- Como assim?
- Talvez os que estão doentes no corpo manifestem geralmente vontade de serem curados. Mas os que estão doentes no espírito, nem sempre...Vocês não têm amigos que se portam mal nas aulas, todos os dias, e que não têm qualquer disposição para mudar de atitude? Ou meninos que dizem não entender a Matemática e por isso já nem sequer abrem o livro quando o professor manda?
- Sim!
- É o que Jesus quer dizer! Só muda, só se converte quem o deseja realmente. Claro que, mesmo depois de desejarmos mudar, iremos cair muitas e muitas vezes; mas sem vontade, nada se consegue, e nunca seremos verdadeiramente curados!
- Acho que já estou a perceber...
É mais fácil permanecer no pecado do que mudar de vida. O Papa Francisco refere muitas vezes aquilo a que chama "pecados de estimação", ou seja, os pecados que não temos qualquer intenção de deixar de cometer, dia após dia, confissão após confissão - e a falta de arrependimento impede a graça do sacramento da confissão, como ensina o Catecismo...
"Queres ser curado?"
É mais fácil dizer que não temos tempo, do que encontrar alguns minutos para a oração; é mais seguro convencermo-nos a nós mesmos que não é da nossa responsabilidade mudar o mundo, do que dar o nosso tempo, o nosso suor, o nosso esforço numa qualquer obra de apostolado ou solidariedade da Igreja; é bem mais simples desculparmo-nos com um "não sou capaz" do que esforçarmo-nos por mudar de rotinas, de hábitos, de práticas, de vida; é mais confortável descartar os desafios do Senhor como demasiado exigentes, do que seguir atrás da sua Cruz.
"Queres ser curado?"
A pergunta de Jesus é séria, e exige uma resposta. Sabemos que Jesus só olha à nossa boa vontade, pois na sua omnipotência, Ele faz o trabalho mais difícil... Porque não aproveitar a quaresma para responder ao Senhor?
- Meninos, podem ligar a televisão! - Aviso, ao fim da tarde de sábado. Como já todos os leitores devem saber, sábado é dia de televisão para os Power mais novos, que durante a semana nem se lembram dela.
- Ena, que bom! Está a dar Jake e os Piratas! - Anuncia a Lúcia, a primeira a chegar à sala.
- Falta o David! - Reparo, quando a Sara e o António se instalam no sofá. - Quem o vai chamar?
- Hoje eu não vou ver televisão - Diz o David, entrando na sala. - Vou já tomar banho e depois vou ler para o quarto.
- E porquê? Tu adoras Jake e os Piratas!
- Para fazer um sacrifício. Hoje quero fazer um sacrifício dos grandes...
- Mãe, quero uma fatia de bolo!
- Já comeste ao lanche, António. Agora esperas pelo jantar. Só depois de jantar é que comes bolo outra vez.
- Mas eu quero agora.
- Já te disse que não. Depois de jantar.
- Agora!
- Não vale a pena, António.
Lágrimas. Parece que as birras ainda não acabaram de todo...
- António, vou explicar-te: não vais comer bolo agora, quer faças birra, quer não. Isso é certo. Mas restam-te duas escolhas: podes não comer bolo e ficar de mau humor, a chorar, zangado, e eu grito contigo e perco a paciência, e só temos tristeza para dar a Jesus; ou podes não comer bolo e sorrir, oferecendo a Jesus o teu sacrifício, e logo à noite pões uma flor no Canto de Oração. A escolha é tua!
O António suspira, e limpa as lágrimas. A escolha está feita.
Hora de oração familiar. Sentados no sofá da sala, rezamos o terço como todos os dias. Geralmente, antes de começarmos, precisamos de repetir muitas e muitas vezes: "Meninos, sentados como deve ser!" "Meninos, não se reza de qualquer maneira, é preciso respeito!" "Meninos, costas direitas no sofá!" Mas hoje não parece ser necessário. Antes de começarmos, o Niall ajoelha-se no chão. Duas avé-marias mais tarde, também a Clarinha se ajoelha. Mais duas avé-marias, e é a minha vez... E logo em seguida, o Francisco. Olhamos uns para os outros e rimo-nos: quando um decide oferecer um bocadinho mais a Jesus, ninguém quer ficar atrás! Sem que seja essa a nossa intenção, acabamos por nos desafiar uns aos outros todos os dias neste belo e difícil caminho da santidade.
- Mãe, explica-me outra vez o que faz Jesus com todos os nossos sacrifícios!
- Então eu explico: cada vez que tu fazes um sacrifício, Jesus recebe-o nas suas mãos, com todo o carinho. Depois transforma-o numa graça especial para alguém também especial, que só Ele conhece... Assim, talvez Jesus tenha aproveitado o teu sacrifício de não ver televisão para derramar felicidade sobre um menino da tua idade, que estava a chorar no meio da guerra na Síria. Quem sabe? Talvez...
- Mas no céu vou saber, não vou, mãe?
- Sim, no céu vais poder brincar com todos os meninos que receberam graças através de ti. E também vais conhecer todos os meninos que, com os seus sacrifícios, obtiveram graças para ti!
- Nem posso esperar...
Estas conversas surreais acontecem muitas vezes em nossa casa. Podem conter uma ou duas imprecisões teológicas em termos de linguagem, eu sei, mas não encontro melhor forma de explicar às crianças esta maravilha que é a comunhão dos santos, em que nós, católicos, afirmamos acreditar. É deste imenso tesouro dos sacrifícios e sofrimentos de todos os santos, conhecidos e desconhecidos, vivos na Terra e vivos no céu, que cada um de nós recebe graça sobre graça. Como diz S. Paulo, as nossas vidas individuais são preciosas quando unidas ao sofrimento pascal de Jesus:
"Agora me alegro nos sofrimentos suportados por vós. O que falta às tribulações de Cristo, completo na minha carne, pelo seu corpo que é a Igreja." (Col 1, 24)
Porque no único Corpo formado por Jesus e pela sua Igreja, circulam de uns para os outros todas as graças, todas as bênçãos, todas as alegrias, todas as dores, como o sangue que percorre todos os membros:
"Os muitos que somos formamos um só corpo em Cristo, mas individualmente, somos membros que pertencem uns aos outros." (Rm 12, 5)
E de sacrifício em sacrifício, no Canto de Oração é quase primavera...
- Meninos, tenho uma notícia para vos dar.
- Sim? Qual é?
- É sobre a vovó-mamã? - Os meus filhos tratam a minha avó, não por bisavó, mas por vovó-mamã, talvez por escutarem a avó a tratá-la por mãe.
- Sim, é sobre a vovó-mamã...
- Ela já está boa? Podemos ir visitá-la?
- Não vês que ela já não vai ficar boa, António? A vovó-mamã está quase a morrer, não é, mãe?
- A vovó-mamã já está com Jesus... Era isso que eu vos queria dizer.
- Já morreu? - O David quer ter a certeza.
- Sim, já morreu. Já está no céu!
- Então já está boa! Viva! Ah, deve ser tão bom estar no céu! - A Lúcia não esconde a sua alegria. Ela sabe o quanto a bisavó sofria nos últimos anos da sua vida, e também sabe, com uma certeza infantil, inocente e pura, que o céu é a maior felicidade que podemos experimentar.
- Quem me dera estar no céu agora, a brincar! Achas que a vovó-mamã já viu o Tomás?
- E vai poder pegar nele ao colo! Que sorte! Ena...
- E vai ver Jesus! E Nossa Senhora! Ah, ela deve estar tão feliz!
A conversa depressa se centra neste mistério imenso que é o céu, e que cá em casa é frequentemente motivo de belos sonhos. Há muito que a morte deixou de nos meter medo, e falamos sempre dela como da verdadeira Porta Santa, a Porta que nos lança na Vida.
- Bem, amanhã, dia 1 de março, vamos ao funeral - Interrompo.
- Funeral? Funeral? - A Sara quer saber do que falamos nós.
- Sim, Sara. Vamos fazer a última festa à vovó-mamã. Vamos rezar por ela, na missa, e depois acompanhá-la ao cemitério. Sabes, como o Tomás... Lembras-te do túmulo do Tomás, onde ficou guardado o seu corpo? A vovó-mamã também vai ter um túmulo assim. O corpo das pessoas é demasiado pesado para subir ao céu, por isso, Deus só leva a alma, e no céu dá-lhes um corpo novinho em folha, sem doenças, sem velhice, sem dores. O corpo da terra volta para a terra, aonde pertence.
- Ah, por isso é que não vemos os corpos por aí a voar!
- Claro. Seria uma grande confusão! Deus só leva as almas, e no céu tudo se arranja.
Os meninos não têm dificuldade em entender isto. Não custa, imaginar o espírito a elevar-se alto no céu, leve como as nuvens, alegre como os pássaros, azul como o horizonte... e voar até ao Coração de Deus.
Nessa noite, no terço, recordámos a vovó-mamã, pedimos ao Senhor que a acolhesse no seu Coração e agradecemos o dom que ela foi sempre na nossa vida. No dia seguinte, fui buscar os meninos à escola logo depois do almoço, e seguimos até Aveiro, rezando o terço no carro e preparando os cânticos para o funeral.
O dia estava luminoso, sereno e belo. Na missa, todos cantámos e tocámos, porque se havia coisa que a avó gostava, era da nossa música. Atentos, os meninos seguiram a belíssima homilia do Cónego António Assunção (o sacerdote da minha infância, testemunha do meu casamento, padrinho do Francisco, o mesmo sacerdote que sepultou o Tomás...), feita especialmente para que as crianças penetrassem um pouco no imenso mistério da eternidade.
Depois, serenos, dirigimo-nos ao cemitério. O azul do céu e o branco das lajes, o silêncio e a paz...
- A vovó-mamã vai ficar dentro daquela cova?
- Não, António. Já te esqueceste? É só o corpo que fica ali, até se desfazer em terra, em pó... Essa terra vai alimentar as plantas, fazer crescer as árvores, fazer brotar as flores, e o ciclo da vida continua. Entretanto, a alma da vovó-mamã já não está aqui, já está no céu, e Deus já lhe deu um corpo novo, sem rugas, sem fome, sem sede, sem doença, sem morte.
- Ah...
É preciso que os meninos vejam o caixão, é preciso que vejam a cova, a terra, a pedra fria. É preciso que vejam e que não desviem o olhar, e que não se distraiam com fábulas, e que não esqueçam... O mistério da morte é o mistério da vida. É preciso perder o medo à morte para perder o medo à vida.
Um a um, deitam uma última flor sobre a urna, e logo os coveiros a cobrem de terra.
Diante daquela urna imensa, vieram-me ao pensamento memórias de um tempo antigo... A minha infância, a minha juventude, os meus primeiros anos de casada, e a minha avó sempre presente, acompanhando cada alegria e cada dor com a sua ternura infinita e uma capacidade imensa de se esquecer de si. Recordei-me de cada cheiro e de cada sabor das refeições deliciosas com que sempre nos recebia, nas longas férias que passávamos juntos; e das camisolinhas de lã tricotadas com todo o carinho do mundo, primeiro para nós, as netas, depois para cada um dos bisnetos que iam chegando... Os anos passaram, e pouco a pouco, a minha avó foi perdendo a memória, a capacidade de se deslocar sozinha, as forças. Mas nunca perdeu o essencial: o seu imenso amor, o seu imenso respeito e a sua imensa gratidão por quem dela cuidava. A todos, mesmo sem os reconhecer, respondia com um "obrigada" educado e bem disposto. E nas suas mãos, as contas do terço iam passando lentamente...
Diante daquela cova e daquela terra, lamentei que os meus filhos não tenham conhecido a minha avó quando ela era nova e cheia de energia. Depois apercebi-me que a geração dos filhos dos meus filhos nem sequer recordará o seu nome. Que mistério! Como diz o salmista:
"Os dias dos seres humanos são como a erva;
brota como a flor do campo,
mas, quando sopra o vento sobre ela,
deixa de existir e não se conhece mais o seu lugar."
(Sl 102/103, 15-16)
Mas o mesmo salmo acrescenta:
"Mas o amor do Senhor é eterno para os que o temem,
para os que guardam a sua aliança
e se lembram de cumprir os seus preceitos."
(Sl 102/103, 17-18)
Diante de Deus, cada um de nós é sempre, sempre Presente. Os homens podem esquecer, mas o Senhor nunca esquece, porque nunca, por um instante sequer, existimos longe do seu olhar. Uma imensa alegria invade o meu coração, quando penso neste grande mistério. Sei que nenhum gesto de amor da minha avozinha ficará sem recompensa, mesmo aqueles gestos - especialmente aqueles gestos - que nunca lhe consegui agradecer.
No eterno Presente que é o Céu, só o amor é recompensado... E como diz S. João, falando de todos os cristãos que o são verdadeiramente, falando - também - da minha avó:
"Sabemos que passámos da morte à Vida porque amamos os irmãos." (1Jo 3, 14)
Ámen!
Hora de oração familiar. Com grande entusiasmo, pego no evangelho do dia, que nos faz mergulhar de cabeça na grande passagem das obras de misericórdia, no capítulo 25 de S. Mateus, 31-46.
- Meninos, vejam se conseguem completar as frases da parábola de Jesus:
"Vinde, benditos de meu Pai, receber o Reino que está preparado para vós desde o início do mundo; porque tive fome...
- e destes-Me de comer!
"porque tive sede...
- e destes-Me de beber!
"estava nu...
- e destes-Me roupa!
"estava doente ou na prisão...
- e fostes visitar-Me!"
A leitura terminou com um coro perfeito de vozes infantis. Já todos sabem a leitura de cor, o que é o primeiro passo para que ela passe da mente ao coração.
- Lembram-se de que forma a Madre Teresa ensinava esta passagem às pessoas?
- Eu lembro! Nas mãos!
- Precisamente! Quando perguntavam à Madre Teresa por que razão ela se dedicava tanto aos mais pobres dos pobres, ela pegava na mão do seu interlocutor e, tocando em cada um dos dedos à vez, soletrava: "You did it to Me".
- Posso fazer na tua mão?
- Faz lá, António!
- "You did it to Me."
- E podemos também fazer em português?
- Sim. Podemos dizer assim: "Foi a Mim que fizeste."
- Agora faço eu!
- E eu também!
- "Foi a Mim que fizeste!"
- Ah, agora o importante é não esquecer... Tudo o que fazemos aos nossos irmãos, fazemos a Jesus. E tudo o que deixamos de fazer, deixamos de fazer a Jesus.
- Eu hoje ajudei os manos a arrumar os legos. E olha que eu não tinha brincado com eles! Posso pôr uma flor no Canto de Oração.
- Eu também fiz uma coisa boa a Jesus. Na escola, com um amigo... Vou pôr uma flor.
Sorrio. O Canto de Oração está a ficar muito primaveril...
Gostam de trava-línguas? Experimentem este, retirado textualmente do Evangelho que lemos na missa diária há uns dias atrás:
"Os discípulos de João guardavam jejum. Vieram perguntar a Jesus: «Por que motivo jejuam os discípulos de João e os teus discípulos não jejuam?» Respondeu-lhes Jesus: «Podem os companheiros do noivo jejuar enquanto o noivo está com eles?»" (Mc 2, 18-22)
Se conseguirem ler todos os "j" como deve ser, e ler "Jesus" com "s" e não com "j" no meio também, estão de parabéns! Cá em casa, bem nos esforçámos por ler direitinho o Evangelho, mas não tivemos êxito. Fomos passando a leitura de uns para os outros, e as gargalhadas já eram tantas, que desistimos.
- Ah, então os judeus jejuam com João, mas não jejuam com Jesus! - Dizia o Francisco, brincalhão, no meio da festa.
- E quando Jesus partir, jejuarão - Acrescentava a Clarinha, também muito divertida.
Sim, cá em casa brincamos com a Bíblia, com todo o respeito que a nossa inocência e a nossa simplicidade nos permitem. Deus tem um grande sentido de humor, e gosta da nossa alegria! Depois de um trava-línguas tão engraçado, nenhum de nós se esquecerá desta passagem...
E os nomes? Já repararam na abundância de nomes que as leituras da missa diária ultimamente nos oferecem? Elcana, Fenena, Abiatar, Eliab, Aminabab... Quando os lemos cá em casa, não evitamos uma gargalhada. E às vezes, para os meninos estarem com atenção, fazemos o jogo: "Quem consegue memorizar os nomes na leitura que vou fazer?"
Bem, e ainda nos podemos divertir com os pormenores de alguns episódios. Há poucos dias lemos como Saul se tornou rei enquanto procurava as suas jumentas, ontem lemos como David venceu Golias com uma fisga, e agora, preparem-se, vêm aí os episódios mais divertidos, de como David poupou Saul à morte (não vos conto como foi, mas digo-vos já que vale a pena descobrir) e como Absalão foi morto. Cá em casa, estes episódios fazem furor!
Enfim, de brincadeira em brincadeira, de jogo em jogo, vamos memorizando a Palavra de Deus. Depois, com todo o respeito, beijamo-la, e colocamo-la de novo no Canto de Oração. E conversamos longamente sobre ela.
Tudo isto para vos dizer: não percam as histórias do Rei David, que todos os dias as leituras da missa nos oferecem, neste início de ano! David foi um grande santo, mas também um grande pecador. Disse o Papa Francisco ontem, na homilia, que David nos ensina esta grande verdade: "Não há santo sem passado, não há pecador sem futuro." David pecou muito, mas arrependeu-se muito também, chorou o seu pecado até ao fim da sua vida, e aceitou como merecidos todos os seus infortúnios. Longe de desbaratar a graça recebida, David lavou o seu pecado na misericórdia de Deus e mudou radicalmente o seu caminho. Profundamente humilde, louvou e amou a Deus como poucos. E talvez com exceção de Moisés, não há no Antigo Testamento personagem mais querido do Senhor.
Possa a nossa "telenovela" diária ser a Palavra do Senhor, no meio de alegria, de brincadeira, de oração, de meditação, de muita e profunda conversa! Nos serões familiares, com os mais novos ao colo, imitemos os passarinhos que levantam voo em bando, uns atrás dos outros, uns protegendo os outros, uns puxando pelos outros... em direção ao Coração de Deus...
O dia amanhece cedo, como sempre, mas desta vez, acordo os meninos com um "refrão" diferente:
- Levantem-se, filhos, hoje é o dia das Bodas de Caná!
Na verdade, este ano, o Evangelho do Domingo Segundo do Tempo Comum é o Evangelho das Bodas de Caná, e há que celebrar.
Pouco a pouco, todos aparecem na cozinha.
- Vamos começar a festa com panquecas? - Pergunta o David, muito prático.
- Claro. O pai já está a fazê-las. Se te despachares, ainda vais a tempo de ajudar!
Segue-se a alegria das Bodas de Caná verdadeiras, as mais completas, aquelas em que o vinho novo, o vinho bom, o vinho guardado para o fim, se torna no Sangue do Cordeiro Imolado: as Bodas da Eucaristia. Foi para que pudéssemos viver a alegria destas Bodas que Jesus deu a sua Vida, na Cruz! E pensar que um mistério tão imenso está ao alcance de qualquer cristão, na igreja mais próxima de sua casa! Qualquer cristão, não: há no mundo irmãos nossos que têm de caminhar quatro horas pelo mato para encontrar uma igreja, ou que têm de celebrar a Eucaristia às escondidas, no meio da noite. Nós somos uns privilegiados, e fazemos tão pouco caso dos nossos privilégios!...
Durante a Eucaristia, trocamos olhares cúmplices com as outras Famílias de Caná. Todos nos sentimos verdadeiramente felizes por podermos partilhar este momento...
Regressamos a casa, com o entusiasmo próprio dos dias de festa. Para o almoço, temos pizza, a pedido da maioria:
E depois, enquanto o pai e a mãe arrumam a cozinha, os filhos preparam o teatro das Bodas de Caná. Que grande festa fazemos! Cantamos, dançamos, batemos palmas, e finalmente, as Bodas:
- Oh, já acabou?
- Foi curtinho, Sara, este texto é mais rápido que o do Natal...
Um ar amuado:
- Posso ficar com o vestido?
- Claro!
- Mas convém tirar antes de ajudares a fazer os bolinhos!
Sim, porque a festa ainda não terminou... Cá em casa, temos a bênção de ter uma Clarinha especialmente dotada para a doçaria, arte que não herdou da mãe!
E depois do lanche, jogamos cartas. Lembram-se do jogo "House" que jogámos nas nossas férias? Os meninos não o esqueceram e, de vez em quando, repetimos a dose! Não exige grandes quantidades de tempo, e dez minutos de "House" são suficientes para proporcionar alegres gargalhadas:
Depois das cartas, o pictionary. Mais gargalhadas!
Não julguem que é fácil adivinhar o significado dos rabiscos da Sara, do António, e especialmente, bem... da mãe!
Lá fora, há frio e chuva. Mas cá dentro, brinca-se sem parar. Até o pai e o Francisco jogam dardos na garagem. A Clarinha precisa de estudar um bocadinho, e vem ter comigo, de livros na mão:
- Há algum lugar nesta casa em que eu possa trabalhar?
É nestes momentos que as chaves dão jeito:
- Clarinha, tranca-te no escritório e não abras a porta aos manos até acabares! Entretanto, e para estares sossegada, vou contar-lhes uma história.
Há poucos momentos mais cobiçados cá em casa que aqueles em que nos sentamos no sofá de livro na mão. Hoje cabe à Lúcia o direito a escolher a história.
Uma das vantagens de se terem vários filhos é que a brincadeira precisa de nós apenas em pequenas doses. A dose maior é sempre entre eles! Assim, durante a tarde, e aos bocadinhos, vou trabalhando no novo site Famílias de Caná, que está quase, quase pronto...
À noite, antes de dormir, a Lúcia tem uma coisa para me dizer:
- Depois dos dias dos retiros e das festas de anos, este foi o melhor dia!
E o melhor dia ainda não está terminado para os mais velhos. Ainda falta a hora de oração paroquial, diante do Santíssimo, no Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora. É aí que Maria, como em Caná, nos diz:
"Fazei tudo o que Ele vos disser!" (Jo 2, 5)
E é isso mesmo o que queremos fazer.
Um grande abraço a todas as Famílias de Caná, as que conhecemos e as que o são no seu coração, sem que nunca nos tenham dito! Que a todas, o Senhor abençoe! Ámen!
Hora de catequese e oração familiares. Nestes dias de advento, este tempo tem vindo a alongar-se alegremente. Em torno do presépio, aquecidos pela lareira, iluminados pelas luzes da Árvore de Jessé, vamos meditando e rezando. A novena da Imaculada Conceição e a Árvore de Jessé têm-nos dado a oportunidade de recordar e recontar várias histórias da Bíblia, no meio de grande animação. Também as leituras da missa do dia, neste tempo de Advento, são particularmente profundas e sugestivas, gerando grandes conversas entre nós. De olhos postos no presépio, vamos falando com o Senhor e deixando que Ele nos fale...
Mas hoje é preciso fazer uma catequese especial, pois o Ano Santo da Misericórdia está à porta.
- Meninos, sabem quais são as sete obras da misericórdia corporais? Há muitas, claro, mas a Igreja fala em sete, para nos ajudar a concretizar alguns gestos que estão ao alcance de todos.
- E quais são?
- Ora escutem: dar de comer a quem tem fome, e dar de beber...
- ... a quem tem sede!
- Mamã, precisamos de levar pacotes de leite para a escola. É para uma campanha para a Casa do Gaiato!
- Ora aí está uma bela ideia. Outra obra: vestir os nus...
- Isso inclui as horas passadas ao ferro ou a dobrar roupa?
Gargalhadas.
- Acho que sim! Outra: visitar os presos, dar pousada aos peregrinos, enterrar os mortos, visitar os doentes...
- Na minha sala, quando um menino está doente na escola e não pode ir ao recreio, um de nós fica na sala com ele. Eu fico muitas vezes a fazer companhia!
- Que boa obra de misericórdia!
- Visitar a bisavó também conta?
- Conta, claro! E agora escutem: a Igreja também nos fala das obras de misericórdia espirituais. E olhem que bonitas: dar bom conselho...
- Eu costumo dar bons conselhos aos meus amigos.
- Então fazes uma obra de misericórdia, David. E aqui vai outra: corrigir os que erram, ensinar os ignorantes...
- A minha professora passa a vida a corrigir os meus erros! Ela faz muitas obras de misericórdia!
Gargalhadas.
- Pois faz, Lúcia. Ser professor pode ser uma bela obra de misericórdia, e eu sei-o bem! Outra: perdoar a quem nos faz mal...
- Eu perdoo aos manos quando eles destroem as minhas construções!
- E eu desculpei a Sara quando ela me rasgou o desenho.
- Escutem esta: consolar os tristes...
- Isso fazemos nós sempre na escola, junto dos amigos!
- E eu faço em casa convosco quando choram! Há outra obra de misericórdia muito interessante: suportar as fraquezas do próximo com paciência.
- Que significa isso?
- Significa que todos nós somos imperfeitos, e por vezes é difícil viver com a imperfeição dos outros. Especialmente se temos de lidar com essa imperfeição várias vezes por dia! É o que acontece na família. E ser misericordioso é ser capaz de aceitar os defeitos do outro, mesmo quando nos incomodam, com paciência...
- Como nós aceitamos quando gritas connosco?
- Ou como eu aceito quando os manos não me deixam estudar em paz.
- Mas nós também aceitamos que ocupes o quarto todo a fazer ginástica!
- E que não arrumes depois...
- Não ouvir à primeira conta?
- Temos de ser pacientes com os gatos e os cães?
- Se formos mais pacientes uns com os outros, estamos a fazer uma belíssima obra de misericórdia. E sabem qual é a última? Rezar pelos outros.
- Essa nós fazemos todos os dias!
- Ouçam então: ao longo do Advento, vamos fazer todos os dias várias obras de misericórdia, em casa, na escola, em todo o lado. Depois, durante a oração familiar, iremos colocar no presépio uma estrelinha. Quando chegar o Natal, o Canto de Oração será um céu estrelado, digno da noite de Natal.
- Podemos começar já?
- Fizeste uma obra de misericórdia hoje?
- Fiz! Deixei a Sara fazer o puzzle comigo, e ela rasgou uma peça...
"«Senhor, quando foi que te vimos com fome ou com sede e te servimos, doente ou na prisão e te visitámos, peregrino ou estrangeiro e te acolhemos?» E o Rei responderá: «Sempre que fizestes estas coisas a um dos meus irmãos, a Mim o fizestes.»"
(Mt 25, 37-40)
No encontro de Aldeia de Caná de sábado, o Pedro e a Sandra fizeram-nos um belíssimo ensinamento sobre o Ano Santo e as obras de misericórdia. Para as crianças, levaram desenhos para colorir sobre o tema, que foram buscar a este blog. Os desenhos são realmente sugestivos e permitem-nos aprender de cor as obras da misericórdia. Querem usá-los aí em casa? Aqui ficam: obras de misericórdia
Feliz Ano Santo da Misericórdia para todos!
- Mamã, se não fosse o pecado das macieiras, agora vivíamos no paraíso?
- O quê?
- O pecado das macieiras! Sabes, aquela história da Bíblia!
Gargalhada geral. Estamos na hora da oração e da catequese familiar diárias, e falávamos da guerra do mundo e da paz que Jesus quer trazer a todos os homens de boa vontade.
- Quem te disse que eram macieiras? Na Bíblia só fala em árvore de fruto!
- Vá, não gozes, responde-me!
Ficamos mais sérios. É preciso responder... Todos olham para mim, com muita curiosidade. Eu também estou curiosa, claro! Como posso eu falar de pecado original a uma criança de nove anos? Bem, pelo menos o dogma do pecado original é o dogma mais simples de comprovar. Basta olhar à nossa volta para entender que o pecado nos é anterior, que o pecado atinge todas as pessoas nas suas consequências como uma onda que, na praia, engole justos e injustos. Os atentados de Paris e as guerras do mundo inteiro estão aí como sinais evidentes do poder do mal.
- David - Começo - a origem do mal é um mistério muito grande, que ninguém pode explicar totalmente. Mas a grande notícia é que já conhecemos o fim da história! Vês a Bíblia? Eu já li o fim do livro. O fim do livro diz que a paz vai triunfar, que Jesus vai ser aclamado Rei por toda a Terra. O Advento não recorda apenas a vinda de Jesus, há dois mil anos atrás; é também a nossa preparação para a sua vinda em cada dia, na Igreja, e para a sua vinda no fim dos tempos, esses tempos que Deus já visitou e que nos promete serem felizes! A Bíblia, David, é um livro com um final feliz!
O David, que tem alguma tendência para o medo, parece mais descansado.
- Mas se não fosse a história das macieiras...
- Se não fosse o pecado de Adão e Eva, não teríamos tido a história maravilhosa de Maria e de Jesus. Logo no início da Bíblia, Deus promete-nos Maria e Jesus para que Eles possam vencer o mal na nossa vida. Ora lê:
"Farei reinar a inimizade entre ti (a serpente) e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela. Ela esmagar-te-á a cabeça e tu tentarás mordê-la no calcanhar." (Gn 3, 15)
- Há uma oração muito antiga que diz: "Bendito o pecado de Adão, que nos mereceu um tão grande Redentor!" Sabes, David, se Deus não fosse capaz de fazer o bem triunfar, não teria permitido o mal! Deus é capaz de tirar o bem mesmo do que é mau. Da humanidade pecadora, Deus foi capaz de fazer surgir Maria, sem qualquer mancha de pecado...
- É por isso que dizemos que Maria é conseguida sem pecado?
- Lúcia, quantas vezes te dissemos que não é conseguida, mas concebida?
- Não é a mesma coisa?
- Não: concebida quer dizer que Maria foi formada totalmente pura já na barriga da sua mamã.
- Ah!
Luís e Zélia Martin, pais de santa Teresinha, recentemente canonizados em conjunto, rezavam diariamente em família diante de uma belíssima imagem de Nossa Senhora das Vitórias. A Imaculada Conceição é verdadeiramente a grande vitória do povo cristão, Aquela que nos oferece a vitória divina do bem sobre o mal. Num dia treze de maio, muito tempo antes de Fátima, esta imagem sorriu a Teresinha, curando-a milagrosamente da sua doença. Desde então tem sido venerada como a Virgem do Sorriso:
(imagens tiradas da net)
Lembrei-me do sorriso de Maria perante esta divertida catequese familiar que tivemos. Certamente que, no céu, escutando a nossa conversa sobre macieiras, Maria nos sorri e nos abraça com carinho, enquanto esmaga a seus pés o nosso pecado!
No ano passado compus uma novena bíblica para prepararmos juntos o grande dia da Imaculada Conceição. Deverá começar hoje, dia 30 e terminar no dia 8. Querem voltar a fazê-la connosco? Aqui fica pois, com a promessa da nossa oração por todos vós nestes dias santos. E que a Senhora do Sorriso nos ajude a vencer sempre o mal com o bem, a guerra com a paz, o ódio com o amor! Novena da Imaculada Conceição.pdf
Esta semana ainda, fica prometido um post sobre o nosso Canto de Oração de Advento...