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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
Com a cabeça no meu ombro, o David escutava atentamente mais um capítulo do livro Aventuras na Terra de Jesus, de que já falei aqui. Eu lia:
"Maria tinha-lhes pedido que fossem levar um doce que preparara para a anciã. Era incrível como ela conquistara rapidamente toda a Cafarnaum. Tinha chegado há pouco e já fizera amizade com quase toda a gente. Possuía um dom especial. As pessoas começavam logo a confidenciar com ela as suas preocupações e os seus mais secretos anseios" (P. 64)...
- Ena pá, Maria é mesmo assim, não é, mãe? - Atalhou o David, com um sorriso aberto na boca. - Eu acho que Maria gosta sempre de nos ajudar!
Alguns dias mais tarde, eu lia no mesmo livro:
"Ana (uma personagem simpática destas aventuras) falou de Maria com um carinho enorme. Já a sentia como sua própria mãe. O Gonçalo e o Diogo ouviram-na explicar essas coisas que eles já sabiam bem, pois conheciam Maria há muito tempo..." (p.86)
- É mesmo verdade! - Interrompeu novamente o David - A gente sente mesmo Maria como nossa mãe. Eu sinto! - E depois, voltando-se para a Lúcia, que segue a história à sua maneira, bem encostada a mim mas com atenção intermitente: - Sabes, Lúcia, Maria é mesmo nossa Mãe! É Mãe de Jesus e nossa. É de todos!
Faz-nos bem contemplar Maria. Em ninguém como nela se manifestou a graça de Deus e a salvação operada pela cruz de Jesus! Não há nem haverá sobre a Terra criatura de Deus mais humilde, mais simples, mais bondosa, mais amável, mais paciente, mais generosa do que Maria. Se houvesse, Deus tê-la-ia escolhido para Mãe de Jesus!
Faz-nos bem contemplar Maria. Quando o fazemos, damo-nos conta de que Deus não nos pede grandes coisas, mas sim pequenas coisas feitas com um grande amor, como dizia a Madre Teresa de Calcutá. Maria mostra-nos que a santidade está ao alcance de todos, dos mais pequeninos aos maiores, e que não depende de feitos extraordinários, de uma inteligência superior, de estudos ou de classes sociais. A santidade faz-se todos os dias, dizendo "sim" à vontade de Deus.
Maria é a "imagem e semelhança" (Gn 1, 27) de Deus, a realização perfeita do sonho de Deus para o ser humano. Como é bom saber que esta "imagem e semelhança" é simples, simples, simples... E nós somos tão complicados!
Escreveu o Papa Francisco na sua carta A Alegria do Evangelho, nº286:
"Maria é aquela que sabe transformar um curral de animais na casa de Jesus, com uns pobres paninhos e uma montanha de ternura. É aquela que tem o coração trespassado pela espada, que compreende todas as penas."
Podermos chamar Mãe a Maria é um dos mais belos presentes do amor de Deus. Que felicidade a nossa, ter uma Mãe assim! Hoje, dia do Imaculado Coração de Maria, rezo para que todos os cristãos experimentem esta alegria, como o David. Afinal, foi o que experimentaram Isabel e João Baptista, quando Maria os visitou:
"Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Pois logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio." (Lc 1, 43-44)
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