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O cordel dobrado em...seis

por Teresa Power, em 11.01.15

Educar uma família numerosa é uma escola de vida. Olhando para cada um dos meus filhos, dou-me conta da grande aprendizagem que é ter irmãos.

Naturalmente que não se aprendem as mesmas lições como irmão mais velho ou como irmão mais novo! As lições são diferentes. Assim, um irmão mais velho aprende cuidando dos mais pequenos, vendo o seu espaço a ser progressivamente invadido, os seus brinquedos e objectos pessoais usados e abusados, os seus pais cada vez mais partilhados. Os mais novos, ao contrário, não precisam de muitas lições para aprender a partilhar, a ceder, a deixar tirar, porque nascem num espaço que já pertence a todos e crescem num colo que já pertencia a outros antes deles nascerem. Contudo, também precisam de aprender muitas coisas: aprender a esperar pela sua vez, aprender a escutar os mais velhos, aprender a obedecer.

- Es-pe-ra! - Soletrava a Sara com a mão erguida, dirigida ao primo que me estendia o pé para eu apertar o sapato, enquanto eu tentava vestir o António.

Também nós, pais, precisamos de aprender lições diferentes. Por exemplo, em relação aos filhos mais velhos, precisamos de aprender a não deixar de dar mimo, enquanto aumentamos a responsabilidade; e em relação aos filhos mais novos, a não facilitar na responsabilidade, enquanto aumentamos o mimo.

Como em todas as escolas, também na escola da família se aprende tanto nas "aulas" como no "recreio". O Niall e eu estamos muito conscientes da importância deste "recreio familiar" na educação dos nossos filhos: é preciso que todos os irmãos cresçam uns com os outros, brincando uns com os outros e partilhando a vida uns com os outros. É muito fácil "deixar andar"! Mas quando se "deixa andar", apercebemo-nos de que o irmão mais velho já saiu para a universidade antes de ter tido tempo de conhecer o irmão mais novo. E assim se perdem os laços únicos que os deviam unir pela vida fora...

As famílias modernas sofrem grandes tentações de individualismo. Os irmãos tendem a ter amigos diferentes e interesses diferentes, passando pouco tempo uns com os outros, mesmo em férias. Cabe-nos a nós, pais, proporcionar e incentivar tempos fortes de lazer em família, mesmo à custa de algum prazer pessoal dos mais velhos. Para nós, é uma alegria quando vemos repetirem-se cenas como estas:

brincadeira 1.JPG

brincadeira 2.JPG

brincadeira 3.JPG

Diz o Livro do Eclesiastes:

 

"É melhor dois do que um só.

tirarão melhor proveito do seu esforço.

Se caírem, um ergue o seu companheiro.

Se um só é oprimido, dois já conseguem resistir a isso;

o cordel dobrado em três não se parte facilmente."

(Ecl 4, 9-12)

 

Não deixemos a educação da nossa família ao acaso, nem permitamos que o individualismo destrua a nossa casa familiar! Aproveitemos a calma do domingo para proporcionar aos nossos filhos brincadeiras e actividades em família, "um por todos, e todos por um"

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publicado às 06:42



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