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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
Em Viana, ouvimos pela primeira vez falar no Bem-aventurado Frei Bartolomeu dos Mártires. Sim, somos muito ignorantes ainda! Não sabíamos nada sobre a vida extraordinária deste santo português, nascido há quinhentos anos atrás. Foi preciso ir a Viana e participar na eucaristia no convento de S. Domingos para ficar a conhecer este grande homem. O padre Vasco Gonçalves teve a gentileza de nos oferecer algumas lembranças depois do nosso encontro com os pais da catequese familiar, e entre elas, um livro sobre este santo.
Frei Bartolomeu nasceu em Lisboa em 1514 e entrou na Ordem Dominicana em 1528. Foi professor e foi Prior de conventos, tornando-se depois Arcebispo de Braga. Deu um contributo enorme para as reformas da Igreja no seu tempo, insistindo sobretudo em dois pontos tão queridos ao nosso Papa Francisco: a proximidade dos Pastores para com o seu povo, e a simplicidade do clero.
(Eucaristia paroquial no convento de S. Domingos)
Ontem, o Niall partiu de viagem. Como costume, ao chegar ao aeroporto, telefonou-me. Eu sei que é difícil de acreditar, mas a verdade é que, de todos os temas possíveis e imaginários, a nossa conversa foi sobre... Frei Bartolomeu dos Mártires!
- Teresa, acabo de ler um bocadinho do livro que o padre Vasco nos deu - Disse-me ele ao telemóvel. O Niall aproveita sempre as viagens ao estrangeiro para pôr a leitura em dia.
- E então? O que descobriste?
- Escuta só o lema deste santo: "Arder e iluminar"! Imagina tu! Que bonito!
- Arder e iluminar?
- Sim. Diz aqui que Frei Bartolomeu gostava muito da figura de João Batista, que foi uma grande testemunha de Jesus. Jesus dizia que João era uma "lâmpada ardente e luminosa" (Jo 5, 35). A luz, para iluminar, tem de arder, tem de se deixar consumir... Dizia João Batista:
"É preciso que Ele cresça e eu diminua." (Jo 3, 30)
- Que bonito, Niall! É isso mesmo que precisamos de fazer na nossa vida. Para que a luz de Jesus brilhe em nós, temos de deixar que o seu fogo nos queime todas as impurezas...
- E não podemos ter medo ao trabalho, ao sofrimento, à renúncia, à entrega. Temos de levar a nossa missão até ao fim, como João Batista. Como Frei Bartolomeu. Arder e iluminar.
- Sim. Se não arder, não ilumina! Como podemos iluminar os outros sem morrer para nós mesmos?
- Bem, está na hora do meu voo. Se quiseres, escreve um post sobre isto!
- Olha que escrevo mesmo!
Aqui fica ele! Amanhã é Dia de Pentecostes. O fogo de Deus vai descer, vai consumir, vai queimar, vai purificar, vai transformar, e finalmente, vai iluminar... Não fujamos com o pavio da nossa vida! Deixemos que Ele venha e que incendeie o nosso coração.
Hoje, de forma solene, rezaremos esta oração que vos propus como novena há um ano atrás: novena do pentecostes
Rezem-na connosco também! E que o Espírito Santo nos faça fiéis ao lema do Frei Bartolomeu: Arder e iluminar. Ámen!
Ontem foi dia de poda. A nossa querida oliveira precisa de perder alguns ramos durante o inverno para que na primavera possa rebentar com mais força e, no verão, possamos ter a sombra que precisamos no jardim!
O Francisco, felizmente, já tirou a tala da mão, e por isso acompanhou o pai durante todo o trabalho de poda:
A Clarinha, a Lúcia,o David e o António procuraram salvar algumas azeitonas que ainda davam para tratar e comer, esquecidas nos ramos que, entretanto, o pai e o irmão iam cortando e atirando ao chão:
Mas eu acho que o que eles estavam mesmo a fazer era uma batalha de azeitonas, com armas de paus e de ramos...
...E até a Sara se divertiu a valer!
A oliveira ficou bem podada. O Niall já podia descer da árvore... Mas como é que se faz isso? No meio de muitas gargalhadas, o David, a Clarinha e o Francisco ensinaram ao pai como descer e indicaram-lhe exatamente onde colocar os pés. Afinal, eles têm bastante mais prática!
A nossa oliveira perdeu bastantes ramos e parece muito despida. Mas sabemos que os ramos que ficaram, aqueles que nos vão dar a desejada sombra durante o verão, vão crescer mais fortes, mais grossos e mais belos depois desta poda.
Jesus diz-nos no Evangelho:
"Meu Pai corta todo o ramo que não dá fruto em Mim e poda o que dá fruto para que dê mais fruto ainda." (Jo 15, 2)
Se queremos que a nossa vida dê fruto abundante, se queremos que a nossa família cresça feliz, precisamos de estender os nossos ramos à tesoura da poda, ou até ao serrote de poda, para que Deus faça o que achar melhor.
A poda chega frequentemente em forma de dificuldades, sofrimentos, doenças, perda de capacidade financeira para o estilo de vida a que nos habituámos.
A poda pode também assumir a forma de uma rotina mais difícil, aceitando tempo de oração, missa dominical, tempo para servir os irmãos.
A poda é tudo aquilo que magoa o nosso eu e, quando necessário, o corta e o faz diminuir, para que Jesus possa crescer. Disse João Baptista:
"Ele é que deve crescer, e eu, diminuir!" (Jo 3, 30)
Mas a poda não deve ser triste, pelo contrário! Antes desta afirmação, o mesmo João Baptista disse também:
"Esta é a minha alegria! E tornou-se completa!" (Jo 3, 29)
Bem, cá em casa, a poda foi mesmo muito divertida!...