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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
Que será que os meninos estão tão concentrados a observar, atrás dos arbustos?
Eu mostro-vos:
Sim, o Pantufa é o nosso mais recente amiguinho de quatro patas! Como disse no post sobre a Bella, os gatinhos na nossa casa não parecem durar muito. Talvez porque tenhamos uma estrada à frente e outra atrás, ou talvez porque a liberdade do jardim aberto e dos telhados vizinhos seja atraente... O facto é que os nossos gatos não têm sete vidas, mas o oposto - precisamos de sete gatos para conseguir a duração de uma vida de gato! Assim, por alturas da Páscoa, a Bella e o Charlie deixaram-nos no espaço de uma semana. Nunca os encontrámos mortos na estrada, pelo que mantemos uma secreta esperança de um dia os rever. Mas entretanto, recebemos o Pantufa. Não é bonito?
A Sara parece achar que sim. E sem dar qualquer importância ao pavor do gatinho, que só se quer esconder, persegue-o pelo jardim com determinação:
Finalmente, a sua persistência é recompensada:
E agora, o Pantufa já ronrona, feliz, ao nosso colo ou deitado no sofá, como se aqui tivesse nascido!
"Se queres um amigo, cativa-me", disse a Raposa ao Principezinho, no clássico do Exupéry. A amizade dá trabalho! Educar também. Como professora, sei bem o trabalho que dá cativar um aluno rebelde. E sei que é muito mais fácil desistir e fingir que não conseguimos...
E como mãe?
Disse Jesus:
"O que quiserdes que vos façam os homens, fazei-o também a eles." (Mt 7, 12)
Uma das palavras que me mais me marcou na minha vida de mãe foi esta, lida quando o Francisco e a Clarinha eram muito pequeninos, e escrita a partir destas palavras de Jesus que citei em cima:
"Faça aos seus filhos aquilo que gostava que os outros lhes fizessem". (Os Pais e a Educação Emocional, Pergaminho, capítulo 1)
E inversamente, "Não faça aos seus filhos aquilo que não gostava que os outros lhes fizessem."
Se alguém gritasse com os meus filhos como eu às vezes grito? Se alguém lhes dissesse o que eu às vezes digo? Porque não havemos de ser tão simpáticos com os nossos filhos como com os filhos dos outros, que vêm lanchar a nossa casa? Porque não havemos de ser tão simpáticos com os nossos filhos como queremos que os pais dos seus amigos e os seus professores sejam?...
Esta máxima da educação emocional tem-me ajudado imenso a controlar, ou pelo menos a esforçar-me por controlar a minha irritação com as crianças pequenas ao longo de todo o processo de educação de seis traquinas. E a perceber que também em casa é preciso cativar... Como a Sara com o Pantufa, precisamos de brincar, de chamar, de sentar no chão ao seu lado, de rir ao seu lado, de tropeçar na relva ao seu lado, até que eles - aos dois anos como aos doze - se sintam seguros na nossa companhia e se deixem afagar...