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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
- Frankie, Frankie! Está muito vento! Vem cá depressa!
- E o que tem o vento, David?
- Está mesmo bom para lançar o meu papagaio! Ajudas-me?
- Vamos lá então. Tens tudo a postos?
- Tenho, olha! O António também quer vir. Corre, antes que o vento páre!
Os meus filhos brincaram toda a tarde ao vento, e eu fui escutando as suas exclamações de alegria. Felizes, esforçaram-se por lançar o papagaio, que teimava em cair ao chão. Por fim, tomaram-lhe o jeito e puderam contemplar o seu esforço em tons de azul, sobrevoando Náturia. À noite, na oração familiar, agradeceram o papagaio e o vento.
Podemos queixar-nos do vento o quanto quisermos, mas sem vento, os papagaios de papel não se elevam no ar! Fico a pensar na quantidade de vezes que nos queixamos precisamente daquilo que nos lança no céu de Deus: as dificuldades, os problemas, as humilhações, as críticas, as frustrações, as doenças, o sofrimento... Ultimamente tenho procurado imitar os meninos com o seu papagaio de papel, e aproveitar o "vento" que me é diariamente oferecido para crescer em amor. Ainda não salto de entusiasmo como o David diante deste "vento", mas estou mais perto!
Diz o Amado do mais belo Cântico da Bíblia:
"Desperta, vento norte!
E tu, vento sul,
Vem soprar em meu jardim,
para que se espalhem seus aromas!"
(Cc 4, 16)
Que o vento da vida, ao soprar nos nossos jardins, espalhe os perfumes do Senhor. Ámen!