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Pequenas plantas

por Teresa Power, em 25.04.14

Esta primavera tem sido uma aflição para os agricultores e os jardineiros. E como nós temos um bocadinho dos dois cá em casa, no rectângulo de terra a que chamamos horta, esta primavera tem sido uma aflição para nós. É que, assim que acabamos de plantar, vem uma chuvada forte, e lá se vai tudo literalmente por água abaixo! A cada sábado é necessário recomeçar quase do zero. E se a esta tarefa juntarmos a ajuda que a Lúcia, o António, o David e até a Sara querem dar, dá para imaginar o trabalho...

 

 

 

 

Os mais velhos decidiram fazer um espantalho, para assustar a passarada que insiste em comer o pouco que consegue nascer:

 

Fico a pensar nas plantinhas que crescem em nossas casas e nas nossas escolas: os nossos filhos, os nossos alunos. Quantas chuvadas apanham! Como é difícil crescer nos dias de hoje! Ainda mal despontam da terra, e já os ventos do mundo lhes enchem os olhos e os ouvidos de maldade. Na televisão, nos jogos de computador, nos livros, na moda, em muitos programas de Educação Sexual nas escolas, enfim, na mundanidade que nos cerca, quantos vendavais atacam as suas raízes ainda frágeis! Precisamos de estar muito atentos, construindo cercas, escolhendo o adubo, arrancando as ervas daninhas.

Mas a boa notícia é que os bons ventos e as boas chuvas abundam também hoje em dia como nunca antes! A Água da Vida jorra em movimentos de Igreja, catequeses, grupos de jovens, sites e programas televisivos com conteúdo educativo e religioso.

Diz o Livro de Ben Sira:

 

"Vai ao encontro da sabedoria como quem lavra e semeia, e espera pacientemente os seus bons frutos; porque terás um pouco de fadiga em seu cultivo, mas em breve comerás dos seus produtos." (Sir 6, 19)

 

Como jardineiros caseiros, precisamos de arregaçar as mangas, atirar para longe a fadiga e debruçarmo-nos sobre cada uma das nossas pequenas plantas, protegendo-as do que as pode matar, oferecendo-lhes o que as fará viver. Não temos tempo a perder - a primavera passa depressa e em breve será tempo de colheita...

 

 

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publicado às 08:19

Tempo para plantar

por Teresa Power, em 28.03.14

Chegou a primavera. Continua a chover, continua a fazer frio, mas para lá das aparências de inverno, tudo está diferente: os campos transbordam de cor, a brisa espalha aromas pelo ar, o dia e a noite enchem-se de sons, os corações estão mais leves. 

Diz o Eclesiastes que há um tempo para tudo...

 

"Tempo para nascer e tempo para morrer

Tempo para plantar e tempo para colher

Tempo para matar e tempo para curar

Tempo para destruir e tempo para construir

Tempo para chorar e tempo para rir

Tempo para abraçar e tempo para separar

Tempo para guardar e tempo para deitar fora

Tempo para rasgar e tempo para costurar

Tempo para calar e tempo para falar..." (Ecl 3, 1-8)

 

Pois bem, agora é tempo para plantar!

 

Primeiro é preciso convencer as galinhas a regressar de vez ao galinheiro, que já não está inundado. Enquanto passearem pelo jardim como se tudo lhes pertencesse, não há horta que resista!

Depois é preciso trabalhar a terra. E isso faz-se com a enxada na mão e com força muscular! Há que suar, há que perder tempo, há que dar o litro para que a terra fique macia e pronta a acolher a semente...

 

 

- Que flores tão lindas estas, Niall!

- Flores? Então não sabes que são ervas daninhas?

- Ervas daninhas? Mas são tão bonitas! Não as arranques!

- Se as não arrancar, elas vão alastrar por toda a horta, e não terás uma única couve. O que é que tu queres afinal?

 

A Sara é a melhor ajudante do Niall, claro. Enquanto houver terra para cavar, ei-la disponível! A Lúcia prefere a bicicleta, e o António já se cansou de cavar. É divertido durante um bocadinho, mas depois dói nos braços...

 

O Francisco vai a Náturia (se alguém por acaso ainda não sabe onde fica Náturia, pode ler este post) buscar canas para plantar o tomate. Também ele tem de trabalhar, cortando e limpando as canas!

 

Finalmente, a terra está preparada. Agora sim, podemos começar a semear e a plantar! Ao longo de todo o inverno, o Niall e eu conversámos e tomámos decisões sobre a disposição e o conteúdo da nossa horta este ano. Está na hora de pôr em prática o que decidimos fazer.

Vejam como está bonito o primeiro carreirinho da nossa horta primaveril!

 

Quaresma. É a primavera da Igreja que regressa! No nosso Canto de Oração, multiplicam-se as flores. A cada novo dia, novos gestos de amor brotam no deserto...

Quaresma. Tempo para cavar, suar, trabalhar com coragem e determinação a "terra" do nosso coração. É preciso revolvê-la sem medo da "enxada", trabalhar com persistência sem medo que doa, até ela ficar macia. Diz o Senhor através do profeta Ezequiel:

 

"Eu extrairei do seu corpo o coração de pedra e lhes darei um coração de carne, de modo que andem segundo as minhas leis..." (Ez 11, 19-20)

 

As "ervas daninhas" são atraentes, fáceis, cómodas, mas perigosas. Com que rapidez e eficiência elas alastram na "horta" da nossa vida e da nossa família! Se as colhermos apenas superficialmente, em breve regressarão, e com mais força ainda. É preciso ir ao fundo, cavar a terra com as mãos e arrancar a raíz.

 

Finalmente, podemos plantar.

Quantas conversas em família sobre os frutos que desejamos para este ano! Quantos sonhos, quantas ambições! A quaresma chegou e a Páscoa está quase aí. É preciso pôr em prática tudo o que decidimos mudar, semear, fazer crescer cá em casa...

 

Diz S. Paulo:

"Não vos enganeis. O que uma pessoa semear, também há-de colher. Não nos cansemos de fazer o bem, pois no momento certo havemos de colher, se não desanimarmos." (Gl 6, 7.9)

 

 A primavera chegou também para nós. Mãos à obra!

 

 

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publicado às 08:42



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