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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
Férias! Não há nada de que eu mais goste do que ter estes dias inteiros em casa, vendo os meus filhos saltitar a meu lado, brincando e desarrumando, rindo e chorando, descobrindo mundos novos em Náturia, passeando de bicicleta...
...fazendo origamis, construindo puzzles, espalhando os legos pelo chão e migalhas de bolo pela casa inteira, e chegando ao ponto de usar um sapato diferente em cada pé porque não se conseguem lembrar onde puseram o par completo. Às vezes parece-me que talvez fosse boa ideia dar uma arrumação à casa, mas logo desisto. Quando eles regressarem à escola penso nisso!
Cuidado ao sair da cozinha para o jardim! Ainda fico presa nalgum desenho...
Realmente, procurar botas e sapatos na gaveta do calçado é um bocadinho perda de tempo:
- Mãe, vamos ver o mar? Por favor! Há tanto tempo que não vamos à praia!
Bem, a verdade é que na Semana Santa o tempo não esteve muito propício a praia. Deixo-vos algumas fotos sugestivas, e poupo-vos os detalhes relacionados com a excitação, a alegria e a confusão em nossa casa durante os vinte minutos em que durou a tempestade - e nas horas que se seguiram:
Durante as férias fomos ainda várias vezes ao parque:
Férias é também o tempo ideal para o encontro com os amigos, e nestas férias tivemos e fizemos várias visitas muito simpáticas, que nos encheram de alegria.
E férias é também tempo para o encontro com a família alargada, especialmente os tios e os primos, já que a avó é presença mais frequente em nossa casa. Ora vejam só se conseguem identificar os seis Power, no meio destes doze Castel-Branco:
Hoje, a mãe e os seis filhos regressam à escola (o pai não chegou a ter férias)... Olhamos para estes quinze dias - de sol e de granizo, de frio e de calor, de neve e de mar - como uma verdadeira bênção do Senhor, que nos permitiu fazer tantas coisas boas. Lembro-me do salmo:
"Terra, louva o Senhor!
Monstros do mar e todos os abismos,
fogo e granizo, neve e neblina
vento tempestuoso, que obedece à sua Palavra,
montanhas e todas as colinas,
árvores de fruto e todos os cedros,
feras e todos os rebanhos!
Louvai-O, jovens e donzelas, velhos e crianças!
Aleluia!" (Sl 148)
E olhamos para este novo período como outra verdadeira bênção do Senhor, naturalmente! A escola, os amigos, os livros, os exames... Quantas crianças e quantos jovens no mundo davam tudo para ter esta oportunidade?
Agora que eles estão todos na escola, volto a ter o meu tempo de oração diante do sacrário, e algum tempo para escrever. E todos nós, pais e filhos, voltamos a experimentar aquela alegria magnífica do reencontro diário, depois de um dia de escola, em que nos abraçamos e todos falamos ao mesmo tempo, desejosos de partilhar a vida. Outra bênção...
Os meus sobrinhos, através das suas caríssimas mamãs, ou seja as minhas irmãs, pediram-me uma prenda de Natal diferente: uma ou duas noites cá em casa! Assim, antes do Natal tive a agradável companhia da Isabelinha e do Pedrinho, que vivem em Coimbra. O mano mais novo ficou em casa, que eu cá só recebo meninos que dormem a noite inteira :)
Os dois dias que passaram connosco foram tão cheios de aventuras, que quando chegaram a casa, a minha irmã disse que estavam KO... Juntos fomos ao gelo - sim, porque Anadia não é uma cidadezinha qualquer, perdida algures entre a serra e o mar! Anadia, este Natal, teve uma pista de gelo, e era ver as filas de miúdos (e alunos meus) à espera! Claro que quando os Power com os seus primos e mais duas amiguinhas chegaram à pista, ocuparam quase o espaço todo...
Juntos, fomos ao parque, e fomos à Curia de bicicleta, carro, patins, trotinetas e skates:
Depois do Natal, foi a vez dos meus três sobrinhos catalães. Nove crianças em casa, sete delas com menos de oito anos, não é tarefa fácil! Mas se o barulho e a confusão foram muitos, as gargalhadas e a alegria foram ainda mais:
Reparem bem neste sofá: sim, dispostas organizadamente, estão as roupas de muitas crianças, para as vestir na manhã seguinte à medida que saltarem das camas! Graças a Deus, o Francisco e a Clarinha já são suficientemente crescidos para não precisarem que organize as suas roupas...
A mesa de que tanto nos orgulhávamos por ser tão grande, afinal é um bocadinho apertada:
Vejam agora como um quarto de três meninas se converte numa camarata:
Hoje, a casa está mais arrumada, mas também está mais vazia - tão arrumada e tão vazia quanto é possível com seis filhos, claro está...
A família alargada é uma oportunidade única de treinar o amor...
"Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos." (1Jo 3, 14)
PS - Apareçam em Fátima se quiserem, que ainda vão a tempo! Há muito espaço, pois alugámos uma sala maior... Venham rezar connosco!
Escrito pela Clarinha:
"Adorei as férias na Irlanda. Foi uma grande aventura! Para além das paisagens e do sítio acolhedor onde ficámos, adorei ver os primos e a família toda. É tão bom ter uma família grande! Há sempre tanto para fazer e contar!
Achei curiosa a maneira como as pessoas se tratam na rua, nas lojas, nos parques, etc. São todos muito simpáticos e delicados e tratam-se como se se conhecessem, com um sorriso. É giro.
Em alguns dias juntávamos a família toda em casa dos meus avós, e como não é uma casa muito grande, era um reboliço. Nas escadas, a Sara não parava de subir e descer (para desespero da minha mãe), os mais velhos na sala conversavam e riam. Eu, o Francisco e os da nossa idade brincávamos e os pequeninos, contentes, faziam jogos todos juntos. Só havia um momento muito curtinho em que todos se calavam: era quando o relógio do cuco dava as horas, e um cuco minúsculo saía da sua casinha para cantar, enquanto dois lindos bailarinos também minúsculos dançavam. Todos tinhamos de nos calar porque os pequeninos queriam ouvir! O tempo passava muito depressa na casa dos avós, porque pareceu-me que estava sempre na hora do cuco cantar.
Tenho duas primas da minha idade com quem me dou muito bem. Há muito tempo que só falava com elas por e-mail, mas agora quando nos vimos não queríamos separar-nos de novo. Fizemos muitos jogos, cantámos e até fizemos ginástica!
Todos os bairros têm grandes relvados onde as crianças da vizinhança brincam, quer chova quer faça sol. Aí é possível fazer tanta coisa! Adorei fazer ginástica nesses relvados! Deixo-vos um pequeno vídeo da minha experiência com a ginástica em Kennedy Park, um imenso parque botânico perto da casa dos meus avós. Espero que gostem!"