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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
Quando regressámos do Gerês, demos início aos trabalhos de manutenção da nossa casa, que já estavam projetados desde o verão passado. Uma casa onde vivem oito pessoas, algumas bastante turbulentas, tem sempre muito onde nos entretermos!
Primeiro foram os longos dias de pintura da nossa casa. Se até este mês achavam que ela era cor-de-rosa, o que dirão a partir de agora? Ah, parece nova!
No início, todos quiseram ajudar:
Depois, o pai pediu-me encarecidamente que continuasse a levar a família à praia e o deixasse trabalhar... E assim foi: partíamos de manhã, e pela hora de almoço já estava mais uma parede inteira pronta! Durante a tarde, com um pouco de sorte, o Niall tinha a ajuda do Francisco e da Clarinha:
Graças ao Francisco, temos agora a chaminé mais cor-de-rosa de Mogofores e arredores :)
Entretanto, também no interior da nossa casa se trabalhou arduamente. Ninguém ultrapassou a Sara em vontade de trabalhar!
O David teve direito a duas estantes novas, que o Francisco montou:
Digam lá se não está bonito o seu "espaço privativo" dentro de um quarto para três?
Uma das maiores bênçãos de sermos família é podermos trabalhar em conjunto na edificação da nossa vida comum. Bem mais importante do que ter uma casa pintada ou uma sala aspirada é podermos fazê-lo juntos, ajudando-nos uns aos outros. É importante que as crianças aprendam desde muito cedo que a casa é de todos, e que todos precisam de trabalhar para a manter de pé. É importante que os mais velhos descubram a alegria de ajudar os mais novos, prestando-lhes pequenos serviços, e que os mais novos aprendam imitando os mais velhos. Nada nos aproxima mais do que a partilha das dificuldades e das tarefas quotidianas!
A Casa de Deus não é muito diferente... Também a Igreja precisa de ser edificada por todos, partilhando tarefas e dificuldades, aprendendo uns com os outros, servindo-nos uns aos outros. Escreveu S. Paulo:
"Já não sois estrangeiros nem imigrantes, mas sois concidadãos dos santos e membros da casa de Deus, edificados sobre o alicerce dos Apóstolos e dos Profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus. É nele que toda a construção, bem ajustada, cresce para formar um templo santo, no Senhor. É nele que também vós sois integrados na construção, para formardes uma habitação de Deus, pelo Espírito." (Ef 2, 19-22)
Ainda não nos sentimos parte da família? Um novo ano pastoral está à porta... Arregacemos as mangas e ofereçamo-nos para o trabalho na paróquia e nos diferentes apostolados que nos cativam. Integremo-nos na construção do templo santo do Senhor, sem medo de "estragar a pintura", porque ninguém é demasiado novo ou demasiado velho para a tarefa. E experimentaremos a alegria imensa que é sermos família de Deus...
A Sara é quem mais gosta de ajudar cá em casa. Quando repara que estamos ocupados com algum serviço interessante, como descascar legumes para fazer sopa, dobrar meias ou estender roupa, logo se decide ajudar. Como devem imaginar, as coisas tornam-se muito mais rápidas e eficientes quando a Sara nos ajuda... ou não!
Imaginem tentar descascar legumes para uma sopa com a Sara ao lado, os deditos sempre a querer tocar nos legumes que estou a cortar, a faca a evitar não cortar senão legumes... Ou então, pendurar roupa no estendal, esperando pacientemente, para cada peça, que a Sara decida que mola me vai oferecer... Ou tentar fazer uma cama, puxando os lençóis de um lado e vendo a Sara a puxar do outro, voltando ao outro lado para refazer o trabalho e ver a Sara a desfazer do outro. Enfim, ossos de ofício!
Ás vezes, falta-me a paciência, e para não gritar com a Sara, que não tem culpa nenhuma do meu mau feitio, tranco-me na cozinha a fazer a sopa, ou escondo-me muito bem escondida no jardim a pendurar a roupa, enquanto peço aos mais velhos que vigiem a Sara o tempo suficiente para eu acabar a minha tarefa. Então faço tudo rapida e eficazmente, como gosto, e o trabalho fica realmente bem feito.
Ontem, enquanto a Sara me ajudava a descascar batatas, dei comigo a pensar na paciência de Deus. Desde o início da humanidade, Deus decidiu fazer tudo com a nossa ajuda! Em vez de se "trancar" e fazer o trabalho de limpeza e arrumação deste planeta com rapidez e eficiência, Deus decidiu convidar-nos, um a um, para o ajudarmos, e nada faz sem a nossa ajuda. Que paciência infinita!
Quantas vezes escuto comentários como este: "Porque não pára o Senhor de vez com as guerras? Porque não mata a fome a tantos inocentes?" A resposta está aqui: Deus quer precisar de nós para parar as guerras, matar a fome, fazer a paz, curar as feridas, abrir as prisões, levar o amor a todas as periferias da vida. Sim, Ele podia fazer tudo sozinho - mas não o fará. Como Pai, e Pai muito mais amante e paciente do que eu, Deus nada faz sem nós.
Sim, às vezes atrapalhamos a obra de Deus, sobretudo com o nosso orgulho e a nossa teimosia; mas outras vezes, fazemos Deus sorrir, feliz, diante dos nossos esforços sinceros, ainda que pouco eficazes. Então, diante da nossa boa vontade, Deus capacita-nos, dando-nos de graça os dons de que precisamos para a realizar a sua obra. Diz Isaías, e podemos todos dizer:
"O Espírito do Senhor está sobre mim, porque o Senhor me ungiu; enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres, curar os desesperados, levar a libertação aos prisioneiros..." (Is 61, 1)
Todos os dias, diante da obra da minha família a crescer, diante da obra das Famílias de Caná a crescer, diante do meu trabalho como professora e catequista, eu peço ao Senhor: "Senhor, Tu que caíste na asneira de quereres precisar de mim, não deixes, por favor, que eu atrapalhe a tua obra!" E para não correr o risco de só fazer disparates, como uma certa pessoazinha que eu cá sei, repito muitas e muitas vezes esta invocação: "Nós, Jesus"...
Uma casa dá muito trabalho! Regressar de férias é também isto:
Lavar os cães, lavar o pátio, lavar a roupa, lavar os peluches. Enquanto o sol seca o pátio e a roupa num instante, os cães se rebolam na relva para se sujarem de novo, e a máquina da roupa gira sem parar, o coração transborda de alegria e de gratidão...
Vamos aproveitar também para lavar a alma. Preciso, para isso, de marcar com o senhor padre uma hora para nos atender a todos (ou quase) em confissão! Assim as limpezas ficarão completas, pelo menos durante alguns dias...
"Senhor, lava-me todo inteiro da minha culpa
E purifica-me do meu pecado!
Purifica-me com o hissope e ficarei limpo!
Lava-me, e ficarei mais branco do que a neve!
Faz-me ouvir júbilo e alegria..." (Sl 51/50)
Ontem, no meio da azáfama das arrumações, antes de irmos de férias, a máquina de lavar a roupa avariou. Sim, eu sei que a carrego sempre demasiado, mas numa família numerosa, não tenho muita escolha... Acontece que o António tinha molhado a cama durante a noite (muito raro!) e a máquina estava particularmente cheia, com resguardos e lençóis. Como o programa não centrifugou, o resultado foi este:
Posso ser uma "grande mulher" em muitas coisas, mas na força muscular não sou de certeza. E torcer a roupa de cama toda à mão, não me convidem! O Niall e o Francisco são bastante mais capazes do que eu, e até se divertiram durante a tarefa improvisada. E eu fiquei a pensar no trabalho que era exigido à mulher antes das máquinas de lavar a roupa e a louça, dos micro-ondas, dos aspiradores, dos congeladores, do Continente, dos ultracongelados, dos Douradinhos...
Ouço com bastante frequência as famílias comentarem, com tristeza, que não têm tempo para rezar, porque a vida de hoje é muito complicada... Será que houve algum tempo em que a vida não fosse complicada? Quando o homem caçava mamutes e a mulher defendia as crias humanas das feras dos campos, seria mais simples ter tempo para rezar? Se, na verdade, rezar fosse uma questão de tempo, então as férias seriam o tempo ideal para as igrejas se encherem...
Rezar nunca foi uma questão de tempo. Rezar é uma decisão. Enquanto eu não estiver plenamente convencida da necessidade vital da oração, encontrarei sempre algo mais importante para fazer! Mas quando entender que nada é mais necessário no meu dia do que este encontro pessoal com o Senhor, então a oração ganhará prioridade sobre tudo o resto, e eu encontrarei tempo, mesmo que tenha de o "roubar" à televisão, ao sono, às tarefas domésticas, ao computador, ao trabalho ou ao descanso, e mesmo que tenha de torcer a roupa toda à mão!
"Escuta, Israel: o Senhor nosso Deus é o único Senhor! Amarás o Senhor com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças. E amarás o próximo como a ti mesmo. Faz isto e serás feliz!" (Lc 10, 27-28)
Quantas coisas, na vida, se aprendem a brincar! Por exemplo, as tarefas domésticas. Claro que não serão a primeira escolha em termos de hobbies, mas podemos torná-las atraentes, para que as crianças ganhem gosto na sua realização. Quando adquirirem o hábito, então tornar-se-ão parte da sua rotina e já não será necessária tanta brincadeira.
Quando peço ao Francisco para aspirar a casa, ele gosta de encher um balão e de o pôr a dançar no ar, impulsionado pelo ar quente que sai do aspirador. Aspirar torna-se assim uma brincadeira divertida, e os mais pequenos perseguem o aspirador aos saltos e gritinhos, tentando agarrar o balão:
Os mais pequenos realizam algumas tarefas necessárias, simples e medianamente divertidas. Por exemplo, afiar os infindáveis lápis de cor:
E como se ensina uma menina a trabalhar com madeira? Bem, a Clarinha lembrou-se de contruir uma casa para os passarinhos virem comer no inverno. Tirou a ideia de uma história do Ruca, quando a lia aos irmãos mais novos! Assim, foi buscar a caixa das ferramentas e as tintas, e com a ajuda da prima, serrou, pintou, martelou e colou:
Digam lá se não ficou bonita?
Agora esperemos que os passarinhos gostem tanto desta casinha como nós!
Entretanto, todos quiseram fazer também uma casinha para os pássaros, e o Niall não teve outro remédio senão passar o sábado a trabalhar na sua "carpintaria" improvisada na garagem. E a verdade é que, a brincar, até já o António sabe martelar!
E a Sara? Será capaz de trabalhar? Acho que sim... Ela já sabe fazer algumas coisas. Por exemplo, a Sara é a primeira a levar os gatinhos para o jardim quando vê que quero cozinhar, pois aprendeu que não gosto de tropeçar em quatro gatos enquanto me movimento pela cozinha. Não acreditam? Ora espreitem estes quinze segundos de vídeo:
A brincar também se aprende, pois então! E se falarmos de oração? Podemos aprender a rezar, brincando? Porque não? Jesus diz-nos para usarmos a nossa inteligência ao serviço do Reino, como os homens mundanos usam a sua inteligência ao serviço das trevas:
"Os filhos deste mundo são mais espertos que os filhos da luz no trato com os seus semelhantes." (Lc 16, 8)
Às vezes, a Rute faz terços com pipocas, para a sua filha de quatro anos não se cansar de rezar... Às vezes, transformamos as histórias em peças de teatro, os salmos em canções... Às vezes, desenhamos as passagens da Bíblia...
Façamos do tempo de oração, do tempo de evangelização familiar, do tempo da história bíblica, um tempo de festa em família! Que as nossas crianças associem a vida da fé à alegria e à paz familiar! Cantar, dançar, abraçar, pegar ao colo, bater palmas, são tudo formas fantásticas de mostrar aos pequeninos que não há maior felicidade do que ser filho de Deus. À medida que forem crescendo, e tal como em relação às tarefas domésticas, irão precisar cada vez menos destes apoios, e descobrirão a beleza do silêncio e do deserto. Mas não tenhamos pressa...
Todos os verões, e com excepção dos curtos quinze dias de férias do Niall, faço praia sozinha com as crianças. Saímos de manhã cedo, percorremos trinta quilómetros de carro, e regressamos pela hora do almoço. Nalguns anos, estava grávida de fim de tempo, e portanto arrastava-me pelo areal com uma barriga bem redonda; noutros, levava no "pano" o bebé da barriga do ano anterior, pelo que continuava a arrastar-me pelo areal com uma "barriga" bem redonda. Assim, os outros meus filhos têm de colaborar, transportando as mochilas com as toalhas, o lanche, os brinquedos, o guarda-sol, as pranchas e, se necessário, levando um irmão às cavalitas. Eles nunca se queixaram, mas concordo que a "procissão" a atravessar o areal é sempre bastante caricata, sobretudo no regresso, quando os mais pequenos já fazem birra de sono e se recusam a caminhar. Foi certamente depois de um desses dias, no ano passado, que a minha mãe, bem longe da praia, escutou o seguinte comentário:
- Coitados dos seus netos! Contaram-me que todos os dias têm de atravessar o areal da Costa Nova bem carregados... E ainda têm de tomar conta dos irmãos! Coitados!
Quando soube disto, dei uma boa gargalhada: coitados? Porque têm uma mãe que, com ou sem "barriga", quase todos os dias de férias os leva até à praia? Coitados porque, durante os dez minutos que leva a "montar o acampamento" e outros dez a "levantar o acampamento" e os cinco minutos que demora a percorrer o areal, precisam de ajudar? O Francisco e a Clarinha acharam imensa graça a este comentário e aproveitam-se bastante dele, na brincadeira, quando lhes peço para fazer alguma coisa:
- Coitados de nós, mãe!
O psicólogo italiano Andrea Fiorenza disse um dia numa entrevista (tenho um recorte de jornal com a entrevista mas não tenho a referência donde a tirei, peço desculpa):
"Atravessar dificuldades estimula a criança e ajuda-a a crescer. Oxalá o teu filho tenha alguma dificuldade em cada dia para enfrentar! E se a não tem, oferece-lhe tu uma diariamente."
Celebrámos no domingo a festa de S. Pedro e de S. Paulo, as duas colunas da Igreja. E que colunas! S. Paulo, o grande aventureiro de Deus, percorreu trinta mil quilómetros a pé, de cavalo, de carroça, de barco; foi assaltado, preso, chicoteado, perseguido. Tantas dificuldades! Leiam o capítulo 11 da segunda carta aos Coríntios, 23-28. Escreveu ele:
"De mil maneiras somos atribulados, mas não esmagados; confundidos, mas não desesperados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não derrotados. Trazemos sempre no nosso corpo a morte de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifesta no nosso corpo."(2Cor 4, 8-10)
Para um cristão, educar é formar santos. E os santos, meus senhores, precisam de uma forte coluna vertebral...
Chegaram as férias grandes. Com elas, longos dias em Nada, longas manhãs na praia, muito tempo livre. Com elas, o tempo de família por excelência. E com elas também, terminam os TPC e aumentam os TEC - Trabalhos em Casa - sem desculpas de que "amanhã tenho teste"...
São várias as tarefas que precisamos de repartir entre todos. Uma delas é, sem dúvida, tomar conta da Sara, que como sabem, gosta do perigo e da aventura. Eu sei que tomar conta da Sara é a minha tarefa, mas cá em casa adoptámos uma estratégia que todos aceitam sem protestar: quando a mãe está necessitada de uma hora de descanso, o Francisco toma conta da Sara durante meia hora e a Clarinha durante outra meia. Tomar conta não implica deixar de fazer tudo o resto que lhes apetece fazer, significa apenas estar atentos para que a Sara não se atire do muro abaixo ou não coma a comida dos cães. Enfim, pode-se tomar conta da Sara enquanto se joga à bola, se pratica ginástica ou se resolve o cubo mágico, mas não se pode enquanto se escreve um post no escritório ou se faz o jantar na cozinha! O Francisco e a Clarinha costumam levar as suas meias horas muito a sério, contando pelo relógio, e quando termina o tempo vão imediatamente chamar-me, que uma hora de "descanso" deve ser mais do que suficiente para mim. E é!
Passar a ferro é outra actividade que os mais velhos partilham às meias horas. No outro dia, o Francisco veio ter comigo, depois da sua meia hora bem marcada no seu relógio:
- Quinze t-shirts, mãe. Acreditas que acabo de passar quinze t-shirts? As da Sara são mínimas, as do António também, mas ainda assim...
Não vos posso mostrar uma fotografia actual do Francisco a passar a ferro, porque ele não me autoriza, dizendo que este blogue, como o nome indica, é também dele. Mas posso-vos mostrar a foto da sua primeira experiência com o ferro, há três anos atrás:
E agora a Clarinha, na semana passada:
Quando é preciso algum trabalho que exija força muscular ou capacidade de perceber um manual de instruções, chamamos o Francisco. Esta semana, porque as férias estão aí e os piqueniques também, foi preciso colocar o tejadilho:
Aos dez anos, o Francisco aprendeu a usar o berbequim:
Agora é completamente autónomo em todo o tipo de trabalhos manuais em casa! A Clarinha também aprendeu, mas como o Francisco se oferece sempre para estas coisas, ela cede-lhe a vez... A Clarinha prefere costurar:
Que dizem da linda bolsa que ela fez para o meu terço?
Este ano, o grande desafio para os dois mais velhos será aprender a cozinhar a sério, e não apenas a fazer arroz, a cozer massa e a estrelar ovos. No fim do verão conto-vos como foi!
Manter limpas as casotas das galinhas, dos cães e dos gatos e alimentar todos estes animais é outra das tarefas dos mais velhos. No início era bastante divertida, agora é geralmente precedida de um suspiro.
O Niall e o Francisco partilham o mesmo sentido de humor. Outro dia encontrei um bilhetinho do Niall com instruções claras para o Francisco cumprir durante o dia. Colocou-o no espelho da casa-de-banho para o Francisco o ler ao levantar-se, pois o Niall saira de madrugada. À noite encontrei o mesmo bilhetinho na mesinha de cabeceira do Niall, depois de o Francisco o ter "enfeitado" com marcador preto:
Também os pequeninos precisam de aprender a trabalhar! Aspirar e limpar o carro é um trabalho em que eles são verdadeiros perfeccionistas:
A horta, claro, é outra grande tarefa!
O David já dobra as meias, procurando os pares no alguidar e colocando em diferentes montinhos as meias dos oito membros da família. Quando tenho tempo, peço ajuda à Sara para levar cada montinho para a respectiva gaveta. Ela adora levar as meias par a par para os quartos, abrir as gavetas de rompante e enfiar as meias nelas, empurrando-as e amassando-as bem para que não escapem! É uma tarefa que leva o seu tempo, mas tem a vantagem de manter a Sara longe de perigos durante uns belos quinze minutos...
Tantas tarefas domésticas que é preciso fazer numa casa! Quanto mais cedo as crianças aprenderem a realizá-las, mais naturais elas se lhes tornam. Um dia, quando tiverem a sua família, não ficarão à espera que seja o marido ou a mulher a tomar a iniciativa de cuidar da casa ou dos filhos! Tenho para mim que muitos conflitos conjugais seriam evitados se ambos, marido e mulher, estivessem dispostos a trabalhar em casa e o fizessem com alegria e boa vontade.
Educar para a santidade é sobretudo educar para servir. Quanto mais santos formos, mais servidores nos faremos dos nossos irmãos. Quanto mais importante for o nosso papel, maior deverá ser o nosso serviço. Foi Jesus quem o disse:
"Quem quiser ser grande entre vós, faça-se vosso servo. Pois também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por todos." (Mc 10, 43-45)
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