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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
Este início de ano letivo tem sido absolutamente galopante para mim. Na escola, tenho sete turmas novas, o que implica um enorme esforço de conhecimento dos alunos, das suas dificuldades e dos seus talentos; de todos os lados têm vindo solicitações para testemunharmos a alegria das Famílias de Caná; continuo com um grupo de catequese e o coro da missa paroquial; há também a lida da casa, o cuidado de seis filhos e, claro, a escrita deste blogue e o e-mail. Como fazer?
A tentação é correr de um lado para o outro, arriscando multas por excesso de velocidade (120 euros já lá foram...) e descurando a atenção carinhosa que os outros merecem. Como é fácil, no fim do dia, sentirmo-nos exaustos, mas cheios de vaidade, ao fazermos mentalmente a lista de tudo o que realizámos! Ena, que importantes somos!
Mas depois, no Canto de Oração, rezando em família as leituras da missa do dia, surgem leituras como esta:
"Continuando o seu caminho, Jesus entrou numa aldeia; e uma mulher, de nome Marta, recebeu-O em sua casa. Tinha ela uma irmã, chamada Maria, a qual, sentada aos pés do Senhor, escutava a sua Palavra. Marta, porém, andava atarefada com muitos serviços; e, aproximando-se disse: «Senhor, não Te preocupa que a minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe, pois, que me venha ajudar.» O Senhor respondeu-lhe: «Marta, Marta, andas inquieta e perturbada com muitas coisas; mas uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada.»" (Lc 10, 38-42)
Afinal, o meu sucesso não se mede pela quantidade de coisas que consigo enfiar em 24 horas... O meu sucesso, nem sequer eu o posso medir. Ele pertence apenas e totalmente ao Senhor do tempo. Quando chegarmos ao céu teremos tantas surpresas!
Como Marta, facilmente me deixo angustiar e ocupar por muita coisa... Se não me apressar a imitar Maria, sentando-me aos pés do Senhor para simplesmente O amar, de nada me vale tanta correria.
Hoje mesmo, como já fiz também ontem, e como pretendo fazer amanhã, irei encontrar no meu horário quinze minutos livres. Talvez tenha de os roubar ao cesto de roupa para passar a ferro, à leitura apressada de um blogue, ao meu direito ao descanso, à minha hora de almoço. Talvez nem sequer tenha quinze minutos livres no meu dia, e portanto, talvez não tenha sequer onde os ir roubar - mas vou pedi-los ao Senhor, e Ele, como Senhor do tempo, não mos negará!
Então, nesses quinze minutos, entrarei na igreja mais próxima da minha casa, da minha escola ou do colégio dos meninos. A luzinha vermelha diante do sacrário será para mim sinal de uma outra Presença, de um outro Amor, de um outro Olhar. Ajoelhar-me-ei o mais perto possível, e suspirando profundamente, descansarei no Senhor.
Outrora, na Galileia, as pessoas percorriam quilómetros a pé, algumas a rastejar, outras feridas e doentes, apenas para tocar na orla do manto de Jesus ou, pelo menos, pisar o chão que a sua sombra cobria... Hoje Ele está aqui tão perto, escondido em cada igreja paroquial. Que me impede de correr ao seu encontro?
Quinze minutos. E de repente, as minhas aulas, os meus encontros, a lida da casa, o cuidado dos filhos, a escrita deste blogue, o meu descanso e o meu cansaço, tudo estará ganho, porque tudo terá sido devolvido a Quem tudo me confiou. E depois de assim O encontrar, a minha mão na mão do Senhor da Galileia, "Nós, Jesus" sempre juntos, irei fazer uma coisa de cada vez, porque "uma só é necessária" agora.
Ah, Senhor, que eu saiba "escolher a melhor parte", como Maria, como tantos santos ao longo da História, como Santa Teresa de Jesus, a grande carmelita que hoje a Igreja celebra! Ámen.
Na quarta-feira fomos passar a tarde ao pequeno refúgio da serra do Caramulo, onde gostamos de fazer piqueniques e de nadar. Pela primeira vez desde que conhecemos este lugar paradisíaco, há três anos, partilhámos o "nosso" lago com desconhecidos: duas crianças, talvez da idade do David, brincavam alegremente na água. A sua conversa em francês permitiu-nos concluir que se tratavam de filhos de emigrantes, de férias na sua aldeia natal.
Surpreendidos com estes companheiros inesperados de brincadeira, o David, a Lúcia e o António tentaram uma aproximação. As crianças eram simpáticas e bem dispostas, mas estavam a fazer algo que horrorizou os nossos filhos: pegavam em pequenas rãs e apertavam-nas entre os dedos.
- Deixa-a em paz! - Gritava o David, muito aflito. - Não vês que vais matar a rã?
- Mas ela é venenosa! - Respondia o rapazinho, num português trapalhão. - Sabes que as rãs são venenosas?
Os nossos filhos abriam os olhos de espanto:
- Venenosas? As rãs?
- Sim! Elas têm uns furinhos na cabeça por onde ejetam um veneno que te pode cegar para sempre! Para sempre! São muito, muito más!
E com um gesto propositado, o rapazinho estendia o punho cerrado com a rã lá dentro diante do narizito da Sara, tentando assustá-la. A Sara, claro, ficava impávida e serena.
Observando a interação entre as crianças, passaram-me muitas perguntas pela mente.
Como terão aquelas crianças chegado à conclusão de que as rãs são animais perigosos e merecedores da morte? E da mesma forma - como terão os meus filhos descoberto a beleza das rãs, a sua fragilidade e a sua riqueza? (Bem, esta é fácil...)
De que forma olhamos nós para o mundo que nos rodeia, em particular os nossos vizinhos, as nossas escolas, os nossos locais de trabalho? Vemos veneno em toda a parte, ou procuramos encontrar em tudo a beleza escondida de Deus? Há tantas "teorias da conspiração" a sugar-nos a alegria de viver!
Deverei eu afastar os meus filhos dos locais onde convivem meninos "maldosos"? Serão eles más companhias? De novo, prefiro a perspetiva oposta: os meus filhos é que são boas companhias para essas crianças... Serão as escolas locais seguros? A esmagadora maioria dos professores são pessoas bem intencionadas, procurando educar as crianças nos valores humanos universais.
Quem poderá destruir os nossos filhos e roubar-lhes a inocência? Bem, muita gente, mas apenas - e esta é a grande questão - se nós, pais, deixarmos brechas abertas por onde os ladrões assaltem. Pais que abandonam os seus filhos em frente do televisor ou do computador, ou por horas sem fim no ATL ou na escola; pais que não têm tempo para escutar e observar, conversar e ensinar, são pais que deixam assaltar o seu castelo.
Há um caminho seguro para educarmos uma criança. Tem sido percorrido pelos crentes desde o tempo de Moisés:
"Estes mandamentos que hoje te imponho estarão no teu coração. Repeti-los-ás aos teus filhos e refletirás sobre eles, tanto sentado em tua casa, como ao caminhar, ao deitar ou ao levantar. Escrevê-los-ás sobre as ombreiras da tua casa e nas tuas portas." (Dt 6, 6-9)
Na sua catequese nesta mesma quarta-feira, 26 de agosto, o Papa atualizou esta Palavra:
"Na vida da família, além das horas de trabalho e dos momentos de festa, há também o tempo da oração. Sabemos como o tempo é sempre pouco; nunca chega para tudo. É frequente ouvir este lamento: «Devia rezar mais…, mas não tenho tempo». Quem tem uma família, aprende a resolver uma equação que nem os grandes matemáticos conseguem: dentro das vinte e quatro horas do dia, fazem entrar o dobro. Há pais e mães que merecem o Prémio Nobel por isso! O segredo está no afecto que provam pelos seus.
É belo ver as mães ensinando aos filhos pequeninos a mandar um beijo a Jesus ou à sua Mãe bendita. Está aqui o espírito da oração, que nos leva a arranjar tempo para Deus, fazendo-nos sair da obsessão duma vida onde sempre falta tempo, para encontrar a paz das coisas necessárias. E a coisa verdadeiramente essencial, a «parte melhor» do tempo é aquela em que se escuta o Senhor, como fez Maria de Betânia. O Evangelho, lido e meditado em família, é como um pãozinho bom que nutre o coração de todos."
Sejamos então capazes de resolver a grande equação que nos propõe o Papa e, nas vinte e quatro horas de cada dia, dar à catequese e oração familiares o primeiro lugar! A Palavra de Deus, escutada, meditada, partilhada compensará qualquer outra influência que os nossos filhos possam ter recebido durante o seu dia e moldará os seus corações e as suas vidas. Olhemos para Santa Mónica e Santo Agostinho, que a Igreja celebra nos dias 27 e 28 de agosto: a oração da mãe obteve do céu a santidade do filho...
Há já alguns anos que temos uma tradição de férias muito divertida: durante a semana que passamos fora de casa, todas as noites jogamos às cartas com os mais velhos, enquanto bebemos chávenas de chá e comemos bolachas. A casa enche-se então de gargalhadas e de muita animação, porque o único jogo de cartas que gostamos de jogar é extremamente divertido.
Este ano, o Niall recordou-se de um jogo que a mãe costumava jogar com os filhos mais pequenos. É um jogo muito simples, tão simples que qualquer criança o pode jogar, com um bocadinho de ajuda. Chama-se "House": distribuem-se quatro cartas a cada jogador. Depois, uma outra pessoa - no nosso caso, a mãe - pega no restante baralho e vai colocando cartas na mesa, chamando-as em voz alta: "Dama", "Sete", "As", etc. Os jogadores que têm uma carta igual, apressam-se a virá-la ao contrário, até conseguirem virar as quatro. Então é hora de gritar bem alto: "House!"
Para facilitar, o Francisco fez par com o António e a Clarinha com a Sara, pois o António e a Sara não têm obrigação de distinguir todos os números. E lá começámos o nosso jogo familiar.
Não tenho como vos descrever a excitação, a alegria, os gritos e as gargalhadas que este simples jogo causou. A Sara percebeu perfeitamente como se jogava, e a sua carita ao virar a última carta, gritando muito alto "Hooose!" era digna de um vídeo, que infelizmente não conseguimos fazer. Ficam as fotos:
Quinze minutos de pura alegria! Em quinze minutos, quantas gargalhadas! Em quinze minutos, quanta cumplicidade ganha, quanta amizade alimentada, quanta harmonia vivida!
Concluíamos o nosso jogo sempre da mesma maneira: ali mesmo, à volta daquela mesa, enquanto as estrelas nasciam lá fora, alguém trazia a guitarra e o missal, e rezávamos. Os cânticos a várias vozes, as aventuras de Moisés pelo deserto, que há duas semanas nos acompanham, a consagração à Mãe de Caná e a partilha da ação de graças e do louvor (o terço era rezado pela manhã a caminho da barragem)... Mais quinze minutos de pura alegria!
S. Paulo, o Apóstolo da Alegria, escreveu aos cristãos de Corinto, falando da sua missão:
"Queremos contribuir para a vossa alegria!" (2Cor 1, 24)
Talvez seja essa a grande missão de cada pai e cada mãe: contribuir para a verdadeira alegria que só Deus pode dar aos nossos filhos. Missão difícil? Nem por isso! Bastam quinze minutos de cada vez...
- Meninos, estudem o texto para a próxima aula e pensem nas apresentações orais.
- Mas, professora, na próxima aula são revisões!
- Revisões de quê?
- Revisões para o teste.
- Teste? Já vamos ter teste?
- Sim, a professora marcou para dia 4...
Engoli em seco, abri o calendário escolar e confirmei: sim, vão ter teste para a semana - eles e as restantes seis turmas que leciono. O que significa que tenho de o fazer, e depois tenho de o corrigir. Numa fração de segundo, passaram-me pelo pensamento todas as coisas que têm de ser feitas nos próximos dias, para além daquilo que constitui a minha função principal, ou seja, todo o trabalho familiar. Quando, alguns instantes depois, a campaínha tocou e os meus alunos saíram da sala, fui invadida por uma sensação de pânico. Como irei eu ser capaz? Desci as escadas e dirigi-me ao carro.
- Boa tarde - Murmurei apressadamente para as senhoras do bar da escola, ao passar por elas a correr.
- Boa tarde, professora! - Responderam, sorridentes. E uma delas acrescentou: - Estávamos mesmo aqui a comentar que nunca vimos uma professora a correr tanto! Parece um passarinho aos saltinhos, o dia inteiro!
Dei-lhes o meu melhor sorriso e continuei a correr. Sentei-me ao volante, e o meu pensamento voava. Tinha cerca de vinte minutos disponíveis entre uma escola e outra - quase todos os dias dou aulas em três escolas diferentes - vinte minutos que costumo aproveitar para estender uma máquina de roupa ou adiantar o jantar. Mas desta vez, o caso era urgente, e eu precisava de uma solução. A meio caminho, decidi portanto ir ter com a única pessoa capaz de resolver o meu problema: virei para a esquerda e segui pela estrada de campo, até chegar a uma pequena capela, sempre aberta, onde Jesus espera por mim diariamente no sacrário. Estacionei e entrei.
Tudo estava silencioso, e junto do sacrário brilhava tranquilamente uma luzinha vermelha. Ajoelhei-me e contei a Jesus a minha história, desabafando com Ele o meu pânico. É sempre melhor desabafar com Jesus do que cansar os outros com os nossos problemas!
Enquanto falava, contemplava o enorme crucifixo que se elevava sobre o sacrário. Pareceu-me então escutar um diálogo que a Madre Teresa de Calcutá costumava ter com as suas irmãs. Quando as via agitadas, nervosas, tristes ou cansadas, fazia-lhes uma pergunta:
- Irmã, o que é que Jesus disse: para seguirmos à frente da Cruz ou atrás?
- Atrás, Madre - Respondia a Irmã, já com um sorriso.
- Então levante esse ânimo e caminhe atrás da Cruz de Nosso Senhor!
Caminhar atrás da Cruz é realmente bastante mais simples do que ter de abrir o caminho sozinhos. Quem vai atrás não precisa de se preocupar com as direções, pois tudo é decidido por quem vai à frente. O maior esforço de quem segue atrás é não perder de vista o que abre caminho, mantendo fixo nele o seu olhar. Se eu mantiver o meu olhar fixo em Jesus, se eu estiver disposta a colocar os meus pés nas suas pegadas marcadas a sangue no chão, nada me poderá perturbar ou roubar a paz...
"Vinde a Mim, vós todos que andais cansados, que Eu vos aliviarei!
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de Coração
e achareis alívio para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve." (Mt 11, 28-30)
Quando saí da capela, sorri sozinha ao recordar o comentário das senhoras do bar. Agora sim, parecia um passarinho aos saltinhos, de tão leve estava...
- David, vem rezar o terço!
- Agora? Mas estou a jogar o "quatro em linha"!
- Sim, agora. Logo a Clarinha tem ginástica, e já que estamos de férias, aproveitamos para rezar todos juntos com calma.
Suspiros.
- Tem mesmo de ser? Não podemos rezar no coração? Eu vou rezando ao longo do dia! Estou sempre a falar com Jesus. Não preciso de ir rezar o terço agora!
- Lembras-te quando ontem quiseste jogar o "quatro em linha" comigo?
- Sim...?
- Eu também estou sempre junto de ti, David, não é verdade? Estou cá por casa, a cozinhar, a arrumar, a lavar, a passar a ferro, e vamos conversando. Mas às vezes tu pedes-me para parar com tudo e brincar contigo. É ou não é assim?
- É.
- Ontem, por exemplo, parei tudo para vos contar uma história. E tu ficaste muito contente!
- Pois fiquei.
- Acho que ficavas um bocadinho triste se a mãe nunca parasse tudo para brincar contigo...
- Pois ficava. É que eu gosto de brincar contigo! Gosto muito quando contas histórias. E também gosto porque ganho quase sempre a jogar o "quatro em linha".
- Bem, David, com Deus é a mesma coisa. É muito bom passarmos o dia junto de Deus, falando com Ele no meio dos nossos afazeres, como tu falas comigo. Mas Deus e nós precisamos de um tempo diário juntos, em que não fazemos mais nada senão isso mesmo: estarmos juntos. É isso que acontece quando rezamos, no Canto de Oração, em família!
Silêncio...
- Acho que percebi. Vamos lá rezar o terço!
- Vamos lá então.
"Tu que habitas nos jardins
com companheiros a escutar a tua voz,
deixa-me ouvi-la!"
(Cc 8, 13)
E por falar em tempo para Deus: já decidiram ir ao Retiro do Natal? Na coluna lateral direita, em cima, encontram tudo o que é preciso saber sobre o retiro. Não esqueçam o pormenor de confirmar a sua realização na manhã do próprio dia, antes de sair de casa!
Jesus tinha doze anos quando ficou no Templo, a discutir as Escrituras com os Doutores da Lei. Maria e José, aflitos, procuraram-n'O por todo o lado. Quando O encontraram, Jesus perguntou-lhes, em tom de censura:
"Não sabíeis que Eu devia tratar das coisas de meu Pai?" (Lc 2, 49)
Ser cristão significa "tratar das coisas do Pai" em primeiro lugar. Só merecemos verdadeiramente o nome de cristãos quando "as coisas do Pai" tiverem prioridade sobre as nossas. Quantas vezes nos entretemos com os nossos pequenos interesses, as nossas pequenas preocupações, os nossos pequenos gostos, e por sua causa deixamos de lado os interesses, as preocupações e os gostos de Deus!
Quero ir à missa, mas tenho de arrumar a casa - qual escolher?
Quero fazer o retiro para famílias, mas só tenho o sábado para passar a ferro e pôr a roupa em ordem - qual escolher?
Quero rezar todos os dias em família, mas os filhos têm de estudar e eu tenho de fazer mil e uma coisas para o meu trabalho no dia seguinte - qual escolher?
Quero tirar uma hora por semana para fazer qualquer coisa pelos outros, mas também preciso de uma hora por semana para me divertir - qual escolher?
E Jesus, com doze anos, continua a murmurar no fundo do nosso coração:
"Não sabíeis que Eu devia tratar das coisas de meu Pai?"
Colocamo-nos a questão: porque nos pede Deus que Lhe demos o nosso tempo? Não quererá Deus que nós sejamos felizes e gozemos a nossa vida como nos dá mais prazer? Ou então... Não será que, dando o nosso tempo a Deus, nos tornamos verdadeiramente felizes? Pois afinal, tudo o que Ele deseja é a nossa felicidade!
O nosso Deus é o Deus que multiplicou o pão e o peixe até alimentar cinco mil pessoas, que fez cair o maná no deserto, que fez jorrar a água da rocha, que multiplicou o azeite da viúva até ela pagar todas as suas dívidas, que multiplicou a farinha de uma outra viúva para que ela não morresse de fome durante todo o tempo que durou a seca, que... tantos milagres narrados na Bíblia! Ainda duvidamos?
Na verdade, quando decidimos cuidar das coisas de Deus, damo-nos conta de que Ele também decide cuidar das nossas. Deus nunca Se deixa vencer em generosidade! Sem saber como, descobrimos que dar tempo à oração e ao serviço dos irmãos não nos tira tempo para arrumar a casa, para cuidar dos filhos, para trabalhar, para estudar ou até para nos divertirmos. Entregando a Deus o nosso tempo, descobrimos que ele se dilata o necessário para que tudo corra bem.
O padre Zézinho diz isto mesmo numa canção belíssima, que eu adoro cantarolar nos breves momentos de oração durante o dia. Aprendam-na a cantar e a viver, porque vale a pena!