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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
O António é uma criança doce, terna e bela, por dentro e por fora. Mas o António não tem sido assim muito fácil de "criar"!
- António, queres maçã ou banana para sobremesa?
- Quero quivi.
- Não há quivi.
- Mas eu quero quivi!
- António, vou repetir: queres maçã ou banana?
- Já disse que quero quiviiiiiiiiiiiiiiii!
- António, o pai trouxe-te uma bola.
- Eu queria era um balão!
- Não estás contente com a bola?
- Eu queria era um balão!
- Mãe, quero ir à praia.
- Eu também, mas está a chover, António.
- Quero ir à praia e quero ir agora!
- Está a chover, António!
- Já disse que quero ir à praaaaaaaaaaaia!
Já aqui falei das birras do António, pois são bastante frequentes. Às vezes, perco a paciência, e o resultado é um grito. Outras vezes, contudo, fico simplesmente a pensar...
É que o António é mesmo uma parábola viva daquilo que nós, adultos somos diante de Deus!
O Senhor oferece-nos um emprego - mas nós queríamos mesmo era o outro!
O Senhor presenteia-nos com um filho diferente - mas o que nós queríamos era um filho "normal"!
O Senhor oferece-nos uma casinha na aldeia - mas o bom seria viver num apartamento na cidade!
O Senhor dá-nos dinheiro suficiente para alimentarmos os filhos - mas o que nós queríamos era dinheiro para férias!
E a lista seria interminável... Claro que podemos sempre argumentar: não é Deus que nos envia as doenças, ou que nos faz perder o emprego! Sabemo-lo bem, e temos razão, porque Jesus assim no-lo assegurou. Mas também podemos olhar para a vida de outra maneira, e aceitar tudo, tudo, das suas mãos, como se cada acontecimento da vida, bom e mau - excepto o pecado - fosse um presente seu! É uma proposta de vida... Assim, e ao contrário do António, estaremos sempre felizes, quer tenhamos quivi, quer tenhamos maçã, quer chova, quer faça sol!
Chiara Badano teria quase a minha idade, pois nasceu em 1971, e eu nasci em 1972. Contudo, Chiara morreu aos dezoito anos, e já foi beatificada pela Igreja, numa bela cerimónia que contou com a presença de 25 mil jovens. Chiara adoeceu com cancro no auge da sua juventude. A mãe recorda-se bem do dia em que Chiara chegou a casa, depois dos primeiros tratamentos. Sem dizer palavra, fechou-se no quarto, e aí permaneceu 25 minutos. Foi a luta mais difícil da sua vida - a luta entre a sua vontade e a vontade de Deus. 25 minutos que deram a vitória a Deus... Chiara saiu do quarto a sorrir. Nunca mais se queixou da doença, e morreu feliz, com uma felicidade de fazer inveja ao maior milionário da Terra. Chiara tinha uma oração que repetia a toda a hora, diante de toda e qualquer circunstância da vida:
"Tu queres, Jesus? Então eu também quero."
Talvez o segredo da felicidade seja mesmo este...
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