Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
- Meninos, vamos sentar aqui, que eu vou contar a história de S. Martinho!
Passinhos apressados no corredor. Os mais novos sobem para o sofá e apertam-se bem, à procura de um lugar confortável.
- Sabem quem foi S. Martinho?
- Sim! Um soldado!
- É verdade, Martinho era um soldado. E um dia, enquanto fazia a ronda, viu um mendigo cheio de frio...
- Estava a chover!
- Sim, estava mau tempo e o mendigo não tinha roupa. Então, Martinho pegou na sua espada e...
- Zás! Cortou a capa ao meio e deu metade ao mendigo!
- Muito bem, António, foi isso mesmo! E o que é que aconteceu depois?
- A chuva parou e o sol brilhou, porque Deus ficou muito contente.
- Sabes, Lúcia, quando nós fazemos uma coisa boa, Deus faz-nos a nós uma ainda melhor.
- Ai é?
- É. Nós nunca ganhamos a Deus! Ele nunca Se deixa vencer em generosidade...
- E que coisas boas é que Deus faz por nós?
- Olha, não viste que fez brilhar o sol?
- Sim, David, às vezes Deus faz brilhar o sol no céu. Mas sempre, sempre, Deus faz brilhar outro sol: o sol da alegria, da paz, da felicidade! Quando fazemos o bem, nós somos os primeiros a ganhar com esse bem, porque ficamos muito felizes! Os que fazem o mal podem ser mais ricos, podem viver com mais roupa do que o pobre Martinho viveu depois do seu acto tão belo, podem viver mais confortavelmente, mas não são mais felizes do que os que fazem o bem. Mas este não foi o fim da história.
- Ai não?
- Não. É que nessa noite em que Martinho ofereceu metade da sua capa ao pobrezinho, Martinho teve um sonho especial: Martinho viu Jesus...
- Eu também queria ver Jesus!
- Eu sei. Martinho viu Jesus, e imaginem só como Jesus estava vestido!
- Com roupas de ouro e muito luminosas?
- Não: com a metade da capa que Martinho dera ao mendigo!
- Ah!
- Jesus apareceu em sonhos a Martinho e disse-lhe: "Martinho, obrigado, porque hoje tu deste-me a tua capa para Eu me cobrir!"
- Uau!
- Jesus quis ensinar a Martinho que, quando nós fazemos o bem a alguém, estamos a fazer o bem...
- A Jesus!
- Claro. Lembram-se do Evangelho dos Cinco Dedos?
Todos estendem a mão, para eu tocar nos dedos abertos e repetir, sílaba a sílaba, em inglês:
- YOU DID IT TO ME! (A mim tu o fizeste!)
- Era assim que a Madre Teresa explicava às pessoas esta grande verdade. Tudo o que fazemos aos outros, a Jesus fazemos!
- Tudo, mesmo?
- Sim. Quando ajudas um amigo na escola, estás a ajudar Jesus; quando bates no António, estás a bater em Jesus...
- Oh não!
- Mas é esta a verdade! Bem, este ainda não é o fim da história...
- Há mais?
- Há: Martinho ficou tão feliz, depois de ver Jesus, que decidiu ir viver para um mosteiro e rezar, rezar, rezar o tempo todo. Mas Deus queria que Martinho fizesse outras coisas para além de rezar: Deus queria que Martinho ensinasse aos homens a amar Jesus. Assim, Martinho tornou-se padre e depois bispo. No seu tempo, na Europa as pessoas ainda não conheciam Jesus. Muitas eram pagãs, e rezavam em templos feitos aos deuses. Martinho teve muito trabalho! Até ao fim da sua vida, Martinho não deixou de ensinar aos homens a amar Jesus e de fazer o bem a todos.
- É por isso que é santo?
- Claro! É por isso que é santo! E nós também podemos ser...
- ... se fizermos aos outros o bem!
- Como diz o evangelho:
"O que quiserdes que os homens vos façam, fazei-vos vós também a eles, pois esta é a Lei e os Profetas." (Mt 7, 12)
No seu blogue, a Olívia escreveu sobre S. Martinho e vale a pena ler! Na caixa de comentários ao post sobre a Ana Maria Javouhey, um leitor deixou um link muito interessante para um PowerPoint sobre a lenda de S. Martinho.
Santos como S. Martinho estão no coração das celebrações europeias, pois a eles devemos todo o trabalho de primeira evangelização da Europa. Temos para com S. Martinho uma dívida de gratidão! Nos tempos actuais, em que se procuram arrancar à força as raízes cristãs da Europa, espezinhando-as sob os pés, enquanto se faz tábua rasa da memória histórica, não deixemos de celebrar este grande santo, associando-o à festa do sol e das castanhas...
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.